sábado, 19 de junho de 2010

Notícia: "Agressão entre casais jovens é cada vez mais frequente".

Uma pesquisa feita em mais de cem escolas brasileiras constatou que entre os casais adolescentes são muito comuns às agressões com gestos, palavras ou violência física.

Renata Capucci - Rio de Janeiro

"Seu moleque... Você é ridículo!". É teatro... Mas até parece realidade.

Uma pesquisa feita com mais de três mil estudantes entre 15 e 19 anos revela que nove em cada 10 jovens que namoram praticam ou sofrem variadas formas de violência.

A agressão verbal é a mais frequente. Nas dez capitais pesquisadas, 85% dos jovens disseram que costumam xingar, desprezar, magoar o parceiro usando as palavras e a maioria não têm consciência que se comporta assim.

"A consciência é feita muito passo a passo com os sentimentos e, às vezes, os sentimentos eles passam, atravessam as palavras. Então eu fico com raiva e não sei de quê", comenta Sócrates Álvares, psicólogo.

Hugo e Louise, ele 18, ela 16 anos, namoram há um ano e meio. Temperamentos opostos rendem várias brigas por semana. “Dia sim, dia não", diz o casal.

"Geralmente a agressão parte quando um ou outro não se sente amado. A violência é a expressão da incapacidade de se sentir amado. Se eu não posso me sentir amado por essa ou esse que eu escolhi, então quero vê-lo machucado", explica o psicólogo.

Louise reconhece. "A gente se xinga, mas não é muito pesado. Às vezes chamo ele de preguiçoso, ele me chama de chata. A gente machuca mesmo um ao outro. Como é duro pra mim ouvir crítica, por exemplo, eu acabo chorando", diz Louise Dias, estudante.

E Hugo confessa. “Eu já tive vontade de te bater várias vezes... Eu fico sentado me controlando pra não te dar um tapa pra você calar a boca. Mas mesmo na hora da briga eu tenho consciência que se eu fizer isso, que pode ser prior e que a gente pode perder um ao outro”, declara Hugo Barbatti, estudante.

"As situações de violência verbal são pré-condições pra violências maiores no futuro", alerta o psicólogo.

Os pais têm papel fundamental e devem propor conversas francas sobre os relacionamentos afetivos dos filhos.

"Esse acompanhamento dá para o adolescente o sentido de que ele é amado e de que ela é amada", alerta o psicólogo.

- “Onde vai terminar esse namoro?”, pergunta a repórter.
- “Não sei”.
- “Numa separação ou no altar?”.
- “Tomara que seja no altar”.
- “Eu espero que sim”.

A cena do teatro foi encenada pelos estudantes do curso de teatro "O Tablado".

Notícia publicada na página do Jornal Hoje, em 24 de março de 2010.


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Comentário:

É realmente estranho que duas pessoas que se amam venham adotar esse tipo de comportamento. Em grande parte, podemos debitar à sociedade moderna, com a cultura da violência presente a todo instante, a banalização dessa violência. Vemos a todo instante, na mídia e mesmo presencialmente, cenas de violência explícita, muitas vezes por motivos os mais fúteis possíveis. Inconscientemente, essa cultura vai se internalizando, vindo a provocar reações que, numa ótica sensata, de modo nenhum se justificariam.

Nas classes sociais mais baixas, podemos compreender semelhante comportamento como resultado do meio em que convivem, pois, nestas classes, a violência está mais fortemente presente no cotidiano das pessoas, inclusive dentro do próprio lar. As dificuldades materiais com que se deparam para prover a própria subsistência e da família, as discriminações sociais de que são vítimas a todo momento e a falta de uma educação apropriada, por exemplo, embora não justifiquem, são fatores que levam a essa cultura da violência. Assim, a agressão dos pais entre si, dos pais em relação aos próprios filhos, ou mesmo na relação de vizinhança passa a ser algo quase que natural, não despertando mais qualquer reação de surpresa. Essa circunstância vai se refletir na formação do jovem, que passa a ter esse comportamento como paradigma, com reflexos no relacionamento entre casais.

Mas e nas classes mais favorecidas, onde a violência familiar é menos ocorrente? De onde vem essa violência que os jovens adotam em seus relacionamentos e que geram agressões recíprocas? Como justificar? É uma questão para ser seriamente estudada por sociólogos, pedagogos e demais segmentos que se dedicam ao estudo e pesquisa do relacionamento humano. Muitas vezes, são jovens de nível social mais elevado, que não enfrentam dificuldades materiais de sobrevivência, que têm tudo de que precisam, em termos materiais, para desfrutarem uma vida feliz, mas que, no entanto, não conseguem conter o ímpeto da violência. É claro que os fatores são múltiplos e apenas para exemplificar podemos citar a influência da mídia, noticiando a todo momento a ocorrência de fatos violentos de todos os matizes. A banalização dessa violência torna-se uma realidade e a sua prática passa a ser vista como algo natural, que esses jovens adotam quase que imperceptivelmente.

Não devemos esquecer, também, o momento de transição que o planeta vivencia. Muitos espíritos rebeldes, que vêm há muitas existências comportando-se dessa maneira, estão retornando para um processo de reajuste. Em geral, são espíritos que progrediram satisfatoriamente no campo do intelecto, mas cujo progresso moral não acompanhou a evolução intelectual. Muitos se adequam aos novos tempos que estão chegando. Outros, porém, encontram dificuldades e resistem à transformação moral indispensável. Durante algum tempo ainda teremos que conviver com esse tipo de situação. Mas o processo evolutivo é um determinismo divino ao qual todos se submeterão. Vencida essa fase transitória, tudo será passado e a humanidade caminhará firmemente rumo à sua destinção final.

Comentário por: Sergio Rodrigues, espírita e colaborador do Espiritismo.Net.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Notícia: "Brasileiros mudam de vida e se dedicam a ajudar o próximo."

Conheça dois brasileiros reconhecidos internacionalmente, que têm uma missão muito especial.

NEIDE DUARTE
São Paulo

“Aqui foi a formatura do terceiro colegial. A foto da esquerda foi menos de um mês do meu acidente. Eu sou o último da direita com a blusa branca”, mostra Rodrigo Mendes.

O acidente a que ele se refere foi um assalto. Um tiro atravessou o pescoço de Rodrigo Mendes, que ficou tetraplégico aos 18 anos de idade.

“No momento, talvez uma sensação de que eu continuava sendo o Rodrigo com a mesma capacidade, talvez com outro contexto, mas que alguns ajustes seriam suficientes para que eu retomasse a minha atividade como cidadão”, lembra Rodrigo.

Hoje, aos 34 anos, ele é um administrador de empresas e o principal executivo do instituto que criou em 1994 e que leva o nome dele.

“Minha ideia, ao criar o instituto, era ajudar, oferecer oportunidades, oferecer bem estar e novos horizontes para pessoas que estivessem em situação de exclusão”, explica.

Tudo começou quando Rodrigo, sem poder movimentar nem braços, nem pernas se envolveu com as artes plásticas e começou a pintar com a boca. Fez oito exposições individuais e vendeu muitos quadros.

As vitórias que conseguiu para si, logo quis dividir com os outros. Criou um atelier de pintura, onde pessoas em situação de exclusão são muito bem-vindas. Aqui elas deixam suas marcas, transparências, manchas, vazios, identidades.

“Temos três programas educativos. Um deles, que são os cursos de arte, trabalha com públicos muito heterogêneos. Tentamos trazer para o atelier de arte misturas de perfis e trabalhamos também com escolas públicas”, aponta.

Rodrigo trabalha de sete a oito horas por dia, normalmente em casa, no computador e no celular. E é reconhecido internacionalmente. Ele é um dos 245 jovens líderes globais, eleitos pelo Fórum Econômico Mundial como alguém que tem um compromisso social e o potencial de modificar o futuro do mundo.

“Hoje eu me sinto uma pessoa que vive com muita intensidade e com vontade de devolver o que eu recebi e continuar construindo. Acho que assumi como missão”, diz Rodrigo.

Não são todos que podem atribuir à profissão que exercem a força desta palavra: missão. Isso é privilégio de poucos que conseguem perceber no espaço do trabalho o lugar perfeito para ajudar a transformar o mundo.

“Eu sinto que essa é uma missão. A maioria das pessoas que trabalha no terceiro setor sente isso também, é quase uma vocação, quase uma missão. Você quer fazer um mundo melhor, quer fazer o seu pedaço, o que você consegue fazer melhor”, diz a presidente da Impetus Trust Daniela Barone.

Daniela Barone é economista e administradora de empresas, sempre trabalhou com finanças. Criava estratégias, para instituições financeiras dos Estados Unidos e da Inglaterra, de como investir o capital. Ou seja, ajudava os poderosos bancos ingleses e americanos a investirem para terem mais lucro.

“Se eu continuasse trabalhando nos bancos, minha carreira era uma coisa bem clara para mim, porque eu conseguia ver os próximos passos muito claramente do que ia ser minha carreira, ia estar muito rica agora, provavelmente, porque o que eu estava fazendo tinha um retorno financeiro muito grande e eu estava me dando bem”, lembra a economista.

No auge da carreira, Daniela, que morava em Londres há sete anos, decidiu abandonar tudo e se dedicar a uma ONG inglesa, Impetus, que ajuda outras ONGs a se desenvolverem plenamente. Com isso, ela, que chegava a ganhar mais de 400 mil libras por ano, passou a receber praticamente um quinto do que ganhava.

“Quando fiz essa opção, as pessoas próximas disseram que eu estava ficando louca. Foi uma mudança muito grande de vida. A mudança em termos de salário foi enorme, eu tive até de mudar de apartamento. Mudança do jeito que se trabalha e essa incerteza do que vai ser o seu futuro”, lembra.

O futuro de Daniela pode não ser muito nítido, mas ela sabe que o caminho dela é muito diferente do da maioria das pessoas. Ela trouxe profissionalismo para o terceiro setor, uma área muito dependente de voluntários e de trabalhos amadores. Usou tudo o que aprendeu no mercado financeiro, inclusive os contatos, para conseguir financiar a filantropia. Atraiu voluntários poderosos, entre eles banqueiros, pessoas ligadas ao mercado de alto luxo.

“Eu perguntei para ele, porque alguém de alto luxo estava trabalhando com filantropia e ele respondeu: Mas no século 21 filantropia é alto luxo”, comenta Daniela.

Daniela também teve o reconhecimento público do seu trabalho. Na Inglaterra, o jornal “The Independent” publicou a lista das 100 pessoas que fizeram do Reino Unido um lugar melhor para se viver. Daniela estava entre elas.

“Há coisas que são difíceis de mensurar, por exemplo as ONGs que bancamos agora estão tendo uma influência enorme em políticas públicas. Isso é uma coisa poderosa também, isso faz grandes mudanças sociais. O aumento do capital social de uma sociedade traz retorno financeiro muito maior do que tanto acúmulo de dinheiro. A gente não precisa de tanto assim para viver”, comenta Daniela.


Saiba mais

Conheça o Instituto Rodrigo Mendes

Conheça a ONG Impetus Trust (site em inglês)

Notícia publicada na página do Bom Dia Brasil, em 26 de janeiro de 2010.


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Comentário:

Há muito se ouve falar que ainda vivemos num mundo de provas e expiações, mas que está se transformando, se modificando em um mundo de regeneração. Isto não quer dizer que alguém irá nos salvar ou transformar o mundo, mas somos nós mesmos que teremos que fazer. E, se não quisermos, continuaremos num mundo de provas e expiações, só não será mais este aqui.

Como mudamos o mundo? Através das mudanças em nós mesmos, através de nossas provas pessoais, que na verdade nunca o são verdadeiramente. Alguns podem ter como característica um acidente, uma limitação física ou algo que lhe coloque como vítima, como sofredor; outros vêm com grandes aptidões, podem ser bem sucedidos financeira e socialmente; outros, orgulhosos, vêm aprender a serem comuns, iguais e semelhantes.

Os aspectos e as formas podem ser infinitas, mas a prova que nos qualifica à regeneração é utilizar todos os instrumentos, todo o nosso potencial em benefício da humanidade, do todo, através de sua unidade fundamental, que é o outro.

São pessoas que fazem a diferença que vem em prova para nos mostrar que o destino é único, mas que os caminhos podem ser diversos. Isto quer dizer que não precisamos sair criando ONGs, mas apenas fazer algo muito mais difícil, pensar no outro primeiro, satisfazer as necessidades do próximo e não reclamar ou se arrepender.

Como disse Daniela: "O que você consegue fazer melhor?" Não importa o que seja, tenha a certeza que este trabalho pode ser útil.

Este é um mundo de regeneração que nos aguarda ansiosamente:

"Os mundos regeneradores servem de transição entre os mundos de expiação e os felizes. A alma que se arrepende, neles encontra a paz e o descanso, acabando por se purificar. Sem dúvida, mesmo nesses mundos, o homem ainda está sujeito às leis que regem a matéria. A humanidade experimenta as vossas sensações e os vossos desejos, mas está isenta das paixões desordenadas que vos escravizam. Neles, não há mais o orgulho que emudece o coração, a inveja que o tortura e o ódio que o asfixia. A palavra amor está escrita em todas as frontes; uma perfeita equidade regula as relações sociais; todos manifestam a Deus e procuram elevar-se a Ele, seguindo as suas leis. (O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap III, Item 17.)

(Comentário por: Claudia Cardamone nasceu em 31 de outubro de 1969, na cidade de São Paulo/SP. Formada em Psicologia, no ano de 1996, pelas FMU em São Paulo. Reside atualmente em Santa Catarina, onde trabalha como artesã. É espírita e trabalhadora da Associação Espírita Seareiros do Bem, em Palhoça/SC.)

domingo, 13 de junho de 2010

Pergunta feita: "Como saber se tenho mediunidade?"

Assunto: mediunidade
Mensagem: gostaria de saber se tenho mediunidade.. e como desenvolver ela..

obrigado..

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Olá, M!

Muita paz!

A mediunidade é uma faculdade, uma sensibilidade para perceber o mundo espiritual que todos temos, independente de religião, sexo, idade, porém, em tipos e graduações diferentes. Algumas apresentam sinais claros, o que chamamos de ostensivas.

Nascemos com ela, mas seu afloramento depende de alguns fatores - emocionais, espirituais, físicos, etc. - que podem impedir ou estimular sua manifestação, levando em consideração que seus efeitos podem ser positivos ou negativos, conforme a forma que se lida com ela.

M, "desenvolver a mediunidade" é uma expressão bastante utilizada nas religiões de tradições africanas, como Umbanda e Candomblé, mas através dos estudos espíritas, entendemos que não se desenvolve a mediunidade, mas a educa. Devemos compreender que não se cria algo que não existe. Nesse sentido, ou temos ou não temos essa sensibilidade.

Para detectar se um indivíduo é portador dessa faculdade, temos de observar criteriosamente os sinais que venham a se manifestar. Outra forma que temos para saber se há esse potencial mediúnico é através das orientações dos amigos desencarnados, mas especificamente daqueles que orientam os trabalhos mediúnicos das casas espíritas, que nos revelam visando um objetivo maior no trabalho caritativo em favor do nosso próximo. Assim, recomendamos que converse com os coordenadores do grupo da casa que frequenta ou passe a frequentar para participar dos estudos sobre mediunidade.

Indicamos também o material abaixo, que o auxiliará com mais esclarecimentos. Ao final, leia o texto “O que é ser médium”, trecho do livro "Mediunidade: Caminho para ser feliz".

Instrua-se com leituras edificantes - caso seja do seu interesse, a Codificação Espírita e outros livros espíritas instrutivos podem ser obtidos no link www.espiritismo.net/portugues_download ou www.virtual.espiridigi.net (Biblioteca Virtual).

Para conhecer melhor o Espiritismo, acesse os sites www.espiridigi.net/videos e www.espiritismo.net/espiritismo para assistir aos vídeos e ler as informações abordando seus diversos aspectos.

Esperamos ter ajudado. Estamos à disposição para auxiliar no que for necessário e conte sempre conosco.

Um Feliz 2010 a você e sua família!

Um abraço,
André.

Equipe Espiritismo.net Jovem

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Livros:

- "O Livro dos Médiuns" - Allan Kardec
- "Mediunidade: Caminho para ser feliz" - Suely Caldas Schubert
- "Desafios da Mediunidade" - Espírito Camilo - Psicografia de José Raul Teixeira

Vídeos:

- www.espiridigi.net/videos
Revista Informação

- O Fenômeno Mediúnico

- www.virtual.espiridigi.net - seção Multimídia > vídeos
Programas Espíritas

- Terceira Revelação - 06 - A mediunidade ao longo da história
- Terceira Revelação - 08 - Mediunidade

Programa Transição - http://www.transicao.tv.br/

- Programa 01 - Mediunidade - Divaldo Franco
- Programa 22 - Mediunidade - Raul Teixeira
- Programa 43 - Mediunidade - Suely Caldas Schubert e José Maria Medeiros

Além desses, segue outros complementares:

Palestras:
- "Formas-Pensamento" - Jacobson Trovão - www.espiridigi.net/arquivos/formas_pensamento.zip
- "Obsessão: Um Flagelo Atual" - José Raul Teixeira - www.espiridigi.net/arquivos/raul-flagelo.zip

Vídeos:

- www.espiridigi.net/videos
Revista Informação
- Atitude Mental
- A Influência Espiritual
- Perturbação Espiritual

- www.virtual.espiridigi.net - seção Multimídia > vídeos
Programas Espíritas
- Terceira Revelação - 15 - Emoções Perturbadoras
- Terceira Revelação - 20 - Influência dos Espíritos
- Terceira Revelação - 37 - Prece

Programa Transição - http://www.transicao.tv.br/

- Programa 29 - Obsessão - Suely Caldas Schubert e José Maria Medeiros
- Programa 30 - A influência dos espíritos nos nossos pensamentos. - Divaldo Franco