sábado, 8 de fevereiro de 2014

Gente com defeito?

Gente com defeito?

Rita Foelker
Essa ideia de pessoas com defeitos tem alguns defeitos. Um deles está em considerar que Deus criou coisas defeituosas ou que podem apresentar defeito. Outro defeito é tratar-se, com nosso estrabismo ou miopia habitual, de um incentivo a enxergarmos e apontarmos defeitos nos outros. Em geral, nosso ego adere a esse tipo de atitude muito facilmente, bem como a tudo o que o engrandeça e destaque.

Mas vamos, apenas e exclusivamente neste texto, chamar de defeitos aquilo que nos incomoda ou desagrada em outras pessoas, razão pela qual os desaprovamos. Isso é bem genérico. E não é difícil... Vamos lá! Nesse sentido, podemos dizer que todo mundo tem "defeitos".

Olhando bem, logo notamos que alguns "defeitos" e "pessoas" são mais difíceis pra nós, pois nos incomodam mais. No entanto, também notamos que está cheio de gente com defeitos que não nos afetam! A questão, portanto, não é o defeito do outro, mas, sim, como e por que aquilo nos afeta.

Comecei a pensar sobre isso. Fui procurar me entender, a partir dessas minhas reações, tentar me conhecer melhor. Afinal, sou espírita, logo, acredito em evoluir pra me tornar um ser melhor. Tanto eu, quanto os outros. E acredito no autoconhecimento como um caminho importante na evolução.

Notei que certos “defeitos” me afetavam quando surgiam em pessoas próximas a mim, em relação às quais nutria certas expectativas. Tais expectativas costumam ter fundamento? Em alguns casos. Se certa mãe que devia cuidar do filho pequeno não consegue suprir as necessidades dele, poderíamos dizer que o incômodo tem uma base, desde que há uma expectativa legítima de que mães acalentem e cuidem de seus filhos. Mas é preciso considerar que não existe apenas isso, pois há também a condição material, mental e emocional da mãe, de atender a essas necessidades ou não, e pode haver um motivo específico que explique seu comportamento. Seres humanos têm desafios complexos e se complicam emocionalmente, iludem-se com prioridades fictícias, adoecem, perdem empregos...

Pensando assim, também passei a focar nas virtudes e qualidades que antes estavam ocultas na pessoa, sob aquele pretenso “defeito” que até então me incomodava tanto. E vi que lá estava aquela criatura, exercitando essas qualidades e se desenvolvendo, segundo sua possibilidade e compreensão da vida.

Assim, comecei a ter um olhar mais positivo, que os budistas talvez chamassem de “compassivo”. Isso não implica fechar os olhos, mas olhar de outra maneira. Isso também não faz nossa dificuldade passar e tudo ficar instantaneamente maravilhoso. Mas melhora bem a possibilidade de compreensão e convivência.

Não vou dizer aqui que costumamos enxergar nos outros aquilo que não conseguimos ver em nós mesmos, porque é um fato que já comprovei e uma abordagem já muito batida. Mas até nesse sentido, enxergar no outro o que precisamos descobrir em nós é uma sabedoria das Leis Divinas e uma providência educativa.

A inteligência emocional, a percepção de como estamos nos sentindo, é algo muito valioso, para lidar com tais questões de maneira mais sensata possível. Como observa Eckhart Tolle em “O Poder do Silêncio” (Ed. Sextante): “Reclamar e reagir são as formas preferidas da mente para fortalecer o ego. O eu autocentrado precisa do conflito para fortalecer sua identidade. Ao lutar contra algo ou alguém, ele demonstra pra si mesmo que ‘isto sou eu’ e ‘aquilo não sou eu’. É comum que países procurem fortalecer sua sensação de identidade coletiva colocando-se em oposição aos seus inimigos.” Pode ser, então, que atribuir defeitos seja mais um modo de nos afirmarmos – e simplesmente isto! Os defeitos, então, estão na nossa visão egocentrada e não na pessoa, considerada como essencialmente uma criatura divina em vias de progresso espiritual, seguindo sua trajetória e fazendo uso de seu livre-arbítrio.

Além do mais, o conceito de “defeito” que adotamos para este texto, pode perfeitamente aplicar-se a nós mesmos. Nossas atitudes, hábitos e idiossincrasias podem andar desagradando pessoas por aí. Algumas ou muitas. Então, é melhor evitar radicalismos e expandir a compreensão. Reclamações, ações extremadas às vezes são infelizes, tanto em si mesmas quando nos resultados que ocasionam. Diz Emmanuel em “Seara dos Médiuns” (FEB), “olvidemos os defeitos do próximo, na certeza de que todos nos encontramos sob o malho das horas, na bigorna da experiência.”
Rita Foelker


sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Espero que você seja...

Espero que você seja...

Convicto

Joamar Zanolini Nazareth
Amigos, quem caminha com uma cabeça cheia de incertezas se auto-condena a perder tempo demasiado em experimentar caminhos que poderia evitar. É certo que, praticamente nenhum de nós, tenhamos todas as certezas do mundo, que sigamos a vida sem quaisquer preocupações ou dúvidas quanto a qual caminho seguir.

Uma pessoa sem qualquer incerteza é alguém tão frio que não reage ante as situações que a cercam. Indiferença é sinal de apatia para com a vida. Quando nos vemos cheios de interrogações quanto a qual opção seria melhor, quanto a qual rota seguir, quanto a termos ou não capacidade de desempenhar o papel que desenhamos para nós mesmos, denotamos uma postura de quem se preocupa com a vida, de quem quer acertar e tem medo que as coisas não saiam do melhor jeito. Só não podemos estacionar em tais incertezas e deixá-las contaminar nosso otimismo e vontade de seguir adiante.

As grandes personalidades de nossa história tiveram medos e dúvidas, mas o que lhes caracterizou o comportamento foi a convicção de que apenas prosseguindo em seus esforços superariam os obstáculos e alcançariam seus objetivos. São exemplos nobres de que só se vence com vontade, com convicção de que podemos e devemos fazer muitas coisas, somente dependendo do poder que demonstremos sobre nossa vida.

Sejamos convictos de que aqui estamos para deixar nossa marca; e só deixa marcas quem caminha muitos e muitos quilômetros, sem desanimar da marcha. Sejamos convictos e nossa certeza nos levará longe.


Joamar Zanolini Nazareth

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

150 anos - O Evangelho segundo o Espiritismo


A obra “O Evangelho Segundo o Espiritismo“, de Allan Kardec, completa no dia 15 de abril, o seu sesquicentenário (150 anos).
E como forma de comemoração, a U.S.E – União das Sociedades Espíritas, realiza no dia 9 de fevereiro, a partir das 19 horas, uma grande festa no Clube Juventus.
Localizado no bairro da Mooca, em São Paulo, a comemoração terá a conferência do médium Divaldo Pereira Franco.
A entrada é franca. No local há estacionamento cobrado pelo clube que comporta 4.500 pessoas sentadas.
Livraria com os livros, CDs, DVDs do médium e uma da USE com os livros da Codificação, também poderá ser visitada.
A U.S.E espera por você, sua família e seus amigos

Você sabia?!

Você sabia...
 
O Espiritismo possui três aspectos básicos: Ciência, Filosofia e Religião e por isso é chamado de Doutrina da Razão.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Estudo dirigido: O Evangelho segundo o Espiritismo

 

Aliança da Ciência e da Religião e a Nova Era (Estudo 6 de 135)

 

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EESE006b - Cap. I - Itens 9 a 11

Tema: Aliança da Ciência e da Religião e a Nova Era

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A - Questão para estudo e dialogo virtual:

 

1 - Por que a Ciência e Religião, ate' o momento, não puderam se entender?

 

- Texto de Apoio:

 

** Aliança da Ciência e da Religião **

 

* A Ciência e a Religião são as duas alavancas da inteligência humana: uma

revela as leis do mundo material e a outra as do mundo moral. Tendo, no

entanto, essas leis o mesmo principio, que e' Deus, não podem

contradizer-se. (...) A incompatibilidade que se julgou existir entre essas

duas ordens de ideias provem apenas de uma observação defeituosa e de

excesso de exclusivismo, de um lado e de

outro.

 

* A Ciência e a Religião não puderam, ate' hoje, entender-se, porque,

encarando cada uma as coisas do seu ponto de vista exclusivo, reciprocamente

se repeliam. Faltava com que encher o vazio que as separava, um traço de

união que as aproximasse. Esse traço de união esta' no conhecimento das leis

que regem o Universo espiritual e suas relações com o mundo corpóreo, leis

tão imutáveis quanto as que regem o movimento dos astros e a existência dos

seres.

 

** A Nova Era **

 

* Deus e' único e Moises e' o Espirito que Ele enviou em missão para

torna-lo conhecido não só´ dos hebreus, como também dos povos pagãos. (...)

Os mandamentos de Deus, dados por intermédio de Moises, contem o gérmen da

mais ampla moral crista. (...) A moral que Moises ensinou era apropriada ao

estado de adiantamento em que se encontravam os povos que ela se propunha

regenerar, e esses povos, semi-selvagens quanto ao aperfeiçoamento da alma,

não teriam compreendido que se pudesse adorar a Deus de outro modo que não

por meio de holocaustos, nem que se devesse perdoar a um inimigo.

 

* O Cristo foi o iniciador da mais pura, da mais sublime moral, da moral

evangélico-crista, que ha' de renovar o mundo, aproximar os homens e

torna-los irmãos; que ha' de fazer brotar de todos os corações a caridade e

o amor do próximo e estabelecer entre os humanos uma solidariedade comum; de

uma moral, enfim, que ha' de transformar a Terra, tornando-a morada de

Espíritos superiores aos que hoje a habitam. E a lei do progresso, a que a

Natureza esta' submetida, que se cumpre, e o Espiritismo e' a alavanca de

que Deus se utiliza para fazer que a Humanidade avance.

 

 

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

E, aí! Já leu?!







Título: Jesus e Atualidade
Espírito: Joanna de Ângelis
Médium: Divaldo P. Franco








JESUS E ATUALIDADE

A atualidade do pensamento de Jesus surpreende os mais cépticos
estudiosos da problemática humana, sempre complexa e desafiadora, nestes
dias.
Profundo conhecedor da psique, Jesus penetrava com segurança nos
refolhos do indivíduo e descobria as causas reais das aflições que o inconsciente
de cada um procurava escamotear.
Não se permitindo derivativos nem adiamentos, enfrentava as questões
com elevado critério de sabedoria, que desnudava as mais intrincadas
personalidades psicopatológicas, propondo com rigor a terapia compatível,
elucidando quanto à responsabilidade pessoal e eliminando a sombra projetada
sob a qual muitos se ocultavam.
Por processos mais demorados, a psicologia profunda chega, no
momento, às mesmas conclusões que Ele lograva com facilidade desde há
dois mil anos.
Roberto Assagioli, por exemplo, com sua psicossíntese, penetrou nas
causas das enfermidades, apoiando-se na realidade “transpessoal” do ser
como fator desencadeante das mesmas.
Abraão Maslow descobriu a “psicologia do ser” e abriu espaço para o seu
entendimento profundo em relação à psicogênese das enfermidades que
deterioram a personalidade do homem.
Groff, relacionando a mente com o cérebro, vai mais além e defronta o ser
imortal como agente de inúmeras psicopatologias.
Melanie Klein e Carl Johnson, de origem freudiana, propõem para os
esquizofrênicos terapêuticas fundamentadas no amor, na caridade, no perdão
cristão como as de maior eficácia, embora se reconheçam arreligiosos.
A personalidade marcante de Jesus impressionava, de forma indelével,
todos aqueles que O encontravam.
Identificado com Deus, demonstrava-O em todos os Seus passos,
conclamando os ouvintes à conquista da realidade — o reino dos céus — que
se encontra no imo de cada um.
A Sua proposta de aferição de valores — os materiais com os espirituais
— oferecia a excelente oportunidade para o despertamento mental a respeito
da vida e a conseqüente experiência vivencial em clima de harmonia íntima,
com uma identificação entre as possibilidades e as circunstáncias existenciais.
Sem utilizar-se de expressões e conceitos interpolados, falava uma
linguagem de simples apreensão pela massa ignorante e pelas mentes
elitizadas que O buscavam.
Extraordinário narrador de histórias, uma das artes mais difíceis na área do
discurso, e poeta ímpar, em razão das imagens puras na sua riqueza de cores
e de significado, os Seus ensinamentos eternizaram-se, reconhecidos como
dos mais belos jamais anotados pela gnose.
O sermão da montanha, considerado a “carta magna dos direitos
humanos”, é um desafio de não-violência, próprio para esta época, assim como
foi para aquela em que Ele o enunciou. Os que o ouviram, jamais se
desimpregnaram da sua magia incomparável.
Não somente, porém, Jesus é atual pelas terapias de amor e pelos
ensinamentos que propõe ao homem contemporâneo, mas, também, pelo
exemplo de felicidade e exteriorização de paz que irradiava.
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Enquanto as ambições desregradas conduzem as inteligências ao
paroxismo e à alu cinação da posse, da fama, da glória, das disputas cegas,
Ele ressurge na consciência moderna em plenitude, jovial e amigo, afortunado
pela humanidade e a segurança íntima.
A atualidade necessita urgentemente de Jesus descrucificado,
companheiro e terapeuta em atendimento de emergência, a fim de evitar-lhe a
queda no abismo.
Pensando nesta inadiável questão, resolvemos apresentar, neste pequeno
livro, vinte situações contemporâneas com ocorrências do cotidiano que
aturdem a civilização, buscando respostas da conduta na terapia de Jesus,
cujos resultados, obviamente, são a saúde, a paz e a felicidade como
experiências ainda não fruídas individual e coletivamente pelos homens.
Certa de que o caro leitor encontrará nestas páginas respostas para
algumas das suas inquietações, rogamos a Ele que nos oriente e ampare no
rumo que seguimos, ansiosos pela nossa realização total.
Salvador, 20 de fevereiro de 1989.
Joanna de Ângelis

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Honestidade vai bem.





Honestidade vai bem

           
Uma cena inusitada e inspiradora no esporte: o atleta queniano, Abel Mutai, medalha de ouro nos três mil metros com obstáculos e campeão olímpico em Londres, estava prestes a ganhar mais uma corrida.
Entrou em um novo setor da prova e, achando que já havia cruzado a linha de chegada, começou a cumprimentar o público, reduzindo o passo.
O segundo colocado, logo atrás, Ivan Fernandez Anaya, vendo que ele estava equivocado e parava dez metros antes da bandeira de chegada, não quis aproveitar a oportunidade para acelerar e vencer.
Ele permaneceu às suas costas, e gesticulando para que o queniano compreendesse a situação, quase o empurrando, levou-o até o fim, deixando que ele conquistasse, então, a merecida vitória – como já iria acontecer se ele não tivesse se enganado sobre o percurso.
Ivan Fernandez Anaya, um jovem corredor de vinte e quatro anos, que é considerado um atleta de muito futuro, ao terminar a prova, disse:
Ainda que tivessem me dito que ganharia uma vaga na seleção espanhola para disputar o campeonato europeu, eu não teria me aproveitado. Acho que é melhor o que eu fiz do que se tivesse vencido nessas circunstâncias.
*   *   *
Quando começaremos a agir assim, em todas as situações de nossas vidas?
Quando deixaremos de enganar os outros e de enganar a nossa própria consciência?
Teríamos agido dessa forma, em situação semelhante, ou não?
Valerá a pena tudo por uma medalha, por um resultado, por ser proclamado melhor, o número um, nisso ou naquilo?
Valerá tudo para conseguir um emprego, um dinheiro extra, um bom negócio fechado? Será?
A virtude da honestidade diz que não, não vale a pena.
Atuando assim, poderemos ter pequenas e falsas vitórias aqui e ali, mas continuaremos sendo almas derrotadas, pois não vencemos o mundo e suas destemperanças, não vencemos o homem velho e vicioso em nós.
O importante é vencer-se, estando em paz com nossa consciência.
Não basta viver e sobreviver. Citando o grande Sócrates e sua honestidade, quando lhe propuseram a fuga da prisão onde ficou até a morte: O importante não é viver. O importante é bem viver.
Estamos aqui para aprender a bem viver, para vencer quando estivermos preparados para vencer, quando merecermos a vitória.
Participar desses jogos baixos do mundo, dessas manipulações de mentes, de esquemas etc., é permanecer pequeno, é congelar a evolução moral do Espírito.
Ser honesto é vivenciar a verdade em todas as circunstâncias, a verdade que, segundo o Mestre, nos libertará – libertará da ignorância e do sofrimento.
*   *   *
Um gesto de honestidade vai muito bem.
Vai muito bem em casa, quando confessamos o que vai em nosso coração, quando não desejamos esconder nada de ninguém.
Vai muito bem nas relações sociais, quando atuamos com justiça, com probidade, dando a cada um o que é seu de direito, nunca admitindo passar alguém para trás.
Vai muito bem no casamento, toda vez que honramos o compromisso com o outro, jamais praticando algo que não gostaríamos que praticassem conosco.
Vai muito bem sempre.
Haverá dia em que honestidade não precisará mais ser considerada virtude a ser conquistada, pois seremos todos honestos por natureza.

Redação do Momento Espírita.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Campanha de enfrentamento à Corrupção - Diga Não

Vídeo: Dia Internacional contra a Corrupção 2013
Produção: UNODOC - Escritório das Nações Unidas contra as drogas e os crimes


FAÇA SUA PARTE: DIGA NÃO




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