sábado, 14 de abril de 2018

Se liga... Passe adiante...


17º Feirão Beneficente Pró Casa Maria de Magdala.

Acontecerá no dia 6 de maio de 2018, de 9h às 17h no Centro Educacional de Niteroi (Centrinho), o 17º Feirão Beneficente Pró Casa Maria de Magdala.
O evento é promovido pela SEJA Editora e Distribuidora e contará com venda de livros CD's e Artesanatos, lanches, almoço e outras atividades.Toda a arrecadação será revertida para as obras da Casa Maria de Magdala.
O Centrinho fica na Rua Itaguaí, 173 - Pé Pequeno, Niteroi/RJ. Mais informações podem ser obtidas através dos telefones (21) 2601-3296 e 2602-7566.


sexta-feira, 13 de abril de 2018

O drama das meninas que se casam crianças

No Brasil, 877 mil mulheres entre 20 e 24 anos se casaram quando tinham até 15
Juliana Diógenes, enviada especial a Codó e Timbiras (MA), O Estado de S.Paulo
Raquel (nome fictício) observa a massinha de modelar entre as mãos e brinca de criar formas enquanto fala sobre o dia em que foi estuprada aos 10 anos, em Cajazeiras, distrito onde mora na zona rural de Codó (MA). O rapaz, então com 19 anos, fugiu. Ela engravidou. “A médica disse que não tinha espaço para sair o bebê por parto normal, então fiz cesárea”, conta. A filha nasceu e foi cuidada pela avó.
Aos 13, Raquel foi morar com Raimundo, um pedreiro de 35 anos que conheceu na casa vizinha. E engravidou novamente. Ela foi novamente vítima de estupro – mesmo em união informal, o caso configura estupro de vulnerável pelo Código Penal, por envolver sexo com uma pessoa menor de 14 anos.
A história de Raquel compõe o retrato de uma realidade quase invisível no Brasil, apesar de ser uma prática antiga e com dimensão global: o casamento infantil. No País, há poucos dados disponíveis para dimensionar o problema. Dados do Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, os últimos disponíveis, indicam que 877 mil mulheres que têm hoje entre 20 e 24 anos se casaram quando tinham até 15. O próprio governo federal admite não saber quem são e onde estão as meninas casadas.
Segundo o primeiro estudo feito no País especificamente sobre o tema, realizado pelo Instituto Promundo entre 2013 e 2015, Maranhão e Pará são os Estados com maior prevalência de uniões precoces. O levantamento mostra que as meninas se casam e têm o primeiro filho, em média, aos 15 anos. Os homens são nove anos mais velhos.
A pesquisa sugere que o casamento de uma menina com um homem muito mais velho – o caso de Raquel – é associado a condições financeiras precárias da família da garota. O homem mais velho surge como alguém capaz de fornecer apoio financeiro a ela e aliviar sua família de sustentá-la.

Recusa do namoro

No caso de Raquel, a mãe negou por duas vezes os pedidos de namoro de Raimundo. Ele, então, propôs algo diferente: morar e se casar com a menina. E a mãe aceitou. “Ela viu que ele queria morar comigo, ter responsabilidade para cuidar de mim. Só por isso ela deixou”, relata Raquel. “Se eu quisesse só namorar, acho que a mãe e o padrasto dela não iam deixar. Eu não queria fazer que nem o outro, que engravidou e foi embora. Pelo menos ponho num barraco. Falei para a mãe dela que iria colocar Raquel no bom caminho”, diz Raimundo.
Jovem parda de 16 anos, costas encurvadas, unhas dos pés pintadas de verde com desenho de flor e um jeito acabrunhado de falar, Raquel interrompe a entrevista para tirar a panela do fogo. O marido, hoje com 38 anos, está para chegar e o almoço precisa estar pronto. Quando não está consertando televisões dos vizinhos ou tocando como DJ, Raimundo “caça” – verbo que faz questão de usar – no mato o de comer. Em dia bom, ele carrega nas costas um tatu-peba ou uma cotia. “Foi ele que me ensinou a cozinhar, eu não sabia. Aprendi a fazer arroz, temperar feijão, botar carne no fogo. Aprendi também a cozinhar as caças dele.”
Por mês, a renda do casal é, em média, R$ 300. No mesmo quarto de uma casa de pau a pique dormem os dois e a filha. Raquel, entre uma gestação e outra, abandonou a escola, repetiu o 7.° ano e agora deveria iniciar o ensino médio. As aulas já começaram e ela admite que “vai ser difícil” frequentar a escola cuidando da filha de 3 anos. Já Raimundo largou os estudos na 5.ª série.

Liberdade

A pesquisa do Promundo atribui o casamento infantil a três principais causas. A primeira é vulnerabilidade das comunidades, caracterizada por baixos níveis de de escolaridade e infraestrutura, e fraca presença do Estado. Em segundo lugar, as adolescentes querem sair da casa dos pais porque desejam começar a namorar e ir a festas e, por isso, veem no casamento uma forma de fuga das proibições dos pais. A terceira causa mais citada pelas adolescentes como motivação é a fragilidade das estruturas familiares, que leva as meninas a buscar estabilidade e segurança fora de casa.
Moradora de Timbiras (MA), Flávia casou aos 13 anos com o pedreiro Eduardo, de 20. Estão juntos há três anos e não têm filhos. Flávia conta que a motivação para sair de casa foi a privação de liberdade. “Minha mãe não deixava eu sair. Eu ficava revoltada, queria ir para as festas. Ela proibiu e foi até pior. Se ela tivesse deixado, eu estaria com ela”, diz a menina, hoje com 16 anos. No mesmo dia em que foi pedir aos pais de Flávia para namorar e casar com ela, a menina já arrumou as roupas e foi embora para a casa da família de Eduardo.
Quem também não quis esperar a reação dos pais e saiu de casa no mesmo dia em que o namorado pediu a mão dela foi Sarah, de 16 anos. Hoje ela mora com o marido Hugo, de 23, que trabalha na roça onde eles residem com o filho de 4 meses no povoado de Almas Sozinhas, em Timbiras (MA). Ela tinha 15 anos quando o conheceu e engravidou um mês após a vida de casada. “Saí de casa mais por causa do meu pai. Eu queria um namorado e ele não deixava. Meu pai dizia que se meu namorado aparecesse lá, ele ia dar um tiro.” Agora aos 16, depois de interromper os estudos para cuidar do filho, se arrepende: acha que não fez a escolha certa ao casar cedo e engravidar. “Quando fui morar com ele, nenhum de nós dois estava preparado. Mas só hoje vejo isso. Era para ter um pouco mais de paciência, mas, por causa do pai, não tive.”
A ânsia por liberdade, a desestrutura familiar e a vulnerabilidade das comunidades atingem também os grandes centros urbanos, especialmente a periferia. É o caso da desempregada Daniela dos Santos Alves, de 28 anos, moradora de Guarulhos, na Grande São Paulo. Ela engravidou e se casou aos 17, mas se arrepende. “Achei que sairia daquela rotina da casa da minha, que teria liberdade. Mas não tive, até piorou. Dobrou a responsabilidade”, conta. 
Segundo Viviana Santiago, gerente de Gênero e Incidência Política da ONG Plan International, a maioria das meninas vem de lares conturbados pela pobreza ou de relações tumultuadas com os responsáveis. “Em um contexto de meninas com acesso à escola regular e famílias que têm condições socioeconômicas minimamente equilibradas, o casamento vai descendo como opção de vida”, explica. “Quanto menos acesso aos direitos e à possibilidade de desenvolvimento, mais o casamento cresce como opção, inclusive de transformar essa menina em respeitável.”

Fuga

"Quero dar para a minha filha uma vida sossegada, leve, uma vida que eu não tive. A minha casa sempre foi de confusão e briga", diz Marina, de 14 anos, moradora do povoado de Almas Sozinhas, casada e mãe de um bebê de 5 meses. A menina saiu de casa aos 13 anos, quando um dia brigou com o padrasto por não aguentar mais vê-lo batendo no irmão mais novo. "Meu padrasto e eu tivemos uma discussão. Ele nunca gostou de mim. Então, resolvi sair de casa."
Marina era criada pela mãe - que engravidou dela aos 15 anos - e pelo padrasto. "Não conheci meu pai. Ele me abandonou quando era criança. Nem me lembro o nome dele." Depois de sair de casa e morar algumas semanas na casa da avó, recebeu o convite do namorado, Tiago, de 18 anos, para dividirem um teto.
"Nunca pensei na vida em casar. Mas foi uma forma de me ver livre de briga", explica. Um mês após o início da vida de casada, ela engravidou. Os estudos foram interrompidos na 8ª série. O bebê herdou os brinquedos que eram de Marina até poucos anos atrás.
Uma girafa de pelúcia é o favorito das duas. Enquanto o marido conversa com a reportagem, Marina senta em um banco no fundo da sala e silencia. Com as pernas balançando, sem encostar no chão, ela brinca com a girafinha e não participa da conversa, apenas observa.
Ao lado da menina, a TV quebrada está coberta por um pano. Era a principal diversão de Marina antes de pifar após uma queda de energia: ali, assistia novelas e desenhos animados enquanto o marido passava o dia fora. Agora, convive boa parte do dia com o silêncio, rompido pelos choros da filha.
O marido Tiago - que largou os estudos na 5ª série - está em busca emprego fixo há dois anos e meio em Timbiras, mas diz que "até quem tem estudo encontra dificuldade". Três vezes por mês, trabalha capinando terreno e fazendo reparos no terreno dos outros. A diária é de R$ 50. A única renda fixa do casal é o Bolsa Família: R$ 202.
Para conseguir reformar a casa de taipa e driblar as goteiras que escorrem pela telhado de palha, o plano é vir trabalhar em Guariba, no interior de São Paulo, cortando cana por dois anos. Nesse período, espera juntar R$ 2 mil. Mas Tiago ainda tenta arrecadar os R$ 250 da passagem de ônibus e R$ 100 de alimentação para a viagem de três dias.

Documentário

Para dar visibilidade ao cenário, a ONG Plan International Brasil lançou no último dia 7 o documentário “Casamento Infantil”. O filme partiu do estudo realizado pelo Promundo em parceria com a Plan.
O filme poderá ser distribuído para qualquer região do país: escolas, coletivos, universidades e até pequenos grupos poderão assistir gratuitamente. O documentário entrevista pesquisadores, agentes e legisladores para discutir o impacto do problema no Brasil.
Notícia publicada no Estadão, em 10 de março de 2018.

Jorge Hessen* comenta

Observamos que a pesquisa atribui o “casamento” infantil a três principais causas. A primeira é vulnerabilidade das comunidades, caracterizada por baixos níveis de escolaridade e infraestrutura, e fraca presença do Estado. Em segundo lugar, as adolescentes querem sair da casa dos pais porque desejam começar a namorar e, por isso, veem no “casamento” uma forma de fuga das proibições dos pais. A terceira causa é a fragilidade das estruturas familiares, que leva as meninas a buscar estabilidade e segurança fora de casa.
A ânsia por liberdade, a desestrutura familiar e a vulnerabilidade das comunidades atingem também os grandes centros urbanos, especialmente a periferia de um Brasil sacudido por uma violenta crise ética, alimentada pelo cinismo advindo de alguns ministros do Supremo Tribunal Federal e da falsidade dos políticos que deveriam dar exemplo de integridade.
A culpa também pode ser repartida com o povo, com os governantes, com os formadores de opinião e pais de família, que, num exercício de anticidadania, aceitam que o País seja definido mundo afora como o poleiro do sexo fácil, barato, descartável. É triste, para não dizer trágico, ver o Brasil ser citado como um paraíso cultural  de promiscuidade, um oásis excitante para os turistas que querem satisfazer suas taras e fantasias sexuais com crianças e adolescentes compatriotas.
A juventude está bem atônita, sem alicerces morais fortes, iludida, com influências extremamente sensualistas. Nas crônicas históricas, jamais um jovem teve contato tão intenso com mensagens erotizantes, como nos dias atuais, graças à Internet. Esse trágico quadro moral nos remete à filosofia do prazer que impulsiona a recondução do adolescente à era das cavernas, fazendo-o mergulhar nos subterrâneos das orgias e, aí, entregando-se à fuga da consciência e do raciocínio, pela busca do prazer alucinado do prazer imediato.
No Brasil, há casos em que meninas de 10 a 12 anos, frequentadoras dos peculiares bailes (funk e análogos), engravidam. No Nordeste, há diversos casos de aliciamento de menores, muitas vezes abusadas pelos próprios pais. Cada vez mais cedo, e com maior magnitude, as excitações da criança e do adolescente germinam adicionadas pelos diversos e desencontrados apelos das revistas libertinas, da mídia eletrônica, das drogas, do consumismo impulsivo, do mau gosto comportamental, da banalidade exibida e outras tantas extravagâncias, como espelhos claros de pais que jamais podem demorar-se à frente da educação dos próprios filhos.
Uma adolescente que “casa” e ou engravida precocemente é, sem dúvida, uma pessoa cujos direitos foram violados e cujo futuro fica comprometido. O “casamento” e ou a gravidez precoce ecoa a indigência e a repressão de cúmplices (família e comunidade). Não obstante esse caótico cenário, há muitas adolescentes que têm atividade religiosa oferecendo um conjunto de valores morais que as encoraja a desenvolver comportamento sexual equilibrado.
De ordinário, uma adolescente evangelizada, fiel ao Cristo (independente do rótulo religioso que abrace), é, quase sempre, bastante rígida no que diz respeito à constituição familiar e abstenção da prática sexual pré-marital. Lembremos que pais equilibrados produzem lares equilibrados; lares equilibrados resultam em filhos equilibrados, mesmo que resvalem em algumas compreensíveis pequenas falhas humanas.
* Jorge Hessen é natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951. Servidor público federal aposentado do INMETRO. Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História. Escritor (dois livros publicados), Jornalista e Articulista com vários artigos publicados

A história de William Sidis, a pessoa mais inteligente que já existiu

Ele tinha 250 pontos de QI e se tornou professor da Universidade Harvard com apenas 16 anos. Mas sua vida não foi das mais felizes
Por Alexandre de Santi
O americano William James Sidis, que nasceu em 1898 em Nova York, foi a pessoa mais inteligente de todos os tempos – pelo menos segundo os testes de QI. Ele ficou famoso por realizar proezas mentais espantosas e pelo seu quociente de inteligência, que foi estimado em 250 pontos (2,5 vezes maior que a média da população, 100 pontos).
Aos 18 meses de idade, William já sabia ler; aos 2, aprendeu sozinho latim e, aos 3, grego. Aos 11 anos, ganhou uma vaga na Universidade Harvard. Formou-se com louvor aos 16 anos e se tornou o professor mais novo da instituição. Falava 40 línguas. Tudo estava encaminhado para que ele tivesse um futuro brilhante. Mas William não quis. Ele se dizia traumatizado pelo passado como criança prodígio, e decidiu renegar tudo o que lembrasse aquilo.
Pediu demissão e passou o resto da vida pulando entre empregos braçais, que não exploravam sua inteligência descomunal: trabalhou operando máquinas e como chapeiro numa lanchonete. Recusava-se a pensar em matemática ou a resolver equações de cabeça, tarefa impossível para uma pessoa comum – coisa que ele passou a infância fazendo. Para se sentir normal, colecionava miniaturas de bondes e estudava a história de Boston. Tinha nojo de sexo e fez voto de castidade ainda na adolescência. Vestia uma mesma túnica no inverno e verão e não era afeito ao banho. Morreu aos 46 anos, virgem, de hemorragia cerebral.
Notícia publicada na Revista Superinteressante, em 15 de fevereiro de 2018.

Valerie Nascimento* comenta

“O homem que se desencarna sem as asas do gênio sublimado na fé e na virtude assemelha-se, de algum modo, ao navegador do século XVI que, descobrindo terras novas, plantava o domicílio no litoral, incapaz de romper os laços com a retaguarda, de modo a seguir gradativamente, na direção da floresta.” (Irmão X.)
Até pouco tempo o único parâmetro para se medir a inteligência de alguém era o teste de quociente de inteligência - QI. Hoje as conquistas das neurociências avançaram bastante e consideram que a inteligência humana possui “múltiplas capacidades que se misturam à genética, à prática e a fenômenos inconscientes”.
Mas ainda assim e levando em consideração o quociente de inteligência, sabemos que Jerry Lewis, por exemplo, possuía um QI=145; portanto, um dos gênios do humor, já que o nível médio de inteligência da maioria das pessoas é em torno de 90-110. Bill Gates, grande prodígio da informática e fundador da Microsoft, e Stephen Hawking, gênio da física, obtiveram 160. Já William Sidis, protagonista da matéria que comentamos, figura entre as 10 pessoas mais inteligente da história, cujo QI estima-se entre 200 e 300.
Mas qual a causa de existirem mentes tão privilegiadas em detrimento de bilhões de outras? Negando a pluralidade das existências, dificilmente teríamos resposta  racional a essa questão. Caso contrário, teria-se que admitir que Deus é parcial.
Anatomicamente falando, não há muito que diferencie o cérebro de um gênio e o de uma pessoa comum. Para os neurocientistas, a grande explicação estaria nas sinapses cerebrais, ou seja, na capacidade dos neurônios de se conectarem entre si com maior ou menor velocidade, permitindo que funcionem em equipe com maior facilidade.
Essas pesquisas foram realizadas no cérebro do físico Albert Einstein, nas décadas de 70 e 80, e estão publicadas na revista experimental Neurology 1985; 88: 198-204. Mais recentemente a equipe do Departamento de Psiquiatria e Neurociências da Faculdade de Ciências da Saúde da Mcmaster University deu continuidade aos experimentos.
Essas pesquisas seguem uma linha de raciocínio que o Espiritismo já esclarece: “(...) as aquisições evolutivas do Espírito imprimem alterações no seu perispírito, construindo, em consequência, um corpo físico contendo órgãos aperfeiçoados, muito mais suscetíveis à ação da mente espiritual.”
O nosso patamar evolutivo está entre a animalidade e a angelitude. Animalidade da qual saímos há pouco, deixando para trás o império dos instintos e seguindo para a angelitude. Essa caminhada é aquela em que a consciência já desperta, nos possibilita a aquisição do conhecimento.
Entre as leis divinas, a lei do progresso é uma das mais atraentes, porque mostra que, ao sermos criados, fomos dotados de várias potencialidades. Nesse contexto, a mente humana é uma ferramenta expressiva para que possamos progredir.
A inteligência é um dos atributos do Espírito. E, para o Espiritismo, assim como para a moderna neurociência, esta não se restringe ao raciocínio. À medida que, pela faculdade do pensar, desenvolvemos a inteligência, retendo o conhecimento, potencializamos a lei de progresso e evolução.
A respeito destas mentes tão evoluídas, Kardec sintetiza: “(...) Pertencem realmente à Humanidade, pois nascem, vivem e morrem como nós. Onde, porém, adquiriram esses conhecimentos que não puderam aprender durante a vida? (...) A única solução racional do problema está na preexistência da alma e na pluralidade das vidas. O homem de gênio é um Espírito que tem vivido mais tempo; que, por conseguinte, adquiriu e progrediu mais do que aqueles que estão menos adiantados. Encarnando, traz o que sabe e, como sabe muito mais do que os outros e não precisa aprender, é chamado homem de gênio. Mas seu saber é fruto de um trabalho anterior e não resultado de um privilégio. Antes de renascer, era ele, pois, Espírito adiantado: reencarna para fazer que os outros aproveitem do que já sabe, ou para adquirir mais do que possui.”
Nesse ponto, lembramos aquelas Inteligências que possuidoras das mais altas possibilidades de raciocínio e que, ainda assim, levam à Humanidade sofrimentos e destruições.
Também há aqueles que, à semelhança do servo da parábola dos talentos, optam por esconder na terra o seu talento, recusando-se, assim, de dispor suas capacidades em beneficio próprio e de seus semelhantes.
Estes talentos de forma alguma são distribuídos arbitrariamente pelo Grande Dispensador. São, na verdade, as capacidades de cada um, adquiridas antes da reencarnação, em outras jornadas evolutivas.
Portanto, independente da estrutura moral dos Espíritos que encarnam na Terra, suas aquisições morais-intelectuais lhes pertencem, podendo, pelo uso da liberdade de pensar e agir, levar adiante o compromisso assumido ao reencarnar ou negligenciá-lo.
Contudo, é da lei que toda ação gere uma reação. Assim é que “(...) aquele cuja inteligência está perturbada por uma causa qualquer perde o domínio do seu pensamento e desde então não tem mais liberdade. Essa alteração é frequentemente uma punição para o Espírito que, numa existência, pode ter sido vão e orgulhoso, fazendo mau uso de suas faculdades (...)”.
O Homem de gênio, quando encarnado, é aquele que se volta para a descoberta de algo que faça a Humanidade avançar, crescendo para Deus. E falando sobre a missão do homem inteligente na Terra, o Espírito Ferdinando, em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, ressalta que “a inteligência é rica em méritos para o futuro, mas com a condição de ser bem empregada”.
A OMS estima que 5% da população de um país é formada de superdotados. Se somente no Brasil temos tantos Espíritos com características superiores de inteligência, talvez o investimento maciço em educação por parte de toda a sociedade nos levasse a vislumbrar, ainda nessa encarnação, o limiar de um mundo de regeneração tão falado entre nós, espíritas.
A educação é palavra de ordem. É a grande transformadora. E principalmente a educação espiritual da alma humana, permitindo que mentes com experiência se manifestem em nosso meio, se iluminando e nos ajudando a brilhar nossa própria luz.

Referências:

- “O Evangelho segundo o Espiritismo, “O Livro dos Espíritos” e “A Gênese”, de Allan Kardec;
- "Histórias e Anotações", Espírito Irmão X, psicografia de Chico Xavier;
- “Os Gênios Sob a Ótica Espírita – por Bruno Tavares.
* Valerie Nascimento é espírita e colaboradora do Espiritismo.net

Contra a solidão e o aluguel caro: as colegas de casa com 68 anos de diferença

A britânica Florence tem 95 anos. Perdeu o marido, viu os filhos se casarem e saírem de casa. Desde então, passou a enfrentar a solidão.
Para ela, tudo aconteceu “de repente”. Florence é militar reformada, ex-membro da força aérea real, e costumava jogar tênis. Começou a enxergar muito pouco. Passou a ter medo de cair.
Mas em um jornal, viu um anúncio sobre idosos que dividiam casas com pessoas mais jovens. Geralmente cobram um aluguel mais barato, mas ganham companhia. Decidiu experimentar.
“Eu quis morar com alguém porque estava muito sozinha. Todos precisamos de companhia”, diz, explicando porque, há dez anos, decidiu alugar um quarto em sua casa.
Desde então, nunca mais ficou sem inquilino.
“Foram diferentes pessoas ao longo dos anos, e você tem que fazer um esforço. Às vezes funciona, às vezes não. No momento está funcionando lindamente. Nós ficamos bem juntas, o que me surpreende um pouco porque Alex vem do norte e sou do sul”, diz.
Alex é o apelido de Alexandra, de 27 anos, a atual inquilina. Ela é estudante e veio de Newcastle, cidade do norte da Inglaterra. Chegou a Londres em setembro para fazer um mestrado. Sem conhecer ninguém na cidade, foi morar com Florence. Surpreendeu-se: ganhou também uma amiga.
“Do lado prático, tem sido importante porque pude vir para Londres e estudar, senão teria sido muito difícil. Mas eu não esperava que faria uma nova amiga. Aqui é um ambiente bem familiar. Me sinto segura e não fico isolada em uma cidade que é muito grande”, conta.
Alexandra diz que as pessoas também ficam surpresas quando ela chama Florence de amiga, dada a diferença de idade entre ambas.
Na Inglaterra, é bastante comum idosos alugarem quartos em casa por um preço abaixo do mercado e, assim, conseguirem companhia.
Há entidades que cadastram proprietários e ajudam a selecionar os inquilinos. Algumas exigem dez horas por semana de ajuda em casa, mais cinco horas de “companhia amigável”.
Esse tipo de programa surgiu nos Estados Unidos nos anos 1970 e começou a ser adotado no Reino Unido uma década depois, de acordo com a Share and Care, uma dessas organizações que promove esse tipo de compartilhamento de casas.
“Hoje há programas do tipo em diferentes lugares do mundo, incluindo França, Alemanha e Austrália”, diz o site da organização.
Notícia publicada na BBC Brasil, em 9 de fevereiro de 2018.

Jorge Hessen* comenta

John Cacioppo, cientista e professor de psicologia da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, sugere que o isolamento impacta e acelera o extermínio “prematuro” do idoso solitário. Para Cacioppo há fatores de risco em face do sentimento de solidão, dentre os quais estão a interrupção frequente do sono, elevação da pressão arterial, aumento do cortisol (hormônio do estresse), alteração do sistema imunológico e aumento da depressão. Talvez realmente a solidão seja preocupante enfermidade dos dias de hoje.
Vive-se hoje a estranha sensação de que não se está sozinho na multidão. Indivíduos cercados por pessoas em ônibus, metrôs, aviões, estádios, localidades de trabalho, avenidas, ruas. Contudo, nessa selva de pedras existem muitos sujeitos solitários. E quanto mais são cercados de gente, de barulho, de tarefas, mais se agrava a sensação de que estão sozinhos. Parece contraditório? Será a “maligna solidão” a ausência de companhia, de pessoas à volta de certos solitários? Consistiria em estar longe das civilizações?
Mas será que toda solidão é malfazeja? Notemos que a rocha que sustenta a planície costuma viver isolada e o Sol que alimenta o mundo inteiro brilha sozinho. Para certas horas a saudável solidão é para o espírito o que a dieta é para o corpo. Muitas vezes, para ouvirmos a voz sincera da consciência, precisamos saber fazer silêncio em torno de nós e dentro de nós. Há momentos em que é imprescindível a busca da benéfica solidão para nos encontrarmos conosco, em um reencontro com a própria alma, de maneira tranquila e serena, sabendo que guardamos em nossa intimidade a chave para nossa ascensão espiritual.
Há quem use a prodigiosa solidão como tempo de inspiração, análise e programação. Quando fazemos silêncio exterior, damos vazão ao mundo interno, intenso e palpitante. Então, por que temer a santa solidão? Se a vida nos oferece a bondosa solidão, saibamos abrigá-la como um tesouro. Aproveitemos cada instante para meditações. Encaremos tudo e todas as circunstâncias como ensejo de aprendizado.
Por criteriosas razões é importante caracterizar as distintas solidões – aquela que significa fuga definitiva do convício social daquela outra que nos abastece a alma a fim de que jamais constemos no rol dos seres solitários.
* Jorge Hessen é natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951. Servidor público federal aposentado do INMETRO. Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História. Escritor (dois livros publicados), Jornalista e Articulista com vários artigos publicados

PODE FALAR: ESPÍRITA KARDECISTA? (Meninas Espíritas)


Minha Nada Mole Encarnação - Cidadão do Universo -- Vem aí...


quarta-feira, 11 de abril de 2018

Espiritirinha - reciclagem


Peça Teatral: Violetas na janela - Sergipe/SE


Espiritirinha - Páscoa em transição


Estudo dirigido: O Evangelho segundo o Espiritismo

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EESE – Cap. XXVI – Itens 1 a 4
Tema: Dom de curar
          Preces pagas
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A - Texto de Apoio:
Dom de curar

1. Restituí a saúde aos doentes, ressuscitai os mortos, curai os leprosos, expulsai os demônios. Dai gratuitamente o que gratuitamente haveis recebido. (S. MATEUS, cap. X, v. 8.)

2. "Dai gratuitamente o que gratuitamente haveis recebido", diz Jesus a seus discípulos. Com essa recomendação, prescreve que ninguém se faça pagar daquilo por que nada pagou. Ora, o que eles haviam recebido gratuitamente era a faculdade de curar os doentes e de expulsar os demônios, isto é, os maus Espíritos. Esse dom Deus lhes dera gratuitamente, para alívio dos que sofrem e como meio de propagação da fé; Jesus, pois, recomendava-lhes que não fizessem dele objeto de comércio, nem de especulação, nem meio de vida.

Preces pagas

3. Disse em seguida a seus discípulos, diante de todo o povo que o escutava: -Precatai-vos dos escribas que se exibem a passear com longas túnicas, que gostam de ser saudados nas praças públicas e de ocupar os primeiros assentos nas sinagogas e os primeiros lugares nos festins - que, a pretexto de extensas preces, devoram as casas das viúvas. Essas pessoas receberão condenação mais rigorosa. (S. LUCAS, cap. XX, vv. 45 a 47; S. MARCOS, cap. XII, vv. 38 a 40; S. MATEUS, cap. XXIII, v. 14.)

4. Disse também Jesus: não façais que vos paguem as vossas preces; não façais como os escribas que, "a pretexto de longas preces, devoram as casas das viúvas", isto é, abocanham as fortunas. A prece é ato de caridade, é um arroubo do coração. Cobrar alguém que se dirija a Deus por outrem é transformar-se em intermediário assalariado. A prece, então, fica sendo uma fórmula, cujo comprimento se proporciona à soma que custe. Ora, uma de duas: Deus ou mede ou não mede as suas graças pelo número das palavras. Se estas forem necessárias em grande número, por que dizê-las poucas, ou quase nenhumas, por aquele que não pode pagar? E falta de caridade. Se uma só basta, é inútil dizê-las em excesso. Por que então cobrá-las? É prevaricação.
Deus não vende os benefícios que concede. Como, pois, um que não é, sequer, o distribuidor deles, que não pode garantir a sua obtenção, cobraria um pedido que talvez nenhum resultado produza? Não é possível que Deus subordine um ato de demência, de bondade ou de justiça, que da sua misericórdia se solicite, a uma soma em dinheiro. Do contrário, se a soma não fosse paga, ou fosse insuficiente, a justiça, a bondade e a demência de Deus ficariam em suspenso. A razão, o bom senso e a lógica dizem ser impossível que Deus, a perfeição absoluta, delegue a criaturas imperfeitas o direito de estabelecer preço para a sua justiça. A justiça de Deus é como o Sol: existe para todos, para o pobre como para o rico. Pois que se considera imoral traficar com as graças de um soberano da Terra, poder-se-á ter por lícito o comércio com as do soberano do Universo?
Ainda outro inconveniente apresentam as preces pagas: é que aquele que as compra se julga, as mais das vezes, dispensado de orar ele próprio, porquanto se considera quite, desde que deu o seu dinheiro. Sabe-se que os Espíritos se sentem tocados pelo fervor de quem por eles se interessa. Qual pode ser o fervor daquele que comete a terceiro o encargo de por ele orar, mediante paga? Qual o fervor desse terceiro, quando delega o seu mandato a outro, este a outro e assim por diante? Não será isso reduzir a eficácia da prece ao valor de uma moeda em curso?

B - Questões para estudo e diálogo virtual:

1 - Qual o significado da máxima: "Dai gratuitamente o que gratuitamente haveis recebido"?

2 - Busque no texto justificativas para não se cobrar pelas preces feitas por outro?

3 - Extraia do texto acima a frase ou parágrafo que mais gostou e justifique. 

Vida Plena - O estresse


Superando Desafios - Programa 027

OUÇA AQUI

PARTE 01



PARTE 02

Entre A Terra E O Céu - Programa 011

OUÇA AQUI

terça-feira, 10 de abril de 2018

Memórias De Um Suicida - Programa 035

OUÇA AQUI

Conversando com Léon Denis - Sobriedade


Pedagogia Espírita na Educação

OUÇA AQUI

Reflexão (Livro Amor - Espíritos Diversos - Médium Divaldo P Francos)


Parábolas E Ensinos De Jesus - Programa 035

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Artigo: Adoção, um ato de amor


O Problema Do Ser E Do Destino - Programa 035

OUÇA AQUI

O Problema Do Ser E Do Destino - Programa 035

Arara da felicidade - Quando você se dedica...


domingo, 8 de abril de 2018

Vida Plena - Quem sou Eu


Vida Plena - A busca


Mural reflexivo: Jovens e jovens


Jovens e jovens
               
      A juventude, os jovens de modo geral, têm sido assunto constante nos noticiários atuais.
      Fala-se das jovens adolescentes que engravidam prematuramente...
      De jovens perdidos no lodaçal dos vícios...
      De jovens que põem fogo em índios e mendigos...
      De jovens tresloucados, que se arrebentam em acidentes violentos nas competições ilegais, chamadas rachas.
      Quando lemos ou ouvimos tais informações, ficamos chocados com tantos desatinos e logo imaginamos o que será do futuro da Terra, se a juventude está perdida.
      Todavia, os olhos e ouvidos interessados podem ler ou ouvir vez que outra, uma tímida notícia de jovens que se dedicam com fervor ao bem geral.
      São jovens cientistas premiados pelos esforços dedicados em busca de melhor qualidade de vida para enfermos anônimos...
      Jovens que se entregam de corpo e alma às artes, exaltando o bem e o belo.
      Com habilidade extraem sons melodiosos dos teclados...
      Com graciosidade cantam, dançam, fazem acrobacias nas quadras esportivas...
      Jovens saudáveis que dedicam o tempo a distrair e alegrar pessoas idosas e enfermas enclausuradas em velhanatos...
      Adolescentes que se chocam com a miséria do próximo e envidam esforços para lhes minorar o sofrimento...
      Tantos são os jovens que são arrimo da família. Que trabalham de sol a sol na lavoura, regando com o próprio suor a terra generosa de onde retiram o sustento...
      Jovens médicos que, com mãos hábeis, fazem cirurgias extraindo tumores dos corpos, sem deixar vazio o coração dos pacientes desesperados.
      Jovens que, apesar de conquistarem a fama, não se permitem a promiscuidade nem se prestam a promover produtos que incitam aos vícios ou aos desregramentos na área da sexualidade.
      Jovens que falam do Cristo e buscam viver Seus ensinos..
      Como podemos perceber, há jovens e jovens...
      Se o bem fosse mais divulgado, certamente seria imitado e adotado como postura por tantos jovens indecisos, inseguros, que acabam se decidindo pela maioria, ou pelo que pensam ser a maioria.
      Assim, tenhamos a certeza de que a juventude não está perdida e que o futuro já está acontecendo hoje, com essa força juvenil saudável e entusiasta, capaz de derrubar as estruturas apodrecidas da sociedade em que vive e fortalecer os costumes sadios e promissores vigentes.
     *   *   *
      Ser jovem é não ter cumplicidade negativa com o passado. É não se deixar contaminar pelos hábitos viciados de outras gerações.
      Ser jovem é viver com entusiasmo, semeando alegria com discernimento.
      A juventude é a primavera da vida, e jovem sem entusiasmo é como uma flor sem perfume, que tende a ser derrubada pelos primeiros ventos do inverno.
      Portanto, o jovem para ser feliz, deve erguer bem alto a bandeira da solidariedade, da fraternidade e da verdadeira liberdade, que é a paz da consciência tranquila.
       
     Redação do Momento Espírita Disponível no CD Momento Espírita, v. 3, ed. Fep..

Campanha Economize natureza


Mural reflexivo: Quando a dor chega


Quando a dor chega

     Quando a dor chega, ninguém permanece indiferente, não importando suas causas.
     Por vezes, chega através da doença física, minando a saúde antes inabalável.
     De outras, é a dor da separação do ente amado, que segue para o mundo espiritual pelos braços da morte física.
     E, também, pode se apresentar na feição de reveses morais, que atormentam muito mais a alma do que o corpo.
     De toda forma, não importando por quais caminhos ela nos visite, sempre é presença contundente, alterando-nos as paisagens emocionais.
     Alguns, ao enfrentá-la, o fazemos com galhardia, coragem, otimismo, entendendo o processo como passageiro, aguardando que dias tranquilos logo mais retornem.
     Pautados na resignação que a fé oportuniza, mesmo que não entendamos as causas mais profundas da dor que nos atormenta, conseguimos compreender que esses dias difíceis são momentâneos, porque tudo é passageiro, nesta vida.
     Contudo, outros, visitados pela dor, a encaramos como castigo, punição por algo que não conseguimos avaliar ou porque acreditamos se tratar de capricho da Divindade.
     Então, sob o espectro da dor, reagimos com revolta, posicionando-nos como injustiçados, não merecedores de tal sina.
     Há também os que interpretamos os processos de dor apenas como algo fortuito, obra do acaso, de algum azar hereditário ou de posturas inadequadas que tenhamos assumido em dias recentes.
     De toda forma, a dor sempre será instrumento para nosso aprendizado.
     Ela sempre traz consigo seu caráter pedagógico, em um convite ao cultivo das virtudes que ainda não nos dispusemos a acionar.
     Trazemos todos um histórico de experiências difíceis, portadoras de inúmeras complicações emocionais ao longo da nossa trajetória de Espíritos imortais.
     Desse rol de experiências, fruto do uso tantas vezes inadequado de nosso livre-arbítrio, trazemos, a cada nova existência física, necessidades inúmeras de aprendizado.
     Como não nos dispomos ou não desenvolvemos maturidade e entendimento adequados sobre as finalidades da existência física, as dores nos chegam, propondo reflexões.
     Quando isso ocorre pode ser convite para uma pausa, a fim de que promovamos um balanço das próprias ações.
     Não há castigo Divino, nem existe acaso. Tudo tem sua razão de ser.
     Há uma programação da Providência Divina para que tudo aconteça a seu tempo, da melhor maneira para o nosso avanço moral.
     Se hoje a dor nos visita, perguntemo-nos o que podemos ou temos que aprender neste momento.
     A dor é, sempre, uma bênção que Deus nos envia, permitindo-nos o ensejo de nos libertarmos dos equívocos ou alcançarmos o progresso, a fim de alçar voo rumo às virtudes que ainda dormem latentes na intimidade de nosso coração.
     Disponhamo-nos a suportar a dor com heroísmo, a ouvir-lhe os aconselhamentos e as ponderações.
     Aprendamos com ela. Não desperdicemos a chance que nos é ofertada.
     Pensemos nisso.
    
Redação do Momento Espírita.