sábado, 10 de junho de 2017

Mural reflexivo: Porquês da vida


Porquês da vida

 

     Quem é que, nas horas de silêncio e recolhimento, nunca interrogou à natureza e ao seu próprio coração, perguntando-lhes o segredo das coisas, o porquê da vida, a razão de ser do Universo?

     Onde está aquele que jamais procurou conhecer seu destino, levantar o véu da morte, saber se Deus é uma ficção ou uma realidade?

     Não seria um ser humano, por mais descuidado que fosse, se não tivesse considerado, algumas vezes, esses tremendos problemas.

     A dificuldade de os resolver, a incoerência e a multiplicidade das teorias que têm sido feitas, as deploráveis consequências que decorrem da maior parte dos sistemas já divulgados, todo esse conjunto confuso, fatigando o espírito humano, os têm relegado à indiferença e ao ceticismo.

     Portanto, o homem tem necessidade do saber, da luz que esclareça, da esperança que console, da certeza que o guie e sustente.

     Mas tem também os meios para conhecer, a possibilidade de ver a verdade se destacar das trevas e o inundar de sua benfazeja luz.

     Para isso, deve se desligar dos sistemas preconcebidos, descer ao fundo de si mesmo, ouvir a voz interior que nos fala a todos, e que os sofismas não podem enganar: a voz da razão, a voz da consciência.

     O que importa ao homem saber, acima de tudo, é: o que ele é, de onde vem, para onde vai, qual o seu destino.

     As ideias que fazemos do Universo e de suas leis, da função que cada um deve exercer sobre este vasto teatro, são de uma importância capital.

    Por elas dirigimos nossos atos. Consultando-as, estabelecemos um objetivo em nossas vidas e para ele caminhamos.

     Nisso está a base, o que verdadeiramente motiva toda civilização.

     Tão superficial é seu ideal, quanto superficial é o homem.

     Para as coletividades, como para o indivíduo, é a concepção do mundo e da vida que determina os deveres, fixa o caminho a seguir e as resoluções a adotar.

     *   *   *

     Há certa dormência no homem materialista. Ele dorme para os valores reais da alma, da vida maior.

     Vê-se esperto, antenado, ligado em tudo o que há de mais novo no mundo, mas não percebe que está dormindo ainda.

     Em algum momento, terá de despertar...

     Alguns despertam com reveses repentinos. Outros acordam com o sofrimento de uma doença ou a morte violenta entre os seus.

     Mas há aqueles que desvelam o novo mundo através do amor e do estudo.

     Quando o intelecto é guiado pelo amor, pelo bem, pela boa vontade, conseguimos despertar para a nova vida, a vida verdadeira, sem a necessidade de passar por nada traumático.

     Que nossa vida seja repleta de porquês. Que não aceitemos as coisas pelo fato de sempre terem sido desse ou daquele jeito.

     Que a razão nos guie e que essa razão possa estar cada vez mais apurada.

     Mas que nos guie também o coração, pois é dentro dele que encontraremos as respostas que só o amor saberá dar.

     A fé raciocinada deve ser nossa meta. O amor inteligente, nosso guia sempre.

      

Redação do Momento Espírita, com base na Introdução, item I, do livro O porquê da vida, de Léon Denis, ed. FEB.

Mural Reflexivo: A Crítica


A CRÍTICA

 

    Convidada a fazer uma preleção sobre a crítica, a conferencista compareceu ante o auditório superlotado, carregando pequeno fardo.

 

    Após cumprimentar os presentes, retirou os livros e a jarra de água de sobre a mesa, deixando somente a toalha branca.

 

    Em silêncio, acendeu poderosa lâmpada, enfeitou a mesa com dezenas de pérolas que trouxera no embrulho e com várias dúzias de flores frescas e perfumadas.

 

    Logo após, apanhou na sacola diversos enfeites de expressiva beleza, e enfileirou-os com graça.

 

    Em seguida, colocou sobre a mesa um exemplar do Novo Testamento em capa dourada.

 

    Depois, diante do assombro de todos, depositou em meio aos demais objetos pequenina lagartixa, num frasco de vidro.

 

    Só então se dirigiu ao público perguntando:

 

    O que é que os senhores estão vendo?

 

    E a assembleia respondeu, em vozes discordantes:

 

    Um bicho!

 

    Um lagarto horrível!

 

    Uma larva!

 

    Um pequeno monstro!

 

    Esgotados breves momentos de expectação, a expositora considerou:

    Assim é o espírito da crítica destrutiva, meus amigos!

 

    Os senhores não enxergaram o forro de seda alva, que recobre a mesa.

 

    Não viram as flores, nem sentiram o seu perfume.

 

    Não perceberam as pérolas, nem as outras preciosidades.

 

    Não atentaram para o Novo Testamento, nem para a luz faiscante que acendi no início.

 

    Mas não passou despercebida, aos olhos da maioria, a diminuta lagartixa...

    E, sorridente, concluiu sua exposição esclarecendo:

    Nada mais tenho a dizer...

* * *

    Quantas vezes não nos temos feito cegos para as coisas e situações valorosas da vida.

 

    Acostumados a ver somente os fatos que denigrem a sociedade humana, volvemos o olhar para os detritos morais das criaturas.

 

    Assim, criticamos a mídia por enfatizar as misérias humanas, os desvalores, as fofocas e as intrigas, mas, em verdade, isso tudo só vem a lume porque ainda nos comprazem. Em última análise, é o que vende!

 

    Não há espaço para uma mensagem edificante, e os que teimam em veicular coisas e situações nobres, o fazem sob o peso de enormes dificuldades.

 

    É imperioso atentarmos para os nossos valores ou desvalores, antes de levantarmos a voz para criticar a sociedade e os meios de comunicação em geral.

 

    É importante observarmos os nossos interesses pessoais antes de gritarmos contra os governantes, sem esquecer que eles só ocupam os cargos depois de eleitos por nós.

 

    Enfim, é relevante atentarmos para os que buscam divulgar o bem e o belo e candidatarmo-nos a engrossar essas fileiras.

 

    Assim, com a exaltação do bem, em detrimento do mal, com a evidência da paz, em vez da guerra, com a elevação do perfume sobre os odores fétidos, a sociedade logrará sobrepujar as misérias, evidenciando as belezas e os atos de essência superior, e encontrada será a felicidade perene.

 

(Redação do Momento Espírita, com base no cap.  7 do livro Bem-aventurados os simples, pelo Espírito Valerium, psicografia de Waldo Vieira, ed.  Feb. - www.momento.com.br)

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Aborto e Espiritismo | Mundo Maior Repórter | Parte 3


Aborto e Espiritismo | Mundo Maior Repórter | Parte 2


Aborto e Espiritismo | Mundo Maior Repórter | Parte 1


Se uma mãe aborta um filho ela vai pagar em outra vida?


A Magia Da Atitude

Autor: 
Marcus Braga
 
Diante do guichê do Departamento de Trânsito, a Professora Universitária, a frente de volumosa fila, chama pelo gerente aos berros, indagando-o se sabe o preposto ser ela uma famosa pesquisadora, com muitos livros escritos, e que não pode perder ali seu precioso tempo.
Na delegacia, diante de um acidente com vítima não fatais, militar de alta patente clama por tratamento diferenciado frente a suas prerrogativas, no famoso “fiz por merecer”, em relação ao entregador de pizza envolvido na contenda.
Alto funcionário público, diante do posto de devoluções de um supermercado, invoca o gerente no famoso “você sabe com quem está falando?” e a discussão por pouco não termina em uma voz de prisão.
Abonado empresário, saindo de luxuoso shopping center, tromba em funcionário do estabelecimento e em fúria desmedida, ameaça buscar a supervisão para pedir a sua demissão, exalando sobre o funcionário impropérios.
Exemplos fictícios, muitas vezes ocultos, mas que se materializam com diversos atores nas páginas de jornais e nos comentários de corredor. Revelam uma cultura de hierarquias, de privilégios, de exceções e de tantas outras práticas que esquecem a transitoriedade da vida, em uma verdade que a reencarnação vem trazer a nós espíritas, de forma límpida e inconteste.
Invocamos exceções e submissões por conta de cargos e posses, movidos por sentimentos de insegurança e de orgulho, que nos fazem temer pela injustiça e pensar-nos com mais direitos que os outros, respectivamente, em uma lógica de grosserias, desrespeitos e opressão, esquecidas as muitas voltas na roda gigante da vida. O medo, nosso velho inimigo, nos faz reagir agressivamente... O orgulho, nosso companheiro de todas as horas, nos traz um sentimento de superioridade, a alimentar nossa insegurança. Aí está a raiz dessas atitudes.
Seres interdependentes, gregários, sociais, dependemos de nosso próximo. E mais, pela ótica cristã, temos o dever de amá-lo como a nós mesmos. Para além de uma discussão democrática, de cidadania, falamos de uma discussão de amor, de cristandade, na percepção, humilde e realista, da nossa vida social, seus inúmeros percalços e de que devemos contribuir para uma vida com urbanidade e não atribular a existência dos que nos cercam.
E isso vale para toda ordem de destaque e evidência, considerando, obviamente, que no movimento espírita não estamos livres dessas questões, diante do médium, do palestrante e do dirigente, transladando essa cultura patrimonialista, de personalismo, para a nossa prática religiosa, com hierarquias e endeusamentos.
Os diversos papéis que desempenhamos na vida terrena são provas, experiências de aprendizado, nos quais importam as nossas entregas, e a maneira que fazemo-las. Não valemos pelo que somos... Somos o que nós fazemos, e como fazemos, e nos importa o que isso reverte para um mundo melhor, e consequentemente, um espírito melhor. Lembrando de Kardec, não nos basta sermos bons e sim, fazer o bem!
André Luiz, na Obra Sinal Verde, falando das profissões, indica que “O essencial em seu êxito não é tanto aquilo que você distribui e sim a maneira pela qual você se decide a servir”, apontando a importância do que fazemos e do como isso se dá. Essa é a medida de Deus sobre nós....
Da mesma forma, o Livro dos Espíritos, na Pergunta 804, no estudo da Lei de Igualdade, aponta que “(...) O que um não faz, fá-lo outro. Assim é que cada qual tem seu papel útil a desempenhar(...)”, valorizando essa interdependência, na qual cada um tem a sua devida importância e merece respeito, na vida comum.
A despeito de todo sacrifício, justo e merecido, para galgarmos uma posição profissional, a doutrina espírita nos lembra que ali estamos para produzir o melhor, com as ferramentas que aquela posição nos oferta e que, aquela oportunidade de hoje contou com a colaboração de inúmeras pessoas, encarnadas e desencarnadas.
Faz-se necessário refletirmos essa nossa prática de alimentarmos modernas realezas individuais, entendendo que os cargos, as posses, as hierarquias, todos esses aspectos são ferramentas a viabilizar nossas entregas, no privilégio de ser útil, de servir ao próximo, fortalecendo a nossa melhoria como espíritos, na dinâmica da vida terrena, como espaço de aprendizado. Finda essa reencarnação, retornamos ao pó comum, como corpo, e à pátria espiritual, como espírito, carregando na nossa bagagem espiritual a grandeza de nossas atitudes.
29 de Junho de 2015
* Publicado originalmente na Revista Cristã de Espiritismo

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Menina desafia previsão de médicos e sobrevive com coração fora do peito

Como toda criança, Virsayia Borum, de sete anos, é bastante ativa - em suas próprias palavras, adora "dançar, pular e voar".
Mas ela tem de tomar muito mais cuidado, pois nasceu com a chamada Pentalogia de Cantrell.
A doença, que afeta apenas cinco em cada 1 milhão de pessoas, faz com que os órgãos vitais se desenvolvam fora de suas cavidades.
No caso de Virsayia, foi seu coração - o órgão não nasceu dentro da cavidade, mas abaixo da pele - e seus intestinos, que se desenvolveram fora do abdômen.
"Quando me visto, coloco roupas macias para não machucar meu coração", diz ela.
"Ando por todo o lado, pulo, voo, corro. Não deveria correr, mas adoro correr."
Quando Virsaviya nasceu em Novorossiysk, na Rússia, médicos recomendaram à mãe dela, Dari, que se preparasse para o pior.
"Além do coração e dos intestinos, ela não tinha parte dos músculos abdominais, não tinha diafragma, tampouco tinha parte dos ossos do peito", contou ela à BBC.
"Eles me disseram que ela tinha uma doença muito rara e que não sobreviveria."
Virsaviya, no entanto, desafiou as previsões dos médicos.
"Quando vi pela primeira vez como o coração dela batia, para mim foi algo especial. Significou que ela estava viva. E que ela conseguia respirar e podia viver."
Aos quatro meses de idade, a menina passou por uma cirurgia para tentar resolver os problemas, mas ela não foi bem sucedida.
Dari saiu da Rússia rumo aos Estados Unidos há nove meses, com a esperança de que a filha fosse novamente operada. Hoje, a família mora na Flórida.
Mas infelizmente os médicos disseram que, por causa de sua pressão sanguínea, Virsaviya não está forte o suficiente para o procedimento.
"É muito triste porque eles dizem que ela vai morrer em breve", lamenta a mãe.
"Não é fácil para Virsaviya viver com o coração para fora porque é muito frágil, tem que tomar cuidado. Ela pode cair, o que pode ser muito perigoso. Ela pode morrer por causa disso."

Campanha

Apesar de sua saúde frágil, Virsaviya parece aproveitar a vida.
Ela gosta de pôneis, golfinhos, cantar, dançar e canções de Beyoncé.
"Ela é uma menina muito alegre, simpática, inteligente, talentosa e muito bonita", diz a mãe.
Mas o dia a dia das duas nos Estados Unidos não é fácil. Dari ainda tem que regulamentar sua situação migratória no país, e elas não possuem seguro de saúde para bancar despesas com exames e tratamentos.
"Infelizmente nem Varsivaya nem eu temos seguro de saúde. Também não temos um documento de identificação americano ou mesmo uma casa nossa para morar. No momento vivemos com amigos."
Ela disse que apresentou recentemente um pedido de asilo ao governo dos EUA para ficar na Flórida.
Para ajudar a pagar os gastos médicos, Dari lançou uma campanha on-line de doações que já arrecadou mais de US$ 70 mil.
O objetivo é atingir US$ 200 mil.
A hashtag #Virsaviyawarrior (guerreira Virsaviya) também se tornou viral.
Sobre as expectativas para o futuro, a mãe diz que quer dar condições adequadas de vida à filha.
"Quero que Virsaviya fique em só um clima pela condição de seu coração. Eu quero ter um lugar para nós, quero ter um médico para ela vê-la pelo menos uma vez a cada 6 meses, se a pressão arterial dela mudar, e ter certeza de que ela está bem."
Notícia publicada na BBC Brasil, em 6 de março de 2017.

Jorge Hessen* comenta

Certa vez historiamos sobre Bethany Jordan, uma garota da cidade inglesa de Stourbridge, que sofre da Síndrome de Ivemark, uma síndrome patológica de etiologia desconhecida, caracterizada por problemas cardiovasculares.(1) Jordan também nasceu com alguns de seus órgãos invertidos, isso mesmo! O fígado, o intestino e o baço estavam posicionados de trás para frente. O fenômeno foi descoberto em exames de ultra-som enquanto ela ainda estava no útero de sua mãe.
Sob o enfoque espírita, aprendemos que nos Estatutos de Deus não há espaço para injustiças. Desta forma, acreditamos que Virsayia e Bethany suicidaram-se em vidas passadas. Em verdade, conforme o tipo de suicídio empreendido (voluntário ou involuntário), brotam na estrutura do ser as desarmonias psíquicas e fisiológicas reflexas, que se manifestam nas diversas aberrações congênitas, inclusive a Pentalogia de Cantrell e a Síndrome de Ivemark, que se tornam terapêutica providencial na cura da alma.
Antes de renascermos, examinando nossas próprias necessidades de aperfeiçoamento moral, muitas vezes, rogamos a limitação psicomotora na nova experiência física, para que essa condição nos induza à elevação de sentimentos. Solicitamos ou nos é sugerida ou infligida (pelos Benfeitores) a enfermidade de longa duração, capaz de nos educar os impulsos; essa ou aquela lesão física que nos exercite a disciplina; determinada mutilação que nos iniba o arrastamento à agressividade exagerada; o complexo psicológico que nos remova as ideias, etc. É a lógica de justiça da reencarnação, o que nos remete a analisar as patologias congênitas pelo Princípio de Causa e Efeito.
Nosso estado moral é que determinará os renascimentos com anomalias congênitas ou não. Chico Xavier conta o seguinte: “Muitas vezes, temos encontrado irmãos nossos suicidas, que dispararam um tiro contra o coração, e que voltam com a cardiopatia congênita ou com determinados fenômenos que a medicina classifica dentro da chamada Tetralogia de Fallow; nós vemos companheiros que quiseram morrer pelo enforcamento e que voltam com a Paraplegia Infantil; nós vemos muitos daqueles que preferiram o veneno e que voltam com más formações congênitas; outras pessoas que violentaram o próprio ventre e que voltam, também, com as mesmas tendências e que, às vezes, acabam desencarnando com o chamado enfarto mesentérico."
Conta ainda o médium de Uberaba, que "vemos, por exemplo, aqueles que preferiram morrer pelo afogamento, num ato de rebeldia contra as leis de Deus e que voltam com o chamado enfisema pulmonar. Vemos, ainda, aqueles que dispararam tiros contra o próprio crânio e voltam com fenômenos dolorosos, como, por exemplo, a idiotia, quando o projétil alcança a hipófise; todas essas consequências, porque estamos em nosso corpo físico, mas subordinados ao nosso corpo espiritual. Então, principalmente os fenômenos decorrentes do suicídio, por tiro no crânio, são muito dolorosos, porque vemos a surdez, a cegueira, a mudez, e vemos esse sofrimento em crianças também, o que nos afigura incompatíveis com a misericórdia de Deus, porque nós sabemos que Deus não quer a dor.”(2)
Somos herdeiros de nossas ações pretéritas, tanto boas quanto más. O “compromisso moral” ou “conta do destino criada por nós mesmos” está impresso no corpo perispiritual. Esses registros fluem para o corpo físico e culminam por determinar o equilíbrio ou o desequilíbrio dos campos vitais e físicos. É certo que junto de semelhantes quadros de provação regenerativa “funciona a ciência médica por missionária da redenção, conseguindo ajudar e melhorar os enfermos de conformidade com os créditos morais que atingiram ou segundo o merecimento de que disponham”.(3)

Referências bibliográficas:

(1) A Síndrome de Ivemark consiste de más formações de diferentes órgãos, e a expectativa de vida depende de como cada órgão, principalmente o coração, é afetado;
(2) Xavier, Francisco Cândido. Pinga Fogo, São Paulo: Ed. Edicel, 1975;
(3) Xavier, Francisco Cândido. Religião dos Espíritos, Cap. 48, ditado pelo espirito Emmanuel, RJ: Ed. FEB, 1999.
* Jorge Hessen é natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951. Servidor público federal aposentado do INMETRO. Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História. Escritor (dois livros publicados), Jornalista e Articulista com vários artigos publicados.

Você sabia?! Arrepender-se é...


(recebido do Julio CN Gomes - google+)

Você sabia?! Arrependimento quer dizer...


(recebido do Julio CN Gomes - google+)

Reflexão...

"O Trabalho que permanece é o que se faz por Amor"


(Auta de Souza)

Participação da Isa Santos sobre Espiritismo e Arte

    Léon Denis, em O Espiritismo na Arte nos trás o conceito da arte. Ele diz que o objetivo essencial, nada mais é do que a busca e a realização da beleza; “é, ao mesmo tempo, a busca de Deus”, sendo Ele a realização da beleza física e moral. E é nessa busca que estamos a caminhar incessantemente. Que é Deus? Como se dá seu Amor a todos nós? O Pai me ouve? São questões justas a serem feitas, buscadas, respondidas, mas principalmente, sentidas.
   Sabemos que toda música se originou de uma poesia e toda poesia se originou de um sentimento “sem forma”. Materializá-lo, geralmente, é uma das tarefas dos ditos, artistas. Eu diria mais, falaria mediadores das excelsitudes. Pois todos aqueles que intermediam uma mensagem, é, pois o “meio”, o caminho, a ponte para se chegar à mensagem.
   Aqui nessas linhas da REE trazemos essa ascensão a Beleza Divina na poesia-música intitulada Uma Prece, que se originou de um dos estudos sobre O Livro dos Espíritos, nas primeiras questões, que falam sobre Deus.

 “Em segredo, humildemente, 
Diga o suficiente 
Não se estenda, não é preciso 
Pois Deus escuta e abençoa 
Se do coração tiver partido 

Purifica tua mente, 
Purifica o teu coração 
Pois como pode deixar que entre 
O amor puro de Deus 
Em um impuro recipiente 

Não está abandonado, 
Há um Pai que te sustenta e provê tudo o que precisar 
Não está desamparado,  
Há um Pai que te quer bem  
E está disposto a te carregar 
Até que tu caminhe de novo 
  
Não se deixe esmorecer, 
Feche os olhos, tenha fé! 
Com fervor e sinceridade  

Encontrarás 
O caminho de volta  
A si mesmo 

Te protege e Te ilumina 
E Te livra dos perigos 
Apesar de tantas vezes  
Você nem perceber 
Ah se você soubesse 
O quanto é abençoado 
Só viveria a cantar a maravilha que é viver! 

Organize tua mente, 
Que uma vibração tão diferente 
Se apoderará de seu ser...

O fardo não é mais tão pesado 
Pois você está cercado de amigos que te amam 
E querem te ver vencer. 

"Entregue teus caminhos ao Senhor 
e o mais ele fará"”

(Enviado por Isa Santos)

terça-feira, 6 de junho de 2017

Espiritirinha - Seminários, Encontros, etc.


Espiritirinha - Estudo


Espiritirinha - Comunicação


Pergunta feita: dúvidas sobre seguir o Espiritismo e sobre visões

PERGUNTA FEITA:
Nome: R.
Cidade: Curitiba      Estado: Pr
Assunto: Dúvidas
Mensagem: A minha tia tinha um terreiro ela que me incentivou a seguir o espiritismo. Só que eu tenho muitas duvidas em relação a isso. Porque a minha mãe fala que isso só faz mal as pessoas mas eu não acho isso. E eu tenho umas visões de vez em quando que me alertam em muita coisa queria saber mais a respeito disso.
Se puderem me ajudar agradeço.

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RESPOSTA DADA:

Olá, B.!

Muita paz a você!

Inicialmente, devemos diferenciar o Espiritismo das demais religiões. Não tratamos aqui de uma ser melhor que a outra, mas, embora todas nos levem ao mesmo destino, cada uma segue por seu caminho.

Sua tia era a coordenadora dos trabalhos de um terreiro. Normalmente, os rituais da Umbanda e do Candomblé são praticados nos terreiros. No Espiritismo, todos os trabalhos são realizados nos Centros Espíritas ou Sociedades Espíritas, que são bem diferentes dos terreiros.

Atualmente, encontramos praticantes da Umbanda e do Candomblé que, erroneamente, dão o nome de Centros Espíritas aos seus centros de reunião, o que acaba causando uma grande confusão, mas aprendendo a diferenciá-las tudo se resolve.

Bem, o Espiritismo, ou Doutrina Espírita, desenvolve seus trabalhos baseados na instrução (estudos e palestras) e na prática da caridade, que são os trabalhos com nossos irmãos necessitados, encarnados e desencarnados, estes últimos através da mediunidade, sempre seguindo os ensinamentos de Jesus.

Para facilitar seu entendimento, indicaremos ao final vídeos bem interessantes que falam dos vários aspectos do Espiritismo.

Para adiantar, leia o resumo contido no site www.cvdee.org.br , onde poderá resolver muitas de suas dúvidas.

O bem e o mal, ao contrário do que sua mãe diz, Betinha, não estão nas religiões, mas no coração das pessoas. As religiões, sejam elas quais forem, todas fazem o homem se elevar a Deus. Se Deus é o objetivo, então, somente através do amor podemos alcançá-Lo. O que acontece, porém, é que as pessoas têm muito medo daquilo que desconhecem, e é assim com todas as religiões. Criamos ideias erradas, nos tornamos preconceituosos, brigamos para impor nossas opiniões sobre as dos outros, o que mostra o tamanho dos nossos erros, pois devemos nos respeitar sempre, principalmente se fazemos o bem. Jesus disse: "Conhece-se a árvore pelos seus frutos". Se o fruto é bom, a árvore é boa, ou seja, se alguém faz o bem em nome da sua fé, é porque a fé é boa.

Infelizmente, essas dúvidas e conflitos não se resolvem de uma hora para a outra. Para nós, que vemos o mundo de uma forma mais aberta, já nos adiantamos. Aos que ainda não compreenderam o sentido da vida, esses terão seu momento de despertar, pois Deus assim o quer.

Com relação às visões quem nos diz ter, essa é o que chamamos de faculdade mediúnica, que é a capacidade de perceber e interagir com os Espíritos. Todos nós somos médiuns, sejamos novos, velhos, pretos, brancos, ricos pobres, dessa ou daquela religião, mas alguns são mais sensíveis à presença dos espíritos. A história do mundo nos mostra incontáveis acontecimentos desse tipo. A Bíblia, por exemplo, traz vários episódios de mediunidade, mas alguns preferem chamá-la de “dons de Deus”. Seja com que nome a conheçam, será sempre a mesma coisa.

As explicações sobre a mediunidade são profundas e precisam de um estudo cuidadoso. Porém, temos um excelente livro que trata do assunto de forma mais simplificada para tirar suas dúvidas mais urgentes: “Mediunidade: caminho para ser feliz”, de Suely caldas Schubert. Recomendamos que você o leia. Ao final, um trecho para conhecê-lo.

Finalmente, procure conhecer aí em sua cidade uma instituição espírita. Para evitar a confusão que mencionamos acima, lembre-se de que ela deve fazer parte da Federação Espírita do Paraná. Acesse http://www.feparana.com.br/ ou telefone para a Federação para informar-se melhor. Para jovens, nos Centros Espíritas, existem as mocidades espíritas, que proporcionam momentos muito bacanas para a troca de ideias e fazer amigos. Esses encontros vão te ajudar bastante.

Esperamos ter ajudado.

Estamos à disposição para auxiliar no que for necessário e conte sempre conosco.
Um abraço,
André.
Equipe Espiritismo.net Jovem

Recomendamos, caso seja possível e haja interesse, participar de nossas atividades na Internet (estudos, palestras, vibrações e Atendimento Fraterno), via Paltalk (programa de áudio-conferência).
No Paltalk: categoria "Central & South America" - subcategoria "Brazil", sala ESPIRITISMO NET JOVEM - Às sextas-feiras, 21h. 
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O QUE É SER MÉDIUM


Você se indaga, às vezes, se as sensações que tem sentido são realmente de caráter mediúnico ou apenas estados emocionais ou, ainda, se certos acontecimentos não seriam meras fantasias ou suposições erradas, por ficar impressionado em demasia com tudo o que lhe ocorre.
Porém como saber? Afinal, o que é ser médium?
Usualmente, denomina-se médium aquele em quem a faculdade mediúnica se mostra de forma ostensiva. Entretanto é bom saber que todos os seres humanos têm mediunidade em estado latente, como um princípio, uma semente, que poderá ou não desabrochar no curso da existência terrena.
Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo, explica que todos os indivíduos são mais ou menos médiuns, no sentido de que somos influenciáveis pelas sugestões alheias, podendo estas partir de espíritos desencarnados que nos desejam influenciar. Isto se dá através da sintonia mental, de forma espontânea e natural, surgindo na mente do indivíduo como uma idéia, um pressentimento, que são também chamados de “intuição”. Isto pode estar sendo lançado por um espírito desencarnado, e a pessoa aceitará a idéia ou não, dependendo do seu livre arbítrio.
Voltemos ao termo “médium”. É importante saber que esta palavra significa “aquilo que está no meio”. Allan Kardec propôs esta terminologia, inclusive as palavras “Espiritismo”, “espírita”, etc. Para designar coisas novas trazidas pelos Espíritos Superiores à Humanidade.
Assim, médium é o intermediário, aquele que intermedia a comunicação de um espírito com as demais pessoas.
A eclosão da mediunidade não depende de religião, idade, raça ou sexo. Muitas criaturas, não conhecendo nada sobre o assunto, ficam amedrontadas, outras temem as responsabilidades que são inerentes ao exercício mediúnico e recusam-se a conscientizar-se acerca da sua faculdade. Evitam de todas as maneiras qualquer conversa ou situação relacionadas com o tema, mas, se os sinais de mediunidade forem muito evidentes, intensos e freqüentes, essas pessoas ficam sujeitas a alguns problemas mais graves decorrentes das presenças espirituais ao seu lado, as quais captam sem saber como se defender ou precaver-se contra assédios negativos.
Mas, afinal, como saber se sou médium ostensivo? É a pergunta que lhe ocorre.
Existem indícios que caracterizam a presença da mediunidade de forma expressiva. O Espiritismo aclara e orienta todo esse processo, auxiliando o médium principiante e possibilitando o exercício da mediunidade de maneira equilibrada e serena, que lhe confere bem-estar e paz interior.
Alguns dos indícios do desabrochar da mediunidade podem ser relacionadas. São eles:
alterações emocionais súbitas;
acentuada sensibilidade emotiva;
vidências;
necessidade compulsiva e inoportuna de escrever ideias que não lhe são próprias;
calafrios, sensação de formigamento nas mãos e na cabeça;
mal-estar em determinados ambientes ou em presença de certas pessoas;
sensações de enfermidades inexistentes.
Estes sintomas podem surgir de forma associada, com maior ou menor intensidade, prevalecendo um ou outro ou vários, conforme a condição espiritual do indivíduo. Que fique bem claro que alguns desses sintomas citados podem ocorrer, sem que seja necessariamente um sinal de predisposição mediúnica. Outro ponto que merece ser ressaltado é que mediunidade não é doença. Também não deve ser encarada como um privilégio ou, sob outro aspecto, como uma sobrecarga de responsabilidade de tal teor, que somente uns poucos conseguirão levá-la adiante.
O desabrochar da mediunidade representa para o ser humano um horizonte novo que se abre para ele. É um chamamento, um convite a fim de que se volte para o bem, que desperte para as realidades maiores da vida. É uma responsabilidade sim, mas, sendo vivenciada com seriedade, com amor e disciplina, será sempre fonte de benefícios, em primeiro lugar para o próprio médium.
Às vezes as pessoas têm uma impressão distorcida acerca do Espiritismo pelo que a mídia apresenta, ou seja, pessoas que são médiuns mas que, na verdade, não são espíritas, embora assim se apresentem, e que se utilizam da sua faculdade para aparecerem, para divulgarem suas produções mediúnicas, mas que não têm as características espíritas, cujas orientações são sempre voltadas para fins sérios, altruísticos e renovadores, sem qualquer conotação de rituais ou de lucros materiais.
Se você apresenta as características acima mencionadas, se o que lhe está acontecendo se encaixa nestes pontos relacionados, é provável que a mediunidade lhe esteja sinalizando a busca de uma nova vida, de um caminho novo, espiritualizado, para que você encontre, enfim, o sentido transcendente da vida terrena.

“A mediunidade não veio em minha vida por acaso. É um compromisso que assumi perante a Espiritualidade Maior. É como um convite para reavaliar tudo o que fiz até hoje e recomeçar em bases espiritualizadas e seguras, descobrindo através do intercâmbio com os seres invisíveis um novo caminho para ser feliz.”

Do Livro Mediunidade: Caminho para ser feliz - Suely Caldas Schubert - Editora Didier