PERGUNTA FEITA:
Nome: R.
Cidade: Curitiba Estado: Pr
Assunto: Dúvidas
Mensagem: A minha tia
tinha um terreiro ela que me incentivou a seguir o espiritismo. Só que eu tenho
muitas duvidas em relação a isso. Porque a minha mãe fala que isso só faz mal
as pessoas mas eu não acho isso. E eu tenho umas visões de vez em quando que me
alertam em muita coisa queria saber mais a respeito disso.
Se puderem me ajudar agradeço.
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RESPOSTA DADA:
Olá, B.!
Muita paz a você!
Inicialmente, devemos
diferenciar o Espiritismo das demais religiões. Não tratamos aqui de uma ser
melhor que a outra, mas, embora todas nos levem ao mesmo destino, cada uma
segue por seu caminho.
Sua tia era a
coordenadora dos trabalhos de um terreiro. Normalmente, os rituais da Umbanda e
do Candomblé são praticados nos terreiros. No Espiritismo, todos os trabalhos
são realizados nos Centros Espíritas ou Sociedades Espíritas, que são bem
diferentes dos terreiros.
Atualmente, encontramos
praticantes da Umbanda e do Candomblé que, erroneamente, dão o nome de Centros
Espíritas aos seus centros de reunião, o que acaba causando uma grande
confusão, mas aprendendo a diferenciá-las tudo se resolve.
Bem, o Espiritismo, ou
Doutrina Espírita, desenvolve seus trabalhos baseados na instrução (estudos e
palestras) e na prática da caridade, que são os trabalhos com nossos irmãos
necessitados, encarnados e desencarnados, estes últimos através da mediunidade,
sempre seguindo os ensinamentos de Jesus.
Para facilitar seu
entendimento, indicaremos ao final vídeos bem interessantes que falam dos
vários aspectos do Espiritismo.
Para adiantar, leia o
resumo contido no site www.cvdee.org.br , onde poderá resolver
muitas de suas dúvidas.
O bem e o mal, ao
contrário do que sua mãe diz, Betinha, não estão nas religiões, mas no coração
das pessoas. As religiões, sejam elas quais forem, todas fazem o homem se
elevar a Deus. Se Deus é o objetivo, então, somente através do amor podemos
alcançá-Lo. O que acontece, porém, é que as pessoas têm muito medo daquilo que
desconhecem, e é assim com todas as religiões. Criamos ideias erradas, nos
tornamos preconceituosos, brigamos para impor nossas opiniões sobre as dos
outros, o que mostra o tamanho dos nossos erros, pois devemos nos respeitar
sempre, principalmente se fazemos o bem. Jesus disse: "Conhece-se
a árvore pelos seus frutos". Se o fruto é bom, a árvore é boa, ou
seja, se alguém faz o bem em nome da sua fé, é porque a fé é boa.
Infelizmente, essas
dúvidas e conflitos não se resolvem de uma hora para a outra. Para nós, que
vemos o mundo de uma forma mais aberta, já nos adiantamos. Aos que ainda não
compreenderam o sentido da vida, esses terão seu momento de despertar, pois
Deus assim o quer.
Com relação às visões
quem nos diz ter, essa é o que chamamos de faculdade mediúnica, que é a
capacidade de perceber e interagir com os Espíritos. Todos nós somos médiuns,
sejamos novos, velhos, pretos, brancos, ricos pobres, dessa ou daquela
religião, mas alguns são mais sensíveis à presença dos espíritos. A história do
mundo nos mostra incontáveis acontecimentos desse tipo. A Bíblia, por exemplo,
traz vários episódios de mediunidade, mas alguns preferem chamá-la de “dons de
Deus”. Seja com que nome a conheçam, será sempre a mesma coisa.
As explicações sobre a
mediunidade são profundas e precisam de um estudo cuidadoso. Porém, temos um
excelente livro que trata do assunto de forma mais simplificada para tirar suas
dúvidas mais urgentes: “Mediunidade: caminho para ser feliz”, de Suely
caldas Schubert. Recomendamos que você o leia. Ao final, um trecho para
conhecê-lo.
Finalmente, procure
conhecer aí em sua cidade uma instituição espírita. Para evitar a confusão que
mencionamos acima, lembre-se de que ela deve fazer parte da Federação Espírita
do Paraná. Acesse http://www.feparana.com.br/ ou telefone para a Federação
para informar-se melhor. Para jovens, nos Centros Espíritas, existem as
mocidades espíritas, que proporcionam momentos muito bacanas para a troca de
ideias e fazer amigos. Esses encontros vão te ajudar bastante.
Esperamos ter ajudado.
Estamos à disposição para auxiliar no que for
necessário e conte sempre conosco.
Um abraço,
André.
Equipe Espiritismo.net Jovem
Recomendamos, caso seja possível e haja interesse,
participar de nossas atividades na Internet (estudos, palestras, vibrações e
Atendimento Fraterno), via Paltalk (programa de áudio-conferência).
No Paltalk: categoria "Central & South America"
- subcategoria "Brazil", sala
ESPIRITISMO NET JOVEM - Às sextas-feiras, 21h.
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O QUE É SER MÉDIUM
Você se indaga, às vezes, se as sensações que tem sentido são realmente de
caráter mediúnico ou apenas estados emocionais ou, ainda, se certos
acontecimentos não seriam meras fantasias ou suposições erradas, por ficar
impressionado em demasia com tudo o que lhe ocorre.
Porém como saber?
Afinal, o que é ser médium?
Usualmente, denomina-se
médium aquele em quem a faculdade mediúnica se mostra de forma ostensiva.
Entretanto é bom saber que todos os seres humanos têm mediunidade em estado
latente, como um princípio, uma semente, que poderá ou não desabrochar no curso
da existência terrena.
Allan Kardec, o
Codificador do Espiritismo, explica que todos os indivíduos são mais ou menos
médiuns, no sentido de que somos influenciáveis pelas sugestões alheias, podendo
estas partir de espíritos desencarnados que nos desejam influenciar. Isto se dá
através da sintonia mental, de forma espontânea e natural, surgindo na mente do
indivíduo como uma idéia, um pressentimento, que são também chamados de
“intuição”. Isto pode estar sendo lançado por um espírito desencarnado, e a
pessoa aceitará a idéia ou não, dependendo do seu livre arbítrio.
Voltemos ao termo
“médium”. É importante saber que esta palavra significa “aquilo que está no
meio”. Allan Kardec propôs esta terminologia, inclusive as palavras
“Espiritismo”, “espírita”, etc. Para designar coisas novas trazidas pelos
Espíritos Superiores à Humanidade.
Assim, médium é o
intermediário, aquele que intermedia a comunicação de um espírito com as demais
pessoas.
A eclosão da mediunidade
não depende de religião, idade, raça ou sexo. Muitas criaturas, não conhecendo
nada sobre o assunto, ficam amedrontadas, outras temem as responsabilidades que
são inerentes ao exercício mediúnico e recusam-se a conscientizar-se acerca da
sua faculdade. Evitam de todas as maneiras qualquer conversa ou situação
relacionadas com o tema, mas, se os sinais de mediunidade forem muito
evidentes, intensos e freqüentes, essas pessoas ficam sujeitas a alguns
problemas mais graves decorrentes das presenças espirituais ao seu lado, as
quais captam sem saber como se defender ou precaver-se contra assédios
negativos.
Mas, afinal, como saber
se sou médium ostensivo? É a pergunta que lhe ocorre.
Existem indícios que
caracterizam a presença da mediunidade de forma expressiva. O Espiritismo
aclara e orienta todo esse processo, auxiliando o médium principiante e
possibilitando o exercício da mediunidade de maneira equilibrada e serena, que
lhe confere bem-estar e paz interior.
Alguns dos indícios do
desabrochar da mediunidade podem ser relacionadas. São eles:
alterações emocionais
súbitas;
acentuada sensibilidade
emotiva;
vidências;
necessidade compulsiva e inoportuna de escrever ideias que não lhe são
próprias;
calafrios, sensação de
formigamento nas mãos e na cabeça;
mal-estar em determinados ambientes ou em presença de certas pessoas;
sensações de
enfermidades inexistentes.
Estes sintomas podem
surgir de forma associada, com maior ou menor intensidade, prevalecendo um ou
outro ou vários, conforme a condição espiritual do indivíduo. Que fique
bem claro que alguns desses sintomas citados podem ocorrer, sem que seja
necessariamente um sinal de predisposição mediúnica. Outro ponto que merece ser
ressaltado é que mediunidade não é doença. Também não deve ser encarada como um
privilégio ou, sob outro aspecto, como uma sobrecarga de responsabilidade de
tal teor, que somente uns poucos conseguirão levá-la adiante.
O desabrochar da
mediunidade representa para o ser humano um horizonte novo que se abre para
ele. É um chamamento, um convite a fim de que se volte para o bem, que desperte
para as realidades maiores da vida. É uma responsabilidade sim, mas, sendo
vivenciada com seriedade, com amor e disciplina, será sempre fonte de
benefícios, em primeiro lugar para o próprio médium.
Às vezes as pessoas têm
uma impressão distorcida acerca do Espiritismo pelo que a mídia apresenta, ou
seja, pessoas que são médiuns mas que, na verdade, não são espíritas, embora
assim se apresentem, e que se utilizam da sua faculdade para aparecerem, para
divulgarem suas produções mediúnicas, mas que não têm as características
espíritas, cujas orientações são sempre voltadas para fins sérios, altruísticos
e renovadores, sem qualquer conotação de rituais ou de lucros materiais.
Se você apresenta as
características acima mencionadas, se o que lhe está acontecendo se encaixa
nestes pontos relacionados, é provável que a mediunidade lhe esteja sinalizando
a busca de uma nova vida, de um caminho novo, espiritualizado, para que você
encontre, enfim, o sentido transcendente da vida terrena.
“A mediunidade não veio
em minha vida por acaso. É um compromisso que assumi perante a Espiritualidade
Maior. É como um convite para reavaliar tudo o que fiz até hoje e recomeçar em
bases espiritualizadas e seguras, descobrindo através do intercâmbio com os
seres invisíveis um novo caminho para ser feliz.”
Do Livro Mediunidade:
Caminho para ser feliz - Suely Caldas Schubert - Editora Didier