sexta-feira, 8 de junho de 2012

Informativo Legal: Evangelho no Lar

Evangelho no Lar
FEB – Federação Espírita Brasileira


Finalidade e Importância

1. Estudar o Evangelho de Jesus possibilita compreender os ensinamentos cristãos, cuja prática nos conduz ao aprimoramento moral.

2. Criar em todos os lares o hábito de se reunir em família, para despertar e acentuar nos familiares o sentimento de fraternidade.

3. Pelo momento de paz que o Evangelho proporciona ao Lar, pela união das criaturas, propiciando a cada um uma vivência tranqüila e equilibrada.

4. Higienizar o Lar por pensamentos e sentimentos ele va dos e favorecer a influência dos Mensageiros do Bem.

5. Facilitar no Lar e fora dele o amparo necessário diante das dificuldades materiais e espirituais, mantendo operantes os princípios da vigilância e da oração.

6. Elevar o padrão vibratório dos componentes do Lar e contribuir com o Plano Espiritual na obtenção de um mundo melhor.

7. Tornar o Evangelho conhecido, compreendido, sentido e exemplificado em todos os ambientes.

Significado

“Quando o ensinamento do Mestre vibra entre quatro paredes de um templo doméstico, os pequeninos sacrifícios tecem a felicidade comum.”

Psicografia de Francisco C. Xavier, Luz no lar, Autores diversos, 85. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1997. Cap. 1, p. 11 e 12.

Como fazer

Escolha, na semana, um dia e horário em que a família possa se reunir durante mais ou menos trinta minutos. Crianças também podem fazer parte da reunião. Pode ocorrer a presença de visitantes ocasionais e, neste caso, podem ser convidados a participar; caso não sejam espíritas, devem ser esclarecidos sobre a finalidade da reunião. Há inclusive a possibilidade da reunião ser realizada por uma só pessoa – o roteiro a ser seguido é o mesmo.

Roteiro

1. Início da reunião – prece simples e espontânea.

2. Leitura de O Evangelho Segundo o Espiristismo – começar desde o prefácio, lendo um item ou dois sempre em seqüência.

3. Comentários sobre o texto lido – devem ser breves e contando com a participação dos presentes, evidenciando o ensino moral aplicado às situações do dia-a-dia.

4. Vibrações – Pela fraternidade, paz e equilíbrio de toda a Humanidade, porto dos os governantes e por aqueles que têm sob a sua responsabilidade crianças, jovens, adultos e idosos; pela implantação e vivência do Evangelho em todos os lares; pelo próprio lar dos participantes, mentalizando paz, harmonia e saúde para o corpo e para o espírito.

5. Pedidos – Pode-se pedir pelos parentes, amigos, por pessoas que não participem do círculo de amizades e por toda Humanidade.

6. Prece de encerramento – Simples, sincera e espontânea, agradecendo a Deus, a Jesus e aos Bons Espíritos.

OBS.: A prática do Evangelho no Lar não deve ser transformada em reunião mediúnica.

Toda intuição e inspiração, que possam ocorrer, devem ficar no campo dos comentários gerais, no momento oportuno.

No recinto doméstico

Bondade no campo doméstico é a caridade começando.

Nunca fale aos gritos, abusando da intimidade com os entes queridos.

Utilize os pertences caseiros sem barulho, poupando o lar a desequilíbrio e perturbação.

Aprenda a servir-se, tanto quanto possível, de modo a não agravar as preocupações da família.

Colabore na solução do problema que surja, sem alterar-se na queixa.

A sós ou em grupo, tome sua refeição sem alarme.

Converse edificando a harmonia.

É sempre possível achar a porta do entendimento mútuo, quando nos dispomos a ceder, de nós mesmos, em pequeninas demonstrações de renúncia a pontos de vista.

Quantas vezes um problema aparentemente insolúvel pede tão-somente uma palavra calmante para ser resolvido?

Abstenha-se de comentar assuntos escandalosos ou inconvenientes.

Em matéria de doenças, fale o estritamente necessário.

Procure algum detalhe caseiro para louvar o tra balho e o carinho que lhe compartilham a existência.

Não se aproveite da conversação para entretecer apontamentos de crítica ou censura, seja a quem seja.

Se você tem pressa de sair, atenda ao seu regime de urgência com serenidade e respeito, sem estragar a tranqüilidade dos outros.

André Luiz - Psicografia de Francisco C. Xavier, Sinal Verde, CEC.

Evangelho no Lar

Trabalhemos pela implantação do Evangelho no Lar, quando estiver ao alcance de nossas possibilidades.

A seara depende da sementeira.

Se a gleba sofre o descuido de quem lavra e prepara, se o arado jaz inerte e se o cultivador teme o serviço, a colheita será sempre desengano e necessidade, acentuando o desânimo e a inquietação.

É importante nos unamos todos no lançamento dos princípios cristãos no santuário doméstico.

Trazer as claridades da Boa Nova ao templo da família é aprimorar todos os valores que a experiência ter restre nos pode oferecer.

Não bastará entronizar as relíquias materiais que se reportem ao Divino Mestre, entre os adornos da edificação de pedra e cal, onde as almas se reúnem sob os laços da comunidade ou da atração afetiva.

É necessário plasmar o ensinamento de Jesus na própria vida, adaptando-se-lhe o sentimento à beleza excelsa.

Evangelho no Lar é Cristo falando ao coração. Sustentando semelhante luz nas igrejas vivas do lar, teremos a existência transformada na direção do Infinito Bem.

O Céu, naturalmente, não nos reclama a sublimação de um dia para outro nem exige de nós, de imediato, as atitudes espetaculares dos heróis.

O trabalho da evangelização é gradativo, paciente e perseverante. Quem recebe na inteligência a gotade luz da Revelação Cristã, cada dia ou cada semana transforma-se no entendimento e na ação, de maneira imperceptível.

Apaga-se nas almas felicitadas por essa bênção o fogo das paixões, e delas desaparecem os pruridos da irritação inútil que lhe situa o pensamento nos escuros resvaladouros do tempo perdido.

Enquanto isso ocorre, as criaturas despertam para a edificação espiritual com o serviço por norma constante de fé e caridade, nas devoluções a que se afeiçoam, de vez que compreendem, por fim, no Senhor, não apenas o Amigo Sublime que ampara e eleva, mas também o orientador que corrige e educa para a felicidade real e para o bem verdadeiro.

Auxiliemos a plantação do Cristianismo no santuário familiar, à luz da Doutrina Espírita, se desejamos efetivamente a sociedade aperfeiçoada no amanhã.

Em verdade, no campo vasto do mundo as estradas se bifurcam, mas é no lar que começam os fios dos destinos e nós sabemos que o homem na essência é o legislador da própria existência e o dispensador da paz ou da desesperação, da alegria ou da dor a si mesmo.

Apoiar semelhante realização, estendendo-se nos círculos das nossas amizades, oferecendo-lhe o nosso concurso ativo, na obra de regeneração dos espíritos na época atormentada que atravessamos, é obrigação que nos reaproximará do Mentor Divino, que começou o seu apostolado na Terra, não somente entre os doutores de Jerusalém, mas também nos júbilos

caseiros da festa de Caná, quando, simbolicamente, transformou a água em vinho na consagração

da paz familiar.

Que a Providência Divina nos fortaleça para prosseguirmos na tarefa de reconstrução do lar sobre os alicerces do Cristo, nosso Mestre e Senhor, dentro da qual cumpre-nos colaborar com as nossas melhores forças.

Bezerra de Menezes - Psicografia de Francisco C. Xavier, Temas da Vida, CEU.
Jesus Contigo

Dedica uma das sete noites da semana ao Culto Evangélico no Lar, a fim de que Jesus possa pernoitar em tua casa.

Prepara a mesa, coloca água pura, abre o Evangelho, distende a mensagem da fé, enlaça a família e ora.

Jesus virá em visita.

Quando o Lar se converte em santuário, o crime se recolhe ao museu. Quando a família ora, Jesus se demora em casa. Quando os corações se unem nos liames da Fé, o equilíbrio oferta bençãos de consolo e a saúde derrama vinho de paz para todos.

Jesus no Lar é vida para o Lar.

Não aguardes que o mundo te leve a certeza do bem variável. Distende, da tua casa cristã, a luz do Evangelho para o mundo atormentado.

Quando uma família ora em casa, reunida nas blandícias do Evangelho, toda a rua recebe o benefício com a comunhão com o Alto.

Se alguém, num edifício de apartamentos, alça aos Céus a prece da comunhão em família, todo o edifício se beneficia, qual lâmpada ignorada, acesa na ventania.

Não te afastes da linha direcional do Evangelho entre os teus familiares. Continua orando fiel, estudando com os teus filhos e com aqueles a quem amas as Diretrizes do Mestre e, quanto possível, debate os problemas que te afligem à luz clara da mensagem da Boa Nova e examina as dificuldades que te perturbam ante a inspiração consoladora do Cristo.

Não demandes a rua, nessa noite, senão para os inveitáveis deveres que não possas adiar.

Demora-te no Lar para que o Divino Hóspede, aí também, se possa demorar.

E, quando as luzes se apagarem à hora do repouso, ora mais uma vez, comungando com Ele, como Ele procura fazer, a fim de que, ligado a ti, possas, em casa, uma vez por semana, em sete noites, ter Jesus contigo.Joanna de Ângelis

Psicografia de Divaldo P. Franco, S.O.S. Família, LEAL.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Acontecerá: Fórum da Mocidade Espírita/ FEESP - O Futuro do Brasil é você

From: ane amorim
Subject: Fórum da Mocidade Espírita/ FEESP - O Futuro do Brasil é você


Gostaríamos de apresentar o Fórum da Mocidade Espírita, trabalho que a Mocidade Cairbar Schutel/FEESP está desenvolvendo.

Pedimos que nos ajude a divulgar na sua lista de contatos!

Durante o Fórum, também estaremos apresentando o trabalho que as Mocidades do Brasil vem realizando ligados aos assuntos de tecnologia, arte, comunicação, meio ambiente, saúde, economia e política, por favor, se você conhece algum trabalho que se encaixe neste perfil nos indique para entrarmos em contato.

As inscrições são gratuitas e já estão abertas. Abaixo, segue o link.

Muito obrigada!

Muita Paz!
Ane Amorim



Com o Tema "O Futuro do Brasil é você", vamos projetar o Brasil daqui a 50 anos.

Como será se aplicarmos nosso conhecimento espiritual? Como será se aplicarmos o conhecimento Espírita na Economia, Política, Tecnologia, Saúde, Meio Ambiente, Comunicação e Arte?

Nossa proposta é criar a percepção pela diferença que podemos fazer levando nosso conhecimento para a prática. Nós, os jovens de hoje, seremos os empresários, médicos, políticos, artistas, biólogos, economistas, profissionais desta pátria, os brasileiros que farão o futuro. Desta forma, estamos convidando todos o jovens espíritas a refletirem sobre a diferença que podem fazer neste país para que se consolide o desejo de sermos o “Coração do Evangelho”.



quarta-feira, 6 de junho de 2012

Anotações: Fazer Bem Feito

Fazer bem feito



Devemos procurar a perfeição ao fazer cultura e para isso é necessário que essa busca de aperfeiçoamento comece em nosso íntimo.

1- Vocês acham que existe alguém perfeito?Quem?
2- O que é preciso para sermos quase perfeitos?
3- Um homem bom consegue mais ou menos coisas que o mal?
4- Um homem cheio de defeitos consegue fazer coisas quase perfeitas?


Idéia central – Todos têm objetivos de vida, que somente são alcançados com esforço e vontade. E esse esforço é preciso para obter maior habilidade e perfeição naquilo que é necessário para alcançar o objetivo. O jogador de futebol que compõe a seleção brasileira, por exemplo, com certeza se esforçou para tornar-se melhor a cada dia vencendo suas limitações.

A determinação é imprescindível porque não existe nenhum homem perfeito como Deus.Um homem perfeito conseguiria facilmente o almejado sem o mínimo dispêndio de força e luta.E como ser perfeito?

Um homem que deseja tornar-se quase perfeito, de acordo com Jesus Cristo, deve amar seus inimigos, fazer o bem àqueles que o odeia e orar por aqueles que o perseguem.Portanto, a essência da perfeição é a caridade (benevolência, compaixão,tolerância, perdão).

Será que é possível ser perfeito? Talvez o ser humano consiga ser quase perfeito, que é uma condição extremamente favorável, a qual leva o homem a conseguir muitas coisas em sua vida terrena. Nessa assertiva entra também a lei da ação e reação. Todas as nossas ações têm um retorno de acordo com o nosso merecimento.

Um homem que ama seus inimigos,faz o bem àqueles que o odeia e ora por quem o perseguem tem algumas virtudes, as quais serão analisadas a seguir.

Cap.XVII do Evangelho segundo espiritismo.

Virtudes segundo Aristóteles

Existe duas espécies de virtude, a moral e a intelectual. A moral adquirisse com o hábito e a intelectual com o estudo.

O ideal para aflorar nossas virtudes é sermos o meio-termo, nada em excesso ou deficiência.Por exemplo: devemos praticar exercícios físicos para termos boa saúde, porém nas suas devidas proporções, já que o excesso pode prejudicar o corpo.

Toda a virtude faz com que a função de determinada coisa seja bem desempenhada, e entende-se por virtude tb a disposição que torna o homem bom.

E para desempenhar bem as funções e ser bom, ou seja , para ter virtudes o homem não deve cometer excessos e nem faltas, deve procurar o meio-termo. O excesso e a falta são características do vicio, e a mediana da virtude.

E para conseguir chegar nesse meio-termo, o homem deve procurar sentir prazer e sofrimento, no momento certo, com as pessoas certas, e de maneira certa. É relevante dizer que o mal pertence à classe do ilimitado e o bem do limitado

Mas nem toda ação ou paixão admite o meio-termo, como a maldade, o despeito(desconsideração ou desgosto por ofensa),despudor(falta de pudor, que é o sentimento de vergonha pelo que pode ferir a decência ou a honestidade), a inveja, o no âmbito das ações o adultério, o roubo, o assassinato.

Nas ações injustas não existem meio-termo, falta e excesso.

É muito importante lembrar que a honra é a finalidade de todas as virtudes.

TIPOS DE VIRTUDES

MEDO OU COVARDIA x TEMERIDADE
Meio-termo=CORAGEM

Ter medo de algumas coisas é normal, como da desonra, da pobreza, da doença, falta de amigos, morte. As pessoas, por exemplo, que temem a desonra são boas e recatadas.

Os corajosos não temem uma morte honrosa, mas não é em todas as situações que a morte da margens para que a coragem se manifeste, por exemplo em um naufrágio ou no caso de doenças. A coragem é nobre e seu fim também é nobre.

O covarde teme tanto o que deve quanto o que não deve; e é um homem sem esperança pois teme todas as coisas.O homem corajoso, ao contrário, sempre tem esperança, e muita confiança em seus atos.

Já os temerários, os quais são imprudentes e precipitados, anseiam os perigos antecipadamente, todavia recuam quando os tem pela frente, ao passo que os corajosos são ardentes no momento de agir, mas fora das situações são tranqüilos.

O homem corajoso enfrenta as coisas porque é nobre fazer, ou porque é vil deixar de fazer. Porém morrer para fugir à pobreza, ao amor, ou a qualquer coisa dolorosa, não é próprio de um homem corajoso, mas sim de um covarde, pois éfraqueza fugir do que nos atormenta, e um homem dessa espécie enfrenta a morte não por ela ser nobre, mas por escapar de um mal.

INTEMPERANÇA x INSENSIBILIDADE
Meio-termo=TEMPERANÇA

A temperança e a intemperança relacionam-se com a espécie de prazer que os animais também sentem, e por isso parecem inferiores e bestiais, que são os prazeres do tato ou paladar.

Os intemperantes excedem nos prazeres, e isso é condenável. Esse tipo de pessoa sofre mais do que deve quando não conseguem obter as coisas agradáveis, também quando simplesmente anseia por elas,e o homem temperante não sofre com a falta do que é agradável nem com o fato de abster-se.

PRODIGALIDADE x AVAREZA
Meio-termo=LIBERALIDADE

Aparentemente é o meio-termo em relação a riqueza, mas em relação a dar e receber riquezas, sobretudo a dar. A prodigalidade e a avareza são o excesso e a deficiência no que se refere ao uso da riqueza, É atribuída a avareza a quem ama a riqueza mais do que devem, e prodigalidade as pessoas incontinentes, que esbanjam dinheiro com os seus prazeres; têm caráter mais fraco, porque combinam em si mais de uma forma de vicio.

O homem liberal dá dinheiro para as pessoas certas, nas ocasiões certas, e nas circunstâncias em que é nobre faze-lo. É bem próprio do homem liberal exceder em suas dádivas, a ponto de ficar com muito pouco, pois é de sua natureza não olhar para si mesmo.

Não é fácil a um homem liberal ser rico, porque ele não é inclinado nem a obter, nem a guardar, mas a dar, e não estima a riqueza por si mesma, e sim como instrumento de sua liberalidadeTambém o homem liberal dará e gastará as quantias certas com os objetos certos.

A prodigalidade é o excesso no dar e não obter, e o pródigo as vezes enriquecem quemnão merecia, e não dão coisas as pessoas de caráter digno. Além disso gastam sem refletir, e desperdiçam dinheiro com os seus prazeres, ao passo que a avareza é a deficiência em relação ao dar e o excesso no obter, mas em pequenas coisas

MESQUINHEZ x VULGARIDADE(OSTENTAÇÃO)
Meio-termo=MAGNIFICIÊNCIA

Aparentemente ela também é um virtude relacionada com a riqueza,e não se aplica a todas as ações relacionadas com a riqueza, mas somente as que envolvem gastos; e é um gasto apropriado que envolve grandes quantias.

De fato, o homem magnificente é liberal, mas o homem liberal nem sempre é magnificente. A deficiência dessa espécie de caráter é chamada mesquinhez, o excesso é chamado vulgaridade, mau gosto, etc.

IRISCIBILIDADE x APATIA
Meio-termo=CALMA

A calma é louvada, porque as pessoas calmas se encolerizam por motivos justos, com coisas ou pessoas certas, e eles tendem a não se deixar perturbar nem conduzir pela paixão.Pessoas calmas tb não são vingativas.

Aqueles que não se encolerizam com as coisas que deveriam provocar sua ira são considerados tolos, e são censuráveis. Pensam que são incapazes de se defender e suportar insultos.

Os homens irascíveis encolerizam-se rapidamente, com as pessoas e coisas erradas e mais do que convém, mas depois disso a cólera se extingue. Esse tipo de pessoa causa grandes incômodos a si mesma e a seus amigos mais próximos. Chamam-se mal-humorados aqueles que se encolerizam com os que não devem, mais do que devem e durante mais tempo.Considera-se o excesso mais contrário à calma do que a falta.

OBSEQUIOSO x MISANTROPO
Meio-termo: AMABILIDADE

Nas reuniões da vida social, algumas pessoas, para serem agradáveis, não se opõe a quem quer que seja, julgando não ser seu dever não desagradar as pessoas que encontram, são chamadas obsequiosas; ao passo que outras, pelo contrário, se opõem a tudo e não têm a menor preocupação em não magoar os outros, são chamadas grosseiras e altercadoras.

Outro homem se inclina a rebelar-se ou conformar-se em face das coisas que deve e da maneira que deve, e isso se assemelha muito com a amizade. Tal homem se conduzirá do mesmo modo com conhecidos e desconhecidos, mas não interessa-se igualmente por pessoas íntimas e por estranhos, nem tampouco são as mesmas condições que tornam justo magoá-los. Ele se relaciona com os demais do modo que convém, mas é com referência no que é honroso e conveniente que visa não causar dor ou a proporcionar prazer. Ele tb se relaciona de modo diferente com as pessoas de alta posição e as mais simples. Esse é o meio-termo.

Dos que proporcionam prazer as pessoas com as quais convivem, os que procuram ser agradáveis sem nenhum objetivo ulterior, são obsequiosos.

JACTÂNCIA x FALSA MODÉSTIA
Meio-termo=VERACIDADE

Jactancioso é o homem que atribui a si glórias que não tem, ou tem menos do que considera; o falsamente modesto, em contraste, tende a negar ou minimizar o que possui; e o homem meio-termo não exagera nem subestima, é veraz.,

A falsidade é em si mesma ignóbil e censurável, ao passo que a verdade é nobre e digna de louvor. Uma pessoa veraz nas palavras e nas condutas é considerada uma pessoa de bem.


CHOCARRISE x RUSTICIDADE
Meio-termo=ESPIRITUOSIDADE

Os bufões vulgares são os que procuram provocar o riso a qualquer preço e, na ânsia de fazer rir, não se preocupam com a inconveniência no que dizem, ao passo que os que não sabem gracejar nem suportam os que o fazem, são rústicos e grosseiros. Os que gracejam com bom gosto são chamados espirituosos.

As pessoas espirituosas, para provocar o riso, não poupa nem a si nem aos outros, dizendo coisas que um homem polido jamais diria, e algumas das quais nem ele mesmo gostaria de escutar. O rústico nada contribui e em tudo encontra o que censurar. De qualquer forma, o lazer e o entretenimento são considerados um elemento necessário à vida.

Os meio-termos diferem dos outros por se relacionar com a verdade e os outros dois com o prazer.

terça-feira, 5 de junho de 2012

A Floresta de Dodone e a Estátua de Memnon

Para chegarmos à floresta de Dodone, passamos pela rua Lamartine, e nos detemos um instante na casa do senhor B"*, onde vimos um móvel dócil nos colocar um novo problema de estática.

Os assistentes, em um número qualquer, estão colocados ao redor da mesa em questão, em uma ordem igualmente qualquer, porque não há, aí, nem números e nem lugares cabalísticos; têm as mãos pousadas sobre a beirada; fazem, seja mentalmente, seja em voz alta, apelos aos Espíritos que têm o hábito se atenderem o seu convite. Conhece-se a nossa opinião sobre esse gênero de Espíritos, por isso nós os tratamos um pouco sem cerimônia. Quatro ou cinco minutos apenas são decorridos, quando um ruído claro de toe, toe, se faz ouvir na mesa, freqüentemente, bastante forte para ser ouvido da peça vizinha, e se repete ainda por muito tempo, e ainda com a freqüência que seja desejada. A vibração se faz sentir nos dedos, e, aplicando-se o ouvido contra a mesa, reconhece-se, não ao ponto de se enganar, que o ruído tem a sua fonte na própria substância da madeira, porque toda a mesa vibra, desde os pés até a superfície.

Qual é a causa desse ruído? É a madeira que opera ou é como se disse, um Espírito? Descartemos, primeiro, toda idéia de fraude; estamos entre pessoas muito sérias, e de muito boa companhia, para se divertir às custas daqueles que, entre elas, querem muito admitir; aliás, essa casa não é privilegiada; os mesmos fatos se produzem em cem outras, também muito louváveis. Permita-nos, à espera da resposta, uma pequena digressão.


domingo, 3 de junho de 2012

Trocando Ideia: Não ter peso para carregar

  A Meire nos enviou o texto abaixo, que foi traduzido pelo SérgioBarros. A gente achou várias coisas interessantes para refletir e trocar ideias...
  Estamos aguardando vocês participarem, ok?! :)
  Beijos e Abraços

NÃO TER PESO PARA CARREGAR


Sadhu Sundar Singh, um Hindu convertido ao Cristianismo, tornara-se um missionário ao seu povo na Índia. Atrasado, certa tarde, Sadhu viajava a pé pelo Himalaia com um monge. Estava terrivelmente frio e o vento era sentido como lâminas agudas cortando a pele em fatias. A noite se aproximava quando o monge advertiu Sadhu que estavam em perigo de se congelarem até a morte se não alcançassem o mosteiro antes da escuridão cair.

Repentinamente, num caminho estreito acima de um abrupto precipício, eles ouviram um grito por ajuda. Ao pé do despenhadeiro estava um homem, caído e muito machucado.

O monge olhou para Sadhu e disse,

- Não pare. Deus trouxe este homem ao seu destino. Deve trabalhar para se salvar. Vamos nos apressar antes que nós, também, perecemos.

Mas Sadhu respondeu,

- Deus me enviou aqui para ajudar meu irmão. Eu não posso abandona-lo.

O monge continuou, andando com dificuldade através da neve, enquanto o missionário tentava resgatar o homem. O ferido tinha a perna quebrada e não podia andar, então Sadhu fez uma tipóia com seu cobertor e amarrou o homem às suas costas. Com grande dificuldade ele escalou o despenhadeiro, agora encharcado por transpiração.

Obstinadamente, Sadhu fez seu caminho através da neve e da escuridão. Não estava fácil. Mas perseverou, embora quase desmaiasse pela fadiga e sobreaquecido pelo esforço. Finalmente, ele avistou as luzes do mosteiro.

Então, pela primeira vez, Sadhu tropeçou e quase caiu. Mas não de fraqueza. Tinha tropeçado em um objeto caído na estrada coberta de neve. Lentamente abaixou-se e escavou o objeto para fora da neve. Era o corpo do monge, congelado até a morte.

Anos mais tarde um discípulo de Sadhu lhe perguntou,

- Qual a tarefa mais difícil da vida?

Sem nenhuma hesitação, Sadhu respondeu:

- Não ter nenhum peso para carregar.

(Autoria: Tradução de SergioBarros)( texto enviado pela Meire)