sábado, 31 de dezembro de 2016

Mural Reflexivo: Carta de Ano Novo


Carta de Ano Novo

 
Ano Novo é também oportunidade de aprender, trabalhar e servir. O tempo, como paternal amigo, como que se reencarna no corpo do calendário, descerrando-nos horizontes mais claros para necessária ascensão.

Lembra-te de que o ano em retorno é novo dia a convocar-te para a execução de velhas promessas que ainda não tivestes a coragem de cumprir.

Se tens inimigos, faze das horas renascer-te o caminho da reconciliação.

Se foste ofendido, perdoa, a fim de que o amor te clareie a estrada para frente.

Se descansaste em demasia, volve ao arado de tuas obrigações e planta o bem com destemor para a colheita do porvir.

        Se a tristeza te requisita, esquece-a e procura a alegria serena da consciência tranquila no dever bem cumprido.

Ano Novo! Novo Dia!

Sorri para os que te feriram e busca harmonia com aqueles que te não entenderam até agora.

Recorda que há mais ignorância que maldade em torno de teu destino.

Não maldigas nem condenes.

Auxilia a acender alguma luz para quem passa ao teu lado, na inquietude da escuridão.

Não te desanimes nem te desconsoles.

Cultiva o bom ânimo com os que te visitam dominados pelo frio do desencanto ou da indiferença.
    
          Não te esqueças de que Jesus jamais se desespera conosco e, como que oculto ao nosso lado, paciente e bondoso, repete-nos de hora a hora: Ama e auxilia sempre. Ajuda aos outros amparando a ti mesmo, porque se o dia volta amanhã, eu estou contigo, esperando pela doce alegria da porta aberta de teu coração.

(pelo Espírito Emmanuel, no livro "Vida e Caminho", psicografado por Chico Xavier)

Reflexão (6)...



Espiritirinha (2)


Espiritirinha


Reflexão(5)...


Reflexão(4)...




Reflexão (3)...


Reflexão (2)...


Reflexão...


sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

FEBtv - O Amor Pede Passagem - Amor e Convivência

 
Conviver é um desafio diário e Alberto Almeida ensina estratégias desse ato tão necessário para o crescimento moral e espiritual. Solidão, sofrimentos, emoções, são alguns assuntos inseridos no tema para melhor compreensão do amor e convivência.
 
 

FEBtv - O Amor Pede Passagem - Amor e Saúde Familiar

Alberto Almeida explica a importância dos laços familiares para o aprimoramento espiritual. Cita o fluxo de o amor ser a expressão da lei da natureza que deve estar presente no grupo familiar para uma família saudável.
 
 

FEBtv - Amor Pede Passagem - O Amor Entre Irmãos

 
O psicoterapeuta Alberto Almeida traz o assunto sobre a fraternidade e o amor entre os irmãos. O médico explica as competências inúmeras do relacionamento entre os irmãos e as habilidades que se formam na personalidade dos adultos.
 
 

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

E, aí! Já leu?! (2)

“Epístolas de Paulo à luz do Espiritismo”



 
O mais recente livro do autor Antonio Cesar Perri de Carvalho, intitulado “Epístolas de Paulo à luz do Espiritismo” fala a respeito das recomendações do Apóstolo, procurando captar a essência das mesmas, através de abordagens simples, objetivas e fundamentadas nas obras de Allan Kardec e do espírito Emmanuel em obras psicografadas por Chico Xavier.
livro-1Perri que no livro comenta a relação entre o espírito de Emmanuel e Paulo de Tarso, disse em entrevista ao programa Nova Consciência, que procurou escrever um livro objetivo para atingir mais pessoas.
“No Novo Testamento há quase mil e quatrocentos capítulos e um terço falam das epístolas de Paulo. A partir disso, fiz uma síntese que gerou esse livro, onde procuro não estender muito, não aprofundar, para que fique claro a mensagem dos ensinos morais das epístolas”.

Antônio Cesar Perri de Carvalho

O autor que tem uma trajetória de mais de 50 anos no Movimento Espírita, nasceu em Araçatuba, interior de São Paulo. Foi fundador da Mocidade e de Centro Espírita, dirigente de órgãos da USE – União das Sociedades Espíritas; diretor, vice – presidente, presidente interino e presidente da FEB – Federação Espírita Brasileira; membro atual da Comissão Executiva do Conselho Espírita Internacional; integrante do Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier (DF).
Além de ser autor e organizador de mais de 20 livros espíritas, inclusive pela Casa Editora O Clarim, escreve para a “Revista Internacional de Espiritismo”, do “Correio Fraterno do ABC”.
 
Fonte: Mundo Maior Editora

E, aí! Já assistiu?! (2) - Conta pra gente...

“Allan Kardec – Um Olhar para a Eternidade”

Allan Kardec Chico Xavier
O espetáculo que apresenta o texto de Paulo Afonso de Lima, direção de Ana Rosa e um excelente elenco revive a trajetória do educador, escritor e tradutor francês Hippolyte León Denizard Rivail, que no século XIX, sob o pseudônimo de Allan Kardec, se dedicou à observação e ao estudo dos fenômenos espíritas.
A codificação da Doutrina Espírita colocou Kardec na galeria dos grandes missionários e benfeitores da humanidade.

 

E, aí! Já assistiu?! Conta pra gente...

“O Cândido Chico Xavier”

Candido Chico Xavier
A peça narra a vida do médium, e um dos mais importantes expoentes do espiritismo, Francisco Cândido Xavier. De sua infância à morte, com o passo a passo de sua fé e da dedicação à Doutrina Espírita, dos seus estudos e do seu desenvolvimento da psicografia.
Em cena, o público poderá conferir a história emocionante desse brasileiro, nascido de uma família humilde, na cidade de Pedro Leopoldo (interior de Minas Gerais). O contato e a adesão de Chico à Doutrina Espírita, aos 17 anos, quando iniciou no estudo do Espiritismo. A partir daí, dedicou-se a ajudar os mais necessitados – nem mesmo a catarata aos 21, o impediu de seguir em frente.
O encontro com seu mentor espiritual Emannuel, a indicação ao Prêmio Nobel da Paz e os mais de 400 livros escritos, todos com rendas revertidas à caridade, são muitos dos momentos marcantes.

E, aí! Já leu?!

A saga do ciúme

       
De autoria de Cristiane Lenzi Beira, mestra em Psicologia Escolar e Raul Teixeira, o livro busca debater os diversos vieses do ciúme, presente nas relações afetivas e sociais, com o propósito de despertar a atenção necessária para não se permitir envolver nas teias desse vício, que gera tormentos e põe em risco a estrutura da vida em sociedade.
De leitura agradável, provoca uma autoavaliação a respeito do ciúme em nós como uma atitude consciente de quem deseja se poupar a conflitos e sofrimentos diversos.
A apresentação é do Espírito Camilo, recepcionada psicograficamente, em Loulé, Algarve, Portugal, por Raul, em 28 de maio de 2015.
Raul é responsável por quatro dos vinte e cinco capítulos, compondo a quarta parte do livro, adaptada do seminário A vida conjugal e seus enfrentamentos – A dinâmica do ciúme.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

A geração nova

A geração nova

       
A época atual é de transição; confundem-se os elementos das duas gerações. Colocados no ponto intermédio, assistimos à partida de uma e à chegada da outra, já se assinalando cada uma, no mundo, pelos caracteres que lhes são peculiares.1
Allan Kardec
 
 No atual momento de regeneração da Humanidade, conforme afirma Allan Kardec, e confirma a Espiritualidade superior a respeito da transição planetária pela qual passa o orbe terrestre, deixando de ser um planeta de provas e expiações e transformando-se, gradualmente, em mundo de regeneração, assistimos à chegada de uma nova geração de Espíritos que se distingue por inteligência e razão geralmente precoces, juntas ao sentimento inato do bem e a crenças espiritualistas, o que constitui sinal indubitável de certo grau de adiantamento anterior.1
São essas crianças, inteligentes, inquietas, criativas, questionadoras, que adentram os nossos lares, nossas escolas e nossas casas espíritas, atendendo ao chamado da construção do mundo novo. Enquanto trazem esses claros sinais de adiantamento anterior, se deparam com o reino dominante das paixões materialistas que caracterizam o estágio atual do planeta. Possível é imaginarmos o conflito capaz de surgir a esses Espíritos reencarnados, com sentimento inato do bem, ao se defrontarem com um mundo de violência crescente, de desigualdades sociais, de conflitos familiares, frutos do orgulho e do egoísmo que ainda encontram guarida no coração humano.
Para que possam cumprir os objetivos reencarnatórios, visando seu aprimoramento moral e da Humanidade, necessário se faz que aqueles que estão incumbidos de os receberem, nas fases iniciais da infância, estejam preparados para lhes dar a educação adequada que lhes permita enfrentar, da melhor forma possível, essa dualidade entre a nova e a velha geração, assim como os desafios que, certamente, encontrarão para a construção do mundo novo.
Notadamente, há de se observar aqui a educação, aquela que consiste na arte de formar caracteres, a que incute hábitos, porquanto a educação é o conjunto dos hábitos adquiridos.2
Nesse sentido, é de extrema relevância o papel desempenhado por pais e educadores na formação desses Espíritos, na fase infantil, onde é mais acessível às impressões que recebe, capazes de lhe auxiliarem o adiantamento. (q. 383)
 
Os pais e a família
Inegável a responsabilidade dos pais na condução dos Espíritos que lhes chegam aos braços, ainda mais quando observadas as considerações a respeito dessa nova geração de Espíritos que aporta ao orbe terrestre com o intuito de auxiliar no processo de transformação moral da Humanidade.
Assim, grande esforço devem despender pais, mães e responsáveis, no objetivo de se transformarem no exemplo salutar a ser observado pelas crianças dentro e fora do lar. Exemplo de conduta moral, de retidão, de honestidade, de esforço em domarem suas más inclinações e em superarem suas limitações, enquanto Espíritos em processo evolutivo. Exemplo na busca da vivência de valores morais, onde devem predominar o diálogo e o afeto, onde o autoritarismo cede lugar ao respeito pela autoridade moral, onde o sim e o não são usados com firmeza e com amorosidade, de forma a aprovar e a dar limites, sempre que necessário.
Para essa geração, nova conduta se espera da família. Família que, conforme afirma o Espírito Joanna de Ângelis é a escola de bênçãos onde se aprendem os deveres fundamentais para uma vida feliz e sem cujo apoio fenecem os ideais, desfalecem as aspirações, emurchecem as resistências morais. 3
Em outras palavras, o solo onde foi lançada a semente e cuja qualidade permitirá ou não o seu pleno desenvolvimento para a floração futura.
 
O Centro Espírita
Igualmente, reconhecendo a ação evangelizadora espírita como recurso fundamental para a formação de homens de bem, tem o Centro Espírita a responsabilidade de empreender todos os esforços possíveis, visando angariar espaços e recursos adequados para a promoção da integração da criança consigo mesma, com o próximo e com Deus4, objetivo maior da evangelização espírita infantojuvenil, conforme preconizado pela Federação Espírita Brasileira.
Referimo-nos à importância atribuída às atividades de evangelização infantil dentro do centro espírita, como também aos recursos materiais (espaços físicos para as atividades e materiais adequados para o seu desenvolvimento) mas, principalmente, nos esforços para a formação de evangelizadores capacitados a atender às necessidades das crianças reconhecendo-as como Espíritos imortais ativos no caminho do autoaperfeiçoamento5, sendo responsáveis diretos na escolha de estratégias metodológicas adequadas e atrativas que promoverão a construção de espaços educativos prazerosos de crescimento e convivência, aprendizado e vivência cristã. 5
Quando você ensina, transmite. Quando você educa, disciplina. Mas quando evangeliza, salva.6
 
Referências bibliográficas:
1. KARDEC, Allan. A gênese. Tradução de Guillon Ribeiro. 1. ed. esp. Rio de Janeiro: FEB, 2005b. cap. XVIII, item 28.
2. ________. O livro dos espíritos. Tradução de Guillon Ribeiro. 84. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003. Comentários à questão 685ª.
3. FRANCO, Divaldo Pereira. Constelação familiar.  Pelo Espírito Joanna de Ângelis. 3. ed. Salvador: LEAL, 2012. cap. 2.
4. FEB/CFN. Orientação ao Centro Espírita. Rio de Janeiro: FEB, 2007. cap. 6, it. 3, objetivos “a” e “d”.
5. ________. Orientação para a ação evangelizadora espírita da infância: subsídios e diretrizes. Brasília: FEB, 2016. pt. 1, cap. 2, it. 2.1.
6.FRANCO, Divaldo Pereira. Sementeira da fraternidade. Por diversos Espíritos. 6. ed. Salvador, 2008. cap. 26.
 
Fonte: Jornal Mundo Espírita - DIJ

Artigo: A opção pelo bem

A opção pelo bem

dezembro/2016 - Por Antônio Moris Cury 
          
Estamos vivenciando tempos de grandes questionamentos pessoais no planeta Terra, como se pode constatar, a toda evidência, a qualquer momento e em qualquer lugar, sobretudo nos últimos anos, com o advento de novas tecnologias, especialmente as que possibilitam a veiculação de informações, de conhecimento, e que se encontram amplamente disponibilizadas.
Diante das guerras, principalmente das civis (tantas vezes provocadas ou incentivadas pelo interesse comercial e financeiro de quem fabrica e vende armas e equipamentos de destruição), das guerrilhas, do contrabando, do tráfico de drogas e entorpecentes de variada ordem, da corrupção em todos os níveis e em seu mais amplo sentido, da violência generalizada, da impressão que se pode ter de que aquele que não age com correção de conduta (trapaceando, manipulando e enganando os outros, sobretudo os que têm pouca informação) sai em vantagem, etc. [e ponha-se et cetera nisto!], o grau de dúvida e indagação é simplesmente gigantesco.
Parece que esperto é quem leva vantagem sempre, e em tudo, independentemente dos métodos que empregue.
Ledo engano!
Não se pode esquecer que os bens da Terra nela ficarão, uma vez que para o outro lado da Vida, de material não se leva nem mesmo o corpo físico que aqui serviu de veículo para nela transitar.
Além disso, com poucos recursos é perfeitamente possível ter-se uma existência terrena digna e boa, de tal modo que não é preciso ficar rico, milionário ou bilionário para tê-la.
A propósito, diz um provérbio chinês que Um homem [ser humano] pode possuir mil acres de terra, mas dorme numa cama de dois metros.
Entretanto, é importante que fique claro, desde logo, que o Espiritismo não faz apologia da pobreza e nada tem contra a riqueza material, desde que obtida por meios lícitos e bem havidos (aliás, a riqueza, assim obtida e quando bem empregada, pode proporcionar o desenvolvimento material e intelectual de um sem-número de pessoas, com a criação de emprego e renda, com a construção e manutenção de escolas, com a concessão de bolsas de estudo. Numa palavra, pode promover uma parcela considerável de progresso).
Como já o sabemos de cor e salteado, o ensino máximo do Cristo está consubstanciado na célebre e milenar sentença Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, com a qual Jesus resumiu toda a Lei e os profetas.
Conhecer, conhecemos de há muito. Precisamos aplicá-lo, e aplicá-lo com urgência urgentíssima.
Aplicá-lo em nosso próprio favor, em favor de nossos familiares, dos amigos, de colegas, dos conhecidos, das pessoas com quem nos relacionamos, da sociedade, enfim.
Vale muito a pena enfatizar: amar o próximo como a si mesmo é fazer a ele somente o que gostaríamos que ele nos fizesse!
Com efeito, Amar o próximo como a si mesmo: fazer pelos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós é a expressão mais completa da caridade, porque resume todos os deveres do homem para com o próximo. Não podemos encontrar guia mais seguro, a tal respeito, que tomar para padrão, do que devemos fazer aos outros, aquilo que para nós desejamos. Com que direito exigiríamos dos nossos semelhantes melhor proceder, mais indulgência, mais benevolência e devotamento para conosco, do que os temos para com eles? A prática dessas máximas tende à destruição do egoísmo. Quando as adotarem para regra de conduta e para base de suas instituições, os homens compreenderão a verdadeira fraternidade e farão que entre eles reinem a paz e a justiça. Não mais haverá ódios, nem dissensões, mas tão somente união, concórdia e benevolência mútua.1
A prática do Bem está umbilicalmente ligada ao ensino maior cristão.
Quem pratica o Bem se sente em paz com a sua consciência [que, diga-se de passagem, é o grande Tribunal de cada um de nós].
Nessa linha, Cezar Braga Said anota: Com a coragem de quem deseja superar-se continuamente, como um esportista que persegue um novo recorde, vivamos de forma infinita no corpo finito que nos deram nossos pais e o Criador. Aproveite cada segundo da sua existência corporal para iluminar-se interiormente, no exercício diário do bem.2
No mesmo e admirável livro de bolso, recomenda o escritor fluminense: Doses diárias do bem geram saúde e bem-estar, estimulando o bom humor, aumentam a paz interior, gerando serenidade e coragem para não desistirmos dos nossos mais belos ideais. Faça o bem no seu ambiente profissional, familiar, religioso, na sociedade onde se movimenta, entendendo que ser útil, sempre que uma oportunidade se ofereça, é operar a substituição do egoísmo pelo amor, é fazer um bem sobretudo a si mesmo, enchendo sua vida de beleza e significação.
Por igual, ao tratar do que denomina de privilégios cristãos, André Luiz [Espírito] registra que um deles é: Perseverar no bem até ao fim.3
Ainda na mesma linha, Carlos Torres Pastorino recomenda: Caminhe alegre pela vida! Plante sementes boas de paz e otimismo, vivendo bem com sua consciência. Ajude aos outros o mais que puder, de tal forma que sua vida se torne uma alegria constante, por beneficiar a todos. Não pergunte se eles agradecerão ou retribuirão a você. Faça o bem, sem pensar na recompensa, porque só assim você demonstrará amor para com todos.
Por outra parte, sendo a Terra mundo de expiação, nela predomina o mal. Quando se achar transformada, a estrada do bem será a mais frequentada.5
Neste ponto, torna-se indispensável reproduzir a pergunta 982 de O Livro dos Espíritos [a mais importante obra do Espiritismo]: Será necessário que professemos o Espiritismo e creiamos nas manifestações espíritas, para termos assegurada a nossa sorte na vida futura?
Resposta: Se assim fosse, seguir-se-ia que estariam deserdados todos os que não creem, ou que não tiveram ensejo de esclarecer-se, o que seria absurdo. Só o bem assegura a sorte futura. Ora, o bem é sempre o bem, qualquer que seja o caminho que a ele conduza.6
Bem o sabemos e consolidamos que na Terra predominam o mal e a imperfeição, ainda. Por isso, compete a cada um de nós cumprir a sua parte, e cumpri-la bem, do mesmo modo que devemos ser úteis, e cada vez mais úteis, onde quer que nos encontremos.
A opção pelo Bem é indiscutivelmente a melhor, razão pela qual é de todo conveniente que optemos pelo Bem sempre, seja qual for a situação, seja qual for a circunstância, com o que estaremos prestando nossa contribuição para a melhoria das relações humanas e sociais e, notadamente, para a evolução do próprio planeta em que ora nos encontramos, visto que Deus não nos entregou a Terra pronta e acabada.
Quem elege como seu padrão de comportamento a prática do Bem, sempre, não se arrependerá jamais.
E, que não se perca de vista, nunca é tarde para começar ou para recomeçar.
 
Bibliografia:
1.KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. 126. ed. Brasília: FEB, 2006. cap. XI, item 4.
2.SAID, Cezar Braga. Meditando com você. Rio de Janeiro: Léon Denis, 2008.
3.XAVIER, Francisco Cândido. Agenda cristã. Pelo Espírito André Luiz. Rio de Janeiro: FEB, 1974. cap. 3.
4.PASTORINO, Carlos Torres. Minutos de sabedoria. 15. ed. Rio de Janeiro: Vozes. cap. 110.
5.KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. 126. ed. Brasília: FEB, 2006. cap. XVIII, item 5.
6. ______. O livro dos Espíritos. 88. ed. Brasília: FEB, 2006. pt. 4, cap. II, item 982.
 
 
Fonte: Jornal Mundo Espírita
 



terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Livro em estudo: Nos Bastidores da Obsessão – A024 – Cap. 9 – Reencontro com o passado – Segunda Parte

Livro em estudo: Nos Bastidores da Obsessão – Editora FEB - 1970
Autor: Espírito Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco

A024 – Cap. 9 – Reencontro com o passado – Segunda Parte

 

(Conforme o último estudo, os benfeitores espirituais acompanhados por Dr. Teofratus deslocam-se em procura de Henriette. Encontram-na em um leprosário, junto com outros 200 pacientes...)

O irmão Saturnino, interessado em esclarecer-nos, explicou:

— O sofrimento, sob qualquer forma em que se apresente, é bênção. Para que, no entanto, beneficie aquele que o experimenta, faz-se indispensável ser acompanhado pela resignação, pela humildade, pela valorização da própria dor.

Não basta, portanto, sofrer, mas bem sofrer, libertando-se das causas matrizes da aflição. É muito comum encontrar-se o homem experimentando o impositivo do resgate, sob nuvens de ira e desesperação, com as quais aumenta, graças à rebeldia e à queixa injustificáveis, o fardo das dívidas. Por essa razão, há redutos de reeducação no Além da carne, como dentro das paredes carnais: regiões em que se aglutinam os comparsas. dos diversos departamentos do crime para resgatarem, em clima de afinidade, os desastres cometidos contra a Lei e a Justiça Soberanas.

E para encerrar os esclarecimentos, concluiu:

— Nesta Casa, como em outras similares, desfilam os que afrontaram o corpo, desrespeitando-lhe as fontes de vida; os que esmagaram outras vidas, enquanto possuíam nas mãos as rédeas do poder; os que fecharam ouvidos e olhos ao clamor das multidões esfaimadas e enlouquecidas de dor; mãos que ergueram o relho e dilaceraram; corações que se empedraram na indiferença, enquanto fruía o licor da fortuna, da nobreza mentirosa, da beleza em trânsito na forma; os fomentadores do ódio, os soberbos, os orgulhosos, alguns suicidas calcetas inveterados, em constante tentação para desertar do fardo outra vez... Em purgatório carnal, podem transitar para as Regiões da Luz ou para os Abismos da Treva, dependendo da livre escolha de que dispõem os que expungem com resignação ou com revolta...

Silenciando, aproximamo-nos de um quarto infecto, após vencer longo corredor em que duas filas de celas imundas albergavam corpos desfigurados de mulheres profundamente infelizes, carcomidas pela enfermidade destruidora.

O Dr. Teofrastus não ocultava a revolta, o desespero quase irrefreado.

O irmão Glaucus penetrou num dos últimos quartos ao fim da ala imensa, e, seguindo-o, deparamos cena confrangedora. Três mulheres hansenianas encontravam- se a dormir, assistidas por pequena malta de obsessores impiedosos que as dominavam. Em vigília, mantinham-se em guarda, invectivando e atormentando os espíritos das enfermas semidesligadas do invólucro físico e quase tresloucadas de angústia, ante o acicate contínuo dos perseguidores.

Os acompanhantes da guarda do Dr. Teofrastus ficaram no corredor, à porta de entrada da cela, em atitude de vigilância. Uma jovem de menos de 20 anos, em cujo corpo a doença não produzira ainda os sinais da sua presença, muito magra e desfalecida sobre infecto grabato, era a razão da visita.

Muito calmo, o irmão Glaucus elucidou, dirigindo-se ao Mago de Ruão:

— Eis aí Henriette. Tende cuidado e piedade do seu algoz. Iremos atendê-lo. Evitai, porém, o ódio.

O sicário, que se refestelava no martírio de verdadeiras multidões, contemplando a jovem desmaiada, banhada por álgido suor e vencida por vampirismo aniquilante, gritou, estertorado, blasfemando, e avançou na direção do seu êmulo, ali em posição de adversário, no que foi retido, bondosamente, pelo Instrutor.

Olhando Saturnino, o Mentor amigo transmitiu uma solicitação silenciosa e o obreiro da caridade, levantando a voz, exorou a proteção divina em compungida oração com que nos sensibilizou a todos.

O Dr. Teofrastus, insensível desde há muito às vibrações superiores, permaneceu invadido pelos sentimentos habituais, o que não impediu Saturnino de acercar-se da jovem e aplicar-lhe no corpo em delíquio passes longitudinais, despertando-a, após o que, libertou-lhe o espírito da segura mentalização do obsessor implacável.

A moça acordou no corpo inopinadamente com o olhar esgazeado, como se retornando de um pesadelo, para novamente adormecer, após ligeiros minutos de composição dos pensamentos.

Sensibilizado com a paisagem de sombra do pequeno recinto, Saturnino atendeu às demais internas, exortando os seus adversários desencarnados, que abandonaram o recinto bulhentos, obscenos, insensíveis. O perseguidor da jovem, no entanto, foi mantido ali em sono hipnótico, enquanto o irmão Glaucus produzia o desdobramento da paciente e sua imediata lucidez.

A moça relanceou o olhar pelo recinto, e ao deparar com a figura do doutor Teofrastus foi acometida de choque, desejando evadir-se. Assistindo-a carinhosamente, o Instrutor vitalizou-a com fluídos calmantes e sugeriu que a Entidade se aproximasse. A antiga vítima da Inquisição avançou, visivelmente emocionada, e sem poder dominar a alma em febre, gritou:

— Henriette, Henriette, que te fizeram? Porque me abandonaste?

Choro convulsivo irrompeu, desatrelado, do verdugo de muitos.

Embora a jovem se chamasse Ana Maria, pareceu registrar aquela voz no recôndito do ser e repentinamente desperta, graças às energias vigorosas que o Instrutor lhe aplicava na sede da memória espiritual, respondeu, também, em pranto:

— Quem me chama? Que desejam de mim?

A medida que Ana Maria despertava para o passado, sua forma espiritual registrava os sinais das tragédias que lhe sucederam através do tempo, para apresentar- se consideravelmente mudada, envelhecida, com as marcas da desencarnação e as características da antiga personalidade...

— Isto é a minha Henriette-Marie? — esbravejou o Mago. Não pode ser ela, tão linda e pura! Essa sombra é alguma megera para confundir-me.

A interrogação dolorosa ressoava no ar, quando a entidade infeliz retrucou:

— E tu, quem és? Porque me ofendes?

— Eu, se tu és Henriette-Marie, eu sou aquele que sempre te amou. Sou Teofrastus, a quem a fogueira inquisitorial não consumiu, nem a morte pôde fazer morrer o amor que sempre nutri por ti.

Evocando, através da ansiedade das palavras, o amor do passado e a desencarnação imposta pela ignorância vigente no pretérito, o Chefe da Organização maléfica foi sacudido por violento e convulsivo pranto, em que as comportas da alma, longamente fechadas, pareceram romper-se de inopino, dando passagem a caudal refreada, em volumoso bloco.

Despertando, mui vagarosamente, Ana Maria apresentava-se tristemente desnudada pela realidade dos atos pretéritos, semelhando-se a fantasma de dor no qual estrugissem todas as aflições de uma só vez. O perispírito cruamente assinalado por exulcerações pustulentas que denotavam os atentados sofridos no longo curso dos séculos, sem que as mãos do amor ou da redenção nela houvessem conseguido trabalhar a reorganização das células, ou modificar a estrutura do tom vibratório, que a infelicitava, causava compaixão.

O amante em desespero, esquecido de si mesmo, contemplava aquelas transformações que ocorriam ante os nossos olhos — ele que estava acostumado a cenas muito mais horripilantes, nas quais era hábil manipulador das forças que jazem inconscientes nos departamentos mais íntimos do espírito humano —, sem ocultar o assombro de que se fazia possuir.

A forma jovial, até há pouco na moça perseguida em espírito, assumiu expressões angustiantes, e, como se fora despertada nos centros das mais íntimas e doridas recordações, explodiu:

— Oh, Deus Misericordioso, tende piedade de mim! Porque tanto sofro, meu Pai? Piedade, piedade!

Exteriorizou um olhar de inesquecível sofrimento, e, fitando-nos, inquiriu:

— Quem sois, demônios que me perseguis implacáveis, ou anjos que vindes salvar-me? Piedade, piedade! Não suporto mais sofrer. Teofrastus, meu amigo, porque nos separou tão cruelmente a morte? Onde te encontras, que me olvidaste? Apressei a volta ao mundo dos mortos, faz tanto tempo, para buscar-te, e porque morri não te encontro nunca...

O tom de lamento e auto-recriminação feria-nos a sensibilidade.

O irmão Saturnino, sempre ativo, concitou-nos àprece intercessória, em muda atitude de compaixão.

Lentamente as densas sombras do pequeno reduto começaram a diluir-se como se vagarosa e suave madrugada tingisse de luz as trevas que as mentes desarvoradas ali reuniram com o passar do tempo...

O Instrutor, utilizando-se da consternação geral e da súbita anestesia psíquica de que foi possuído o doutor Teofrastus, envolveu a Entidade sofrida em fluídos balsâmicos e abraçou-a, afetuoso, qual genitor compadecido, em atitude santa de assistência.

Embora Henriette-Marie desejasse libertar-se do amplexo envolvente, para correr desvairada, a força do amor terminou por vencer-lhe as resistências e, aspirando as energias que agora saturavam o ambiente, aquietou-se, com o olhar denotando ainda as desencontradas emoções interiores em torvelinho de paixões.

Foi a vez, então, do Dr. Teofrastus. Vencendo a custo o estupor que o imobilizava, blasfemo e irado, pôs-se a ameaçar:

— Aquieta-te, amada! Vingar-nos-emos demorada-mente. Minha clava de ódio cairá sobre aqueles que ainda são os responsáveis pela nossa desdita. Tenho ligações com os vingadores ínfernais, e encontraremos meios de atingir todos aqueles que nos desgraçaram irremissívelmente. Libertar-te-ei do fardo do corpo odiado, para que venhas reinar nos meus domínios, ao meu lado. Os séculos de soledade e ódio que me queimaram incessantemente serão, agora, saciados, no ácido da vingança, e acompanharemos os nossos algozes se diluírem até a destruição da forma, submetidos ao meu implacável “ajustar de contas”.

Iniciaremos já com esse infame que aqui te ultraja e consome. Levá-lo-ei para o meu reduto e o punirei, seviciando-o até que ele retorne ao estado de besta inconsciente...

O Instrutor, confiante, interditou a palavra do Mago em perturbação, esclarecendo, calmo:

— Aqui vimos em missão de misericórdia e amor. Fostes convidado a ajudar. O auxílio que necessita da impiedade é azorrague de loucura. A defesa que acusa faz-se crueldade. Só o perdão irrestrito e total consegue a suprema coroa da paz. Quem somos nós para falar em desforço? Estamos todos sob Leis rigorosas das quais não podemos fugir. O ódio ateia a centelha de destruição que somente cessa ante o amor vitorioso e forte. Não acreditemos encontrar-nos nas mãos da desventura, saindo de uma justa de horror para outro duelo de crime, nascendo e renascendo em roda de vidas inferiores, sufocados pelos miasmas do desespero e da criminalidade.

Não há porque deixar que a loucura possua a razão e a esmague, e que o sentimento seja dominado pelas sensações da fera que ainda jas em todos nós, aguardando o momento de revelar-se implacável.

— Mas eu sou o Dr. Teofrastus — interrompeu, impetuoso e lúrido pela cólera, esbravejando tonitroante.

— Sim, sois o irmão que agora experimenta a dor, a mesma que vos comprazíeis em infligir — redargüiu o Mentor. — Este é um dos momentos em que o denominado “choque de retorno” realiza o seu mister. Não ignorais, através do conhecimento das «leis de força», na Física, que a resistência está na razão direta do movimento produzido pelo impulso dado ao objeto arremessado. Toda ação, por isso mesmo, produz reações que se sucedem e avançam, chocando-se com os ditames da Sabedoria Divina e logo retornando na direção de quem as imprime. A violência, portanto, somente consegue destruição, e como nada se aniquila, a colheita do ódio é sempre ácido e chuva de amargura.

— Não, eu não suporto vê-la nesse estado — interferiu, congestionado. — Não terei direito a essa mulher que a vida me negou desde os primeiros momentos? Eu que comando inúmeras mentes, a um simples gesto, meus servidores que se encontram aí fora dispõem de meios de atrair verdadeira legião de quem me deseje servir, e provocaremos um pandemônio, dominando-vos e a esses, arrebatando essa a quem desejo, a fim de que permaneça comigo... Sei utilizar-me dos recursos que produzem a rutura dos vínculos que atam o espírito ao corpo. Nesse sentido, os meus conhecimentos ultrapassam os Seus.

— Não duvido — retrucou, sereno, o Benfeitor Espiritual. — Todavia, considero a desnecessidade da violência, quando possuimos recursos outros de paz, que o Senhor Jesus nos oferece e que agora podemos aplicar seguramente.

— Não me volte a falar nesse Crucificado — arremeteu com sarcasmo evidente.

— Nem sequer se salvou a si mesmo; no entanto, deixou um rastro de sangue e padecimentos por onde passou a lembrança odienta da sua Cruz...

— Enganais-vos! — impugnou o Mensageiro. — O vosso sofrimento na fogueira foi injusto só aparentemente. Bem sabeis que a vossa vida não se originou ali. Caminhante da eternidade, quantas existências ficaram sepultas nas cinzas do passado? É bem verdade que não justificamos a sanha criminosa, que durante a Idade Média tomou conta da História. No entanto, ainda hoje, que fazeis? Como estão as vossas mãos? Falais em justiça e clamais, desarvorado. Que direito tendes de a executar? Não foi esse o erro dos inquisidores do passado, em cuja trama caístes? Sofrestes, sim, nefanda atrocidade, mas não indébito justiciamento. Se fosseis humilde e se acolhêsseis o amor, ter-vos-ia libertado e hoje seríeis livre. No entanto, convertestes a oportunidade em fardo de horror e, enlouquecido, acreditastes no poder da força, sempre transitória, porque somente perene é a força do amor, que ainda desdenhais. O próprio Mestre, mesmo perseguido e condenado, lecionou perdão ao invés de revide, compaixão diante do ofensor, misericórdia em relação ao revel e caridade em toda circunstância... E ofereceu-se a si mesmo, Ele que é o Excelso Rei Solar, diretor dos nossos destinos. Reconhecei a própria fraqueza e parai a escutar, quanto ignorais. Ainda não ouvistes Henriette-Marie...

Os conceitos felizes e oportunos do irmão Glaucus e a hábil maneira com a qual desviara o tema para os problemas da sofredora, produziram o efeito desejado sobre o aturdido vingador.

— Conta-nos — apressou-se, quase súplice —, conta-nos o que te ocorreu. Procurei-te tanto, quando as labaredas deixaram de crestar-me as carnes atadas ao lenho na praça do Mercado Velho, em Ruão. O ódio que me consumia não me permitiu, porém, a serenidade de localizar-te. Fui atraído por companheiros da minha desgraça e ingressei nas hostes dos justiçadores.

Henriette-Marie que fazia compreensível esforço para acompanhar todos os lances dos cometimentos que aconteciam naquele instante, rebuscando os refolhos da mente, com voz entrecortada e ofegante, inquiriu:

— Oh, tu és, então, o amor que me roubaram, roubando-me depois a mim mesma? Vê o que foi feito de mim! Contempla-me! É infelizmente impossível recomeçar. Perdi-me na voragem de suicídio que ainda me faz contorcer as entranhas, sem oportunidade de reparar o gesto, jamais. Estou condenada ao Inferno.

— Mas não há Inferno — retrucou o interlocutor.

— Os demônios somos nós e um dos muitos infernos existentes, governo-o eu. Asserena-te e prossegue!

A infeliz entidade, emocionada e dorida, continuou:

— Tenho rogado a Deus, mesmo no corpo, que me conceda a dita da paz, e ignorava, nos momentos em que me encontro reclusa nessas carnes, que a minha paz adviria de encontrar-te e voltar a sentir-te ao meu lado. Ajuda-me, se me amas, a sair do labirinto tormentoso em que tenho vivido. Só o teu amor me dará lenitivo: socorre-me Teo! Ignoras quanto tenho chorado. Minhas lágrimas se transformaram em aço derretido que me escorre dos olhos dilacerados, ferindo sem cessar a face...

Ouvindo-a, o Dr. Teofrastus achegou-se e, de joelhos, vencido por emoção desesperadora, ferido como animal acuado, acudiu:

Que não farei por ti, eu, que, desde que te perdi, me converti em chama crepitante que não se consome na voragem da própria desesperação! Aqui estou. Não sofras mais: tem paciência!

QUESTÕES PARA ESTUDO

 

1 – O grupo de desencarnados deslocam-se em busca de Henriette, encontrando-a em um leprosário. Hoje, estas instituições foram abolidas, primeiro como consequência da cura da doença e segundo porque afrontam os princípios legais de dignidade da pessoa humana. Segundo o ensino do benfeitor Glaucus, quem eram os pacientes naquele lazareto?

 

2 – Segundo o benfeitor Glaucus, apenas o sofrimento propriamente dito não é condição para o progresso da criatura. Que é então o bem sofrer e o mal sofrer?

 

3 – Conforme temos estudado, o conceito de justiça para Dr. Teofrastus era limitado, pois sua visão apenas enxergava o momentâneo: daí sua revolta perante a condição de Henriette e sobre o que lhe aconteceu na Inquisição. O que o Espiritismo nos ensina sobre Justiça e que podemos utilizar para compreender estas duas situações?

 
Bom estudo a todos!!
Equipe Manoel Philomeno

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domingo, 25 de dezembro de 2016

Bar 'serve' livros a seus clientes

Bar 'serve' livros a seus clientes


Antes dos petiscos e das bebidas chegarem à mesa, clientes podem ler acervo do Seu Ari
por Redação
Com informações do Curiosamente.

Dono do Bar do Ari, localizado em frente a Estação Werneck do metrô, no Jardim São Paulo, o bancário aposentado Ari Carlos Carvalho desenvolveu uma técnica contagiante para driblar o tempo ocioso no trabalho: a leitura.

Há seis anos, pouco após inaugurar seu estabelecimento, Seu Ari começou a levar livros para ler enquanto o movimento de clientes era fraco. O que o aposentado não imaginaria era que a inovação iria cair no gosto dos clientes.

O interesse foi tanto que agora é impossível não sentar nas mesas e começar a folhear qualquer publicação enquanto se espera uma refeição ou entre um gole e outro de cerveja. A clientela mais fiel, inclusive, começou a pedir por mais livros e assim foi feito.

Segundo o CuriosaMente, hoje, Seu Ari afirma ter mais de mil livros, a maior parte em casa e a outra parte no estabelecimento, onde cada abertura das paredes possui dezenas de livros que se espremem e dividem espaço, fazendo o local se converter em um híbrido de bar e minibiblioteca.

Notícia publicada no Portal Catraca Livre, em 18 de abril de 2016.


Glória Alves* comenta

Bar do Ari, em Recife, híbrido de bar e minibiblioteca. Ideia interessante e que tem dado o que falar, está se espalhando pelo Brasil, como o bar-livraria Books & Beers, em Florianópolis servindo bebidas, comidas e livros, e até uma editora tipo bar, em São Paulo. Muito deles, sem Internet, pois não disponibiliza wi-fi, oferecem tranquilidade e calmaria, preza pela comunicação cara a cara. Os clientes de uma cafeteria em Goiânia podem escolher vários ambientes para suas leituras, como varanda, debaixo das sombras das árvores ou em área interna climatizada.

Bar, café e livraria se encontram em um ambiente descontraído e alternativo que recebe manifestações artísticas, literárias e musicais. Fazem parte da programação da casa, saraus, debates, pocket shows, palco aberto e outros momentos de poesia e música. O espaço é ideal para ler e curtir com os amigos.

Unir gastronomia e literatura, escolher um prato e ao mesmo tempo degustar obras literárias, revistas, jornais, entre outros... Muito bom!

Eu, particularmente, gosto muito de ler; aproveito principalmente as viagens diárias de metrô ou de ônibus para colocar em dia minhas leituras preferidas. Aliás, não faz muito tempo, via as pessoas no metrô lendo, desde o jornal até os livros; hoje você vê muitas pessoas com o celular na mão, uns jogando, alguns ouvindo música, outros nas redes sociais... Um dia desses observei uma jovem que seguia em pé, metrô lotado, como quase sempre, mas estava ela com seu celular nas mãos, e como estava muito próxima a mim, não tive como não reparar o que ela estava lendo no celular, era um texto... pensei, deve estar estudando.

Contudo, é na escola que aprendemos a apreciar os livros, e o ensino da leitura e da escrita devem acontecer de forma interdisciplinar, de forma a desenvolver na criança o hábito saudável de ler. Através dos livros podemos viajar para todos os lugares do mundo sem sair de casa, podemos até sonhar. “Na verdade, pela leitura, temos acesso a novas ideias, novas concepções, novos dados, novas perspectivas, novas e diferentes informações acerca do mundo, das pessoas, da história dos homens, da intervenção dos grupos sobre o mundo, sobre o planeta, sobre o universo.”(1)

Hoje a gente verifica como as tecnologias modernas fizeram com que as pessoas deixassem os livros de lado; os jovens são os que mais se mostram desinteressados por este meio de crescimento pessoal; seus vocabulários estão cada vez mais pobres, criou-se até um outro modo de escrever as palavras, muitas delas escritas de forma abreviada, desde o obsoleto Messenger até o ainda famoso WhatsApp. Já alguns textos na Internet são geralmente curtos porque o leitor não tem a paciência de ler textos longos.

A leitura deve ser prazerosa, gratificante, não imposta, como diz o escritor francês Daniel Pennac: “O verbo ler não suporta o imperativo.”(2) Lembro-me da minha época de criança na escola; tinha que ler vários livros que a professora escolhia e depois fazer uma prova sobre a compreensão do texto, mas os temas de alguns deles não me agradavam, mas tinha que ler.

A gratuidade em relação à leitura precisa ser retomada em sala de aula. “Uma só condição para se reconciliar com a leitura: não pedir nada em troca.”(3) Cabe, então, ao professor saber trabalhar essa ferramenta, ao invés de cobrar o entendimento do texto aliado a uma nota, ler com seus alunos, fazer do ambiente um lugar prazeroso; a sala de leitura deve ser arrumada de modo que todos possam se ver e participar, o professor deve compartilhar do momento, auxiliar no desenvolvimento cognitivo, estimulando a criança e o jovem à leitura de diversos gêneros, ampliando o seu campo de conhecimentos, de visão do mundo, do outro e de si próprio.

E muitas coisas que aprendemos na escola são esquecidas com o tempo, pois não as praticamos, como a Língua Portuguesa, por exemplo; quantos assuntos dessa disciplina ficaram no esquecimento, porém é através da leitura rotineira que tais conhecimentos se fixam de forma a não serem esquecidos posteriormente. As dúvidas que temos ao escrever poderiam ser sanadas pelo hábito da leitura.

O desinteresse pela leitura, aliado ao computador e ao celular, são fatores que causam a falta de preocupação do jovem em ler um livro, um jornal ou uma revista, porque na verdade consegue ficar informado de uma maneira muito mais rápida e prática através destes modernos meios de comunicação. "O jovem sabe de tudo o que acontece, mas não aprofunda o conhecimento dos fatos", destaca a psicóloga Dora Sampaio Góes, do Programa de Dependência da Internet do Ambulatório Integrado dos Transtornos do Impulso (Amiti), da USP.

Naturalmente que não podemos ficar à margem do progresso tecnológico; hoje com o uso das mídias digitais e da web, pelas crianças e jovens, faz-se necessário uma adequação do ensino brasileiro, buscando introduzir essas mesmas mídias no cotidiano da escola de maneira equilibrada, aliando a esse arsenal os livros.

Milhares de informações nos chegam diariamente através da Internet, as pessoas adquirem conhecimentos diversos sobre variados assuntos e temas. Se as mídias digitais e as webs possibilitam a comunicação e diminuem as distâncias entre as pessoas, mesmo estando em outra localidade, o livro é a ponte que liga o ser global às diversas formas de cultura e diminui a distância entre povos, línguas diferentes e facilita o inter-relacionamento das pessoas nos diversos países. Como disse o grande escritor Monteiro Lobato, “um país se faz com homens e livros”.

E o espírita tem o dever, obrigação moral, em primeiro lugar para consigo mesmo, de estudar, de buscar nos livros da Doutrina tudo aquilo que necessita para seu crescimento e progresso moral. Allan Kardec e a plêiade de Espíritos Superiores, comandada pelo Espírito de Verdade, através de “O Livro dos Espíritos”, inaugura na Terra uma Nova Era da Humanidade.

“Base de sustentação da Doutrina Espírita, desdobra-se em outros que são fundamentais para a compreensão do ser, do destino, da dor, dos objetivos essenciais, quais sejam: O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese em incomparável harmonia entre a ciência, a filosofia e a religião, unindo a razão ao sentimento, a ética à moral, o pensamento à emoção, como ninguém dantes o conseguira.”(4)

“Espíritas! Amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo.”(5)


Referências bibliográficas:

(1) “Língua, Texto e Ensino: outra escola possível” - Irandé Antunes - Estratégias de ensino;

(2) “Como um Romance” - Daniel Pennac (1998);

(3) Idem (2);

(4) “Exaltação ao Livro Espírita” - Espírito Viana de Carvalho, página psicografada por Divaldo P. Franco;

(5) “O Evangelho segundo o Espiritismo”, Allan Kardec, Cap. VI - O Cristo Consolador, item 5, O Espírito de Verdade.

* Glória Alves nasceu em 1º de agosto de 1956, na cidade do Rio de Janeiro. Bacharel e licenciada em Física. É espírita e trabalhadora do Grupo Espírita Auta de Souza (GEAS). Colaboradora do Espiritismo.net no Serviço de Atendimento Fraterno off-line e estudos das Obras de André Luiz, no Paltalk.

sábado, 24 de dezembro de 2016

Mensagem de Natal - O Brilho do Natal


O Brilho do Natal

 

Brilha, de novo, o Natal de Jesus no mundo!

A manjedoura, a estrela, os pastores felizes.

Chega o Mestre trazendo novas diretrizes,

Enaltecendo o bem, o trabalho e o amor,

Ensina, cura e canta o subido valor

Do sal que à Terra empresta sabor profundo.

 

Brilha um novo Natal com seus novos matizes,

E a busca de Jesus pelo agasalho humano

Incansável prossegue, ainda que seja um pano

Como a mais sincera oferta dos corações.

Busca alcançar as almas, famílias, nações,

Onde a ventura possa, então, deitar raízes.

 

Brilha agora o Natal com pujante vigor,

Esparzindo esperanças na vida da gente,

Quando claudica a fé e a dor é renitente.

Convoca-nos, Jesus, à coragem sem jaça,

A mostrar que na Terra toda angústia passa

Para quem forja a fé nos empenhos do amor.

 

É que, esplêndido, o Natal brilha ano após ano,

Como sempre inspirando-nos benevolência,

Ao mesmo tempo a lhaneza e a doce paciência,

Para que junto ao lar ou no trabalho diário,

Noss'alma seja qual precioso relicário

Das blandícias do Céu em prol do ser humano.

 

Brilha o Natal, cada vez mais aconchegante,

A nos propor novos caminhos de prudência

Ante as mais graves decisões e, sem violência,

Tudo possamos resolver na luz do bem,

Seguindo assim, sem guardar mágoa de ninguém,

Bem junto à vibração de Jesus abençoante.

 

Brilha o Natal no imo da mais tosca choupana,

Como brilha no paço mais rico do mundo,

Para ensinar-nos, em verdade, que, no fundo,

Tem pouca importância a riqueza exterior,

Quando seguimos vinculados ao Senhor,

Cuja aura sublime todo o planeta irmana.

 

Ave, Senhor, ante o Teu berço recordado!

Ante Tua saga proclamada como um marco,

Diante do poderio humano, ingênuo e parco,

Que não resiste do tempo à força e à voragem.

Que o Teu augusto coração dê-nos coragem

De viver Teu Natal de íntimo renovado.

 

Brilha, de novo, o Natal de Jesus no mundo!

A manjedoura, a estrela e novas esperanças

De que aqui se implemente as sonhadas mudanças.

A Terra roga a Deus equilíbrio, equidade,

P'ra viver sob a luz do amor e da verdade,

Cada dia, com Cristo, o Natal mais fecundo.

 

Raul Teixeira. Pelo Espírito Ivan de Albuquerque.

Mensagem psicografada pelo médium Raul Teixeira, em 22.9.2004,

na Sociedade Espírita Fraternidade, Niterói-RJ.