sábado, 2 de julho de 2016

E se fosse você?

Assista esse vídeo e responda: O que você faria se você visse essa garotinha na rua, você passaria direto?

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Revista Espírita - Ano VI - Março 1863 - Mãe e Filho

 Revista Espírita
Jornal de Estudos Psicológicos
ANO VI
MARÇO  DE 1863
MÃE E FILHO
(Sociedade Espírita de Bordeaux, 6 de julho de 1862 – Médium: Sr. Ricard)
Num berço rosa e branco uma criança,
Um belo anjo que um cântico embalava;
No olhar santo da mãe quanta esperança,
No filho, ébria de amor, terna o velava!...
Oh! como é belo o filho de minha alma!...
Dorme, querido, estou contigo, assim...
Ao despertares do carinho a palma
E teus beijos serão só para mim!...
Oh! como é belo!... Deus, tomais-me a vida
Se de mim o tirares, amanhã...
Guardai-o bem, vos rogo enternecida!...
Já sua boca murmurou: Mamã!!!...
Este nome tão doce... e se vigia
Na primavera qual raio de sol...
É palavra de amor cuja harmonia
Nos faz sonhar com o céu em voz bemol!...
Oh! por seus braços ao ser enroscada,
Quando em meu seio lhe ouço o coração,
Eu sou feliz, minh'alma inebriada
Feliz partilha de excelsa emoção...
É tudo para mim... Ele é meu sonho!
Para ele só viver... é minha sorte.
Seiva de meu amor vivo e risonho,
Deste berço afastar-se deve a morte!!!...
Brevemente, meu Deus, por mim seguro
Vê-lo-ei ensaiar primeiros passos!...
Oh! que dia feliz... vem, vem futuro...
Eu temo que não chegues aos meus braços!
E mais ainda, eu na minha esperança
Bem grande o vejo e virtuoso e honrado,
A pureza do tempo de criança
De o conduzir feliz tendo guardado.
Oh! como é belo... Deus, tomais-me a vida
Se a desgraça o abater lá no amanhã!
Conservai-o, eu imploro, agradecida,
Já sua boca murmurou: Mamã!!...
Mas está frio... e pálido seu lábio!
Acorda, filho de meu coração!
Vem sobre o seio meu... Ó Deus, és sábio,
Vê que ele está gelado... E eu tremo, então!!
Ah! fez-se o fim! De viver já cessou!
Desgraça sobre mim! Perdi meu filho!
Deus sem piedade... enraivecida estou...
Não sois um Deus de amor e justo brilho!
Este anjo de inocência que vos fez
Para o tomardes já de meu amor?...
Abjuro a minha crença, aqui, de vez...
E aos vossos olhos morro em minha dor...
“Mãe!... Sou eu!... A minha alma se evolou
“E o Eterno reenviou-me aos pés de ti.
“Renega a raiva, mãe, que te manchou;
“Retorna a Deus... trago-te a Fé, aqui!...
“Curva-te às leis de Deus para o teu bem.
“És mãe culpada, em remoto passado...
“Fizeste um filho teu morrer também:
“Deus te puniu!... Pagá-lo pois te é dado!
“Toma este livro; ele te acalmará.
“Ditado por Espíritos, o trilho,
“Se o leres, mãe, de certo mostrará
“Onde um dia, no céu, terás teu filho!!!
Teu Anjo-da-Guarda
Enviado por: "Joel Silva" 

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Se liga: Flores para quem tem cancer de mama

 "Se uma boa palavra tem um eco infindável, imagina o eco de uma boa ação."

Brenon Salvador


Assista uma campanha linda sobre o impacto que pequenas e boas ações podem ter na vida das pessoas. Clique aqui.

Mural reflexivo: Amor que se reprisa


Amor que se reprisa
    
    

     O comercial circula entre um intervalo e outro da programação televisiva.

     Chama a atenção pela delicadeza, pela profundidade e beleza das cenas.

     Uma jovem elegante anda pela rua. Traz felicidade na face, harmonia no andar.

     Então, uma voz de criança suave, começa a ser ouvida: Essa aí vai ser a minha mãe. Linda, né?

     Ela nem sabe ainda, mas o destino vai dar uma ajudinha.

     Nisso, pasta e documentos caem das mãos da personagem em foco, que se abaixa para tudo apanhar. Exatamente nesse momento seus olhos, ao se erguerem, vislumbram a encantadora vitrine de uma loja de cosméticos e perfumes.

     Ergue-se, olha com interesse e adentra o local.

     Experimenta o perfume em oferta de lançamento e sai, feliz, com o produto em sacola personalizada.

     Logo adiante, ela adentra uma livraria e o rapaz que a atende, a fita, interessado. Os olhares se cruzam, sorriem e os dedos se tocam, sobre o balcão.

     Agora, a voz da criança continua: Em exatamente dois anos e cinquenta e quatro dias eu vou nascer.

     Na cena seguinte, a jovem se encontra com um lindo bebê nos braços e conclui a voz:

     Como eu reconheci minha mãe, quando nasci? Pelo cheiro.

     *   *   *

     O apelo é comercial, sem dúvida. Contudo, o que emociona é a elaboração de uma história que tem como fundo uma grande verdade.

     Nossos filhos nos acompanham a trajetória de vida, muito antes de adentrarem no cenário familiar, reencarnados.

     Eles nos conhecem. Da Espiritualidade seguem, muitas vezes, com subido interesse, o encontro dos que se tornarão seus pais.

     Sorrirão quando o enlace se concretize, aguardando, ansiosos, o momento de reingressar na carne, através desse amor que se encontra, ou que se reencontra.

     O que emociona é constatar como as verdades Divinas se apresentam no mundo e, a pouco e pouco, tomam foro de cidadania.

     Num comercial que tem como fundo a venda, o lucro, uma grande verdade estampada: a pré-existência da alma, que não é criada ao nascer o corpo.

     Ela tem uma trajetória de várias experiências reencarnatórias.

     Mais: ela planeja sua reencarnação, escolhendo seus pais, a família que terá, as metas gerais que deverá alcançar na vida que programa.

     Não é maravilhoso saber que o afeto não acaba nunca? Que os filhos que nos chegam já os vimos antes, quase sempre? Que muitos deles são amores que retornam ao nosso coração, desejosos de reencontros?

     Desejosos de que, juntos, prossigamos crescendo, no amor que nos une.

     Isso explica os amores de mãe, de pai. Os amores dos irmãos. São reencontros.

     Isso nos acalma a alma, sobretudo quando amores partem dessa vida. Eles continuam a nos amar, como nós a eles.

     Pelas asas do sonho, pelos fios da oração, nos visitam.

     E, muito amiúde, ainda nesta mesma vida, retornam ao nosso convívio, como sobrinhos, como netos, bisnetos.

     Ah, esse infinito amor de Deus que se espalha pela terra dos corações dos Seus filhos!

 

Redação do Momento Espírita

 

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Transexualidade e Espiritismo / Mundo Maior Repórter / Parte 4


Transexualidade e Espiritismo / Mundo Maior Repórter / Parte 3


Transexualidade e Espiritismo / Mundo Maior Repórter / Parte 2


Transexualidade e Espiritismo / Mundo Maior Repórter / Parte 1


domingo, 26 de junho de 2016

40% dos sem-teto dos EUA são adolescentes homossexuais, mostra pesquisa


40% dos sem-teto dos EUA são adolescentes homossexuais, mostra pesquisa


Yahoo Notícias

A dura luta contra o preconceito e a homofobia possui aspectos cruéis. Muitas vezes essa luta começa onde deveríamos nos sentir mais acolhidos e protegidos: em casa. Hoje, nos EUA, há uma nova classe de moradores de rua crescendo em triste velocidade, formada por adolescentes homossexuais expulsos de casa.

Segundo cálculo do Centro de Progresso Americano, mais de 300 mil jovens tiveram de recorrer a abrigos públicos após serem mandados embora de casa pelos próprios pais por sua orientação sexual.

Estudos feitos nos EUA indicam que a grande maioria desses jovens expulsos saem de casas conservadoras e profundamente religiosas. Nesses contextos, compreender a homossexualidade como algo natural é intensamente mais difícil. Quase metade dos gays norte-americanos saem de casa pouco tempo depois de se assumirem para a família – a maioria contra a própria vontade.

Assim, instituições especializadas na adoção de jovens em abrigos têm incentivado especificamente a escolha por jovens homossexuais rejeitados pelas famílias. Tais movimentos acontecem também por iniciativas pessoais, e são diversos os casos de cidadãos que vêm a público oferecer a própria casa para receber esses jovens.

Notícia publicada no Yahoo! Notícias, em 15 de junho de 2016.


Jorge Hessen* comenta

O homem moderno é modelado dentro de uma cultura racista, patriarcal, misógina e homofóbica. O Evangelho é um convite perene à prática da fraternidade, do amor, da não-violência, especialmente diante dos dessemelhantes que compõem o universo minoritário de uma sociedade densamente machista. Não obstante seja avesso à ideia de grupos de "minorias" ou "maiorias" sociais, reconheço que os termos já estão consagrados pelo uso e ademais é inaceitável qualquer tipo de discriminação perante os “desiguais”.

A hercúlea luta contra o preconceito e a homofobia possui aspectos sádicos. Diversas vezes essa luta descomunal principia onde o ser humano deveria se sentir mais acolhido e resguardado: ou seja, o grupo familiar. Atualmente, nos EUA, por exemplo, há uma nova classe de moradores de rua (isso mesmo! Moradores de rua) que está crescendo em deplorável rapidez, formada por adolescentes homossexuais expulsos da família. Segundo cálculo do Centro de Progresso Americano, mais de 300 mil jovens tiveram de recorrer a abrigos públicos após serem mandados embora de casa (banidos) pelos próprios pais em face da sua orientação sexual.

Estudos realizados nos EUA indicam que a grande maioria desses jovens excluídos afastam-se de famílias conservadores e profundamente religiosas. Nesses contextos, compreender a homossexualidade como algo natural é intensamente mais difícil. Quase metade dos homossexuais norte-americanos afastam-se de casa pouco tempo depois de admitirem suas orientações sexuais perante a família – a maioria contra a própria vontade.(1) Ora, a homossexualidade é uma orientação sexual, assim como a heterossexualidade e bissexualidade (assexualidade pode ser considerada uma orientação também). São orientações naturais, não provindas de distúrbios ou quebras de personalidade, conforme assegura o Espirito Emmanuel, em “Vida e Sexo”, no capítulo intitulado “Homossexualidade”.

Recentemente, como se não bastasse o barbarismo cometido por Omar Mateen, um aliado do Estado Islâmico, resultando na morte de 49 de pessoas, na boate Pulse, deixando outras 50 feridas, sabemos de muitas outras formas de aberrações praticadas contra homossexuais. Na verdade, o fundamentalismo religioso é a maior tragédia que existe no mundo. Não há como entender o ódio que culmina em atos de violência e tortura contra as pessoas em nome de Deus.

Após o episódio ocorrido na casa noturna Pulse, em Orlando, Estados Unidos, um pastor norte-americano disse que “não está triste por homossexuais terem sido mortos na boate. (...) A tragédia é que mais deles não tenham morrido. Eu gostaria que o governo os reunisse, colocasse todos contra uma parede, colocasse o pelotão de fuzilamento na frente deles e explodisse seus cérebros”.(2) Outros grupos cristãos extremistas, como a Westboro Baptist Church, afirmaram que os frequentadores da Pulse estavam “no inferno” após os assassinatos. “A tragédia mesmo é que mais deles não tenham morrido. A tragédia é o Omar Mateen não ter terminado o trabalho – porque estas pessoas são predadores. Eles são abusadores.”(3)

O assunto homossexualidade não foi pesquisado em profundidade pelo Codificador nas obras básicas. Em O Livro dos Espíritos, observamos, porém, que podemos reencarnar na categoria de homem, ou na condição de mulher. No mundo espiritual a questão do título de “ele” ou “ela” não faz muito sentido, porquanto os Espíritos não se tratam na condição de gênero.

Não há, portanto, reprodução de espíritos no além pelo processo de acasalamento sexual. Todavia, as genitálias existentes no corpo físico se justificam em razão das leis de manifestação biológica (carnal) objetivando adequar o processo reencarnatório pela reprodução biológica por meio da cópula sexual.

A prova masculina e/ou feminina em múltiplas vidas, o predomínio em tal ou qual experiência, estabelece que o Espírito conserve as características que nele ficou gravado, consequência da influência que o corpo físico transmite ao perispírito. Por conseguinte, o Espírito, em reencarnando, apresentará as particularidades do gênero que mais longamente viveu e apresentará na estrutura psicológica as inclinações afins a essas experiências pregressas.

Portanto, somos Espíritos de polaridade psicológica masculina ou feminina, consequência de contínuas reencarnações num ou noutro gênero. Tão-somente após sobrepujarmos nossas falhas anexas ao apego à matéria, ao sensualismo, ao egoísmo e ao orgulho é que os nossos atributos sexuais desaparecerão, automática e gradativamente, após a obtenção de “qualidades nobres inerentes à masculinidade e à feminilidade”.(4)

As provas diferentes que vivemos no corpo físico se distinguem pela transitoriedade. Tudo se transforma e, se bem acolhido como lição vantajosa, será agente de maior felicidade no futuro. O que importa realmente é o que fazemos de bom nas hostes da caridade em favor do semelhante e de nós próprios, como abrigamos e compreendemos as ações dos outros e não as nossas condições de gêneros.


Referências:

(1) Disponível em , acessado em 15/06/2016;

(2) Disponível em , acessado em 19/06/2016;

(3) Idem;

(4) Viera, Waldo e Xavier, Francisco Cândido. Evolução em Dois Mundos, ditado pelo espirito André Luiz, cap. XII, RJ: Ed. FEB, 1999.

* Jorge Hessen é natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951. Servidor público federal aposentado do INMETRO. Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História. Escritor (dois livros publicados), Jornalista e Articulista com vários artigos publicado