sábado, 24 de fevereiro de 2018

Vamos verificar a questão com enfoque da Doutrina Espírita?

Oi, Galera! Beleza aí?!
Alguém passou pelo facebook a imagem com os dizeres abaixo. Achamos legal trazer pra cá, para que a gente discuta a questão com o enfoque doutrinário espírita.
Aguardamos vcs!
Abraços e beijos


sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Vozes interiores reflexões - O desprendimento dos bens terrenos...


Desenvolva o tema sob a ótica espírita


Crie a história e desenvolva o tema à luz da Doutrina Espírita


Teoria do Caos

A Teoria do Caos determina que mínimas mudanças no início de um evento podem gerar profundas alterações futuras, o que tornaria o sistema caótico e imprevisível.

Publicado por: Joab Silas da Silva Júnior em Curiosidades de Física

A Teoria do Caos diz que mudanças insignificantes no início de um determinado evento podem gerar mudanças profundas no futuro, o que tornaria o sistema caótico e impossível de ser previsto. Essa teoria está relacionada, por exemplo, com as variações do mercado financeiro, mudanças climáticas e com o crescimento populacional.
Imagine a situação a seguir: João estava indo de moto prestar o vestibular para ingressar em uma determinada universidade. No meio do caminho, um prego furou o pneu de sua moto, impedindo-o de chegar a tempo de realizar as provas, por isso, João ingressou em outra universidade. O local, as pessoas com as quais conviveu e relacionou-se, as oportunidades de emprego e estágio poderiam ter sido completamente diferentes se aquele prego não tivesse furado o pneu da moto de João naquele momento. O pequeno prego pode ter mudado completamente o futuro do jovem a ponto de alterar quem seriam seus filhos e netos!

Proposta da Teoria do Caos

Edward Lorenz, meteorologista do Massachusetts Institute of Technology – Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em 1960, percebeu, ao analisar os dados fornecidos a um programa de computador que fazia previsões climáticas, que a falta de algumas casas decimais provocava alterações drásticas nas previsões ao longo do tempo. Inicialmente, essa falta das casas decimais não gerava nenhuma mudança significativa, mas, a longo prazo, o acúmulo de resultados minimamente alterados gerou profundas mudanças no clima. Nas palavras de Lorenz, “o bater das asas de uma borboleta no Brasil pode gerar um furacão no Texas!”.
Depois de Lorenz, o matemático James York examinou as propriedades da chamada equação logística, que, entre outras coisas, pode fornecer um modelo para o crescimento populacional de uma cidade. Alterando-se pequenos fatores fornecidos à equação, grandes mudanças eram percebidas nos resultados finais.

Teoria do Caos abordada no cinema

Muitas produções cinematográficas trazem o conceito da Teoria do Caos. O clássico De volta para o Futuro (Back to the Future), de 1985, retrata a história do jovem Marty McFly (Michael J. Fox), que volta no tempo em uma máquina criada pelo cientista Emmett Brown (Christopher Lloyd). A interação de McFly com seus pais e conhecidos gera profundas mudanças no futuro, alterando a história da vida das pessoas e até do desenvolvimento da cidade.
A produção brasileira Homem do Futuro, de 2011, retrata a história do físico Zero (Wagner Moura). Ao criar uma estranha máquina, Zero volta aos tempos da faculdade e tenta conquistar sua amada, Helena (Alinne Morais). Sempre que Zero causa uma pequena alteração nos fatos passados, mudanças significativas ocorrem no futuro.

Existe aplicação real para essa teoria?

Por ser relativamente nova, a Teoria do Caos ainda é objeto de muitos estudos e análises. Porém, sabemos que ela está relacionada, por exemplo, com a compreensão de sistemas não lineares e com a impossibilidade da realização de previsões climáticas a longo prazo.
Matéria publicada no Portal Mundo Educação.

Jorge Hessen* comenta

Há 5 séculos a moderna ciência ocidental pavimentou as sendas para os estudos de Copérnico, Galileu, Kepler, Bacon e Descartes, resultando no paradigma mecanicista do processo científico. Posteriormente, tal padrão científico foi corroborado por Newton, que observou as leis do movimento, criando uma realidade determinista regida por leis físicas e matemáticas, onde tudo era “exato”, “absoluto” e “inalterável”.
O funcionamento do mundo físico passou a ser visto como o de um relógio, através de movimentos lineares e precisos. Todavia, no final do Século XIX, o pesquisador Poincaré desafiou, pela primeira vez, esta visão determinista dos sistemas, revelando os desempenhos irregulares e não previsíveis deste sistema newtoniano, portanto, desvendando os comportamentos caóticos na dinâmica da vida.
Atualmente há respeitáveis estudos, análises, debates e críticas sobre a famosa “teoria do caos”. Para alguns, é uma das teorias mais importantes do Universo, presente na essência em quase tudo o que nos cerca. Seus causídicos afiançam que variações insignificantes no início de um determinado evento (mudança climática, por exemplo) podem gerar transformações profundas no futuro, o que tornaria o sistema (ou eventos) caóticos e impossíveis de serem previstos.
O termo caos, assim traduzido para o português, é originado da palavra grega “cháos", que significa vasto abismo ou fenda. Através dos romanos, passou a ter a conotação de desordem. A “teoria do caos” também está relacionada com as variações do mercado financeiro e com o crescimento populacional e, como vimos, com a concepção de impossibilidade de previsões climáticas a longo prazo.
No século XX, durante um evento científico ocorrido em Washington, em 1972, o meteorologista Eduard Norton Lorenz, fundamentado em seus estudos, formulou equações que demonstravam o “efeito borboleta”. Para isso apresentou um artigo intitulado “Previsibilidade: o bater de asas de uma borboleta no Brasil desencadeia um tornado no Texas?”. Criando tal adágio, traduziu ideias de que pequenas causas podem provocar grandes efeitos, independentes do espaço e do tempo.
O físico Stephen Hawking também anotou o seguinte: "Uma borboleta batendo as asas em Tóquio pode causar chuva no Central Park de Nova Iorque".(1) Hawking explicou que não é o bater das asas, ingênua e meramente, que provocará a chuva mas a influência deste pequeno movimento sobre outros eventos em outros lugares é que poderá levar, por fim, a influenciar o clima.
Com base em tais afirmativas, observa-se que o tema é instigante, por esta razão abreviaremos o debate apoiado nas argumentações dos Benfeitores espirituais. O espírita tem consciência de que o “acaso” não existe. Na produção de certos fenômenos, como os ventos, as chuvas, os trovões, os raios e as tempestades, os Espíritos se reúnem em multidão. Alguns deles [Espíritos] agem às vezes com conhecimento de causa, outros não, sobretudo os Espíritos mais atrasados, entretanto quando sua inteligência estiver mais desenvolvida também comandarão e dirigirão os fenômenos da natureza.(2)
Para o restabelecimento do equilíbrio e da harmonia das forças físicas da natureza, os Espíritos, na condição de agentes da vontade do Criador, precisam exercer ação sobre a matéria e sobre os elementos a fim de os agitar, acalmar ou estabilizar. Até porque Deus não exerce ação direta sobre a matéria. Para isso o Criador encontra agentes (Espíritos) dedicados em todos os graus da escala dos mundos.
Portanto, os fenômenos naturais têm uma finalidade providencial, não ocorrem por causas aleatórias. Naturalmente tudo tem uma razão de ser e nada [nos fenômenos naturais] acontece sem a permissão de Deus.(3)

Referências bibliográficas:

(1) HAWKING, Stephen. O Universo Numa Casca De Noz. SP: Ed. Nova Fronteira, 2002;
(2) KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos, RJ: Ed. FEB, 1999, questões 539 e 540;
(3) Idem, questão 536.
* Jorge Hessen é natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951. Servidor público federal aposentado do INMETRO. Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História. Escritor (dois livros publicados), Jornalista e Articulista com vários artigos publicados

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Arara da felicidade - Descubra o seu interior...


Conversando com Léon Denis - O Esforço


Arara da felicidade - Esforce-se por...


Arara da felicidade - Depois do trabalho,...


Conversando com Léon Denis - A Consciência


Arara da felicidade - Acredite que...


Superando Desafios - Programa 022

PARTE 01




PARTE 02

Entre A Terra E O Céu - Programa 006

OUÇA AQUI

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Memórias De Um Suicida - Programa 030

OUÇA AQUI

Pedagogia Espírita na Educação -

OUÇA AQUI

Parábolas E Ensinos De Jesus - Programa 030

OUÇA AQUI

O Problema Do Ser E Do Destino - Programa 030

OUÇA AQUI

POLÍTICA NA PRECE (Humor e Espiritismo)


Dica legal - Estudo Jovem no Paltalk


terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Dica legal - Estudo do livro Memórias de um Suicida pelo Paltalk

Elisabeth TB' 

Boa noite amigos!

Dia 13.03.2018, às 21:30h, no paltalk, na sala Espiritismo Net Brasil, reiniciaremos o estudo do livro Memórias de um suicida, coordenada pelo Mário Coelho.
Venham estudar conosco, participem. Divulguem com seus contatos. Vejam o banner em anexo. 

Abraço Beth_ManaETB


Bebê que nasceu com coração fora do corpo supera expectativas e se recupera

Fergus Walsh
BBC News


Uma bebê que nasceu com o coração fora do peito superou as expectativas, sobreviveu às cirurgias para resolver o problema e agora se recupera dos procedimentos no Reino Unido.
O parto de Vanellope Hope Wilkins ocorreu há três semanas. A menina não tem o esterno, osso que compõe a caixa torácica, onde fica o coração e o pulmão. Sua condição, conhecida como ectopia cordis, é extremamente rara, com apenas alguns poucos casos registrados a cada 1 milhão de nascimentos - a maioria deles natimortos.
O hospital Glenfield, em Leicester, na região central do país, onde a bebê está internada, disse desconhecer casos no Reino Unido em que um recém-nascido com este mal tenha sobrevivido.
Seus pais, Naomi Findlay, de 31 anos, e Dean Wilkins, de 43 anos, dizem que a menina foi uma "verdadeira guerreira". "Quando o ultrassom mostrou seu coração fora do peito, foi um choque. Deu muito medo, porque não sabíamos o que aconteceria", diz a mãe.
Um teste mostrou que não havia nenhuma anormalidade nos cromossomos da bebê, e o casal decidiu prosseguir com a gravidez. "Fomos aconselhados a interromper a gestação, já que as chances de ela sobreviver eram quase zero. Ninguém acreditava que ela conseguiria, a não ser nós dois", afirma o pai.
Naomi diz que "não era capaz" de fazer o aborto. "Vi seu coração batendo com apenas nove semanas de gestação, não importa onde. De certa forma, sua força me ajudou a seguir em frente."

Grande equipe

Vanellope deveria ter nascido no Natal, mas veio ao mundo em uma cesariana em 22 de novembro para reduzir as chances de infecção e de prejuízos ao coração.
Havia cerca de 50 obstetras, cirurgiões cardíacos, anestesistas, enfermeiros neonatais, parteiras e outros profissionais de saúde presentes no momento.
A bebê passou pela primeira das três cirurgias necessárias para colocar o coração de volta no seu peito 50 minutos após nascer. Na mais recente, a própria pele de Vanellope foi usada para cobrir a abertura que havia no tórax.
"Antes de ela nascer, as perspectivas eram muito ruins, mas agora são bem melhores. Vanellope está indo muito bem, provou ser muito resiliente", diz Frances Bu'Lock, consultor em cardiologia pediátrica.
"No futuro, poderemos colocar algum tipo de proteção óssea para seu coração, talvez usando impressão 3D ou algo orgânico que cresça dentro dela."
Nos EUA, crianças como Vanellope também sobreviveram em alguns poucos casos, entre elas Audrina Cardenas, que nasceu no Texas em outubro de 2012. Ela foi para casa três meses após passar pela operação, com uma capa plástica protetora sobre o coração.
O hospital Glenfield afirma que Vanellope ainda tem "um longo caminho pela frente". O principal risco é de uma infecção.
O próximo passo é que a bebê consiga respirar sem a ajuda dos aparelhos que estão ajudando em sua recuperação.
"Ela está desafiando todas as expectativas. É mais do que um milagre", afirma o pai.
O casal batizou a bebê como Vanellope inspirados por um personagem da animação Detona Ralph (2013), da Disney.
"No filme, Vanellope é uma verdadeira guerreira que, no fim, vira uma princesa. Então, achamos que combina", diz a mãe.
Notícia publicada na BBC Brasil, em 13 de dezembro de 2017.

Humberto Souza de Arruda* comenta

Amor, este tão complexo sentimento, que ainda é incompreendido por muitos e desejado por vários outros, foi muito bem demonstrado nesta historia da bebê Vanellope. Primeiramente o amor dos pais pela filha antes de ela nascer, descartando totalmente a recomendada interrupção da gestação. E também o amor da Vanellope pela vida, por não ter desistido de lutar. E não menos importante, o amor da grande equipe médica com varias dezenas de profissionais em prol de uma vida.
Diante deste nobre sentimento podemos analisar fraternalmente o que envolve uma prova deste tipo. Uma gestação complicada, um parto complicado e uma infância complicada. Uma oportunidade grandiosa de vivenciar o amor divino em reunir as pessoas certas em momentos certos para provas certas, por merecimentos certos para cada integrante deste enorme grupo que envolve a Vanellope.
Mas tantos outros casos nos trazem estes ensinamentos, seja em graves problemas neurológicos, ortopédicos, respiratórios, cardíacos, estéticos, musculares, cutâneos e tantas outras formações irregulares. E que também trazem muitas dores à família e aos próprios portadores de tais enfermidades.
E dores, também, que vêm da incompreensão de fatos constantemente questionados nestes casos. Como o de acontecerem justo com crianças recém-nascidas, familiares com baixa renda, ou tantos outros, como até abandono dos pais. São realmente provações além da capacidade humana se não entendermos a lógica da amorosidade Divina.
Conceitos como reencarnação, afinidade espiritual e causa e efeito nos trazem consolo e a libertação que precisamos para nosso constante aprendizado em saber entender e sentir estas situações que não são somente para a família destes irmãos, mas sim para a sociedade toda. Consolo que poderemos vivenciar nossa melhora espiritual, sempre com Jesus ao nosso lado, através das muitas existências que teremos para nos melhorar. E libertação quando podemos entender como se livrar de sentimentos negativos como raiva e rejeição ao questionarmos porque estamos neste lugar e sob esta condição. Como no caso da pequena Vanellope, ou tantas outras crianças que vêm lutando pela vida a cada dia com patologias complicadíssimas e em comunidades de baixíssimos recursos científicos e monetários.
Assim, vemos que recebemos amorosamente de Deus, pai de amor e infinitamente bom e justo, os recursos materiais necessários para experimentarmos, na nova existência, as informações que aprendemos em existências pretéritas.
Numa analogia um tanto pobre, mas ilustrativa, sabemos que um aluno, por mais participativo, estudioso e assíduo, não está livre de ser submetido aos testes e provas da escola. Desta forma, e muito mais complexa e elaborada, é a lógica da reencarnação.
Estamos em um mundo de provas e expiações. Provando o que sabemos e internalizamos, ou expiando os equívocos pretéritos através de limitações que podem ser físicas. Sim, normalmente com dor a expiação, mas não necessariamente com sofrimento. Como vemos em vários casos de pessoas com sérios comprometimentos físicos, mas sim de uma alegria contagiante.
“Se não aprendemos por amor, aprendemos pela dor.” Este pensamento, que ainda é muito comum, está equivocado. Seja em uma existência ou em outras, aprenderemos sempre pelo amor. A dor pode nos dar a oportunidade para despertar o aprendizado amorosamente, se assim permitirmos.
Desta forma e lembrando sempre do Pai de Amor que é Deus. Não passaremos nenhuma privação por mais tempo que precisamos para o andar de nosso processo evolutivo. Não existe punição divina. Cada prova ou expiação que precisamos passar é necessária ao indivíduo assim como à família que este esta inserido.
Estamos no lugar certo, no momento certo e na companhia certa. Deus escreve certo por linhas certas. As múltiplas existências nos mostram que ainda vemos injustiças, mas não existem injustiçados.
* Humberto Souza de Arruda é evangelizador, voluntário em Área da Promoção Social Espírita (APSE) e colaborador do Espiritismo.net.

EUA se dividem entre restringir venda de armas ou armar ainda mais a população em resposta a ataques

O debate sobre controle de armas volta à tona sempre que há ataques com mortes em massa nos Estados Unidos - o que tem acontecido com uma frequência assustadora. O ataque de quarta-feira em uma escola na Flórida, que deixou 17 vítimas fatais, foi o sexto com mortos ou feridos em colégios só neste ano.

Desde 2013, foram registrados mais de 200 ataques com uso de arma de fogo. Enquanto países que passaram por experiências traumáticas semelhantes agiram para restringir o acesso da população a armas, os Estados Unidos se dividem entre armar ainda mais as pessoas, para que possam reagir diante de um eventual ataque, ou limitar a venda de armamentos como forma de prevenção.
Até o momento, o presidente dos EUA, Donald Trump, vem defendendo o "direito" de americanos possuírem armas de fogo. A Segunda Emenda da Constituição do país diz que "sendo necessária à segurança de um Estado livre a existência de uma milícia bem organizada, o direito das pessoas a manter e portar armas não deve ser violado".
Esse artigo constitucional é frequentemente evocado por críticos a propostas de desarmamento. A única ação significativa de Trump até agora em relação ao tema foi assinar uma lei revertendo limitações impostas no governo de Barack Obama à compra de armas por pessoas com transtornos mentais.
Cerca de 40% dos americanos dizem ter pelo menos uma arma, conforme levantamento de 2017 do Pew Research Center. Mesmo que seja difícil saber exatamente quantas armas estão nas mãos de civis ao redor do mundo, pesquisas apontam que os Estados Unidos lideram o ranking, com 270 milhões de unidades.
Desde 1982, houve mais de 90 ataques a tiros - definidos como homicídios envolvendo quatro ou mais vítimas - nos Estados Unidos. Em outubro passado, 59 pessoas foram mortas e mais de 500 feridas por um único atirador em Las Vegas. O país tem a maior taxa de homicídios com armas de fogo do mundo desenvolvido: mais de 11 mil assassinatos do tipo foram registrados em 2016.
Mas, até agora, propostas para armar a população tiveram mais sucesso do que projetos voltados a restringir a compra e venda de revólveres, fuzis e pistolas.

Mais armas nas escolas e aulas de tiro para professor

Um número crescente de políticos americanos têm proposto leis que, em vez de limitar a venda, visam aumentar o número de armas de fogo nas escolas e em outros edifícios públicos, além de armar professores e funcionários de colégios como meio de defesa contra eventuais ataques.
O senador republicano Steve West apresentou, em janeiro, um projeto de lei para permitir patrulhas de seguranças armados nas escolas do Estado de Kentucky.
A proposta, que ainda não foi votada, se soma a uma série de leis estaduais formuladas nos últimos anos para colocar mais armas nas escolas.
Em novembro, membros do Senado de Michigan (os Estados americanos são bicamerais, têm Senado e Câmara) aprovaram um projeto para permitir que professores nas escolas primárias até o ensino médio mantenham armas em um local sigiloso dentro da sala de aula.
Legislações semelhantes avançaram entre 2017 e 2018 na Flórida, Indiana, Pensilvânia, Mississippi, Carolina do Sul e Virgínia Ocidental.
Se esses projetos forem bem-sucedidos, tais Estados se juntariam a pelo menos nove que já permitem algum tipo de porte de armas em instituições de ensino. Cada novo tiroteio em escolas reacende um longo debate sobre se a solução seria aumentar o controle sobre as armas ou relaxar as regras para o porte delas.
Defensores da segunda proposta alegam que a existência de armas entre funcionários e professores seria uma forma de proteger os alunos em meio a um ataque.
Eles argumentam que a medida seria importante especialmente em escolas localizadas em zonas rurais, mais afastadas de centros urbanos, onde uma resposta da polícia para uma situação de emergência, como um tiroteiro, pode demorar.

Projetos que limitam armas esbarram em lobby

Após um ataque na escola Sandy Cook, em Connecticut, resultar na morte de 20 crianças e seis adultos, 21 Estados aprovaram novas leis sobre armas, incluindo proibições de armas de combate e alta letalidade em Connecticut, Maryland e Nova York.
Mas, com base na Segunda Emenda, alguns tribunais locais têm derrubado propostas que impõem exigências mais duras para a compra de armas e que vetam o porte delas em público.
Aprovar uma legislação nacional sobre o assunto parece ainda mais difícil. O discurso em prol de limitar a compra e venda de armas esbarra no poderoso lobby das indústrias fabricantes.
A Associação Nacional do Rifle (NRA, na sigla em inglês) é um dos grupos de interesse mais influentes da política americana - não apenas por causa do dinheiro gasto com lobby, mas também por causa do engajamento de seus 5 milhões de membros.
A entidade se opõe à maioria das propostas para fortalecer a regulamentação de armas de fogo e está por trás de esforços em âmbitos federal e estadual para reverter várias restrições ao porte de armas.
Em 2016, a NRA gastou US$ 4 milhões em lobby e contribuições diretas a políticos, assim como mais de US$ 50 milhões em doações políticas, incluindo cerca de US$ 30 milhões para a campanha de Donald Trump.
A associação classifica os políticos de acordo com seus votos em projetos de lei e aloca seus recursos e os de seus membros - tanto financeiros quanto organizacionais - para apoiar seus defensores mais ferozes e derrotar adversários.
Por outro lado, vozes importantes se juntaram, nos últimos anos, ao coro por regras mais duras para a aquisição de armas. Grupos pró-controle de armas, apoiados por investidores ricos, como o ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg, se tornaram mais organizados nos últimos anos.
No entanto, as tentativas mais recentes de aprovar novas leis federais que regulassem as armas de fogo fracassaram antes mesmo de qualquer votação, bloqueadas na Câmara de Representantes dos EUA - que está nas mãos dos republicanos desde 2011.
E se os projetos passassem ainda enfrentariam dificuldades no Senado. Em 2013, após o tiroteio em Sandy Cook, medidas para fortalecer as verificações de antecedentes a compradores de armas contavam com um significativo apoio bipartidário no Senado.
Após um esforço combinado de lobby da NRA, no entanto, o projeto recebeu apenas 56 votos a favor, quatro menos que o necessário para avançar.

O exemplo de outros países

A postura dos Estados Unidos em relação a armas vai na contramão das medidas adotadas por outros países desenvolvidos que passaram por atentados a tiro.
No Reino Unido, na cidade de Dunblane, um atirador matou 16 crianças e um professor numa escola primária, em 1996. O país respondeu, em 1997, com a aprovação de leis mais duras para a venda de armas: baniu o porte de pistolas para uso particular e aumentou os critérios de checagem do histórico de quem deseja adquirir armas.
Na Austrália, 12 dias depois de um atirador matar 36 pessoas em Port Arthur, em 1996, o país aumentou fortemente o controle sobre venda de armamento: baniu a venda de fuzis automáticos e passou a exigir que todos os indivíduos registrassem suas armas. Além disso, o governo ofereceu comprar as armas dos cidadãos, numa tentativa de diminuir a presença e a circulação de armamento entre a população.
Na Alemanha, um estudante de 17 anos matou 16 pessoas numa escola em 2009. Três meses depois, o Parlamento alemão instituiu as seguintes regras: multas para o caso de armas não estarem sendo mantidas em ambiente seguro e afastado; inspeção policial na casa de quem portava armas e idade mínima de 18 anos para uso de fuzis.
Na Noruega, um extremista de direita matou 69 pessoas num acampamento em Utoeya, e outras oito pessoas com a explosão de um carro-bomba em Oslo, em 2011. A Noruega, naquela época, já tinha aprovado leis rígidas de controle de armas. Exigia, por exemplo, a necessidade de uma "razão válida" para uma pessoa adquirir uma licença de porte de arma. O atirador, porém, conseguiu driblar a regra.
Notícia publicada na BBC Brasil, em 15 de fevereiro de 2018.

Jorge Hessen* comenta

Segundo a organização Everytown for Gun Safety, que defende o controle de armas nos Estados Unidos, o tiroteio na Flórida já entrou para as estatísticas como o 18º massacre em escola americanas em 2018. Nikolas usou um rifle AR-15, além de matar as 17 pessoas, feriu outras 14 que foram conduzidas em estado grave para a Broward Health North, e outras para o Centro Médico Broward.
Neste ano de eleições no Brasil observamos um quadro político moralmente corrompido, em face dos inimagináveis desvios do erário público. O país tem sido governado por pessoas ambiciosas e escroques impetuosos. Temos acompanhado com certa apreensão a crescente popularidade de um “pré-candidato” à presidência, que, apesar não ter o estigma de uma trajetória política comprometedora, todavia, vem anunciando desenvolver uma política de armamento da população.
Não duvidamos da honestidade de tal pré-candidato, contudo, seu discurso é preocupante e suas promessas de governo têm sido aterradoras. Conquanto possa estar imbuído de boas intenções, mas cremos que o seu discurso “messiânico” para transformação social sob o látego do revide, da animosidade, da retaliação é cabalmente contraditório e desfavorável à paz entre os brasileiros.
A criminalidade tem as suas raízes, dentre outras, na desigualdade social, no elevado índice de desemprego, na urbanização desordenada e, destacadamente, no descrédito à classe política hipócrita, corrupta e na difusão incontrolada da arma de fogo, sobretudo clandestina, situações essas que contribuem de forma decisiva para o avanço do caos social, do tráfico de drogas, dos assaltos, dos roubos, dos sequestros e, por fim, dos homicídios.
Muitos vivem sob o temor da doença das “balas perdidas”. O investimento de recursos em armamentos é inútil, perigoso e desnecessário. As leis e a ordem impostas à sociedade como resposta à exigência coletiva são aceitáveis e compreensíveis, mas muito melhor será quando os homens se desarmarem e os cidadãos respeitarem seus direitos, sobretudo o mais fundamental, como o direito à vida. Neste contexto a aplicação do ensinamento espírita em seu esboço científico, filosófico e ético-moral será o instrumento por excelência decisivo para a paz entre os homens.
* Jorge Hessen é natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951. Servidor público federal aposentado do INMETRO. Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História. Escritor (dois livros publicados), Jornalista e Articulista com vários artigos publicados

Dica legal - Sou Leitor espírita

Maiores informações FEB: http://www.loja.souleitorespirita.com.br/


Esse é o espaço da FEB, mas busque também nas federativas estaduais, nos centros e casas espíritas de sua região, todos eles têm biblioteca e uma boa parte tem clube do livro.


Dica legal - Juventude Espírita Mário Barbosa no CEERJ


ALÔ JUVENTUDE!
Juntem-se à galera aqui no CEERJ.
Nossas atividades na Juventude Espírita Mário Barbosa no CEERJ começam dia 07/03/2018! Contamos com a sua participação! Inscrevam-se!
Venham compartilhar suas ideias conosco, estudar a doutrina espírita de maneira aprofundada, num ambiente dinâmico que leva à reflexão espírita sobre o cotidiano!
Esperamos por vocês!!! 


As inscrições podem ser realizadas na livraria do CEERJ.

Maiores informações:

Marcelo Hertz - Coordenador da Juventude Espírita Mário Barbosa.
Whats app: (21) 98747-6154
Email: marcelohtz@gmail.com


segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Vozes Interiores reflexões - Caridade deve ser sempre a ...


Reflexão


Livro em estudo: Grilhões Partidos - B012 – Capítulo 8 – Intervenção Superior, Segunda Parte


Livro em estudo: Grilhões Partidos – Editora LEAL - 1974
Autor: Espírito Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco

B012 – Capítulo 8 – Intervenção Superior, Segunda Parte

Capítulo 8
Intervenção Superior

A vivenda suntuosa demorava-se cercada de árvores, recuada da rua. Em dois pisos, era agradável na arquitetura e na decoração.
Recebidos com carinho, foram introduzidos, incontinente, na sala ampla e confortável.
— Desejo ter o prazer de apresentar-lhe o amigo Joel — disse o anfitrião.
— Ë também militar, estando no posto de Tenente Coronel. Você o conhece...
— Sim, — concordou o apresentado, — tive a honra de servir com o Coronel, na Itália...
— Lembro-me de alguma forma — assentiu.
Não pôde, porém, ocultar o enfado que o surpreendeu, face ao imprevisto constrangimento que aquela comparência colocaria na conversação que esperava manter.
— Convidei-o especialmente para esta noite. — Aduziu o colega.
— Somos amigos e, como eu aguardasse você com acendrado interesse, pensei no bem que a presença do nosso Tenente-Coronel poderia dispensarmos a todos.
— Sim, sem dúvida. — Quase resmungou.
O semblante fez-se-lhe sombrio, ante o receio de que o tema sobre a filha e sua enfermidade passasse à participação de estranhos. Esforçou-se para manter-se delicado e a palestra se generalizou, sem maior importância.
A refeição simples e saborosa transcorreu agradável, O Tenente-Coronel era viúvo há poucos meses, embora mantivesse o semblante jovial, desanuviado. Jovem de 40 anos, era de compleição bem proporcionada, destacando-se nele as marcas do atleta, possuidor de olhos brilhantes que fulguravam na face dando-lhe máscula beleza. Tran qüilo, sua voz agradava, sem afetação e pelo comedimento de que se fazia possuidor.
Concluído o jantar, a senhora Mercedes convidou os visitantes à varanda confortável onde seria servido o café.
Descontraídos, a conversa girou por assuntos de somenos importância.
Soprava uma aragem fresca, levemente perfumada provinda do jardim, adentrando-se em ondas contínuas, suaves.
— Alguma nova sobre Ester? — Indagou o Coronel Sobreira. —Desde o nosso reencontro tenho-a na mente e na oração. A falta de convivência entre nós, por circunstâncias superiores, não me facultou informá-lo de que hoje, ou melhor, há já alguns anos sou homem de fé. As experiências concederam-me ampla visão do mundo, além da esfera física, levando-me a entesourar valores extraordinários com que se harmonizou o meu ser, antes em duradoura agonia.
À sua semelhança conheci de perto a aduana que descamba ná loucura e não fosse a Misericórdia Divina teria sucumbido. Mercedes e eu provamos o pão ázimo do sofrimento, preparado com as lágrimas salgadas do desconforto...
Fez uma pausa, ensejando-se melhor coordenação de idéias e, simultaneamente, observou as reações dos ouvintes, O matrimônio Santamaria chorava discretamente. A senhora Mercedes, gentil, acarinhava a amiga, vergada ao peso do martírio.
De imediato prosseguiu o narrador:
— Vocês ignoram que o nosso filho Giórgio, há quatro anos atrás foi vítima de sórdida obsessão, tendo sido, face à minha ignorância, então, internado para penoso tratamento... Inesperadamente, ele que era jovial e transudava alegria de viver, tornou-se arredio, amargurado, sombrio. Tentamos arrancá-lo do mutismo a que se entregara, usando todas as possibilidades, sem qualquer resultado. Noivo, abandonou Lucília, sem explicações, e, freqüentando o período da conclusão do curso de Direito, deixou os estudos. Parecia temer o contato, a presença de outras pessoas... Retraiu-se a tal ponto que os necessários tratos de alimentação e higiene passaram a ser negligenciados para nosso desgosto superlativo...
Foi nesse comemos que o dr. Ernesto Vialle, seu psiquiatra, sugeriu-nos interná-lo, a fim de que fosse submetido a rigorosa assistência especializada. “Vocês imaginam a nossa indescritível desolação. Submetemo-nos à adaga do sofrimento que nos decepava esperanças e sorrisos. Estávamos a sucumbir, quando o nosso Joel visitou-nos, e face ao nosso abatimento, informado das razões, prontificou-se ajudar-nos... Ouvindo-o, ante as alvíssaras que surgiam, renovamo-nos, dando início a nova vida, de que resultou o retorno da alegria a esta casa, transformada, então, em túmulo que sepultava angústias acerbas.. Por isso, convidamo-lo a estar conosco nesta noite, quando os recebemos com imenso carinho: Margarida e você.”
Tinha os olhos brilhantes pelas lágrimas.
— É psiquiatra, o nosso Tenente-Coronel? — interrogou o genitor de Ester, interessado.
— Não, não é psiquiatra — elucidou o anfitrião. — É um homem dotado de “sexto sentido”, de mediunidade.
Talvez pressentindo o rumo do esclarecimento, interpôs-se o Coronel Santamaria:
— Desculpe-me, no entanto, a minha ignorância é tal sobre essas questões, que me reservo a descrença, a entranhada antipatia a essas coisas..
- Ouça-me sem prevenção — interrompeu-o o amigo jovialmente. — Não se trata de “coisas”. A mediunidade é faculdade para-normal relevante, objeto de estudos nos Centros de maior cultura, atualmente, no globo. Investir contra, por preconceito, é arrematada idiotia, disfarçada em presunção.
Vocês nos conhecem demasiado para terem uma opinião sobre o nosso caráter moral. Homem austero que sempre fui, indiferente e frio às manifestações místicas de qualquer procedência, temperado nos mesmos fornos em que você enrijou as fibras da dignidade, não me foi fácil mudar conceitos, opiniões, estruturas de fé. Religioso por hábito social, não possuía religiosidade de fato que me confortasse interiormente. Crer por acomodação, transformara-se em descrer por convicção.”
— Mas, — interferiu, contrafeito, — mediunidade não é algo que se vincula à necromancia, Espiritismo, candomblé?.
- Sem dúvida, — respondeu, sem perder a delicadeza — como a inteligência que está presente nos ideais libertadores, também se manifesta nos lúridos conciliábulos dos campos de concentração.
A mediunidade é, digamos, uma via de acesso. Por ela transitam os que viveram na Terra consoante as concessões de quem a governa.
— Todavia — voltou a interromper — os “que viveram na Terra”, estão mortos, aniquilados... E essas práticas de Espiritismo são-me detestáveis.
— Equívoco de sua parte, meu amigo. Também eu assim pensava. A realidade é bem outra.
— Por favor, Constâncio — interveio a esposa. — Ouçamos sem prevenção. Você crê que Epaminondas se permitiria crença ou atitude que lhe desabonasse a dignidade?
A pergunta oportuna, soou como uma reprimenda.
O ar saturava-se de vibrações superiores, magnetizado por Espíritos Felizes que se faziam inspiradores e condutores daquele encontro relevante.
Agradecendo a referência nobre que lhe fizera a dama, o Coronel Epaminondas justificou:
- Bem sei que tudo isto lhes parece estranho. Não poderia ser de outra forma. Conosco ocorreu o mesmo. Somos seres atrasados, fundamente marcados pela vaidade a que nos aferramos, supervalorizando-nos e, em conseqüência, tombando vítimados pela própria imprevidência.
O Espiritismo, que a intolerância dos clérigos e cientistas do passado, muito ciosos da própria prosápia tachou de “doutrina satânica” e “fábrica de loucos”, respectivamente, ultrapassou a previsão maldosa dos seus detratores. Convenhamos que muitos homens ilustres, como religiosos honestos e pesquisadores conscientes estudaram-no e investigaram-no experimentalmente, à saciedade, concluindo pela legitimidade dos fatos observados e pela excelência dos seus postulados. Todos quantos o combatem jamais o estudaram ou conheceram suas múltiplas facetas, quer no campo científico, filosófico ou religioso. Guerreiam-no pela empáfia de que se revestem e pela preguiça de se atualizarem. São os tradicionais inimigos do progresso, das idéias novas... Fazem-no como você hoje e eu ontem, mal informados, que nos fechamos e abjuramos o que desconhecemos, apertados na constrição das vaidades feridas... Todavia, esta é uma discussão ético filosófica de largo porte, que não se coaduna com a premência de tempo, do momento. Fornecer-lhes-ei literatura especializada sobre o assunto, especialmente a que responde pelas suas bases doutrinárias: Kardec, Denis, Bozzanno...”
Sorriu, descarregando a ligeira tensão que sobrepairava no ambiente.
- O importante — deu curso às elucidações — é que, através da mediunidade do nosso caro colega de farda, o Giórgio recobrou a saúde.
— E não seria o tratamento — solícitou esclarecimentos o Coronel - Santamaria — a que ele estava sendo submetido, a causa da recuperação da sua saúde?
— Sim, não poderia sê-lo? — Também indagou dona Margarida.
— Poderia ter sido — explicou. — A princípio, quedei-me em dúvida, no primeiro instante... Nossa família jamais se envolvera antes com qualquer prática mediúnica, qual ocorre com vocês, todavia, Giórgio e Ester... o que atesta que não é o Espiritismo a causa da loucura, antes...
— Não digo que seja a causa — argumentou — mas uma causa.
— Bem, como outro fator qualquer de ordem social, emocional, comunitária, religiosa, além daqueles de procedência orgânica... Porém, como as causas estão presentes em quase todos os cometimentos, na condição de fatores predisponentes uns, preponderantes outros, ninguém se atreve a acusá-los, como fazem em relação ao Espiritismo, não é mesmo?
— Tem razão...
— O nosso afeiçoado Joel — prosseguiu — em contato com os Espíritos que o assistem e amparam, no ministério da caridade a que se afervora, dedicado, soube que a loucura do Giórgio tinha procedência numa obsessão de natureza espiritual, graças a razões pregressas do seu e dos nossos Espíritos... Explicou-nos o mecanismo da justiça divina, através da reencarnação, de forma lógica e irrefutável, propondo-se levar-nos a participar de algumas sessões mediúnicas especializadas, onde a venda nos caiu dos olhos, ensejando-nos sublime “estrada de Damasco”. Desde o primeiro tentame, a melhora do filho fez-se imediata... Passamos a ser espiritualmente informados do quanto com ele ocorria, até o momento do encontro com o seu perseguidor, que nos sensibilizou mediante a narração dos seus padecimentos.
Não foi fácil. Nada é fácil. Todo e qualquer empreendimento é sempre complexo, mesmo quando conhecido pela sua simplicidade, particularmente aquele que diz respeito à vida, à alma reencarnada...
Na interrupção que se fizera natural, podia-se sentir o concentrado interesse dos convidados, ouvindo religiosa, comovidamente. Mãos e mentes vigorosas aplicavam passes nos circunstantes, dilatando o entendimento, a percepção dos neófitos na palpitante questão, libertando-os, também, dos fluídos e miasmas perniciosos que os envenenavam, turbando-lhes o discernimento.
— Duas, três semanas transcorridas — ratificou, — nosso filho estava curado, voltava ao lar, tranqüilo e diligente quanto antes, assim prosseguindo até hoje.
Ora, desejávamos a sua e a permissão da Margarida para examinarmos mediunicamente o problema de Ester. Depois de amanhã é dia de sessão na Sociedade que freqüentamos e a oportunidade parece-nos lisonjeira. Em processos que tais, o tempo é muito importante, a fim de evitar-se que surjam difíceis condicionamentos no paciente, molestas e complicadas lesões... Dar-lhes-emos notícias detalhadas e concertaremos atitudes, programas.”
— Concordo, de minha parte, — apressou-se a senhora —sem pestanejar.
— Até há pouco — acrescentou o Coronel Santamaria — preteria-a louca a metida com essas... Diante da sua argumentação, da confiança que nos identifica, não há como discordar, embora o estranho que tudo isso me parece...
— É perfeitamente lógico e você não poderia ter outra reação.
O Tenente-Coronel tudo escutava em silêncio, com modéstia surpreendente.
— O senhor está viúvo há pouco — indagou-lhe o visitante —e parece-me tranqüilo, confortado. A morte é-me tão desagradável para não dizer cruel, O senhor, sendo jovem, não se rebelou?
— Não. — Redargüiu o médium com simplicidade. — Minha Isabel, como eu, militava nas hostes espíritas... Sinto-lhe a falta física no lar, não a ausência total, porqüanto, estando viva, comunicamo-nos vez que outra. Inteirado e consciente da imortalidade, preparo-me para o encontro definitivo, mais tarde.
Como não há morte, a problemática se constitui apenas de tempo e fé. O tempo reunir-nos-á e a fé ajudar-nos-á vencê-lo.
— Que bela Doutrina! — Exclamou dona Margarida. — Como se pode ter um conceito desse, ante o terrível flagelo da morte?
- Pela certeza — disse a senhora Mercedes — incondicional da sobrevivência. Nós que somos mães, não conseguimos sustentar a esperança quando falecem todos os recursos, graças ao amor? O mesmo amor que não desaparece nem se desarticula, ante a injunção da orgânica, é a fonte geradora dessa tranqüilidade adquirida mediante os fatos do intercâmbio espiritual de todo dia.
- Gostaríamos, já que estamos concordes — propôs o Coronel Sobreira, — que orássemos, realizando a primeira rogativa em prol de Ester, mediante a terapêutica espírita.
Como todos aquiescessem, o anfitrião desatou superior emotividade e orou de forma surpreendente, em perfeita sintonia com as Entidades presentes.
Concluída a prece, um silêncio se abateu sobre o grupo e Joel, com o semblante visivelmente transfigurado, transmitiu significativa mensagem de conforto e esperança, ante a natural arguta curiosidade dos Santamarias.
A oportunidade fora excepcional.
Às despedidas, reconhecidos, os pais de Ester com raciocínios variados, partiram, aguardando o futuro, enquanto a escumilha da noite piscava estrelas, no alto, a distância...

QUESTÕES PARA ESTUDO

1 – De que modo a história de vida do Coronel Epaminondas se relacionava com a dos Santamaria?

2 – Quem era do Tenente-Coronel Joel e como ele ajudou a família de Coronel Epaminondas?

3 – “— Até há pouco — acrescentou o Coronel Santamaria — preteria-a louca a metida com essas...” Essa expressão ainda é muito comum diante da possibilidade de início de tratamento espiritual. Como contornar tal situação?

Bom estudo a todos!!
Equipe Manoel Philomeno