sábado, 27 de fevereiro de 2016

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Advogado de MG salva casamento com bilhete e vira sensação na web

Sara Oliveira/Redação RedeTV!
(Foto: Reprodução/Facebook)
O advogado Rafael Gonçalves perdeu uma cliente, mas ganhou a felicidade de unir um casal em crise. Desde ontem (24), o jurista de São Sebastião do Paraíso (MG) virou uma espécie de 'conselheiro amoroso' após contar a história em seu perfil no Facebook. 
Em entrevista ao portal da RedeTV!, o advogado, que exerce a profissão há dois anos, explicou que foi procurado por uma mulher que queria dar entrada no divórcio. Ele afirma ter estranhado o fato de ter sido procurado por ela, pois é comum que mulheres recorram a advogadas nesse tipo de situação. 
Enquanto conversavam, ele notou que o divórcio talvez não fosse a melhor solução para aquele casamento. "Vi que ainda havia um carinho", explica. "Ela contou que ele tinha deixado de ser a pessoa que era antes do casamento, que não a surpreendia mais e que havia mudado, mas que ainda gostava dele".
 
Diante disso, ele fez uma proposta. No papel em que anotou os documentos necessários para o processo legal de separação, Rafael escreveu também quatro perguntas que a mulher deveria se fazer antes de prosseguir. "Expliquei as perguntas, e disse para ela pedir para o marido responder também", relembra ele.

Com perguntas como "eu fiz tudo para salvar o meu relacionamento", ele queria propor uma reflexão ao casal e evitar que tomassem uma decisão precipitada em tempos de crise conjugal. Caso ela respondesse ao questionário e ainda considerasse que o divórcio era, sim, a solução, ela deveria voltar ao escritório para iniciar o processo.
Dias depois, o advogado ficou surpreso ao receber uma visita no escritório. "Ela voltou para agradecer com o marido e devolver o papel", diz ele. O casal havia percebido que enfrentavam uma crise momentânea, que poderia ser resolvida pelos dois. 
Diante da repercussão da história, que teve mais de 12 mil compartilhamentos na rede social, Rafael garante que somente fez o que aprendeu na faculdade: intermediar um conflito e ajudar a resolvê-lo antes de seguir para o campo jurídico - e sem cobrar um centavo por isso. "Perdi um cliente, mas ganhei um casal de amigos", diz ele. "Ficou assustado de ver as pessoas se impressionaram tanto, porque as pessoas deveriam ser boas o tempo todo".
Conselheiro de casais
(Foto: Reprodução/Facebook)
O advogado, que estuda para tornar-se juiz, conta que tem o costume de compartilhar casos interessantes em sua conta na rede social, mas dessa vez a repercussão foi maior. 
Depois que a história começou a ser espalhada, Rafael passou a receber centenas de mensagens - nos comentários, por e-mail e WhatsApp - a maioria sobre relacionamentos em crise.
O advogado diz que essa não é a primeira vez que consegue ajudar um casal dessa forma, e que, quando percebe que ainda há solução, aconselha tentar de tudo antes de dar entrada no divórcio. "Você tem que tentar até a última opção", afirma ele. 
Para quem está prestes a casar, Rafael dá um conselho que pode salvar o casamento em um momento difícil: "Pegar uma folha e escrever ali todos os motivos que fizeram os dois chegarem ao casamento. Anotar as brigas, momentos bons e quando superaram dificuldades", indica ele. "Num momento de crise, basta pegar a folha e relembrar isso".
O jurista ainda afirma que as pessoas não devem deixar ninguém 'meter a colher' no relacionamento, que cabe apenas aos envolvidos. "Eles não devem se deixar influenciar por amigos e colegas, principalmente por aqueles que são divorciados e costumam 'puxar os outros'", esclarece ele. "Só podem influenciar o relacionamento aqueles que farão parte dele para sempre: o casal e os filhos", conclui ele.
 

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Fórum Espírita em Sergipe - 19 e 20 de março de 2016 - Sergipe

Fórum Espírita em Sergipe

Acontecerá nos dias 19 e 20 de março de 2016 no Centro Espírita Unidos na Fé o 2º FORESE - Fórum Espírita de Sergipe.
O tema central é "A Justiça Divina: Esperanças e Consolações". Na programação, música com Ítalo Lima e palestras de Denise Lino e Nazareno Feitosa. O evento ainda contará com participações especiais de Betânia Brasil e Luiz Antônio, e será transmitido ao vivo pela internet em www.redeamigoespirita.com.br e www.radiofraternidade.com.br.
O Centro Espírita Unidos na Fé fica na Praça Francisco Alves dos Santos, 23 - Centro, Campo do Brito/SE. Mais informações em www.ceuf.com.br ou pelo telefone (79) 99869-7112.

Conferência Espírita no Paraná - de 4 a 6 de março 2016

Conferência Espírita no Paraná

De 4 a 6 de março de 2016 acontecerá no Expotrade em Pinhais/PR, a 18ª Conferência Estadual Espírita.

O tema central é “Construindo a Consciência da Imortalidade”. Na programação, abertura com momento artístico, palestras e seminários com Divaldo Pereira Franco, Alberto Almeida, Haroldo Dutra Dias e André Trigueiro.

O Expotrade fica na Rodovia Deputado João Leopoldo Jacomel, 1054 – Centro, Pinhais/PR. Mais informações podem ser obtidas em www.conferenciaespirita.com.br ou através do telefone (41) 3223-6174.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Mural reflexivo: Da indiferença à compaixão


Da indiferença à compaixão

 

         A vida moderna se desenrola em um ritmo vertiginoso.

         A todo instante, surgem novidades nos mais diversos setores do conhecimento humano.

         As pessoas colecionam centenas de amigos virtuais, que podem ser contatados sem sair de casa.

         Por força dessas inovações, as notícias correm o mundo em questão de segundos.

         As novidades mórbidas é que costumam empolgar as massas.

         De outro lado, impera a sensação da necessidade de ser rápido e aproveitar muito, para não perder algo importante.

         Ocorre que esse regime de urgência e negatividade tende a gerar relacionamentos superficiais.

         Quem tem centenas de amigos virtuais não costuma conviver com eles, não percebe suas reais necessidades.

         Tem a sensação de ser bem relacionado, quando é um solitário.

         Outro subproduto da vida moderna é a tendência à indiferença.

         O corre-corre dificulta que se preste atenção no semelhante.

         As notícias ruins inspiram o sentimento de ser necessário precaver-se contra a exploração e o abuso.

         Para não sofrer, a criatura opta por anestesiar seu sentir.

         Se há muitos políticos corruptos, ela deixa de prestar atenção nas ocorrências da vida pública do país.

         Como há bastante violência, procura nem notar o que ocorre a sua volta.

         Por ser evidente a má fé de alguns, afasta-se de muitos.

         Contudo, esse distanciamento do semelhante é artificial e deletério.

         O ser humano é gregário por natureza e precisa conviver para se sentir pleno.

         Sempre há o risco de se ferir e se decepcionar, sem que isso constitua razão para abdicar da essência da vida.

         Convém ser cauteloso, mas tal não pode significar renúncia ao contato social.

         Uma boa técnica para conviver de forma saudável em um mundo imperfeito consiste na compaixão.

         Ela é um dos sentimentos humanos mais nobres e se expressa como solidariedade.

          Implica participar do sofrimento do próximo, de forma dinâmica.

          Não se trata apenas de lamentar a dor alheia, de sofrer junto e nem de considerá-lo um infeliz.

         Ser compassivo pressupõe tomar-se do ardente desejo de auxiliar o semelhante a livrar-se do sofrimento.

         Justamente por seu vigor, a compaixão inspira a adoção de medidas para melhorar o mundo em que se vive.

         O compassivo não quer e nem consegue ser feliz sozinho.

         Ele não é um pessimista que acha que o mundo está perdido e nada resta para fazer.

         Acredita no bem e ama o progresso e por isso age com firmeza.

         Não violenta consciências, mas faz o que pode para que a Humanidade se renove.

         A compaixão é um sinal de sabedoria de quem compreende a fragilidade da imensa maioria dos homens.

         Entretanto, à semelhança do Cristo, não os despreza, mas os auxilia e instrui.

         Pense nisso.

    
Redação do Momento Espírita

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Livro em estudo: Nos Bastidores da Obsessão - A014 – Cap. 3 – Técnica de Obsessão – Primeira Parte


Livro em estudo: Nos Bastidores da Obsessão – Editora FEB - 1970

Autor: Espírito Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco

A014 – Cap. 3 – Técnica de Obsessão – Primeira Parte


3 - Técnica de obsessão

 
Saturnino solicitou a Ambrósio que aplicasse recursos magnéticos nos centros coronário e cerebral de Mariana, de modo a despertar-lhe o passado adormecido nas telas da memória.
Ativados os chakras (*), através dos passes hàbilmente aplicados, a paciente desdobrada parcialmente pelo sono físico pareceu sofrer um delíquio para logo modificar a expressão semelhante a alguém que acorda após demorado sono, no qual pesadelos cruéis houvessem tomado corpo destruidor... Do mal-estar momentâneo passou a um aspecto de desvario, através do qual as palavras fluíam ora no idioma de Mariana ora na língua de Aldegundes para firmar-se nos vocábulos em que se exprimia esta última. Parecendo reconhecer Guilherme, o vigoroso perseguidor, estremeceu, olhando-o, esgazeada, como se desejasse fugir. Lentamente se lhe transfigurou o semblante que adquiria as características fisionômicas de harleniense do passado. Eram visíveis os sinais da loucura que dela se apossara nos últimos dias da existência física. Do descontrole inicial passou à mortificação, libertando-se dos braços acolhedores de dona Rosa e arrojando-se aos pés do antigo esposo, a rogar-lhe perdão, em lancinantes, agoniados apelos.
Ouvindo-a, lúcida, na forma antiga, Guilherme adquiriu expressão patibular e rechaçou-a, com mordacidade.
— Eu estava desesperada — justificou-se em pranto — quando fugi do nosso lar. Perdoa-me! Ignoras o que padeci e ainda padeço na masmorra em que agora me movimento (referindo-se ao corpo de Mariana)... Há uma dor inidentificável em minhalma e uma noite sombria de horror me segue, sem trégua. Não consigo chorar, por ignorar a razão dos sofrimentos quando os punhais invisíveis da justiça me alcançam. Só uma revolta pesada me agrilhoa a um desejo incoercível de morrer, de sumir, de perder a consciência para sempre...
— Isto — retrucou o antigo companheiro — é apenas o início das penas que te aguardam. Agora, sim, verterás o pranto da reparação que quando, saciado, eu me possa considerar capaz de absolver-te a indignidade Sem limite. Saturnino, Ambrósio e os demais Assessores Espirituais, embora em atitude de alerta, mergulhados em pensamentos salutares, deixavam que as duas Entidades por momentos se reencontrassem mediante o diálogo doloroso e azedo, que, no entanto, abriria as portas a melhor atendimento...
— Fugi do lar e reconheço o meu crime. Mas ignoras o castigo que experimentei, logo depois. Nunca fui amada: nem por ti, nem por ele. Em tuas mãos, não passei de animal de carga e objeto de vãs emoções... Nas mãos dele não fui além de um vaso de desejos violentos. É claro que a nuvem da ilusão só mais tarde me deixou ver o abismo... E era tarde demais. Voltei, então...
— Tiveste a desgraça de voltar ao Haarlen? — vociferou o esposo desdenhado.
— Achaste, por acaso, insuficiente a punição indébita que me impuseste, a ponto de retornar aos sítios em que éramos conhecidos? Que pretendias desvairada?
— Rogar-te perdão, eu que ainda supunha que me amavas.
— Amar-te, quando arruinaste minha vida? Supunhas que a desonra pudesse ser lavada com lágrimas?
— Nada eu supunha. Esperava piedade e comiseração, um pedaço das nossas terras para sucumbir entre as tulipas que eu mesma plantara e em cujos campos conseguíramos os inigualáveis exemplares das Gesnerianas, Clucianas, Turcisas... Dilacerada pela saudade e pelos remorsos, acalentava como um náufrago uma tênue possibilidade de salvação.
— Ignoravas, certamente, que envergonhado e ferido fugi... não conseguindo morrer. Aumentando a minha desgraça, não poucas vezes forças demoníacas me punham ao teu e ao lado do desalmado ladrão, para me supliciarem com a visão alucinante sem limite. Como os odeio! Como os detesto!... É impossível, infame, qualquer tentativa de...
— Negas-me, então, ainda hoje, a gota de misericórdia? E quem és tu, senão o responsável maior pela minha infelicidade? Como te atreves a ferir-me com o teu escárnio, o teu ódio? Sim, também te odeio, deixa-me dizê-lo, como te odiava antes e não o sabia. Nunca me deste oportunidade de amar. Negociaste minha vida com os meus pais, considerando a minha juventude e minha saúde, e ninguém, nem tu nem eles, jamais procurou saber se eu possuía um coração ou acalentava um sonho de menina...
E soluçando, comovedoramente, prosseguiu:
— Amante do dinheiro, a nada mais querias, senão qualquer coisa que se constituísse meio de possuir mais. Fizeste de mim uma igual aos teus empregados, nas leiras sem-fim dos bulbos, entre os canteiros de tulipas. Nelas, porém, encontrei ligeira felicidade; nas suas pétalas descobria o milagre da vida, a beleza e a cor que me roubavas... E depois? Mais velho do que eu quase 30 anos, eras verdugo cruel.
— Não te justifiques, infeliz — bradou, apoplético.
— Trar-te-ei a verdade, agora, dizendo-te o que nunca me atrevera mostrar-te antes. Sim, dir-te-ei. Eras e continuas ambicioso e frio. Quando demandaste Leider e depois Amsterdão para negociar com o governo terras e terras que viriam da dessecagem do lago, deixando-me só, entre teus empregados e teus amigos, não zelavas por mim. Tornavas-me o fiscal dos teus bens, a serva que inspecionava os servos. Contrataste Jacob, que chegara fazia pouco dos primeiros Geest do golfo, acostumado aos labores no Waal (1), e que, jovem como eu, me sensibilizara o coração em constante soledade. Relutei muito, entre a fidelidade ao teu abandono e a solidão da felicidade.
A Entidade sofrida não pôde continuar. As tormentosas evocações alanceavam-na.
Depois de uma pausa, prosseguiu, ante a expectação de Guilherme, que parecia atoleimado com as informações que lhe chegavam então.
— Fugimos para Amsterdão; nunca, porém, fugi de mim mesma. Nos primeiros tempos, ainda dominada pela paixão que me enceguecera, consegui sobrepujar o remorso. Depois... Despertei abandonada seis meses após na Cidade, em miserável condição de desprezo entre mulheres infelizes do porto. Deixara-me Jacob, que jamais me tivera qualquer afeição, fugindo para a Bélgica, após ter-me iludido, sem retornar jamais. Compreendes o que me aconteceu? E isto não é tudo!
Depois de deambular na mais estúpida miséria, não suportando as humilhações que eram superiores às minhas forças, lembrei-me dos campos floridos e da terra generosa...
Voltei e busquei-te. Só então eu soube... Haviam-se passado apenas 5 anos! Eu nem sequer fora reconhecida pelos antigos vizinhos, tal o meu estado.
Informada da tragédia que eu causara, enlouqueci, e desvairada pelas ruas do Haarlen fui lançada ao hospício, como um animal numa jaula, onde sorvi por longos anos a própria desdita até que a morte me libertou... para dores muito maiores. Na minha loucura eu te via agoniado, a maldizer-me, a perseguir-me. Vês, agora!?
Tudo por culpa tua, do teu egoísmo.
— Sim, eu estava ligado a ti sem o saber... E nunca mais encontraste Jacob? — indagou Guilherme.
— Nunca! Se eu o encontrasse, que não faria com esse meu outro algoz!...
— Pois eu te direi: vives novamente com ele. sua filha!
— Filha?! Deliras... Através de qual sortilégio o inimigo poderia tomar o corpo de meu pai? Não zombes de mim.
— Ouve, Aldegundes: morreste e voltaste a viver, esta é a verdade.
Guilherme demonstrava na voz todo o seu desprezo. Logo depois, prosseguiu:
— Deus, que é justiceiro, dele fez o teu pai, unindo os dois para que eu agora me possa vingar. Vês porque não me fugireis do guante da reparação? Mateus que é o teu pai, pai de Mariana, em cujo corpo vives prisioneira, é o teu ex-amante e o meu infelicitador, novamente reunidos. Agora poderei...
Nesse momento, Saturnino pousou a destra na fronte de Mariana, dominada pelas recordações do passado, e utilizando recursos magnéticos fê-la adormecer, pausadamente.
Guilherme, aturdido, pôs-se a deblaterar, enquanto Ambrósio o socorria, diminuindo-lhe o campo de ação.
 
(*) Chakra é uma palavra sânscrita que significa roda... — Nota do Autor espiritual.
(1) O golfo referido é o de Zuiderzê, que neste século foi em grande parte escoado e dessecado, transformando-se em terras cultiváveis (Geest). Sendo quase substituido nos últimos quarenta anos em quatro pôldres. O Waal é um dos cursos dágua do Reno, onde há uma aldeia do mesmo nome. — Nota do Autor espiritual.
 
QUESTÕES PARA ESTUDO
1 – Quem era Mariana na experiência material anterior? Quais atitudes suas causaram a atual perseguição espiritual?
2 – Qual a parcela de responsabilidade de Guilherme na tragédia vivida?
3 – E quanto a Jacob, hoje Marcelo? Por que este continua próximo a Mariana, agora na condição de pai?
 
4 - Comente seu entendimento sobre o capítulo.

 

Bom estudo a todos!!
Equipe Manoel Philomeno

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Revista Espírita - Jornal de Estudos Psicológicos

Revista Espírita - Jornal de Estudos Psicológicos

Ensinamentos e Dissertações espíritas

Revista Espírita, setembro de 1862

Estudos Uranográficos.

(Sociedade Espírita de Paris. -Médium, Sr. Flammarion.)

As três comunicações adiante são, de alguma sorte, o início de um jovem médium; ver-se-á que elas prometem para o futuro. Elas servem de introdução a uma série de ditados que o Espírito se propôs fazer sob o título de Estudos Uranográficos. Deixamos aos leitores o cuidado de lhe apreciarem a forma e o fundo.
l
Há algum tempo vos foi anunciado, aqui e alhures, por diversos Espíritos e por diversos médiuns, que vos seriam feitas revelações sobre o sistema dos mundos. Estou chamado para concorrer, na ordem de minha destinação, para cumprir a predição.
Antes de abrir o que poderia chamar nossos estudos Uranográficos, importa bem colocar o primeiro princípio, a fim de que o edifício, assentado sobre uma base sólida, leve em si as condições de duração.
Esse primeiro princípio, essa primeira causa, é o grande e soberano poder que dá a vida aos mundos e aos seres; esse preâmbulo de toda meditação séria, é Deus! A este nome venerado tudo se inclina, e a harpa etérea dos céus faz vibrar as suas cordas de ouro.
Filhos da Terra, ó vós que há muito tempo balbuciais este grande nome sem compreendê-lo, quantas teorias arriscadas foram inscritas desde o começo das idades nos anais da filosofia humana! Quantas interpretações errôneas da consciência universal se mostraram através das crenças caducas dos povos antigos! e hoje ainda, quando a era cristã, em seu esplendor, se irradiou sobre o mundo, que idéia se faz do primeiro dos seres, do ser por excelência, daquele que é? Não se viu, nos últimos tempos, o panteísmo orgulhoso se elevar soberbamente até aquele que acreditou justamente qualificar de ser absorsivo, do grande todo, do seio do qual tudo saiu e no qual tudo deve reentrar e se confundir, um dia, sem distinção de individualidades? Não se viu o ateísmo grosseiro expor vergonhosamente o ceticismo negador e corruptor de todo progresso intelectual, o que quer que hajam dito seus sofistas defensores? Seria interminável mencionar escrupulosamente todos os erros que se creditaram ao assunto do princípio primordial e eterno, e a reflexão basta para vos mostrar que o homem terrestre errará todas as vezes que pretender explicar esse problema insolúvel para muitos Espíritos desencarnados. É vos dizer implicitamente que deveis, melhor dizendo, que devemos nos inclinar humildemente diante do grande Ser; é vos dizer, filhos! que se está em nós nos elevarmos até a idéia do Ser infinito, isto deve nos bastar e interditar, a todos, a pretensão orgulhosa de ter os olhos abertos diante do Sol, sem o que estaríamos logo cegos pelo deslumbrante esplendor de Deus na sua eterna glória! Retende bem isto, é o prelúdio de nossos estudos: Crede em Deus criador e organizador das esferas; amai a Deus criador e protetor das almas, e poderemos penetrar juntos, humilde e estudiosamente, ao mesmo tempo, no santuário onde semeou os dons de seu poder infinito.
GALILEU.


Enviado por: "Joel Silva"