sábado, 11 de junho de 2016

E, aí! Já leu?

Viver é a melhor opção

       
Este livro foi escrito com uma única convicção: as informações reunidas nele podem salvar vidas. Não se enquadra, porém, na categoria “autoajuda”. Pelo contrário, mostra o que podemos fazer pelos outros, ou seja, pelas pessoas que estão ao nosso redor, atravessando uma etapa tão difícil da existência a ponto de, em momentos de extrema fragilidade, terem a pretensão de sumir, desaparecer.
O suicídio atinge gente de todas as idades, credos, nível de renda ou escolaridade. A boa notícia é que ele é prevenível em 90% dos casos. Mas para que se reduzam as estatísticas de autoextermínio (mais de oitocentos mil casos por ano no mundo) é preciso informação, planejamento e, acima de tudo, a coragem de se retirar o véu que há séculos encobre esse tema.
O autor, André Trigueiro, é jornalista, professor e criador do curso de Jornalismo Ambiental da PUC-Rio. É repórter da TV Globo, editor-chefe do programa Cidades e Soluções, da Globo News e comentarista da rádio CBN.
Sua pesquisa a respeito do suicídio data de 1999, envolvendo o fenômeno em si e as diferentes estratégias de prevenção. Segundo o próprio autor, foi instigado a buscar informações sobre esse problema por uma comunicação recebida através de uma médium, do Espírito Marcelo Ribeiro, que chegou a ter algumas de suas mensagens publicadas por Divaldo Pereira Franco e que, no mundo espiritual, participa ativamente de um grupo de socorro a suicidas.
O livro é a culminância  de um trabalho que envolveu palestras em centros espíritas, artigos para jornais e revistas, abordagem sobre o tema em rádio e TV.
Lançado pela Editora Espírita Correio Fraterno, de São Bernardo do Campo, SP, o livro teve a totalidade dos direitos autorais destinados ao Centro de Valorização da Vida (www.cvv.org.br), associação filantrópica sem vinculações políticas ou religiosas que, desde 1962, realiza um serviço voluntário, gratuito, vinte e quatro horas por dia, de apoio emocional e prevenção do suicídio.
Na primeira parte, o jornalista compartilha dados, estatísticas e conhecimentos científicos que emergem da Academia e dos trabalhos de campo na área da suicidologia.
Na segunda parte, André seleciona um precioso estoque de informações que têm origem na doutrina dos espíritos, que ele segue e estuda há trinta anos, ampliando os horizontes de investigação para a melhor compreensão de quem somos, de onde viemos, para onde vamos, as razões da dor e do sofrimento, e porque o suicídio não representa em nenhuma hipótese alívio ou libertação.
Em entrevista a Eliana Haddad, do Jornal Correio Fraterno do ABC, edição de maio/junho 2015, André Trigueiro alerta: O espiritismo oferece um precioso estoque de informações que não deixa dúvidas sobre o equívoco do ato suicida. É preciso deixar isso bem claro sempre.
Pelo menos uma vez por ano, recomenda-se que a prevenção do suicídio seja tema de pelo menos um seminário ou palestra pública na instituição. A casa espírita tem a função-escola, de promoção do estudo e da instrução de quem se interessa pela doutrina.
Embora no livro, o autor mostre a visão espírita do assunto, diz ele: Todas as grandes religiões e tradições espiritualistas do Ocidente e do Oriente se manifestam claramente contra o suicídio.
Há o entendimento de que o autoextermínio afronta as leis de Deus e que não temos o direito de violentar abruptamente as condições que determinam a existência física.
O espiritismo, entretanto, vai além. Há uma profusão de informações, dados e relatos que reportam a realidade do suicida no plano espiritual – porque em nenhuma hipótese o autoextermínio propicia alívio ou solução para os problemas, muito pelo contrário, os impactos desse ato violento sobre as encarnações futuras, o sentido da dor e do sofrimento, e, principalmente, a confiança em Deus e na Providência Divina.
Com a primeira impressão esgotada, o livro recebeu o reconhecimento de suicidólogos, psicólogos, psiquiatras, que destacam o talento do jornalista para escrever sobre tão delicado tema.
O livro merece ser lido pela comunidade espírita com atenção. Ele traz novas questões e abordagens ao que já conhecemos e lemos a respeito na literatura espírita.
O psicólogo e doutor em administração Jader Sampaio sugere que o livro seja estudado e discutido pelas equipes de atendimento fraterno ou acolhimento da Casa Espírita, considerando o número de pessoas com pensamentos ou tendências suicidas, que a procuram diariamente.
São cento e noventa páginas de um texto suave, informativo e reflexivo. Um grande alerta, ao apresentar o Brasil ocupando o oitavo lugar no ranking mundial com onze mil, oitocentos e vinte e um óbitos por suicídio/ano, o que dá uma média de trinta e dois casos por dia.
A obra revela, enfim, o quanto é necessário abrir espaço para se falar sobre o assunto, sempre aludindo à prevenção.
 
(Fonte: Jornal Mundo Espírita-FEP)

Reflexão...


sexta-feira, 10 de junho de 2016

Artigo: Conflitos existenciais

Conflitos existenciais

Por Alessandro Viana Vieira de Paula 
          
O livro Conflitos Existenciais, ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis, através da mediunidade de Divaldo Pereira Franco, tem um conteúdo magnífico, abordando os vinte conflitos mais comuns na vida da criatura humana e a forma de nos libertamos deles, constituindo-se em excelente leitura, inclusive para os espíritas que trabalham no atendimento fraterno.
Destaco um ponto relevante da introdução dessa obra. A benfeitora Joanna de Ângelis afirma que está homenageando os 140 anos do livro O Céu e o Inferno, de Allan Kardec. Lembro que a introdução foi psicografada em 24 de junho de 2005.
O motivo da homenagem se deu porque quando um ou mais conflitos existenciais estão instalados em nossas vidas e não são devidamente enfrentados e superados, certamente causam um inferno interior em nós, ou seja, um estado de sofrimento que nos afeta negativamente.
O indivíduo portador de depressão, inveja, pessimismo, mau humor, vazio existencial, insegurança emocional, ansiedade crônica, etc., vive um estado de infelicidade quando está sob os efeitos desses conflitos (um deles ou mais).
O sofrimento nos destrói ou nos reconstrói, dependendo da nossa forma de agir, e não podemos duvidar que o conflito existencial gera sofrimento, um inferno interior em nossas vidas, mormente quando estamos vivenciando seus efeitos desagradáveis.
Há uma pesquisa realizada no Brasil, informando que, no ano de 2012, foram vendidas quarenta e dois milhões de caixas de remédios que tratam da depressão, do transtorno de humor e que diminuem a ansiedade e as tensões (ansiolíticos), movimentando 1,85 bilhão de reais.
Essas estatísticas podem ser avaliadas sob duas perspectivas. A primeira revela a misericórdia divina, que permite o avanço da farmacologia, melhorando a qualidade de vida e nos permitindo enfrentar os dramas existenciais com a ajuda dos medicamentos, porque, em muitos casos, há necessidade do reequilíbrio orgânico.
A segunda forma de analisar demonstra a nossa carência moral, haja vista que não estamos lidando equilibradamente com os desafios existenciais, que, em vez de conflitos dolorosos, deveriam nos trazer aprendizado e mecanismos de evolução, à medida que fomentam a busca de virtudes diante de uma situação desagradável.
Jesus nos advertiu de que no mundo teríamos aflições (João, 16:33), de tal sorte que as situações difíceis, sobretudo nas relações humanas, devem gerar reflexão e crescimento interior, que edificam o céu interior no indivíduo, uma vez que céu e inferno são estados da alma, no corpo ou fora dele, e não locais geográficos.
Outro ponto relevante diz respeito à cultura de permissividade que vige no mundo, pois, muitas pessoas que são portadoras de conflitos existenciais, preferem viver às custas de medicamentos, sem se preocuparem com a erradicação da causa, que estão nelas mesmas, acusando a Deus, a sociedade e ao próximo como responsáveis pela sua infelicidade.
Por essa razão, o Espírito Joanna de Ângelis inicia o livro com as fugas psicológicas  (capítulo I), porque se não identificarmos os conflitos e as reais causas, dificilmente converteremos o inferno íntimo em estado de saúde, felicidade e paz interior.
Anote-se que o Espiritismo nos ensina que a vida prossegue além do túmulo, portanto, todos os conflitos existenciais não superados prosseguirão na vida espiritual.
Dessa forma, é extremamente prejudicial à evolução, arrastar nossas vidas à custa de remédios antidepressivos, ansiolíticos e estabilizadores de humor, sem nos preocuparmos com a erradicação da causa. Por esse motivo, Santo Agostinho, na questão 919, de O livro dos Espíritos, nos incentiva ao autoconhecimento.
Convém repetir que não estamos contra o uso dos remédios, mas não somos favoráveis a escorar nossas vidas nos medicamentos, sem qualquer mecanismo de aprendizado e crescimento moral, até porque os conflitos existenciais revelam a nossa escassez de recursos morais para enfrentar, de forma equilibrada e saudável, os desafios da vida.
Quantos Espíritos despertam no mundo espiritual ainda portadores de depressão, culpa, fobias, ansiedade, vazio existencial, ódio, vícios, portanto, em sofrimento e num estado de inferno mental, porque, quando estavam na Terra,  viviam nesse estado e não se preocuparam em libertar-se do conflito. Muitos viveram apenas impulsionados pelos medicamentos e, provavelmente, sofrendo os efeitos da obsessão, porque os Espíritos inferiores potencializam os conflitos existenciais, tornando a cura mais difícil, mas não impossível.
Em razão desses apontamentos é que o Espiritismo recomenda, diante dos conflitos existenciais, o tratamento médico e espiritual. Tomar, sim, os medicamentos prescritos e buscar os profissionais da mente (psicólogos e psiquiatras), mas também cuidar da alma, ter um vínculo religioso sério, orar, praticar a caridade e esmerar-se no autoconhecimento, procurando superar os limites morais através da conquista de virtudes.
O Espiritismo ainda nos oferta as palestras e os grupos de estudo, o atendimento fraterno e os passes, a água fluidificada e o evangelho no lar, que nos fortalecerão para o bom combate, a luta interior, conforme a orientação segura de Paulo de Tarso (II Timóteo: 4).
Busquemos, também, o médico Jesus que nos disse: Vinde a mim vós que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei (Mateus 11:28),  e a farmácia do Evangelho, onde encontraremos as medicações para a alma, tais como, a gratidão, a paciência, a fé, a humildade, o perdão, a compaixão, que nos auxiliarão a converter os conflitos em aprimoramento dos sentimentos, infelicidade em alegria de viver, e inferno íntimo em céu interior, não nos esquecendo de que o Reino de Deus está dentro de nós (Lucas 17:20-21), de forma que temos um potencial divino a ser despertado, a nos conduzir à perfeição relativa.
 
(fonte: jornal Mundo Espírita _FEP

Você sabia?!

VOCÊ SABIA...
   O NECESSÁRIO  É ÚTIL.  
O SUPÉRFLUO NUNCA  O  É”
(O Livro dos Espíritos - questão 704) 

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Encontro Espírita em Minas Gerais - Poços de Caldas: 24 a 26 de junho de 2016

Encontro Espírita em Minas Gerais

De 24 a 26 de junho de 2016 será realizado no Complexo Cultural da Urca, em Poços de Caldas, o 2º Encontro Espírita de Inverno.
O tema central é "O que é o Espiritismo? Que tenham olhos para ver e ouvidos para ouvir". Na programação, abertura musical com o Coral Criança Feliz, momentos artísticos, pintura mediúnica, palestras e seminários com Cosme Massi, Alberto Almeida, Margareth Áquila, entre outros.
O Complexo Cultural da Urca fica na Praça Getúlio Vargas, s/nº - Centro, Poços de Caldas/MG. Mais informações em www.uniaofraternalraulcury.com ou pelo telefone (35) 3697-2391.

1o Fórum Regional de São Paulo - São Paulo/SP


Fórum Espírita em SP

Será realizado no dia 18 de junho de 2016, de 9h30 às 17h na sede da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo, o 1º Fórum Regional de São Paulo.

O tema central é "Coerência Doutrinária: Fé Raciocinada em Ação". Na programação, painéis ministrados por Alexandre Fontes da Fonseca, Ademir Xavier Junior e Heloísa Pires.

A sede da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo fica na Rua Dr. Gabriel Piza, 433 - Santana, São Paulo/SP. Mais informações podem ser obtidas em www.useregionalsp.org.br/forum.

13 Encontro Espírita em Jacareí -SP - 10 a 12 de junho 2016

Encontro Espírita em São Paulo

Acontecerá de 10 a 12 de junho de 2016 no Centro Espírita Paula Ortiz o 13º Encontro de Espiritismo em Jacareí.

Na vasta programação, feira de livros, sorteio de brindes, palestras e seminários com Décio Iandoli Jr., Allan Vilches, Nazareno Feitosa, Luciana Galvão, Nazareno Feitosa, entre outros. A entrada é franca.

O Centro Espírita Paula Ortiz fica na Rua Olímpio Catão, 179 – Centro, Jacareí/São Paulo. Mais informações podem ser obtidas através do telefone (12) 99123-1277.

Eventos espíritas em São Paulo - 11 e 12 de junho de 2016

Eventos espíritas em São Paulo

Nos dias 11 e 12 de junho de 2016 serão realizados na Academia da Força Aérea (AFA) o 5º Encontro Espírita da AFA e Grupo Espírita Irmão Gabriel e a 18ª Seara Espírita de Araras.

O tema central é “Família e a nova Terra: amor como sustentáculo”. Na programação, palestras de André Peixinho, Antonio Cesar Perri, Emanuel Cristiano, Margarete Áquila, Agnaldo Paviani, entre outros.

A Academia da Força Aérea fica na Rodovia SP – 225 (Estrada de Aguaí), km 39 – Pirassununga/SP. Mais informações em www.encontroespiritaafa.com.br ou pelo telefone (19) 99937-7894.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Britânica é suspensa do trabalho por se recusar a usar salto alto e gera debate sobre sexismo

Britânica é suspensa do trabalho por se recusar a usar salto alto e gera debate sobre sexismo


Uma recepcionista de Londres foi suspensa do trabalho depois de se recusar a usar saltos altos, levantando debates sobre sexismo.

Nicola Thorp, de 27 anos, foi contratada em regime temporário na empresa PwC, e seus empregadores disseram que ela teria de usar sapatos com salto de "5 a 10 centímetros" de altura.

Quando ela se recusou a usar salto e reclamou que os funcionários masculinos não tinham obrigações equivalentes, foi mandada de volta para casa sem pagamento.

"Disse a eles que consideraria (a exigência) justa se me explicassem por que usar sapatos sem salto prejudicaria a realização do meu trabalho, mas eles não me explicaram", disse Thorp à BBC.

"Eles queriam que eu fizesse um turno de nove horas de pé levando clientes para salas de reuniões. Respondi que simplesmente não conseguiria fazer isso de salto alto."

Quando a britânica perguntou se a empresa esperava que algum homem fizesse o mesmo trabalho de saltos, disse que ouviu risadas.

Thorp afirmou também que entende o "direito (da empresa) de ter um código de vestimenta formal", mas opinou que eles "devem refletir a sociedade, e hoje as mulheres podem ser elegantes e formais e usar sapatos sem salto. Além do fator debilitante, é uma questão de sexismo. Acho que as empresas não deveriam obrigar suas funcionárias a isso".

A Portico, empresa terceirizada que contratou Thorp, disse que ela assinou contrato aceitando as normas, mas de qualquer forma prometeu revisá-las.

Já a PwC afirmou que não tem como política recomendar trajes a funcionários.

Escolha X Exigência

O incidente ocorreu em dezembro de 2015. Nicola Thorp comentou o que aconteceu com os amigos e, depois de fazer um post no Facebook, percebeu que outras mulheres já tinham passado pela mesma situação.

"Eu estava um pouco assustada quanto a falar a respeito, (temendo) alguma reação negativa. Mas percebi que precisava dar uma voz ao que me aconteceu", afirmou.

Nesta semana, Thorp iniciou um abaixo-assinado pedindo mudanças na lei britânica, que dá aos empregadores o direito de demitir funcionários que não acatem códigos de vestuário "razoáveis". Até agora, ela conseguiu cerca de 20 mil assinaturas. Se o abaixo-assinado receber cem mil assinaturas, há uma chance de os parlamentares discutirem a questão.

Um código de vestimenta que exige saltos altos "cheira a sexismo", na opinião de Frances O'Grady, secretária-geral da União de Sindicatos da Grã-Bretanha, TUC.

"Saltos altos devem ser uma escolha, não uma exigência", acrescentou.

Processo?

O incidente com Nicola Thorp levantou questões: uma funcionária obrigada a usar salto alto no trabalho poderia processar a empresa?

"Se eles criaram a norma por achar que os saltos fazem a mulher parecer mais sensual, então há um caso (judicial), porque ser sensual não é uma exigência da função", afirmou Lawrence Davis, diretor do escritório de advocacia britânico Equal Justice Limited.

E há ainda um debate em torno do bem-estar dos funcionários.

"Para a saúde dos pés, saltos altos são um desastre", disse Tony Redmond, especialista em biomecânica da Universidade de Leeds. "As articulações do pé podem ficar danificadas pelo uso de saltos altos e isso pode causar algumas formas de artrite."

Redmond também alertou que o uso regular de saltos altos também pode aumentar o desgaste na área da articulação dos joelhos, o que eleva o risco de a pessoa desenvolver osteoartrite. Também aumenta o risco de problemas nas vértebras para pessoas com problemas na região lombar.

A organização britânica College of Podiatry, especializada em podologia, também afirma que as empresas não devem obrigar mulheres a usar saltos altos pois eles podem causar joanetes e problemas na coluna, tornozelos e pernas.

Há precedentes de polêmicas pelo mundo. No Canadá, as fotos dos pés ensanguentados de uma garçonete - que trabalha em período integral usando saltos altos por exigência do empregador - já foram compartilhadas mais de 10 mil vezes no Facebook.

Em 2015, uma empresa aérea israelense, a El Al, estabeleceu que as comissárias de bordo tinham que usar saltos altos até que todos os passageiros estivessem sentados.

'Sapatos inadequados'

Simon Pratt, diretor-geral da empresa Portico, que contratou Nicola Thorp, afirmou que ela se apresentou no trabalho com "sapatos inadequados", mesmo tendo aderido "às regras de aparência" pré-estabelecidas em contrato.

De acordo com Pratt, tais regras são "práticas comuns no setor de serviços", mas a companhia pretende revê-las.

A PwC, empresa onde Thorp trabalharia como recepcionista, afirmou que a discussão se limita às políticas e práticas da Portico.

"A PwC terceiriza os serviços de recepção (...). Soubemos da questão no dia 10 de maio, cerca de cinco meses depois de o problema ter acontecido. A PwC não tem regras de vestuário específicas para funcionários masculinos nem femininos", disse um porta-voz da empresa.

Notícia publicada na BBC Brasil, em 12 de maio de 2016.


Jorge Hessen* comenta

Nicola Thorp, uma britânica de 27 anos, foi contratada em regime temporário na empresa PwC, e seus empregadores disseram que ela teria de usar sapatos com salto de "5 a 10 centímetros" de altura. Durante o período de estágio, Nicola se recusou a usar salto e reclamou que os funcionários masculinos não tinham obrigações equivalentes. Além do fator extenuante, é uma questão de sexismo, afirmou. Resultado: foi demitida. Thorp disse que a empresa deveria refletir melhor a sociedade moderna, pois hoje em dia as mulheres podem ser elegantes e formais e usar sapatos sem salto. Na opinião de Frances O'Grady, secretária-geral da União de Sindicatos da Grã-Bretanha, TUC, um código de vestimenta que exige saltos altos "cheira a sexismo”.(1)

O Sexismo é um neologismo oriundo do termo inglês sexism, que se refere ao conjunto de ações e ideias que privilegiam determinado gênero ou orientação sexual em detrimento de outro gênero (ou orientação sexual). De maneira geral, o termo é usado como exclusão ou rebaixamento do gênero feminino. Trata de uma posição que pode ser praticada tanto por homens quanto por mulheres, portanto, o sexismo está presente intragêneros tanto quanto intergêneros.

Para a Psicologia, o sexismo é um ideário, construído social, cultural e politicamente, em que um gênero ou orientação sexual tenta se sobrepor ao outro. Em relação ao preconceito contra mulheres, diferencia-se do machismo por ser mais consciente e pretensamente racionalizado, ao passo que o machismo é muitas vezes um comportamento de imitação social. O sexismo muitas vezes está ligado à misoginia, que por sua vez, sendo uma palavra que vem da junção de duas palavras gregas, miseó e gyné (ódio e mulher, simultaneamente), se enquadra para designar o desprezo ou ódio pelo gênero feminino e pela feminilidade, ou seja, as características ligadas às mulheres. Está diretamente relacionada à violência contra a mulher, seja de forma física, verbal ou discriminatória, e possui como antônimo a filoginia que é o apreço e admiração pelas mulheres, e pode, em alguns casos, ser considerada como um preconceito benevolente.

É verdade! Há pessoas que promovem atitudes sexistas contra seu próprio gênero. A forma como a cultura age no imaginário coletivo permite que seja possível encontrar mulheres que defendam que "lugar de mulher é na cozinha", ou homens afirmando que "marido que não procura trabalho é vagabundo", assim como há mulheres e homens que se contrapõem a tais ideários, indistintamente. Apesar das discussões políticas, midiáticas e acadêmicas sobre igualdade de gênero travadas nas últimas décadas, muitas ideias sexistas ainda permeiam a cultura brasileira e explicam parte das diferenças sociais, econômicas, ocupacionais e comportamentais entre os gêneros.

Notemos as convenções das seguintes frases: “homem não chora, porém mulher é sentimento”; “homem é livre, porém mulher é dependente”; “homem é provedor, porém mulher é provida”; “homem é cérebro, razão, mas mulher é coração, emoção”; “homem é força, porém mulher é lágrima”; “homem é herói, contudo mulher é mártir”; “homem pensa, todavia mulher sonha”; ou frases mais poéticas como: “homem é oceano, porém mulher é lago”; “homem é águia, e voa, mas mulher é rouxinol, e canta”; “ homem domina o espaço, contudo mulher conquista a alma”, “homem tem consciência, no entanto mulher tem esperança”.

Observemos nas frases acima que a poesia de Vitor Hugo está representada. Alcança-se que há aí profunda associação à masculinidade fincada ao poder, saber e força. E que tudo o que se refere à mulher assinala-se pela fraqueza, subordinação e inferioridade. Aparentemente, contrastes sexistas nesses moldes igualam homem e mulher, mas vistos com olhos críticos eles perpetram o desrespeito às diferenças, cravam a desigualdade entre os sexos e imprimem a injustiça nas relações entre homem e mulher.

A sociedade institui, regulariza e nutre papéis sociais identificados com os sexos e reveste as crianças nesse ideário como numa camisas-de-força. Estas não são abrigadas pelo que elas são, mas pelo que o adulto quer que elas sejam. Daí a prática sexista, desde a infância. Menino marcha com o pai, joga com o professor e associa-se a grupos de meninos. Menina vive com a mãe, brinca com a professora e convive com meninas. Menino é conquistador, menina é chorona. Menino pega peso, menina lava prato. Menino tem carrinho, menina ganha boneca. Bota é para menino, menina usa sandália. Brinco e cabelo comprido são para ela, eles usam cabelo curto e usam armas para brincar. Aí está: chegamos à raiz da violência, monopólio do homem, que vitimiza a ambos.(2)

Se programas de educação não sexista forem implementados na Terra, avançaremos muito para que as diferenças entre homem e mulher não se transformem em desigualdades e em injustiças. Os Benfeitores Espirituais, na época da Codificação, também denunciaram o sexismo, racismo, pena de morte, escravidão e qualquer outra forma de injustiça social e preconceito como sendo contrários às Leis Divinas, e recomendavam liberdade de pensamento, liberdade de consciência, igualdade de tolerância. Observemos que Kardec arguiu os Espíritos se são iguais perante Deus o homem e a mulher e têm os mesmos direitos. Os Mentores afirmaram que Deus outorgou a ambos a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir. O Codificador persistiu com os seres do além sobre a origem da desqualificação moral da mulher em alguns países. Os Espíritos elucidaram que era do predomínio injusto e cruel que sobre ela assumiu o homem. É resultado do abuso da força sobre a fraqueza. Entre homens moralmente pouco adiantados, a força faz o direito.(3)

Apostilando ainda sobre o tema, o Codificador questionou sobre a razão da mulher ser mais frágil que o homem, e foi aclarado pelos Benfeitores que justificaram que tal situação é para determinar funções especiais. Para o homem, por ser o mais forte, os trabalhos rudes; para a mulher, os trabalhos leves; para ambos o dever de se ajudarem mutuamente a suportar as provas de uma vida cheia de amargor. O professor lionês ainda cogitou se a fraqueza física da mulher a colocaria naturalmente sob a dependência do homem. Os Espíritos exemplificaram que Deus a uns deu a força, para protegerem o fraco e não para o escravizarem. O Criador apropriou a organização de cada ser às funções que lhe cumpre desempenhar. Tendo dado à mulher menor força física, deu-lhe ao mesmo tempo maior sensibilidade em relação com a delicadeza das funções maternais e com a fraqueza dos seres confiados aos seus cuidados.(4)

Ora, as funções a que a mulher é destinada pela Natureza têm importância tão grande quanto as deferidas ao homem, e maior até. É ela quem lhe dá as primeiras noções da vida. Kardec garantiu que uma legislação, para ser perfeitamente justa, deve consagrar a igualdade dos direitos do homem e da mulher. Os Espíritos reforçaram que para ser equitativa, a lei humana deve realmente consagrar a igualdade dos direitos do homem e da mulher, porém não das funções. Preciso é que cada um esteja no lugar que lhe compete. Ocupe-se do exterior o homem e do interior a mulher, cada um de acordo com a sua aptidão. Os sexos, além disso, só existem na organização física. Visto que os Espíritos podem encarnar num e noutro, sob esse aspecto nenhuma diferença há entre eles. Devem, por conseguinte, gozar dos mesmos direitos.(5)


Referências bibliográficas:


(2) Disponível em <https://www.emaze.com/@ALWCTWI/Revolu%C3%A7%C3%A3o-Feminina>, acessado em 16/05/2016;

(3) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2001, pergs. 817 e 818;

(4) Idem, pergs. 819 e 820;

(5) Idem, pergs. 821 e 822.

* Jorge Hessen é natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951. Servidor público federal aposentado do INMETRO. Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História. Escritor (dois livros publicados), Jornalista e Articulista com vários artigos publicados.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Livro em estudo: Nos Bastidores da Obsessão - CONCLUSÃO - A017 – Cap. 5 – Elucidações valiosas – Primeira Parte

Livro em estudo: Nos Bastidores da Obsessão – Editora FEB - 1970
Autor: Espírito Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco

A017 – Cap. 5 – Elucidações valiosas – Primeira Parte

CONCLUSÃO

QUESTÕES PARA ESTUDO

1 – Guilherme, participando da reunião mediúnica na qualidade de espírito manifestante, cita o Anfiteatro do Dr. Teofratus. Que Anfiteatro era este e quais atividades eram desenvolvidas ali?
O Anfiteatro do Dr. Teofratus era um local na Espiritualidade em que se reuniam espíritos atrasados com o objetivo de planejar e aplicar uma pretensa justiça entre os homens. Liderado por Teofratus, neste anfiteatro aconteciam espetáculos dantescos, nos quais o mago aplicava seus conhecimentos de magnetismo para impor vinganças e condenações.
2 – O narrador espiritual confessa que se impressionou com a organização promovida pelas Trevas a preço de Justiça. Por que, logo após, ele afirma que não há motivo para se impressionar?
O narrador espiritual após ficar impressionado com a organização das Trevas na aplicação de planos de vingança e espetáculos de ódio, desfaz esta impressão ao se recordar mais uma vez que, transportados para o além, os espíritos continuam os mesmos. Mundo material e mundo espiritual são faces de uma mesma moeda, porém com diferenças de densidade e percepção! Assim, do mesmo modo que podemos encontrar na Terra organizações humanas promovendo orgias, crimes e loucuras coletivas, com mais forte razão poderemos encontrá-las na vida espiritual, já que neste mundo os espíritos se encontram mais livres que na vida material.
3 – No Tratamento Obsessivo realizado rotineiramente nas Casas Espíritas é comum que os trabalhadores encarnados tratem as entidades obsessoras como exclusivas culpadas pelo mal e sofrimento. Nesta postura há um grande erro. Por quê? Que argumenta Guilherme para que modifiquemos nosso olhar no tratamento de desobsessão?
"O relho da Justiça, que arde e fere nas mãos do regularizador de leis, passa, na sua cartilha, a ser um crime? E o nefando suicídio a que fui levado, pela deserção do lar, o adultério infame praticado por aqueles a quem você chama vítimas?... Esquece as minhas dores e..."
No tratamento da desobsessão, tão frequente nas Casas Espíritas, não é incomum a postura precipitada dos trabalhadores em acusar o espírito obsessor por todas as desventuras dos encarnados-pacientes. Equivocados, assim, os trabalhadores encarnados promovem conduções coercitivas de espíritos, por meio de seus médiuns de transporte, até a sala mediúnica, aplicam sugestões magnéticas que lhes provocam sensações dolorosas, acusam-lhes dos sofrimentos, etc, etc. E pretendem resolver a problemática da obsessão, construída, talvez, em longos anos, com meia dúzia de palavras!

domingo, 5 de junho de 2016

Reflexão...


Desenvolva o tema...

Oi, Pessoal.
Colocamos 04 indagações para vcs desenvolverem o tema sobre instinto, colocando a visão espírita, tá legal?
A dica é buscar nas obras básicas para responder. :)
Beijos e abraços
 
Indagações:
 
a) Qual a diferença entre a ação do instinto e a dos espíritos protetores?
b) Por que Kardec considera ainda hipotéticas as teorias que buscam explicar a origem do instinto?
c) Qual a diferença entre o instinto e a paixão ?
d) Sendo o instinto um guia seguro e que nunca falha, por que não pode o homem agir guiado somente por ele?