terça-feira, 9 de agosto de 2016

Livro em estudo: Nos Bastidores da Obsessão – A019 – Cap. 6 – No Anfiteatro – Primeira Parte

Livro em estudo: Nos Bastidores da Obsessão – Editora FEB - 1970
Autor: Espírito Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco

A019 – Cap. 6 – No Anfiteatro – Primeira Parte

      Ante a proximidade do momento de nos dirigirmos aos sítios em que o Dr. Teofrastus labora, voltavam-nos à mente as lições fornecidas pelo Benfeitor Glaucus, em torno da história e das realidades da hipnose.
      Guilherme, amparado fraternalmente por Ambrósio, o delicado enfermeiro e assistente de Saturnino, foi in­corporado ao grupo, e assim nos acercamos da porta do velho edifício da União, para nos transferirmos até o Anfiteatro.
      Saturnino, prestimoso e severo, antevendo a gravi­dade da excursão, a todos nos adestrou, quanto possí­vel, nos recursos da concentração e da prece, de modo a evitarmos qualquer desastre, no reduto inditoso para onde rumávamos.
      A tarefa, de grande realce, tinha como objetivo essencial conhecer os métodos de trabalho dos «adversá­rios da Luz», de modo a elucidar os companheiros reencarnados e aplicar, igualmente, os antídotos compatí­veis quando estes esclarecimentos viessem a lume.
      Sem dúvida, desde as primeiras horas do Espiritismo, Mensageiros Eficientes têm vindo à Terra ofere­cer esclarecimentos sobre as paisagens do Mais Além... e, mesmo antes da chegada do Consolador, os informes incessantes chegavam aos ouvidos dos homens, advertindo-os sobre as realidades insofismáveis da vida.
Aguardava-nos à porta singular veículo, semelhante às velhas seges, porém de maiores proporções, à qual estavam atrelhados duas parelhas de corcéis brancos, belos espécimes equinos, conduzidos por um cocheiro de meia-idade, que nos saudou com discreta cortesia.
Adentramo-nos no coche, que partiu. As cortinas arreadas não nos permitiam a visão do exterior.
O  irmão Saturnino esclareceu que conhecia o local em que estava o anfiteatro, próximo à região pantanosa da cidade, em uma área deserta e não muito distante, que atingiríamos numa hora de viagem aproximadamente. Elucidou, ainda, que a providência de utilizar o veículo se justificava, considerando a situação de alguns dos membros presentes à excursão, pouco adestrados a voos mais expressivos fora do corpo somático, como Guilher­me e qual acontecia a nós outros, algemados, ainda, às formas físicas.
Convidados à oração silenciosa, procuramos mergu­lhar no oceano sublime da prece, de modo a contribuir com os recursos possíveis para o êxito da missão.
Transcorrido mais ou menos o tempo previsto, es­cutamos bulha e altercação à nossa frente, quando, então, saltamos da condução, prosseguindo a pé. Havia uma multidão de entidades viciosas, em atitudes repelentes, que dialogavam com expressões vis e ultrajantes. En­tre elas, podiam-se notar diversos encarnados — perfei­tamente diferençáveis, graças aos vínculos do perispírito ainda ligado ao corpo físico — que pareciam algemados a alguns dos desencarnados libertinos, que os conduziam como se fossem escravos das suas paixões e de quem não se podiam libertar. Outros apareciam com caran­tonhas simiescas e o recinto tresandava putrefação. Vi­brações viscosas e sombrias carregavam os céus que tinham um tom pardacento-escuro, sem estrelas, e o solo miasmático parecia um paul insano que, todavia, não lhes chamava a atenção, acostumados como se en­contravam à paisagem triste e morta do local.
A construção, de matéria viscosa e escura, tinha a forma semicircular e fazia lembrar repentinamente os velhos circos, não fosse a substância de que se revestia. Luzes roxas e vermelhas esparramavam sombras ator­mentadas que passavam perdidas nos interesses em que se compraziam e, de quando em quando, massa compacta e atroadora, empurrando violentamente os que se encon­travam à frente, chegava em galhofa infernal. Dificil­mente se poderia ver na Terra espetáculo de tal natu­reza... E, todavia, estávamos na Terra, um pouco fora das vibrações do mundo material, dentro dele, porém.
Alguns guardas bufos e caricatos, tomavam conta da entrada ampla, onde se encontravam assestados al­guns aparelhos, que faziam lembrar os torniquetes utilizados entre os homens, com a diferença de que sobre eles havia uma caixa quadrangular, que Saturnino in­formou ter a finalidade de impedir a entrada de Espíritos que não pertencessem à malta. Era o psicovibrô­metro que tinha a capacidade de registar as ondas vi­bratórias de todos os assistentes, denunciando, assim, quaisquer intromissões dos Espíritos Superiores.
Ele, Ambrósio e Glauco, todavia, tomaram precau­ções especiais, de modo a transporem a passagem sem provocar qualquer alarme denunciador, através de um processo de imersão mental nas lembranças do passado, o que lhes diminuiria o registro vibratório. Além disso, penetrariam no recinto, logo mais, quando o número de frequentadores fosse muito expressivo, de forma a que o aparelho ficasse impregnado de fluídos de baixo teor vibratório. Quanto a nós, os encarnados, e a Guilherme, não haveria problema...
Afastando-nos um pouco do bulício, os Benfeitores e o Assistente, concentramo-nos demoradamente e ob­servamos um fenômeno singular. Lentamente o aspecto exterior se foi adensando e a forma padeceu ligeira transformação que os deformava e, como se estivessem respirando incômoda atmosfera, passaram a apresentar leves estertores e, sensívelmente modificados, convida­ram-nos a entrar.
Atravessamos as barreiras sem qualquer incidente e fomos surpreendidos por um recinto amplo, de arqui­bancadas que ficavam fronteiras a um picadeiro pouco iluminado, onde o espetáculo teria curso. A balbúrdia ensurdecedora fazia lembrar um covil de feras. Expressões profundamente vulgares e tradutoras da qualidade dos que ali se encontravam explodiam abundantes, cons­trangendo-nos.
Saturnino, com muita discrição, nos convocava à oração, de modo a que nos não distraíssemos. Esclare­ceu que Benfeitores Espirituais nos acompanhavam de longe, pelos fios invisíveis do pensamento, intercedendo por todos nós ao Senhor da Vida.
Guilherme, apavorado, estava a ponto de desequi­librar-se.
Acolitado, no entanto, por Ambrósio, que o susten­tava, manteve-se em silêncio, expectante.
Sübitamente apareceram, no recinto interno e semi­circular, estranhos sequazes que sopraram búzios esqui­sitos e anunciaram a chegada do Dr. Teofrastus.
Guilherme, ao nosso lado, entre a massa agitada que gritava, desenfreada, começou a tremer descontro­ladamente. O momento, porém, era de algazarra, en­quanto a multidão esperava ansiosa o anfitrião.
Aqui e ali, no entanto, havia muitas expressões de pavor, não só entre encarnados como entre desencar­nados, que esperavam o início da função, constrangidos e vencidos por medo atroz. Apresentando rostos pati­bulares, essas Entidades confrangiam mesmo aqueles que fossem portadores de sentimentos empedernidos, exce­ção aos que ali se encontravam, tresloucados...
O  ambiente era irrespirável. Nuvens de fumo se ele­vavam, abundantes, misturadas a odores acre-fortes, como os derivados de plantas estupefacientes, e podia-se ver uma multidão espiritual, de paixões insaciáveis, açu­ladas, que habitualmente se atiravam atormentados so­bre os seus cômpares enjaulados na carne, em processos indescritíveis de vampirizações tormentosas. Esperavam, desditosos, as lições infelizes em torno das técnicas da obsessão, para continuarem o programa inferior de iman­tação psíquica nos seus antigos senhores que passavam, automàticamente, à condição dolorosa de escravos...


QUESTÕES PARA ESTUDO E DIÁLOGO VIRTUAL

1)     Por que os Espíritos protetores foram até o anfiteatro?
2)     Por que os Espíritos utilizaram-se de uma condução para ir ao Anfiteatro?
3)     O que era o psicovibrô­metro? Este aparelho era infalível?
4)     O que vem a ser “iman­tação psíquica”?

Um abraço a todos!

Equipe Manoel Philomeno

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

DVD - 3 Fórum Espírita Léon Denis

"O Fórum Espírita Léon Denis é uma iniciativa do Centro Espírita Léon Denis que mediante as reflexões em torno das Bienais do livro inaugurou o Projeto escoLhER, que busca fomentar a crítica literária espírita pela qual o leitor é responsável pelo que lê! Ler bem é ler avaliando!"

 O evento foi realizado no dia 17 de julho de 2016.

Anete Guimarães - “A Disciplina do Pensamento”
...
Régis de Morais - “A Reforma do Caráter”

E a participação da cantora Anatasha Meckenna.

DVD duplo já à venda no Centro Espírita Léon Denis e no Espiritismo.net.

Reflexão



Recebido de Daniel Necves

Desenvolva o tema (2) ...


Desenvolva o tema...


domingo, 7 de agosto de 2016

E, aí! Já leu? (2)

A saga do ciúme


De autoria de Cristiane Lenzi Beira, mestra em Psicologia Escolar e Raul Teixeira, o livro busca debater os diversos vieses do ciúme, presente nas relações afetivas e sociais, com o propósito de despertar a atenção necessária para não se permitir envolver nas teias desse vício, que gera tormentos e põe em risco a estrutura da vida em sociedade.

De leitura agradável, provoca uma autoavaliação a respeito do ciúme em nós como uma atitude consciente de quem deseja se poupar a conflitos e sofrimentos diversos.

A apresentação é do Espírito Camilo, recepcionada psicograficamente, em Loulé, Algarve, Portugal, por Raul, em 28 de maio de 2015.

Raul é responsável por quatro dos vinte e cinco capítulos, compondo a quarta parte do livro, adaptada do seminário A vida conjugal e seus enfrentamentos – A dinâmica do ciúme.

Fonte: Jornal Mundo Maior

1ª Mostra de filmes espíritas do Rio de Janeiro

1ª Mostra de Filmes Espíritas do Rio de Janeiro

 Publicado por Equipe Rádio Rio de Janeiro

Numa realização da Versátil Digital Filmes e da Fundação Cristã-Espírita Cultural Paulo de Tarso, a 1ª Mostra de Filmes Espíritas do Rio de Janeiro irá acontecer no período de 22 a 28 de setembro de 2016, no Centro Cultural Luiz Severiano Ribeiro – Cine Odeon, no coração da cidade maravilhosa, em plena Cinelândia.

Na programação estão documentários e filmes longa metragem sobre o Espiritismo, num evento cultural inédito e de grande importância cultural.

Com sessão dupla na parte da manhã (09h00), ou seja, com a exibição de 2 (dois) documentários, e uma sessão na parte da tarde com um filme longa metragem, todas as sessões terão, após a exibição, um Debate com a participação de espíritas convidados, ou seja, a Mostra de Filmes Espíritas irá se caracterizar por ser um amplo cine-debate.

Eis os filmes que serão exibidos:


> Luz da Escola
> Joelma 23º Andar
> Peixotinho – Materializações de Espíritos 
> Bezerra de Menezes, o Médico dos Pobres 
> As Mães de Chico Xavier 
> Herculano Pires – Um Convite para o Futuro
> As Cartas Psicografadas por Chico Xavier 
> E a Vida Continua
> Nos Passos do Mestre 
> Eurípedes Barsanulfo – Educador e Médium
> O Filme dos Espíritos 
> O Livro dos Espíritos segundo o Cinema
> Espiritismo – de Kardec aos Dias de Hoje
> Bezerra de Menezes – O Diário de um Espírito 
> O Céu e o Inferno – Mito ou Realidade
> Allan Kardec – o Educador
> Chico Xavier – o Filme
> Data Limite
> Chico Xavier, o Grande Médium Espírita 
> Nosso Lar


Os ingressos começarão a ser vendidos, pela internet, no mês de agosto.
Você não pode perder!

Apoio do Conselho Espírita do Estado do Rio de Janeiro (CEERJ), Correio Espírita e TV Nova Luz.


Marcus De Mario
Diretor Cultural
FUNTARSO | Rádio Rio de Janeiro
www.radioriodejaneiro.am.br
(21) 3386-1400
Informações:
Juliana Lopes – Marketing
(21) 3386-1422
marketing@radioriodejaneiro.am.br

E, aí! Já leu?

A arte do re encontro – casamento

Este livro tem a intenção de oferecer contribuições em face dos assuntos palpitantes do cotidiano matrimonial, sem a preocupação de apresentar soluções mágicas, tampouco conclusões definitivas.

Entretanto, tem a ousadia de pretender ser útil, ainda que singelamente, àqueles que caminham na afetividade, ansiando pela arte de viver um casamento maduro.

Dividida em 21 capítulos, esta obra é um convite à reflexão sobre a dinâmica do relacionamento a dois e sobre os elementos que impactam na saúde da relação de conjugalidade. Temas como casamento e filhos de outro casamento; casamento e infidelidade conjugal; casamento e perdão; casamento e separação; casamento e sogra; delimitação de papéis entre cônjuges e filhos são abordados nessa obra fascinante, que oferece, inclusive, uma proposta de três modelos de casamento. Trata-se de um livro que deve, além de tudo, ser utilizado por grupos de estudos e reflexões.

O livro que ora temos em mãos é um estudo sério sobre as uniões matrimoniais à luz da ética espírita e das elevadas propostas evangélicas de sustentação das criaturas e da família.

Saudamos, nesta obra, o brado de advertência que o autor, com larga experiência psicoterapêutica e vivencial ante os conflitos humanos, oferece a todos quantos experimentam insatisfação nos relacionamentos profundos e incompreensões no santuário doméstico.
Joanna de Ângelis
Fonte: jornal Mundo Maior