sábado, 18 de abril de 2015

De onde vem a maldade?

De onde vem a maldade?



David Robson
Da BBC Future


Se você tivesse a chance de colocar um punhado de insetos inofensivos dentro de uma máquina trituradora, iria gostar da experiência? E que tal assustar um desconhecido com um barulho alto e insuportável?


Esses são alguns dos testes realizados pelo psicólogo Delroy Paulhus na tentativa de entender as personalidades "nefastas" que andam por aí.


Ele basicamente quer responder a uma pergunta que muitos de nós já fizemos: por que algumas pessoas têm prazer em serem cruéis? Não aquelas classificadas como psicopatas ou condenadas por crimes violentos, mas especificamente os bullies das escolas, os trolls da internet e até membros da sociedade tidos como respeitáveis, como políticos e policiais.


Segundo Paulhus, é muito fácil tirar conclusões rápidas e simplistas sobre esse tipo de indivíduo. "Temos uma tendência a querer simplificar o mundo dividindo as pessoas entre as boas e as más", afirma o psicólogo, professor da Universidade da Columbia Britânica, no Canadá.


Mas, segundo ele, existe uma "taxonomia" para os diferentes tipos de maldade encontradas no dia-a-dia.



'Tríade do Mal'


O interesse de Paulhus começou com os narcisistas – indivíduos incrivelmente egoístas e vaidosos que atacam os outros para defender sua própria autoestima.


Há pouco mais de uma década, um aluno seu, Kevin Williams, sugeriu que explorassem a possibilidade de essas tendências ao egocentrismo estarem ligadas a duas outras características desagradáveis: o maquiavelismo (uma manipulação fria) e a psicopatia (uma insensibilidade aguda e indiferença ao sentimento dos outros).


Juntos, os dois cientistas descobriram que os três traços eram bastante independentes, apesar de às vezes coincidirem, formando uma "Tríade do Mal".


A honestidade dos voluntários nos testes de Paulhus o surpreendeu. Ele percebeu que os participantes que concordavam com frases como "Gosto de provocar pessoas mais vulneráveis" ou "Não é uma boa ideia me contarem segredos" geralmente se abriam sem pudor e tinham passado por alguma experiência de bullying, na adolescência ou na vida adulta.


Essas pessoas também apresentaram uma tendência maior a serem infiéis a seus parceiros e a trapacear em exames.


Paulhus notou ainda que essas características não apareciam em um primeiro contato frente a frente com o voluntário. "Essas pessoas estão lidando com a sociedade cotidianamente, por isso têm autocontrole suficiente para não se meterem em confusão. Mas uma coisa ou outra em seu comportamento acaba chamando a atenção", afirma o psicólogo.



Malvado por natureza


Quando Paulhus começou a examinar a fundo essas mentes macabras, outras perguntas foram surgindo. Por exemplo, será que as pessoas nascem malvadas?


Estudos que comparam gêmeos idênticos e não-idênticos sugerem que existe um componente genético relativamente grande para o narcisismo e a psicopatia, enquanto o maquiavelismo parece ser mais influenciado pelo ambiente.


Mas o fato de herdarmos alguns desses traços não nos isenta de responsabilidades. "Não acredito que uma pessoa nasça com genes de psicopata e que nada possa ser feito para que isso não se desenvolva", afirma Minna Lyons, da Universidade de Liverpool, na Grã-Bretanha.


Basta olhar para os anti-heróis da cultura pop – James Bond, Don Draper (do seriado Mad Man) e Jordan Belfort (o protagonista de O Lobo de Wall Street) – para perceber que personalidades sinistras são bastante sedutoras, uma descoberta sustentada por outros estudos científicos.


Lyons e sua equipe descobriram ainda que indivíduos notívagos tendem a apresentar mais características ligadas à maldade. Eles se arriscam mais, são mais manipulativos e tendem a explorar outras pessoas.


Isso pode fazer sentido se pensarmos na evolução humana: talvez as pessoas com uma personalidade hermética tinham mais chances de roubar e ter relações ilícitas enquanto os demais dormiam, então acabaram evoluindo para serem criaturas da noite.



Cantos obscuros


Recentemente, Paulhus começou a examinar mais profundamente as partes mais sombrias da psique humana. "Preparamos questionários com perguntas mais extremas e descobrimos que alguns voluntários facilmente admitiam já ter causado dor em outras pessoas apenas por prazer", conta.


Para ele, essa tendência não é apenas um mero reflexo do narcisismo, da psicopatia ou do maquiavelismo, mas sim uma subespécie de maldade, à qual deu o nome de "sadismo cotidiano".


O "triturador de insetos" propiciou a Paulhus e seus colegas entender se aquilo se tratava de um comportamento verdadeiro. Sem que os participantes soubessem, a máquina foi adaptada para dar aos insetos uma saída, mas ainda assim produzia sons arrepiantes que imitavam o ruído dos animais sendo esmagados.


Algumas pessoas eram tão sensíveis que se recusavam a participar da experiência, enquanto outras demonstraram ter prazer na tarefa. "Esses indivíduos foram os que marcaram mais pontos no meu questionário sobre sadismo cotidiano", afirma Paulhus.



Caça aos trolls


Paulhus acredita que esse comportamento é semelhante ao dos chamados trolls da internet. "Eles são a versão online do sadista cotidiano porque passam um bom tempo procurando pessoas para atacar".


Um pesquisa anônima com indivíduos que deixam comentários com teor de trolagem na rede concluiu que eles são os que marcam mais pontos nos testes de personalidade cruel e têm o prazer como sua principal motivação.


Os estudos de Paulhus chamaram a atenção da polícia e de agências militares, que querem trabalhar com ele para investigar por que algumas pessoas abusam de suas posições.


"A preocupação dessas forças é que alguns indivíduos escolham empregos junto a elas por acreditarem que terão um mandado para infligir dor em outros", explica o psicólogo. Se for assim, poderiam ser criados testes que filtrariam e eliminariam candidatos com uma personalidade mais sombria.


Paulhus também está animado com os resultados de novas pesquisas sobre "maquiavelismo moral" ou "narcisismo comunitário" – pessoas com algumas características macabras mas que as usam para algo positivo.


Ele lembra que pessoas com essa personalidade em geral têm mais iniciativa e autoconfiança para realizar o que desejam. "Até Madre Teresa de Calcutá tinha um lado mais frio", diz o psicólogo. "Afinal, você não vai ajudar o mundo ficando bonzinho em casa."

Notícia publicada na BBC Brasil, em 16 de fevereiro de 2015.



Jorge Hessen* comenta


O significado do termo maldade tem conexão com a qualidade daquele ou daquilo que é mau, com a ação maligna, a iniquidade e a crueldade. Mas por que alguns têm atrativo pela perversidade? O tema sempre inquietou os pensadores dos mais diversos campos do saber e da ação humana: filosofia, ciência, arte, religião.


Historicamente, segundo alguns modelos previsíveis, os males humanos pareciam não mais destinados a preocupar os pensadores, pois que a maldade parecia ser circunscrita. Para alguns estudiosos o “holocausto”, durante a Segunda Grande Guerra, reacendeu o debate sobre os limites da barbárie, da perversidade humana, lançando no universo intelectual europeu e mundial uma onda de pessimismo e ceticismo.


Hanna Arendt, filósofa judia, que estudou as questões do mal, escreveu o livro “Eichmann em Jerusalém”, que analisa o julgamento do verdugo nazista, mentor da morte de milhares de pessoas. Tendo como referencial o “caso Eichmann”, a autora justifica que o mal pode tornar-se banal e difundir-se pela sociedade como um fungo, porém apenas em sua superfície. Para Arendt, as raízes do mal não estão definitivamente instaladas no coração do homem e por não conseguirem penetrá-lo profundamente a ponto de fazer nele morada, podem ser extirpadas. Para muitos, o mal seria mais forte que o bem, e que os Espíritos do mal estariam conseguindo sobrepujar os Benfeitores espirituais, frustrando-lhes os desígnios superiores. Em que pese a antiga tradição de tais assertivas, elas são insustentáveis e falsas; diríamos mesmo absurdas. Admitir o triunfo do maligno a prejuízo da humanidade é o mesmo que negar ao Senhor da Vida os atributos da onisciência e da onipotência, sem os quais não poderia ser o Senhor da Vida.


O mal não advém dos Estatutos do Todo-Poderoso como concebem alguns incautos, especialmente aqueles que vivem distanciados do entendimento da Boa Nova. O mal é transitório, não tem raízes. Para o Espiritismo o mal é criação do próprio homem e não tem existência senão temporária, transitória, pois no arranjo maior da Vida não tem sentido a permanência do mal. No capítulo em que trata da escala espírita, o Codificador, ao situar os Espíritos imperfeitos na terceira ordem, traça como seus caracteres gerais: “Predominância da matéria sobre o Espírito. Propensão para o mal. Ignorância, orgulho, egoísmo e todas as paixões que lhes são consequentes.”(1)


A humanidade vem nos últimos anos passando por transformações viscerais. A influência do materialismo sobre as questões e a vida social cresce consideravelmente. Os valores morais estão sendo corrompidos com assombrosa velocidade. Nunca o mundo precisou tanto dos ensinos espíritas como nestes tempos atuais. Vivenciamos instantes em que se aguça a revolta nos corações em face da imposição de ideologias falidas, e nos vendavais da tecnologia somos remetidos aos acirramentos das separatividades e isolamentos, estabelecendo-se níveis de revoltas sociais inaceitáveis.


Obviamente não há como se desconhecer a luta pela subsistência. Há as enfermidades, as insatisfações, os conflitos emocionais, os desenganos. As imperfeições próprias daqueles com os quais convivemos. Enfim, as variadas vicissitudes da existência. Nessa autêntica desordem, usando e abusando do livre-arbítrio, cada qual vai colhendo vitórias ou amargando derrotas, segundo o grau de experiência conquistada. Uns riem hoje, para chorarem amanhã, e outros, que agora se exaltam, serão humilhados depois.


Devemos interrogar a própria consciência, passando em revista os atos cotidianos, para a identificação dos desvios dos deveres que deveriam ter sido cumpridos e dos motivos alheios de queixa por conta dos nossos atos. Revisemos periodicamente nossas quedas e deslizes no campo moral, ativando a memória para nos lembrarmos dos tantos espinhos que já trazemos cravados na "carne do espírito"(2), tal como ensina Paulo de Tarso. Estes espinhos nos lembrarão a nossa condição de enfermos em estágio de longa recuperação, necessitados de cautela. O mal não é invencível, pelo contrário.


Não conseguiremos nos livrar das consequências advindas dos males que praticamos. O mal que nasce em nós nos impregna e temporariamente passa a fazer parte de nossa personalidade. Paulo de Tarso, na sua carta aos romanos, tece comentários sobre as lutas que se deve travar para combater o mal em nós mesmos, em frase já célebre: "Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse faço."(3) O mal a que se refere Paulo em suas epístolas é o mal trivial que subsiste em nós e é alimentado por nossa vontade. E que, em certa medida, nos proporciona prazer pelo torpor de consciência.


A escuridão é somente ausência da luz. Não é real. Só Deus é Vida; somente o Bem é a finalidade da vida. Para que possamos vislumbrar um mundo sem angústias e nem problemas sociais, livres das misérias econômicas e políticas, apelemos para o amor incondicional, que possui os recursos eficazes para a conciliação, o perdão, a transformação moral, fomentando o bem para o progresso, o que concorre para enriquecer nossa sensibilidade, aprimorar nosso caráter, fazer que se nos desabrochem novas faculdades, o que vale dizer, se dilatem nossos gozos e aumente nossa felicidade.


Em suma, o mal deriva do coração humano e a batalha do bem contra o mal, tema de incontáveis livros e filmes, deve ser travada nos domínios dos nossos próprios corações, acima de tudo.



Referências bibliográficas:


(1) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, pergunta 89, RJ: Ed. FEB, 2000;

(2) II Coríntios, 12:7;

(3) Rom, 7:19.

* Jorge Hessen é natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951. Servidor público federal aposentado do INMETRO. Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História. Escritor (dois livros publicados), Jornalista e Articulista com vários artigos publicados.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

A VISÃO ESPÍRITA DA MATERNIDADE / PATERNIDADE ADOTIVA

A VISÃO ESPÍRITA DA MATERNIDADE / PATERNIDADE ADOTIVA
(matéria publicada na Folha Espírita em novembro de 2006)

Maternidade adotiva, um exercício de Amor

Por Camila de Andrade

O pediatra e homeopata Marco Antônio Pereira dos Santos é pai de dois filhos biológicos, mas seguiu a tradição dos pais, que haviam adotado quatro, e dos irmãos, que também se dedicaram a essa tarefa, adotando outros sete. Assim, segundo relata, faz parte de uma família com “mais ou menos” 25 filhos de “maternidade adotiva”. Membro do Projeto Acalanto, um grupo de pessoas da comunidade, pais e filhos adotivos ou não, que, voluntariamente, se propõe a desenvolver um trabalho de esclarecimento, estímulo e encaminhamento à adoção, em São Paulo (SP), ele fala, abaixo, do exercício da maternidade e do quanto é importante estar uma criança no seio da família.

Folha Espírita – O que é a maternidade adotiva?
Marco Antônio Pereira dos Santos – A adoção é um termo ligado à possibilidade de uma mãe que não tem condições biológicas naturais, por infertilidade, por uma série de situações, de, juridicamente, conseguir filhos. Ou seja, ela tem um contexto muito mais jurídico, do que social, uma vez que, conduzido o trâmite legal, essa maternidade se torna igual à outra comum. Biologicamente, a mãe não conseguiu ter um filho, mas, após o processo jurídico da adoção, aquele filho passa a ter direitos iguais a um herdeiro biológico.

FE – E ela é uma maternidade especial?
Santos – Sim, é especial porque, apesar de não ser uma maternidade biológica, gestada no útero, o é no coração, na mente. As pessoas que se envolvem, tanto o pai quanto a mãe e a família, têm de ter uma vontade forte e compromisso com esse ideal, porque as dificuldades jurídicas, familiares, sociais e psicológicas devem ser levadas em conta e são importantes. A maternidade biológica pode ser um acidente, pode não ter sido desejada, e a vontade de Deus pode se expressar independentemente da nossa. Então, através da fertilidade natural da mãe, o plano espiritual pode programar aquela reencarnação mesmo que não seja de forma consciente da mãe naquele momento. O momento em que a mãe sabe que está abrigando um novo ser é de reflexão, de compromisso com a vida, e a partir daí se estabelece a maternidade biológica. No caso da maternidade adotiva, é uma gestação diferente, em que não há alteração do corpo da mulher, mas, sim, toda uma preparação, que pode ser feita, inclusive, por grupos de adoção como o nosso, Projeto Acalanto, onde as pessoas vão frequentar, ouvir palestras e se preparar para as dificuldades que podem surgir, já que a maternidade e a paternidade adotivas são diferentes da biológica.

FE – Qual a proposta básica do Acalanto?
Santos – Evitar a institucionalização de menores e prevenir o seu abandono e marginalização. Para isso, promove um elo entre as crianças desassistidas e núcleos familiares estruturados, aptos a ampará-las.

FE – Como a adoção chegou à sua vida?
Santos – Eu já tinha dois filhos biológicos e quis ampliar esse relacionamento abrindo a possibilidade de resgatar pendências que eu tenha deixado em outras vidas e que se manifestaram através da maternidade.

FE – Você já foi criticado por conta disso?
Santos – A crítica é natural da ignorância, porque quando você não vive uma experiência é natural que você critique aquela pessoa, que talvez queira viver aquela experiência. Meus pais já tinham adotado, e depois, meus irmãos e eu. Temos mais ou menos 25 pessoas ligadas à experiência adotiva em nossa família, todas elas agradáveis e que nos estimularam a repeti-la.

FE – Como funciona isso espiritualmente? O espírito escolhe quem vai reencarnar e adotar outro?
Santos – É sempre uma programação diferente em cada caso. Naquelas pessoas que já trabalham mais com a idéia adotiva eles incluem a adoção no seu planejamento familiar. Várias pessoas têm o desejo secreto de adotar, mas, ao chegar aqui na Terra, em razão das dificuldades econômicas, sociais e familiares, elas se esquecem um pouco desse projeto, que fica escondido em suas mentes como um desejo secreto que pode ser transformado depois.

FE – Afinal, todas as mulheres encarnadas precisam ser mães?
Santos – Essa é uma excelente pergunta. Existem quatro oportunidades, como espírito, para os serviços ligados à maternidade. Se eu for homem encarnado não posso ser mãe, se for desencarnado também, tanto homem quanto mulher. Ou seja, como mulher encarnada, tenho a única possibilidade de ser mãe, com um índice de 25%. Assim, biologicamente, nasço com os implementos próprios da maternidade – seios, útero, ovário, etc. Isso é uma certa orientação da espiritualidade que aquele indivíduo deve aproveitar aquela encarnação para evoluir mais rapidamente. E a maternidade é uma oportunidade de evolução maravilhosa.

FE – Então, o encontro da família adotiva não é casual?
Santos – Na maioria das vezes, para não dizer todas, é um planejamento superior. Veja bem, se uma criança nasce para ser filho biológico de A + B, mas, infelizmente, é abandonada, pode haver uma reengenharia, sim. Tem gente que prefere deixar aquele compromisso pendente, mas em uma próxima encarnação terá de resolvê-lo. É como uma matéria da faculdade: você não pode passar de um ano para outro se deixar uma pendência. Essa visão é muito mais ampla que a lei do carma, da reencarnação, de causa e efeito, que nos abriga a ser pais. Não existe obrigação, existe a lei do amor, que nos oferece uma oportunidade.

FE – Como o tratamento espiritual pode ajudar nessas pendências?
Santos – A convivência com a criança adotiva não é fácil. Aqueles que pensam que é só adotar e as estão resolvendo estão errados. A adoção começa ali, não termina ali. Ou seja, a partir de determinado momento a criança passa a ser filho. Você vai com ela para casa para construir uma família, algo que não é tão simples. Quando temos filhos biológicos é mais difícil ainda, porque temos de encaixar aquele elemento num planejamento que já existia. Além do lado idealista, existe o econômico, psicológico e afetivo, que precisam ser bem dimensionados. Mas eu diria que é uma experiência importante, que a casa espírita ajuda muito, através do passe, da água fluidificada, de tratamento desobsessivo. Assim como existe programação espiritual positiva, às vezes, também pode existir negativa, ou seja, podem não querer que aquela criança chegue à nossa casa. Ela pode trazer os “amigos” que querem evitar a sua convivência harmônica. Tratamentos psicológico, pediátrico e homeopático ajudam bastante.

FE – Que mensagem o senhor daria para aqueles que querem adotar, mas têm dúvidas e medo?
Santos – É uma experiência importante na vida do espírito, vai lhe trazer muito amadurecimento, oportunidade de exercitar a maternidade, além dos laços biológicos. Nós precisamos amar a todos, sentir que Deus é nosso pai e todos nós somos irmãos. Então, a maternidade ou paternidade adotiva é um exercício de amor.

Conheça mais sobre o trabalho do Projeto Acalanto
Para conhecer mais sobre o Projeto Acalanto acesse o site
http://www.adocao.com.br/acalanto.htm ou fale com a entidade através do telefone (11) 3976-1160. Ela fica na rua Madre Nineta Junata, 126, Freguesia do Ó, São Paulo (SP).

Fonte: http://www.amebrasil.org.br/html/duv_adocao.htm

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Vamos refletir? - Segue-me: No quadro real

Oi, Pessoal!

A mensagem do Livro Segue-me para reflexão encontra-se abaixo das indagações feitas.

Aguardamos sua participação!!

Beijos e abraços

VAMOS REFLETIR?

1. Comente a seguinte frase: “Toda modificação para melhor reclama luta, tanto quanto qualquer ascensão exige esforço”.

2. Você já assumiu verdadeiramente sua religiosidade íntima e ser aprendiz nos ensinamentos de Jesus?

3. Você faz esforço continuado contra as sombras?

4. Você é flor de ornamento ou “Sal da Terra”?

5. Com que palavras Jesus esclarece a posição interior que deve ter quem quiser segui-lo?

6. Que significa para você, para nós, o Cristianismo?

7. Comente a seguinte afirmação e quais as atitudes para vive-la: “Desejo sinceramente aprender a melhorar-me”

8. Anote e comente o parágrafo que mais o tocou.

NO QUADRO REAL

“Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os aborreceu,
porque não são do mundo, assim como eu do mundo não sou."
- Jesus. ( João, 17:14.)

Aprendizes do Evangelho, à espera de facilidades humanas, constituirão sempre assembleias do engano voluntário.
O Senhor não prometeu aos companheiros senão continuado esforço contra as sombras até à vitória final do bem.
O cristão não é flor de ornamento para igrejas isoladas. É "sal da Terra", força de preservação dos princípios divinos no santuário do mundo inteiro.
A palavra de Jesus, nesse particular, não padece qualquer dúvida:
“Se alguém quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.
Amai vossos inimigos.
Orai pelos que vos perseguem e caluniam.
Bendizei os que vos maldizem.
Emprestai sem nada esperardes.
Não julgueis para não serdes julgados.
Entre vós, o maior seja servo de todos.
Buscai a porta estreita.
Eis que vos envio como ovelhas ao meio dos lobos.
No mundo, tereis tribulações."
Mediante afirmativas tão claras, é impossível aguardar em Cristo um doador de vida fácil.
Ninguém se aproxime d’Ele sem o desejo sincero de aprender a melhorar-se. Se Cristianismo é esperança sublime, amor celeste e fé restauradora, é também trabalho, sacrifício, aperfeiçoamento incessante.
Comprovando suas lições divinas, o Mestre Supremo viveu servindo e morreu na cruz.

 

 

segunda-feira, 13 de abril de 2015

E, aí! Já leu?!

 

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Título: Fugindo para Viver

Autor: Adeilson Salles

Editora: FEB

Sinopse: Muito mais que aventura.

Dois adolescentes, Carlinhos e seu amigo Pardal, convidam os jovens leitores a viver uma grande aventura. Prepare-se, pois você vai fugir junto com os personagens, se emocionar e aprender. “Fugindo para Viver” é atual e comovente, um livro que você vai ler mais de uma vez. Nessa empolgante narrativa a aventura se confunde com ensinamentos sobre a vida espiritual; Pardal e Carlinhos enfrentam vários perigos em sua fuga para a vida. O autor Adeilson Salles conhecido por suas encantadoras histórias infantis, agora nos leva ao universo da literatura juvenil; leia, emocione-se e surpreenda-se.

Comentário de Orson P. Carrara: “(…) Eis que a Federação Espírita Brasileira publicou Fugindo para Viver, uma obra ilustrada, mas também comovente e atual. Uma obra que aborda imortalidade, comunicabilidade dos espíritos, mediunidade, vida espiritual, entre outros valiosos ensinos – como a valorização da amizade ou das virtudes em geral –, além, é claro, de seu objetivo principal: dirigir-se aos jovens, falando com clareza dos ensinos espíritas. E com que clareza! (…)”

domingo, 12 de abril de 2015

Mural Reflexivo: Generosidade


maosinvisiveis.pngGenerosidade

 

      Não raro, encontramos pessoas gentis no trato social. São aquelas que se preocupam em respeitar os direitos do próximo, em desenvolver seu espírito de cidadania, em buscar palavras e gestos amáveis para com os demais.

      Também, com felicidade, encontramos pessoas educadas nas nossas relações sociais. São os companheiros que se fazem atenciosos, que se preocupam com pequenos gestos, como o saudar aos mais velhos, ceder o espaço para a senhora grávida ou apenas dar um telefonema para o conhecido para ter notícias.

      Porém, quantas pessoas conseguem ser generosas? Se a gentileza e a educação nascem do respeito ao próximo, se desenvolvem no espírito de cidadania e convivência, a generosidade nasce no coração de quem está pronto para amar fraternalmente.

      Vamos encontrar a generosidade no amigo que consegue compreender nossa falta quando esquecemos seu aniversário, e, ao encontrá-lo mais tarde, ao invés de nos cobrar o esquecimento, simplesmente nos oferece o coração aberto e espontâneo de sempre.

      Será fruto da generosidade da alma quando não necessitamos, nem esperamos por um agradecimento, após ter feito um favor a alguém, pois o simples fato de poder ajudar a quem nos pediu nos é suficiente para preencher o coração com satisfação, sem aguardarmos nenhum tipo de reconhecimento.

      E estaremos prontos para que a generosidade seja nossa companhia quando, tendo razão frente a uma contenda de grande importância ou a uma disputa por nonadas, sejamos capazes de abrir mão de reivindicar nossos direitos, em nome da paz e da boa convivência.

      Jesus nos aconselha a cultivar a generosidade no coração quando afirma que se alguém nos convidar a dar mil passos, caminhemos dois mil se necessário. E, se outro nos pedir a capa, que também ofereçamos a túnica.

      Muitas vezes, pensamos que generoso é aquele capaz de abrir os cofres e distribuir o muito que tem, quando, não raro, esse muito nem falta lhe fará.

      A verdadeira generosidade nasce no coração que é capaz de olhar o próximo e o mundo com complacência e compreensão, sabendo que todos estamos sujeitos a erros, tropeços e enganos.

      Seremos generosos quando estivermos despreocupados em conjugar o verbo ter... Ter algo, ter razão, ter alguém, pois nossas preocupações serão as de oferecer... a gentileza, a amizade, a companhia, a compreensão.

      Claro que poderemos ensaiar os primeiros passos de generosidade tocando o bolso, para oferecer aquilo que nos sobra aos que têm tão pouco.

      Porém, poderemos sempre investir mais e permitir que a generosidade ganhe espaço em nosso mundo íntimo, quando formos capazes de esquecer um tanto de nossas vontades, nossas razões, nossos anseios, para simplesmente semearmos, nos caminhos alheios, as flores perfumadas com a brisa da fraternidade.

      *   *   *

      Todos os que estendem mãos invisíveis para sustentar vidas, instituições nobres, são semeadores dos tempos novos.

      Graças a eles muitos vivem, outros sobrevivem. Alguns despertam da tristeza, inúmeros os imitam, seguindo-lhes as pegadas.

      Semeadores generosos, anônimos, perseverantes. Servidores de Jesus.

      Que tal aderirmos à generosidade nós também?

       

     Redação do Momento Espírita