sábado, 12 de julho de 2014

Mural reflexivo: Comprometimento

muralreflexivoCOMPROMETIMENTO

    Se, quando a nota musical fosse convocada pelo artista para uma composição, ela dissesse: "não é uma nota que faz a música..." Não nasceriam sinfonias e o homem jamais poderia se extasiar com a música que lhe enche os ouvidos e a alma.
    Se, quando a palavra fosse convidada a ser escrita, dissesse: "não é uma palavra que faz uma página..." Não existiram  livros, que beneficiam tantas vidas.
    Se, quando o construtor buscasse a pedra, ela dissesse: "não há pedra que possa montar uma parede..." Não haveria casas, edifícios, construções tão espetaculares, que parecem desafiar o homem.
    Se, quando a gota caísse sobre a terra, dissesse: "uma gota d'água não faz um rio..." Não haveria rios, lagos, mares e oceanos.
    Se, nas mãos do semeador, o grão dissesse: "não é um grão que semeia um campo..." Não haveria colheitas abundantes e mesas fartas.
    Se, o homem simplesmente considerar que não é um gesto de amor que pode salvar a humanidade, jamais haverá justiça, paz, dignidade e felicidade na terra.
    Assim como as sinfonias precisam de cada nota, assim como o livro precisa de cada palavra, não sendo nenhuma dispensável; assim como as construções precisam de cada pedra no seu exato lugar; assim como os rios, lagos, mares e oceanos precisam de cada gota d'água; assim como a colheita precisa de cada grão, a humanidade precisa de você.
    Exatamente! De você! Onde estiver. Você é único, e, portanto, insubstituível.
    E Deus conta com sua participação ativa nesta sinfonia espetacular que é a vida para tocar com sua harmonia, a musicalidade da sua voz, os corações aflitos e lhes acalmar as dores.
    Deus conta com sua palavra de bom ânimo e encorajamento para erguer os caídos nas estradas do desespero.
    Deus conta com as pedras da sua construção ativa nas boas obras para que muitos dos seus filhos não morram de fome, nem padeçam frio, nas estreitas vielas da amargura e do abandono.
    Deus conta com a gota d'água da sua boa vontade para modificar os painéis de sofrimento nas estradas por onde seguem os seus pés.
    Deus conta com o grão especial da sua paciência para semear a serenidade no campo das lutas diárias dos homens que ainda não descobriram que suas vidas devem ser muito mais do que simplesmente dominar o mercado financeiro, vencer os adversários em um jogo ou ganhar na cotação da bolsa de valores.
    Deus conta com o seu gesto de amor, onde esteja, para falar e agir com justiça, para semear a paz, para viver com dignidade e mostrar que é possível ser feliz na terra, ainda hoje.
    A maior felicidade consiste em saber descobrir a felicidade nos olhos da gratidão alheia, na prece que brota da alma da criança a quem ensinamos a buscar a Deus, nas mãos envelhecidas no trabalho, que buscam as nossas para um aperto silencioso, significativo, sincero.
***
    O mundo precisa do nosso comprometimento para ser o mundo que todos queremos, desejamos e aguardamos.
    Não esperemos pelos outros.
    Doemos hoje, agora, a nossa nota de esperança, a nossa palavra de fé, a nossa gota de amor, a nossa semente de solidariedade.
    O mundo espera. As criaturas precisam, e Deus conta conosco.

(Equipe de Redação do Momento Espírita, baseado em mensagem de autor desconhecido, intitulada "se". - www.momento.com.br)

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Estudo dirigido: O Evangelho segundo o Espiritismo

 
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EESE – Cap. IV – Itens 24 a 26
Tema:  Limites da encarnação
Necessidade da encarnação
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A - Texto de Apoio:
Limites da encarnação
24. Quais os limites da encarnação?
A bem dizer, a encarnação carece de limites precisamente traçados, se tivermos em vista apenas o envoltório que constitui o corpo do Espírito, dado que a materialidade desse envoltório diminui à proporção que o Espírito se purifica. Em certos mundos mais adiantados do que a Terra, já ele é menos compacto, menos pesado e menos grosseiro e, por conseguinte, menos sujeito a vicissitudes. Em grau mais elevado, é diáfano e quase fluídico. Vai desmaterializando-se de grau em grau e acaba por se confundir com o perispírito. Conforme o mundo em que é levado a viver, o Espírito reveste o invólucro apropriado à natureza desse mundo.
O próprio perispírito passa por transformações sucessivas. Torna-se cada vez mais etéreo, até à depuração completa, que é a condição dos puros Espíritos. Se mundos especiais são destinados a Espíritos de grande adiantamento, estes últimos não lhes ficam presos, como nos mundos inferiores. O estado de desprendimento em que se encontram lhes permite ir a toda parte onde os chamem as missões que lhes estejam confiadas.
Se se considerar do ponto de vista material a encarnação, tal como se verifica na Terra, poder-se-á dizer que ela se limita aos mundos inferiores. Depende, portanto, de o Espírito libertar-se dela mais ou menos rapidamente, trabalhando pela sua purificação.
Deve também considerar-se que no estado de desencarnado, isto é, no intervalo das existências corporais, a situação do Espírito guarda relação com a natureza do mundo a que o liga o grau do seu adiantamento. Assim, na erraticidade, é ele mais ou menos ditoso, livre e esclarecido, conforme está mais ou menos desmaterializado. S. Luís. (Paris, 1859.)
Necessidade da encarnação
25. É um castigo a encarnação e somente os Espíritos culpados estão sujeitos a sofrê-la?
A passagem dos Espíritos pela vida corporal é necessária para que eles possam cumprir, por meio de uma ação material, os desígnios cuja execução Deus lhes confia. É-lhes necessária, a bem deles, visto que a atividade que são obrigados a exercer lhes auxilia o desenvolvimento da inteligência. Sendo soberanamente justo, Deus tem de distribuir tudo igualmente por todos os seus filhos; assim é que estabeleceu para todos o mesmo ponto de partida, a mesma aptidão, as mesmas obrigações a cumprir e a mesma liberdade de proceder. Qualquer privilégio seria uma preferência, uma injustiça. Mas, a encarnação para todos os Espíritos, é apenas um estado transitório. E uma tarefa que Deus lhes impõe, quando iniciam a vida, como primeira experiência do uso que farão do livre-arbítrio. Os que desempenham com zelo essa tarefa transpõem rapidamente e menos penosamente os primeiros graus da iniciação e mais cedo gozam do fruto de seus labores. Os que, ao contrário, usam mal da liberdade que Deus lhes concede retardam a sua marcha e, tal seja a obstinação que demonstrem, podem prolongar indefinidamente a necessidade da reencarnação e é quando se torna um castigo. - S. Luís. (Paris, 1859.)
26. NOTA. - Uma comparação vulgar fará se compreenda melhor essa diferença. O escolar não chega aos estudos superiores da Ciência, senão depois de haver percorrido a série das classes que até lá o conduzirão. Essas classes, qualquer que seja o trabalho que exijam, são um meio de o estudante alcançar o fim e não um castigo que se lhe inflige. Se ele é esforçado, abrevia o caminho, no qual, então, menos espinhos encontra. Outro tanto não sucede àquele a quem a negligência e a preguiça obrigam a passar duplamente por certas classes. Não é o trabalho da classe que constitui a punição; esta se acha na obrigação de recomeçar o mesmo trabalho.
Assim acontece com o homem na Terra. Para o Espírito do selvagem, que está apenas no início da vida espiritual, a encarnação é um meio de ele desenvolver a sua inteligência; contudo, para o homem esclarecido, em quem o senso moral se acha largamente desenvolvido e que é obrigado a percorrer de novo as etapas de uma vida corpórea cheia de angústias, quando já poderia ter chegado ao fim, é um castigo, pela necessidade em que se vê de prolongar sua permanência em mundos inferiores e desgraçados. Aquele que, ao contrário, trabalha ativamente pelo seu progresso moral, além de abreviar o tempo da encarnação material, pode também transpor de uma só vez os degraus intermédios que o separam dos mundos superiores.
Não poderiam os Espíritos encarnar uma única vez em determinado globo e preencher em esferas diferentes suas diferentes existências? Semelhante modo de ver só seria admissível se, na Terra, todos os homens estivessem exatamente no mesmo nível intelectual e moral. As diferenças que há entre eles, desde o selvagem ao homem civilizado, mostram quais os degraus que têm de subir. A encarnação, aliás, precisa ter um fim útil. Ora, qual seria o das encarnações efêmeras das crianças que morrem em tenra idade? Teriam sofrido sem proveito para si, nem para outrem. Deus, cujas leis todas são soberanamente sábias, nada faz de inútil. Pela reencarnação no mesmo globo, quis ele que os mesmos Espíritos, pondo-se novamente em contacto, tivessem ensejo de reparar seus danos recíprocos. Por meio das suas relações anteriores, quis, além disso, estabelecer sobre base espiritual os laços de família e apoiar numa lei natural os princípios da solidariedade, da fraternidade e da igualdade.
B - Questões para estudo e diálogo virtual:
1 – O que define os limites da reencarnação?
2 – Por que podemos dizer que a encarnação para todos os Espíritos é apenas um estado transitório?
3 – Extraia do texto acima a frase ou parágrafo que mais gostou e justifique.
















Paltalk - Estudo Jovem: Sala Espiritismo Net Jovem

Dia: Sexta-feira
Hora: 21h
Sala: Espiritismo Net Jovem
Local: Paltalk


Data
Tema
Facilitador/Suporte
04/07/2014
Ciência espírita
Liza
11/07/2014
Crença nos demônios
André (Zech)
18/07/2014
Destino / Fatalidade
Lúcio Flávio
25/07/2014
Decálogo divino
Silvia


quinta-feira, 10 de julho de 2014

Academia de Ciência da França

Os Médiuns Julgados

Os adversários da Doutrina Espírita apegaram-se com desvelo a um artigo publicado pelo Scientific American de 11 de julho último, sob o título de: Os Médiuns Julgados. Vários jornais franceses o reproduziram como um argumento irretorquível. Nós mesmos o reproduzimos, fazendo-o seguir de algumas observações que lhe mostrarão o valor.

“Há algum tempo, por intermédio do Boston Courier, uma oferta de 500 dólares (2.500 francos) havia sido feita a toda pessoa que, em presença e em satisfação de um certo número de professores da Universidade de Cambridge, reproduzisse alguns desses fenômenos
misteriosos que os espiritualistas dizem freqüentemente ser produzidos por meio de agentes chamados médiuns.

“O desafio foi aceito pelo Dr. Gardner e por diversas pessoas que se vangloriavam de estar em comunicação com os Espíritos. Os concorrentes reuniram-se nos Edifícios Albion, em Boston, na última semana de junho, dispostos a provar o seu poder sobrenatural. Entre eles notavam-se as senhoritas Fox, que se tornaram tão célebres pela sua superioridade nesse gênero. A comissão, encarregada de examinar as pretensões dos aspirantes ao prêmio, compunha-se dos professores Pierce, Agassiz, Gould e Horsford, de Cambridge, todos eles sábios muito distintos. Os ensaios espiritualistas duraram vários dias; jamais tinham os médiuns encontrado mais bela ocasião de pôr em evidência seu talento ou sua inspiração; mas, como os profetas de Baal, ao tempo de Elias, em vão invocaram suas divindades, como o prova a passagem seguinte do relatório da comissão:

“Considerando que o Dr. Gardner não conseguiu apresentar um agente ou médium que revelasse a palavra confiada aos Espíritos em um quarto vizinho; que lesse a palavra inglesa escrita no interior de um livro ou sobre uma folha de papel dobrada;que respondesse a uma questão que só as inteligências superiores são capazes de o fazer; que fizesse ressoar um piano sem o tocar, ou mover-se uma mesa de um só pé sem o auxílio das mãos; que se revelasse impotente para dar à dita comissão o testemunho de um fenômeno que, mesmo com a interpretação mais flexível e a maior boa vontade, pudesse ser considerado como equivalente das provas propostas; de um fenômeno para cuja produção fosse exigida a intervenção de um Espírito, supondo ou, ao menos, implicando essa intervenção; de um fenômeno até então desconhecido pela ciência, ou cuja causa não fosse prontamente identificável pela comissão, bastante clara para ela, declara, a dita comissão, que o Dr. Gardner não tem qualquer direito para exigir, do Courrier de Boston, o pagamento da soma proposta de 2.500 francos.”

A experiência feita nos Estados Unidos a propósito dos médiuns, lembra uma outra, realizada dez anos atrás, na França, pró ou contra os sonâmbulos lúcidos, isto é, magnetizados. A Academia de Ciências recebeu a missão de conceder um prêmio de 2.500 francos ao sujet magnético que lesse com os olhos vendados. Todos os sonâmbulos fizeram de bom grado essa experiência, nos salões ou nos teatros de feira; liam em livros fechados e decifravam toda uma carta, sentados sobre ela ou colocando-a bem dobrada e fechada sobre o ventre; porém, diante da Academia, não foram capazes de ler absolutamente nada e o prêmio não foi ganho por ninguém.

Essa experiência prova, uma vez mais, da parte de nossos adversários, a absoluta ignorância dos princípios sobre os quais repousam os fenômenos das manifestações espíritas. Entre eles há a idéia fixa de que tais fenômenos devem obedecer à vontade e reproduzir-se com a precisão de uma máquina. Esquecem completamente ou, melhor dizendo, não sabem que a causa deles é inteiramente moral e que as inteligências, que lhes são os agentes imediatos, não obedecem ao capricho de ninguém, sejam médiuns ou outras pessoas. Os Espíritos agem quando e na presença de quem lhes agrada; freqüentemente, quando menos se espera é que as manifestações ocorrem com mais vigor, e quando as solicitamos elas não se verificam. Os Espíritos têm modos de ser que nos são desconhecidos; o que está fora da matéria não pode ser submetido ao cadinho da matéria. É, pois, equivocar-se julgá-los do nosso ponto de vista. Se acharem útil manifestar-se por sinais particulares, eles o farão; mas jamais à nossa vontade, nem para satisfazer à vã curiosidade. Além disso, é preciso levar em conta uma causa bem conhecida, que afasta os Espíritos: sua antipatia por certas pessoas,principalmente por aquelas que, fazendo perguntas sobre coisas conhecidas, querem pôr à prova sua perspicácia. Quando uma coisa existe, pensam, eles devem saber; ora, é precisamente porque a coisa vos é conhecida, ou porque tendes os meios de verificá-la, que eles não se dão ao trabalho de responder; essa desconfiança os irrita e nada se obtém de satisfatório; afasta sempre os Espíritos sérios,que ordinariamente não falam senão às pessoas que se lhes dirigem com confiança e sem pensamento preconcebido. Entre nós não temos exemplo disso todos os dias? Homens superiores, conscientes de seu valor, alegrar-se-iam em responder a todas as perguntas ingênuas que visassem submetê-los a um exame, tal como se fossem escolares? Que fariam se se lhes dissessem: “Mas, se não respondeis,é porque não sabeis?” Voltariam as costas; é o que fazem os Espíritos.

Se é assim, direis, de qual meio dispomos para nos convencer? No próprio interesse da Doutrina dos Espíritos, não é desejável fazer prosélitos? Responderemos que é ter bastante orgulho quem se julga indispensável ao sucesso de uma causa; ora, os Espíritos não gostam dos orgulhosos. Convencem quem eles querem; quanto aos que crêem em sua importância pessoal, demonstram o pouco caso que disso fazem não lhes dando ouvidos. Eis, de resto, a resposta que deram a duas perguntas sobre esse assunto:

Pode-se pedir aos Espíritos sinais materiais como prova de sua existência e de seu poder? Resp. “Pode-se, sem dúvida, provocar certas manifestações, mas nem todos estão aptos a isso e freqüentemente não obtendes o que pedis; eles não se submetem aos caprichos dos homens.”

Porém, quando alguém pede esses sinais para se convencer, não haveria utilidade em satisfazê-lo, pois que seria um adepto a mais? Resposta: “Os Espíritos não fazem senão o que querem, e o que lhes é permitido; falando e respondendo às vossas perguntas, atestam a sua presença; isto deve bastar ao homem sério que busca a verdade na palavra”.

Escribas e fariseus disseram a Jesus: Mestre, muito gostaríamos que nos fizésseis ver algum prodígio. Respondeu Jesus: “Esta geração má e adúltera pede um prodígio, mas não lhe será dado outro senão o de Jonas”. (São Mateus.)

Acrescentaremos ainda que é conhecer bem pouco a natureza e a causa das manifestações espíritas quem acredita provocá-las por uma recompensa qualquer. Os Espíritos desprezam a cupidez, tanto quanto o orgulho e o egoísmo. E só essa condição pode ser para eles um motivo de se absterem de manifestar-se. Sabei,pois, que obtereis cem vezes mais de um médium desinteressado do que daquele que é movido pelo incentivo do lucro, e que um milhão não lhe faria realizar o que não deve ser feito. Se uma coisa nos surpreende, é que haja médiuns capazes de se submeterem a uma prova que tinha por aposta uma soma de dinheiro.

R.E. , janeiro de 1858, p. 49

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Cidadania: Campanha Recicle



Reciclagem 

Reciclagem de lixo, plástico, reciclagem de alumínio, reciclagem de papel, 
respeito ao meio-ambiente, coleta seletiva de lixo, reciclagem de plástico

Introdução 


Reciclar significa transformar objetos materiais usados em novos produtos para o consumo. Esta necessidade  foi despertada pelos seres humanos, a partir do momento em que se verificou os benefícios que este procedimento trás para o planeta Terra.

Importância e vantagens da reciclagem 

A partir da década de 1980, a produção de embalagens e produtos descartáveis  aumentou significativamente, assim como a produção de lixo, principalmente nos países desenvolvidos. Muitos governos e ONGs estão cobrando de empresas posturas responsáveis: o crescimento econômico deve estar aliado à preservação do meio ambiente. Atividades como campanhas de coleta seletiva de lixo e reciclagem de alumínio e papel, já são comuns em várias partes do mundo.

No processo de reciclagem, que além de preservar o meio ambiente também gera riquezas, os materiais mais reciclados são o vidro, o alumínio, o papel e o plástico. Esta reciclagem contribui para a diminuição significativa da poluição do solo, da água e do ar. Muitas indústrias estão reciclando materiais como uma forma de reduzir os custos de produção.

Um outro benefício da reciclagem é a quantidade de empregos que ela tem gerado nas grandes cidades. Muitos desempregados estão buscando trabalho neste setor e conseguindo renda para manterem suas famílias. Cooperativas de catadores de papel e alumínio já são uma boa realidade nos centros urbanos do Brasil.

reciclagem de papel Sacolas feitas com papel reciclável

Muitos materiais como, por exemplo, o alumínio pode ser reciclado com um nível de reaproveitamento de quase 100%. Derretido, ele retorna para as linhas de produção das indústrias de embalagens, reduzindo os custos para as empresas.

Muitas campanhas educativas têm despertado a atenção para o problema do lixo nas grandes cidades. Cada vez mais, os centros urbanos, com grande crescimento populacional, tem encontrado dificuldades em conseguir locais para instalarem depósitos de lixo. Portanto, a reciclagem apresenta-se como uma solução viável economicamente, além de ser ambientalmente correta. Nas escolas, muitos alunos são orientados pelos professores a separarem o lixo em suas residências. Outro dado interessante é que já é comum nos grandes condomínios a reciclagem do lixo.

símbolos da reciclagem - papel plástico metal  vidro Símbolos da reciclagem por material

Assim como nas cidades, na zona rural a reciclagem também acontece. O lixo orgânico é utilizado na fabricação de adubo orgânico para ser utilizado na agricultura.
Como podemos observar, se o homem souber utilizar os recursos da natureza, poderemos ter , muito em breve, um mundo mais limpo e mais desenvolvido. Desta forma, poderemos conquistar o tão sonhado desenvolvimento sustentável do planeta.

Exemplos de Produtos Recicláveis

- Vidro: potes de alimentos (azeitonas, milho, requeijão, etc), garrafas, frascos de medicamentos, cacos de vidro.
- Papel: jornais, revistas, folhetos, caixas de papelão, embalagens de papel.
- Metal: latas de alumínio, latas de aço, pregos, tampas, tubos de pasta, cobre, alumínio.
- Plástico: potes de plástico, garrafas PET, sacos pláticos, embalagens e sacolas de supermercado.


(Fonte: http://www.suapesquisa.com/reciclagem)

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Absolvição

Morte do Sr. Guillaume Renaud, de Lyon

Domingo, 1o de fevereiro, foram realizadas em Lyon as exéquias do Sr. Guillaume Renaud, antigo oficial, condecorado com a medalha de Santa Helena e um dos mais antigos e fervorosos espíritas daquela cidade, muito conhecido entre seus irmãos em crença. Embora sobre alguns pontos de forma, que combatemos, aliás pouco importantes e que não atingem a doutrina, professasse idéias particulares que não eram partilhadas por todos, não deixava de ser menos amado e estimado pela bondade de seu caráter e por suas eminentes qualidades morais; e nós mesmos, caso estivéssemos em Lyon naquela ocasião, teríamos tido prazer em lançar algumas flores sobre o seu túmulo. Que ele receba aqui, bem como sua família e amigos particulares, o testemunho de nossa afetuosa lembrança.

Homem simples e modesto, o Sr. Renaud quase não era conhecido fora de Lyon. Entretanto, sua morte repercutiu até num vilarejo da Haute-Saône, onde foi contada no púlpito, domingo, 8 de fevereiro, do seguinte modo:

O vigário da paróquia, entretendo os paroquianos com os horrores do Espiritismo, acrescentou que “o chefe dos espíritas de Lyon havia morrido há três ou quatro dias; que tinha recusado os sacramentos; que ao seu enterro não havia comparecido mais que dois ou três espíritas, sem parentes nem sacerdotes; que se o chefe dos espíritas (fazendo alusão ao Sr. Allan Kardec) morresse, ele o lamentaria, se fizesse como o de Lyon. Depois concluiu,dizendo nada negar dessa doutrina, nada afirmar, a não ser que era o demônio que agia contra a vontade de Deus.”

Se quiséssemos refutar todas as falsidades que atribuem ao Espiritismo, na tentativa de desmascarar o seu objetivo e o seu caráter, encheríamos nossa Revista. Como isto pouco nos inquieta,deixemos que falem, limitando-nos a recolher as notas que nos enviam, para utilizá-las posteriormente – se houver oportunidade – na história do Espiritismo. Nas circunstâncias que acabamos de falar, trata-se de um fato material, sobre o qual o sr. vigário sem dúvida foi mal informado, pois não queremos supor que conscientemente tenha ele querido induzir em erro. Por certo procederia melhor se tivesse agido com menos ardor e esperasse informes mais exatos.

Acrescentaremos que, há pouco tempo, a propósito da morte de um de seus habitantes, fizeram espalhar naquela comuna o boato, por certo de muito mau gosto, que a Sociedade dos Irmãos Batedores, composta de sete ou oito indivíduos da comuna, queria ressuscitar os mortos, pondo-lhes na fronte emplastros, feitos com uma pomada preparada pela Sociedade Espírita de Paris; que essa sociedade de irmãos batedores ia visitar todas as noites o cemitério para dar nova vida aos mortos. As mulheres e a gente moça do bairro ficaram apavoradas a ponto de não mais ousarem sair de casa, com medo de encontrar defuntos.

Lamentavelmente, mais não era preciso para impressionar algum cérebro fraco ou doentio e, se acontecesse um acidente, logo se cuidaria de o debitar à conta do Espiritismo.

Voltemos ao Sr. Renaud. Durante sua doença, inúteis esforços foram tentados para que ele fizesse uma autêntica abjuração de suas crenças espíritas. Apesar disso, um venerável sacerdote o confessou e lhe deu a absolvição. É verdade que depois disto quiseram retirar o certificado de confissão e a absolvição foi declarada nula pelo clero de Saint-Jean, como tendo sido dada precipitadamente. É um caso de consciência que não nos incumbiremos de resolver. Daí esta reflexão muito justa, feita em público, que aquele que recebe a absolvição antes de morrer não pode saber se é válida ou não, pois com a melhor intenção pode um padre dá-la de maneira precipitada. O clero,pois, se recusou obstinadamente a receber o corpo na igreja, porque o Sr. Renaud não quis retratar-se de nenhuma das convicções que lhe haviam dado tantas consolações e feito suportar com resignação as provas da vida.

Por um sentimento de conveniência, que apreciarão, e em razão das pessoas que seríamos forçados a designar, passamos em silêncio as lamentáveis manobras que foram tentadas, as mentiras que foram inventadas para provocar desordem nesta circunstância. Apenas nos limitamos a dizer que foram completamente frustradas pelo bom-senso e prudência dos espíritas que, a respeito, receberam provas da benevolência das autoridades. Recomendações haviam sido feitas por todos os chefes de grupos, a fim de não se responder a nenhuma provocação.

Em face da recusa do clero de conceder as orações da Igreja, o corpo foi levado diretamente de casa ao cemitério, seguido por perto de mil pessoas, entre as quais se achavam cerca de cinqüenta senhoras e moças, o que não é hábito em Lyon. Sobre o túmulo e apropriada à circunstância, foi lida uma prece por um dos assistentes e por todos ouvida, cabeça descoberta, em religioso recolhimento. Em seguida a multidão retirou-se, silenciosa e, como havia começado, tudo terminou na mais perfeita ordem.

Como contraste diremos que o Sr. Sanson, nosso antigo colega, recebeu todos os sacramentos antes de morrer; que foi levado à igreja e acompanhado por um padre ao cemitério,embora tivesse previamente declarado de modo formal que era espírita e não renegaria nenhuma de suas convicções. “Entretanto,disse-lhe o padre, se eu condicionasse a absolvição a esta negação, que fareis? – Lamentaria muito, respondeu o Sr. Sanson, mas persistiria, porquanto vossa absolvição de nada valeria. – Como assim? Então não credes na eficácia da absolvição? – Sim, mas não creio na virtude de uma absolvição recebida por hipocrisia. Ouvime: para mim o Espiritismo não é apenas uma crença, um artigo de fé; é um fato tão patente quanto a vida. Como quereis que eu negue um fato que me é demonstrado como o dia que nos ilumina e ao qual devo a cura miraculosa da minha perna? Se o fizesse, seria com os lábios e não com o coração; eu seria perjuro. Assim, daríeis absolvição a um traidor. Digo que de nada valeria porque a daríeis pro forma e não pelo fundo. Eis por que preferiria dela ser dispensado. – Meu filho, replicou o padre, sois mais cristão do que muitos que dizem sê-lo.

Recolhemos estas palavras do próprio Sr. Sanson.

Circunstâncias semelhantes às do Sr. Renaud podem apresentar-se aqui ou alhures. Esperamos, pois, que todos os espíritas hão de seguir o exemplo dos confrades de Lyon, e que em nenhum caso desistam da moderação, que é uma conseqüência dos princípios da doutrina e a melhor resposta a dar aos seus detratores,que só buscam pretextos para motivar os seus ataques.

Evocado num grupo central de Lyon, trinta e seis horas depois de sua morte, o Sr. Renaud deu a seguinte comunicação:

“Ainda estou um pouco embaraçado para comunicarme e, não obstante encontre aqui rostos amigos e corações simpáticos, sinto-me quase envergonhado ou, para melhor dizer,meu pensamento está um pouco imaturo. Oh! senhora B..., que diferença e quanta mudança na minha posição! Muito obrigado por vossa constante afeição; obrigado, Sra. V..., por vossas boas visitas, por vossa consideração.

“Perguntais e quereis saber o que me aconteceu desde ontem. Comecei a me desligar do corpo pela manhã. Parecia que me evaporava; sentia o sangue coagular-se nas veias e pensava que ia aniquilar-me. Pouco a pouco perdi a percepção das idéias e adormeci com certa dor compressiva; depois despertei e então vi à minha volta Espíritos que me cercavam e me festejavam; então experimentei alguma confusão: não distinguia bem os mortos e os vivos; as lágrimas e as alegrias me perturbaram um pouco a cabeça, e de todos os lados me chamavam, como ainda me chamam neste momento. Sim, graças aos verdadeiros amigos que me protegeram, evocado e encorajado nesta dura passagem, pois há sofrimento no desligamento, e não é sem dor muito viva que o Espírito deixa o corpo, compreendo o grito de chegada e me explico o suspiro da partida. Já fui evocado várias vezes e estou fatigado como um viajor que atravessou a noite.

“Antes de partir, permitiríeis que eu voltasse e vos apertasse a mão?”

G. Renaud

O Sr. Renaud foi evocado na Sociedade de Paris. A falta de espaço nos obriga a adiar a publicação.
R.E. , março de 1863, p. 118