sábado, 29 de junho de 2013

Valores: determinação...

determinação

determinação - firmeza de propósito
Leciono em uma escola para crianças portadoras de deficiência visual em maior ou menor grau. Quando me perguntam sobre meu trabalho, quase sempre recebo a mesma reação. Expressam preocupação e piedade pelos meus alunos e comentam como deve ser difícil trabalhar com crianças portadoras de uma deficiência tão limitante.
Em vez de lhes dizer para não terem pena dos meus alunos, convido-os a passarem uma tarde conosco. Pouquíssimos aceitam meu convite, mas os que aparecem por lá saem mudados. Adoro observar as expressões atônitas quando nos veem treinando para eventos em pistas e basquete, ou ensaiando para a peça de teatro da escola que apresentamos toda primavera. Ficam perplexos com o fato de navegarmos na net, lermos os clássicos da literatura e participarmos de feiras de ciências estaduais.
Meus alunos são um grupo das crianças mais determinadas e brilhantes que conheço. Solucionam problemas complexos com criatividade e perspicácia incríveis. Têm que trabalhar não apenas contra a incapacidade de ver, mas também contra os estereótipos na mente dos que os cercam. E quando os meus alunos decidem fazer alguma coisa, saia da frente. A sua determinação de vencer em um mundo quase sempre inóspito transforma o que seria uma vida difícil em outra, extraordinária.

Nunca desista! Nunca desista! Nunca, nunca, nunca, nunca mesmo, em nada, grande ou pequeno, importante ou irrelevante. Nunca se renda exceto às convicções de honra e bom senso.

Sir Winston Churchill - 1874-1965 Estadista britânico, Primeiro-ministro, escritor, vencedor do Prêmio Nobel)

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Você sabia?!

Você sabia...
   O meio mais eficaz para uma pessoa buscar sua reforma moral é o autoconhecimento.
  Quando alguém estuda a si mesmo, tem a oportunidade de corrigir seus erros e desenvolver virtudes.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Trocando ideia: Ser espírita é...

Oi, Galera!
Conversavamos, outro dia, sobre o ser espírita no mundo de hoje.
Uma das amigas falou que hoje em dia tínhamos que ser muito espíritas par enfrentarmos tudo que acontecia ao redor de nós: violência, drogas, materialismo, consumismo, Deus longe de nós, etc e tal.
Daí, gostaríamos de saber sua ópinião: no mundo de hoje, ser espírita pra vc é...? O Espiritismo modificou o que em sua vida?
Aguardamos vc!
Beijos e abraços

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Pergunta feita: Sobre alimentação.

Pergunta: Da maneira como são mortos os animais que comemos, por exemplo: bois, galinhas, porcos etc; vemos que é uma grande tortura. Por isto existem grupos vegetarianos. O que recomenda a doutrina espírita? É errado comer estes animais?
Resposta: - É sempre uma grande alegria quando conseguimos conquistar níveis mais elevados de evolução. Mas, sabemos que esse processo se dá de modo gradativo e, para ser efetivo, precisa estar respaldado em nossa real capacidade de alcançá-los. Você pergunta o que a Doutrina tem a dizer a respeito da ingestão de carne animal em nossa alimentação. Na obra básica sobre a qual se baseiam os princípios doutrinários do Espiritismo, intitulada "O Livro dos Espíritos" (Allan Kardec - FEB), temos o assunto abordado com bastante clareza, nas questões 723 e 724, onde Kardec pergunta e os Espíritos respondem:
723. A alimentação animal é, com relação ao homem, contrária à lei da Natureza?
"Dada a vossa constituição física, a carne alimenta a carne, do contrário o homem perece. A lei de conservação lhe prescreve, como um dever, que mantenha suas forças e sua saúde, para cumprir a lei do trabalho. Ele, pois, tem que se alimentar conforme o reclame a sua organização."
724. Será meritório abster-se o homem da alimentação animal, ou de outra qualquer, por expiação?
"Sim, se praticar essa privação em benefício dos outros. Aos olhos de Deus, porém, só há mortificação, havendo privação séria e útil. Por isso é que qualificamos de hipócritas os que apenas aparentemente se privam de alguma coisa."
Seu questionamento reporta-nos também à obra do autor espiritual André Luiz, intitulada "Missionários da Luz" (psicografada por Chico Xavier). No Capítulo 4, o personagem Alexandre, instrui sobre o assunto dizendo assim: "(...) não nos cabe condenar a ninguém. Abandonando as faixas de nosso primitivismo, devemos acordar a própria consciência para a responsabilidade coletiva. A missão do superior é a de amparar o inferior e educá-lo. E os nossos abusos com a Natureza estão cristalizados em todos os países, há muitos séculos. Não podemos renovar os sistemas econômicos dos povos, dum momento para o outro, nem substituir os hábitos arraigados e viciosos de alimentação imprópria, de maneira repentina. Refletem eles, igualmente, nossos erros multimilenários. Mas, na qualidade de filhos endividados para com Deus e a Natureza, devemos prosseguir no trabalho educativo, acordando os companheiros encarnados, mais experientes e esclarecidos, para a nova era em que os homens cultivarão o solo da Terra por amor e utilizar-se-ão dos animais, com espírito de respeito, educação e entendimento."
Outro autor espiritual - Emmanuel -, no livro “O Consolador” (psicografia de Chico Xavier) também tece comentários com essa linha de pensamento, na questão 129:
"129 - É um erro alimentar-se o homem com a carne dos irracionais?
- A ingestão das vísceras dos animais é um erro de enormes consequências, do qual derivaram numerosos vícios da nutrição humana. É de lastimar semelhante situação, mesmo porque, se o estado de materialidade da criatura exige a cooperação de determinadas vitaminas, esse valores nutritivos podem ser encontrados nos produtos de origem vegetal, sem a necessidade absoluta dos matadouros e frigoríficos. Temos a considerar, porém, a máquina econômica do interesse e da harmonia coletiva, na qual tantos operários fabricam o seu pão cotidiano. Suas peças não podem ser destruídas de um dia para o outro, sem perigos graves. Consolemo-nos com a visão do porvir, sendo justo trabalharmos, dedicadamente, pelo advento dos tempos novos em que os homens terrestres poderão dispensar da alimentação os despojos sangrentos de seus irmãos inferiores."
Outro aspecto interessante a considerar é aquele relativo ao trabalho realizado pelos médiuns no Centro Espírita, que requer uma disciplina no tocante ao consumo de carne, especialmente carne vermelha e suína: nos dias em que o médium vai atuar, dando passe ou numa reunião de desobsessão, é solicitado que não faça uso desse tipo de alimentação, bem como de temperos fortes, para que forneça melhores condições de uso de seus fluidos pelos trabalhadores do mundo espiritual. O mesmo conselho é dado a quem esteja fazendo um tratamento espiritual no Centro Espírita, recebendo passes de cura: para que possa receber os fluidos que lhe são doados, com maior eficácia, convém não ingerir carne no dia do tratamento.
A esse respeito buscamos no Portal do Espírito (www.espirito.org.br) o seguinte texto em artigo de Eugênio Lysei Junior:
"32. A ingestão de carne influencia na tarefa do passe?
Sim. Embora o passista não deva ser obrigatoriamente vegetariano, encarando o passe como recurso terapêutico físico e espiritual, geralmente utilizado quando apresentamos indisposições de variada ordem, é útil abstermo-nos de alimentos mais pesados, tal qual fazemos quando em tratamentos médicos convencionais. A alimentação do passista afeta os fluidos que este doará no momento do passe. Conforme aprendemos na questão 724 de O Livro dos Espíritos, a abstinência de carne será meritória se a praticarmos em benefício dos outros. Tendo em mente o benefício do próximo, compre-nos preferir a alimentação vegetariana pelo menos no dia exato da tarefa."
Finalmente, gostaríamos de observar que qualquer mudança de hábito alimentar deve ter um acompanhamento médico, digo dos médicos da Terra, para que seja uma mudança efetivamente saudável, sem danos para o organismo.

(fonte: Espiritismo.Net)

domingo, 23 de junho de 2013

Com paralisia, jovem vai a faculdade com o pai e se forma em jornalismo

Com paralisia, jovem vai a faculdade com o pai e se forma em jornalismo

Marco Aurelio, com paralisa cerebral, frequentava a faculdade com o pai até se formar em jornalismo.

Marco Aurelio e Claudio nasceram com doenças graves e, segundo os médicos, teriam poucas chances de sobreviver e chegar à vida adulta. Mas, contrariando todas as expectativas, com muita garra e a total ajuda da família, os dois conseguiram chegar lá. A reportagem é de Marcelo Canellas.
Dois bebês lindos e rechonchudos. Mas o de Vera a deixava intrigada.
“A gente pegava no colo e ele era bem molinho, com a cabeça caidinha. E com o tempo a gente foi percebendo que ele não adquiria firmeza!, conta Vera Lúcia Condez, mãe de Marco Aurélio.
O de Eliza lhe tirava o sono. “Logo depois de alguns meses eu percebi que ele não tinha os movimentos como o meu filho mais velho. Ele não erguia os bracinhos”, lembra Eliza Arnold, mãe do Cláudio.
Um diagnóstico assustador. Sabia que era paralisia cerebral. Mas o que é isso? Uma sombria expectativa de vida. “Não chegaria aos 7, que não havia registros de crianças com 14 anos”, conta.
Com sérias limitações físicas, os dois garotos mantiveram a inteligência intacta e ativa, estimulada pelos pais. Contra todas as previsões, o paulistano Marco Aurélio Condez, com paralisia cerebral, se formou em jornalismo aos 26 anos.
O psicólogo gaúcho Cláudio Dusik, com amiotrofia espinal muscular, gravíssima doença degenerativa, acaba de concluir a pós-graduação, aos 36.
Como Marco Aurélio conseguiu? “Ele é o cara”, diz a mãe.
Como foi possível a façanha de Cláudio?
“O Cláudio é um milagre vivo. Ele é o meu anjo, anjo dos irmãos e de todas as pessoas que passarem por ele”, diz a irmã.
Uma das irmãs nasceu com a mesma enfermidade. Horário de expediente na Secretaria de Educação de Esteio, na região metropolitana de Porto Alegre.
O responsável pelos programas de aprendizagem das escolas municipais apronta mais uma.
“Ele é muito profissional, excelente colega de trabalho, mas é danado. Ele apronta. Ele adora fazer uma folia”, afirma Flávia de Oliveira Ribeiro, funcionária pública.
“Ela morre de ciúme de mim porque eu sou a preferida”, brinca Nathalia Schuck, funcionária publica.
“Jéssica ciumenta. Porque eu tenho um pouquinho de ciúme dele”, diz Jessica Kauer, auxiliar de Cláudio.
Doses diárias de bom humor e otimismo contagiando a repartição.
“Sempre que eu penso, assim: poxa, mas tá difícil, né? Mas pro Claudinho... Então, vamos lá. Se ele pode, a gente também pode”, diz Silvia Heissler, diretora pedagógica.
Não pense que foi fácil ter essa postura diante da vida.
“Sabe quando tu brinca com as crianças? Sabe o que tu vai ser quando crescer? Ah, vou ser professor, vou ser médico, vou ser bombeiro. Se alguém me perguntasse: ah, claudinho, o que vais ser quando crescer? Eu ia dizer: vou ser anjo”, conta o psicólogo.
A mãe dele, orientada por médicos e psicólogos, preparava a família toda para a morte do garoto. “Dizia pra ele também: ‘ó, meu filho, o papai do céu vai te levar antes de nós’”, conta a mãe.
Na escola, depois de ver Cláudio voltar de uma internação, uma coleguinha interpelou a mãe dele: “Ele voltou do céu? É anjo?”, diz a mãe.
A insistência da mãe em mantê-lo na escola o salvou do desânimo.
“A escola me ensinou o desejo de vida. E o desejo de vida quando a gente aprende nunca mais esquece”, diz Claudio.
E a vida que há no conhecimento levou o menino pobre a enfrentar as provas da faculdade paga. “Quanto mais difícil, nota maior ele tirava. Então, devido a esse esforço, ele ganharia uma bolsa 100%”, conta Elisa.
Formou-se em psicologia, rejeitando o conformismo. “Isso permitiu eu conhecer a vida como ela é, com as suas venturas, com as suas desventuras; com as suas alegrias, com suas tristezas. Como é a vida de todo mundo”, conta.
E todo mundo foi aprendendo com ele. “Um passinho de cada vez, foi isso que eu aprendi muito com ele. E quem quer, arruma um jeito. Quem não quer, arruma uma desculpa”, diz Jessica.
Talvez o passo mais largo da surpreendente trajetória do Cláudio tenha sido dado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Não só porque ele concluiu o mestrado em educação, mas também porque o diploma de mestre veio de uma área do conhecimento inteiramente nova para ele.
Mergulhado em compêndios de informática, Cláudio desenvolveu um teclado virtual que permite a pessoas com deficiência digitar com rapidez.
“Eu coloquei as letras do alfabeto. Só que o diferencial é que ao lado de cada letra, tem as famílias silábicas. então, por exemplo, se eu for digitar Fantástico, basta apertar. Eu vou clicando. muito rápido” explica Cláudio Luciano Dusik, psicólogo.
“Dá uma economia de tempo nos toques. Então a pessoa leva menos tempo pra digitar um texto, na medida em que ela tem sílabas, letras agrupadas”, afirma Lucia Maria Costi Santarosa, orientadora de Cláudio.
A orientadora do mestrado se deu conta de que tinha um aluno brilhante: “É uma pessoa que não tem medo de desafios. Eu acho que o Cláudio não tem limites”.
Tirou nota máxima na defesa do trabalho, e surpreendeu a banca ao abrir mão de ganhar dinheiro com o invento.
“Ele vai disponibilizar esse software gratuitamente pra todas as pessoas que necessitarem, ou que poderiam usar, porque hoje não conseguem escrever a não ser com o apoio do computador e dessa tecnologia assistida”, conta a orientadora.
O software já está à disposição no site da universidade. Entre os interessados, um jornalista recém formado de São Paulo. Marco Aurélio pena com programas de computador. O pai o ajuda a redigir.
Quando passou no vestibular, alguém teria de ajudá-lo nas tarefas da faculdade. Quem seria?
“A principio eu relutei um pouco. Depois eu falei pra ela e disse: vamos lá, vai. Eu vou”, conta Manuel Joaquim Condez, pai de Marco Aurélio.
Pai e filho iniciavam uma rotina que duraria quatro anos. “A parte de higiene era comigo. Banho, depois pegava o carro às cinco e pouco da tarde e ia para a universidade”, conta o pai.
O compromisso de pai como uma das pontas de uma dupla.
Fantástico - O senhor assistiu a todas as aulas?
Manuel - Todas.
Fantástico - E fez todos os trabalhos?
Manuel - todos os trabalhos.
Fantástico - Junto com ele?
Manuel - Junto com ele.
Fantástico - E todas as provas?
Manuel - Todas as provas também. Que a prova era feita comigo, eu e ele, e mais uma pessoa da faculdade.
Bancário aposentado, há 40 anos longe da universidade, Manuel virou aprendiz do próprio filho.
Manuel - Tinha matéria que ele pegava mais que eu.
Fantástico - Ah, é? Ele tinha que explicar para o senhor?
Manuel - Tinha que explicar, não. Eu não entendia até o final do curso. E ele entendia de pronto.
E, de peito inflado, foi testemunha das vitórias do rapaz diante dos colegas.
“A princípio eles olhavam assim: mas, pô, o que que esse cara tá aqui, desse jeito, será que ele é normal? Só que quando ele começava a responder as coisas que o professor perguntava, o pessoal ficava tudo assim: pô, o cara manja”, conta o pai.
No dia da colação de grau, o diploma do filho virou homenagem pública ao pai.
“Foi meio que barra pesada, porque eu não esperava que a meninada fosse me... Sei lá. Eu não esperava que fosse daquela proporção”, diz o pai.
Aos que dizem que ele perdeu quatro anos de desfrute da aposentadoria: “Eu não podia deixar... Aí não é papel de um pai”.
O jornalista diplomado não se sente bem como entrevistado. Melhor seria se fosse o entrevistador contratado de algum jornal.
“Eu quero ser famoso pelo trabalho, não pela minha condição, não pelas minhas limitações físicas”, afirma Marco Aurélio Condez, jornalista.
Quem duvidaria de alguém que chegou aonde chegou?
“Eu acho que ele é um guerreiro”, diz o pai.
A proeza de Marco Aurélio e Cláudio: levar à frente o que todo ser humano tem dentro de si.
“Nossa capacidade de passar por situações difíceis, mas erguer a cabeça e arregaçar as mangas e fazer tudo de novo se for preciso”, diz Marcos.
Matéria publicada na página do Fantástico, em 14 de abril de 2013.

Humberto Souza de Arruda* comenta
Quando imaginamos um cenário onde existe uma pessoa que tenha diversas dificuldades físicas, e mais de um jornalista, comumente já associamos que sairá desta união uma matéria desenvolvida por esta equipe de jornalismo sobre a superação de um deficiente físico em vencer obstáculos e conseguir realizar um sonho.
Mas, na matéria acima, vemos que, na verdade, é um jornalista apenas entrevistando duas pessoas portadoras de doenças graves, mas também com grandes superações. Entre outras coisas, conseguindo o sonho de se manterem vivos.
Como, logo cedo, ambas as crianças receberam o diagnóstico médico que não chegariam à idade adulta, seria mais comum que os pais acatassem esta informação, assim como as crianças também. Graças à insistência dos pais em mantê-los com a inteligência ativa, tiveram a oportunidade de também lutarem para esta superação.
Em O Livro dos Espíritos, quando Allan Kardec, na questão que recebeu o número 150, indagou se a alma após a morte conservava a sua individualidade, os Espíritos Superiores responderam: “Sim; jamais a perde. Que seria ela se não a conservasse?” Observando esta individualidade é que podemos entender a idade espiritual, assim como a maturidade espiritual de cada indivíduo. Mesmo privado temporariamente de condições físicas para se manifestar livremente, seja por doenças ou momento de formação completa do corpo, o Espírito encarnado dispõe de sua maturidade espiritual, resultante do aprendizado de outras existências, para cumprir bem o seu papel nesta existência. Às vezes, se destacando de outros de mesma idade em atual existência terrena.
Onde, desta forma, podemos melhor entender o fato de outros indivíduos de situação como a dos relatados pela matéria não terem a mesma conquista. Ainda que tenham pais com a mesma dedicação como os do Marco Aurélio e do Cláudio. Como é o caso da irmã do Cláudio, que também sofre uma limitação física. Onde acrescentamos, principalmente, a vontade Divina, que realmente sabe o que é melhor para nós, dando à maturidade espiritual necessidade e merecimento.
No mundo de provas e expiações em que nós vivemos, a necessidade e o merecimento serão fatores determinantes para ajudar na definição da natureza das provas e/ou expiações que vivenciaremos para o nosso adiantamento.
E a vivência de uma deficiência grave, como a que estes rapazes passam, é uma provação (ou expiação) para todos os familiares. “A família, em razão disso, é o grupo de espíritos normalmente necessitados, desajustados, em compromisso inadiável para a reparação, graças à contingência reencarnatória.” (Do livro SOS Família, de Joanna de Ângelis, pela psicografia de Divaldo Franco.)
A dedicação que os pais tiveram e ainda têm com estes rapazes, para ajudarem com estas dificuldades, é uma prova de grande afinidade, comprometimento com a função de pais e acima de tudo a vontade de aproveitarem esta oportunidade ímpar de caridade apresentada por merecimento.
Definir como grandiosos estes quatro anos de acompanhamento do filho à faculdade, seria equivocadamente uma diminuição dos anos de dedicação ao filho na educação e preparação para a faculdade, assim como os anos futuros que ainda necessitarão de dedicação destes pais que humildimente dizem que seus filhos são guerreiros.
Também são guerreiros estes rapazes. Mas, como em uma das definições constante no dicionário Houaiss, adotemos esta: “que ou aquele que se empenha intensamente para conseguir o que quer; batalhador, lutador”. São lutadores contra a enfermidade sem perder a sanidade.
Em um seminário sobre curar e curar-se, realizado em Belo Horizonte, o médium e orador espírita Divaldo Franco disse, entre outras coisas, que “curar não é tão importante, é importante manter-se saudável”. Sabemos que a enfermidade que os rapazes estão vivenciando nesta existência ainda não tem cura, mas eles não estão deixando a oportunidade que lhes foi dada, passar sem aproveitamento.

* Humberto Souza de Arruda é evangelizador, voluntário em Serviço de Promoção Social Espírita (SAPSE) e colaborador do Espiritismo.net.