sábado, 13 de janeiro de 2018

Pergunta feita - Dúvida em estudo de O Livro dos Espíritos


Pergunta:
Assunto: Duvidas
Mensagem: Bom dia.
Faço parte de um grupo de estudos sobre o Livro dos espíritos e utilizo, além do próprio livro o material de vocês.
Surgiu um impasse no grupo quando um de seus integrantes diz não aceitar a ideia de um espírito, ainda preso a matéria, poder presenciar a própria decomposição de seu corpo orgânico, afirmação essa entendida por mim no item "Separação da alma e do corpo, 155a. Gostaria de saber se estou enganada ao entender dessa forma.
Aguardo um parecer e desde já agradeço a atenção e a disponibilidade do material de estudo. Deus os abençoe.
abraço

Resposta: Olá H!!
O tempo de despreendimento do Espírito de seu corpo, varia de acordo com a sua evolução moral.
De fato, quando um Espírito está muito preso ainda a matéria poderá por exemplo, assistir seu funeral ou não querer se afastar de seu corpo físico.
Para entender isto, basta pensar que o Espírito vai aonde está seu pensamento e interesse.
Se é, por exemplo, um Espírito muito apegado ao seu corpo físico e materialista (acreditando que não há vida após a morte) poderá se assustar tanto ao ver a morte de seu corpo e não desejar e nem conseguir se afastar dele em um breve período de tempo.
Uma boa dica para o estudo no grupo de vocês pode ser comparar a situação de Espíritos em diferentes estágios evolutivos após a morte.
Isso vocês poderão observar no livro O Céu e o Inferno, onde há espírito felizes, de condição mediana ou por exemplo, criminosos arrependidos...

Estou deixando um trecho abaixo que retirei da questão 257 de O Livro dos Espíritos para ajudar no entendimento.
Qualquer dúvida, pode retornar ao assunto.

257. Ensaio teórico sobre a sensação nos Espíritos
(...)
A experiência nos ensina que no momento da morte o perispírito se desprende mais ou menos lentamente do corpo. Nos primeiros instantes seguidos ao desencarne, o Espírito não entende a sua situação: não acredita estar morto, sente-se vivo, vê seu corpo de um lado, sabe que é seu e não entende por que está separado dele. Essa situação persiste enquanto o laço entre o corpo e o perispírito não se romper por completo. Um suicida nos disse: “Não, não estou morto”, e acrescentava: “E, entretanto, sinto os vermes que me roem”. Porém, seguramente, os vermes não roíam o seu perispírito, e muito menos o Espírito; roíam-lhe apenas o corpo. Mas como a separação do corpo e do perispírito não estava concluída, disso se originava uma espécie de repercussão moral que lhe transmitia a sensação do que se passava no seu corpo. Repercussão não é bem a palavra que dê a ideia exata do que ocorre, porque pode fazer supor um efeito muito material. Era antes e de fato a visão do que se passava no cadáver, que ainda estava ligado ao seu perispírito, produzindo nele essa sensação que tomava como real, como autêntica. Desse modo, não era uma lembrança, uma vez que durante sua vida nunca tinha sido roído por vermes; era uma sensação nova e atual. Vemos, assim, que deduções se podem tirar dos fatos, quando observados atentamente.
Durante a vida, o corpo recebe as impressões exteriores e as transmite ao Espírito por intermédio do perispírito, que constitui, provavelmente, o que se chama de fluido nervoso. Estando o corpo morto, não sente mais nada, porque não possui mais Espírito, nem perispírito. O perispírito, desprendido do corpo, experimenta a sensação, mas como ela não lhe chega mais por um canal limitado, próprio, torna-se geral. Portanto, como o perispírito é na realidade um agente de transmissão das sensações que se produzem do corpo para o Espírito, porque é no Espírito que está a consciência, disso se deduz que, se pudesse existir perispírito sem Espírito, ele não sentiria mais do que sente um corpo morto. Da mesma forma, se o Espírito não tivesse perispírito, seria inacessível a qualquer sensação dolorosa, como ocorre com os Espíritos completamente purificados. Sabemos que, quanto mais o Espírito se purifica, mais a essência do
 perispírito se torna etérea, do que se conclui que a influência material diminui à medida que o Espírito progride e, por consequência, o próprio perispírito torna-se menos grosseiro.

Um grande abraço,

Equipe LE

Pergunta feita: Desenvolvimento mediúnico

Pergunta:
Assunto: Desenvolvimento mediúnico
Mensagem: Prezados amigos, desde já agradeço a atenção. Sou um médium ,que convive com a mediunidade desde que tem lembrança(nesta reencarnação) ainda jovem(36 anos)devido a vários fatores( viagem, filhos e necessidade de condicionamento)apesar de trabalhadora da casa, passista e facilitadora, só neste semestre fui ao desenvolvimento mediúnico. Tenho relativo conhecimento da doutrina, mas sabe como é, infelizmente sempre existe a incômoda dúvida do médium...desde que iniciei o desenvolvimento tenho estado doente, e por fim estou com "síndrome do pânico" estado de stress total, e acabei entrando no acompanhamento psiquiátrico e psicológico...com terapia e medicação. Tenho tentado entender, pq meus sintomas são físicos e mentais...e eu não sou depressiva, nem tive nunca nenhum tipo de problema assim...sou mãe de 3 filhos, bem casada e professora. Sou alegre, tranquila. De repente algo "destampou". Claro que tenho problemas, mas será que o meu desenvolvimento mediúnico foi mal orientado? E me levou a um esgotamento nervoso? Uma vez que eu já dou comunicação facilmente e tenho controle sobre elas. Na verdade o desenvolvimento está sendo uma proforma para que eu vá trabalhar na desobsessão. Pergunto aos irmãos: será influência espiritual (obsessão), esgotamento e mal uso da mediunidade...??? vocês poderiam me ajudar? Estou tentando ler e optei por dar um tempo com o trabalho reconhecendo que meu organismo não está apto. Mas meu grupo me questiona a confiança na espiritualidade. Tenho um grande respeito e amizade a este grupo que é minha 2ª família, mas questiono, pois tenho minha intuição sobre tudo isso, mas gostaria de ouvir a opinião de pessoas mais estudadas e lúcidas para me orientar. Agradeço e peço ajuda. Estou muito sensível e passando um momento difícil inclusive em meu trabalho devido a tudo isso que citei. Conto com vocês. Meu grupo estuda, mas ainda coloca muito as coisas nas mãos dos espíritos. Deus abençoe a todos. Obrigada.

Resposta: Olá P!! Que Deus te abençoe!!
É importante que antes da pessoa vir a trabalhar mediunicamente, estudar bem a doutrina espírita e a mediunidade para se sentir segura perante a tarefa (mesmo que a mediunidade esteja aflorada).
Isso porque quando a pessoa inicia a prática da mediunidade sem se sentir segura com seu trabalho ou com o grupo que possui, torna-se mais facilmente influenciada por espíritos maus.
O exercício da mediunidade não deve trazer prejuízos emocionais ou físicos ao médium.
Se isso está acontecendo, é preciso parar junto com o grupo para analisar como o trabalho vem sendo realizado.

Além disso, pode acontecer também do trabalho está sendo realizado de forma satisfatória e o médium adoecer por razões diversas em sua vida.
Seja por situações difíceis vividas, alimentação inadequada, excesso de atividades, problemas familiares, etc.

Mas, se você está se sentindo debilitada ou esgotada fisicamente, deve primeiro buscar seu tratamento espiritual e se afastar neste momento da atividade mediúnica (independente da causa).
Você deverá continuar sua frequência a casa espírita,  participando dos estudos doutrinários, recebendo passe, tomando água fluidificada e realizando seu tratamento espiritual.
E quando você se sentir novamente bem, com o organismo mais fortalecido, volte as atividades mediúnicas.
Embora os Espíritos estejam sempre nos orientando e buscando nos ajudar, é preciso "cuidar do corpo e do Espírito".
Qualquer outra dúvida, nos escreva!

Fique com Deus!!

Um grande abraço, Karina.

Equipe LM

Desculpas que usamos...

Cheguei atrasado porque...

        O ônibus atrasou, o pneu furou, o relógio não despertou, o trânsito não andou... E por ai afora vamos encontrando desculpas para as nossas impontualidades, desculpas para encobrir muitas vezes a nossa falta (até mesmo inconsciente) de interesse naquele compromisso x para o qual nos atrasamos.
        Temos que ter disciplina em tudo que fazemos. Certo é que sempre haverá necessidade de se usar de flexibilidade, pois, nos dias atuais, precisamos realizar múltiplas tarefas e múltiplas funções e ainda dependemos de vários fatores externos, principalmente nas grandes cidades, mas a constância e a disciplina são fundamentais pois, com certeza, quando o compromisso nos é realmente importante e o nosso encontro é realmente valorizado, nós acabamos por nos programar de forma positiva e real para estarmos no local e horário marcado com pontualidade, superando todo e qualquer obstáculo, ou seja, saiamos mais cedo de casa, da escola, da faculdade, do trabalho, muitas vezes saímos até mesmo de véspera, acabamos por ter um sono menos profundo para não perder a hora de levantar, tomamos uma condução com antecedência...
        Precisamos, assim, modificar nossa cultura de chegar sempre atrasado, de não respeitar horários, a fim de vivenciarmos o respeito àqueles que nos esperam e nos aguardam e que já conseguem atender de forma satisfatória aos seus compromissos.

        Vamos começar a praticar?!
        Beijos e abraços.


sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Aids diminui no mundo e aumenta no Brasil

Aids diminui no mundo e aumenta no Brasil


 Publicado por Rádio Boa Nova 


Dados recentes de um relatório da ONU sobre os casos de infecção pelo vírus HIV soaram o alarme para nós no Brasil. Estamos na contramão da tendência global no combate ao avanço de novos casos e mortes pelo vírus.

No relatório, podemos observar que os novos casos da doença no mundo caíram 38% nos últimos 12 anos – em 2013, 2,1 milhões de indivíduos foram infectados, contra 3,4 milhões em 2001. A queda global de novas infecções foi ainda mais acentuada em crianças, de 58%.
Em relação ao número de mortes associadas ao HIV, houve uma queda de aproximadamente 37% de 2005 para cá. Estima-se que 1,5 milhão de pessoas no mundo tenham morrido no ano passado devido a complicações da doença. Em 2005, foram 2,4 milhões.
Mas a triste notícia é que o Brasil caminha no sentido contrário e contamos com um aumento de 11% nos casos de Aids. Quais as razões para tais índices alarmantes? Especialistas que foram ouvidos pela BBC Brasil acreditam que a desinformação entre os jovens, a discriminação contra gays e problemas de foco nas campanhas do governo auxiliam no crescimento dos números.
A diretora do Unaids no Brasil, Georgiana Braga-Orillard, crê que “Muitos jovens de hoje protegem-se menos, acham que não precisam de camisinha, até por acreditarem que Aids é uma doença do passado ou de pessoas mais velhas. Eles não viram ídolos morrerem, como (os cantores) Cazuza ou Renato Russo.” 
Segundo o relatório, a maior parte dos casos está entre 14 e 25 anos de idade. Qual a razão? A dra Luciana de Lima Galvão, médica infectologista, membro da Associação Médico-Espírita do ABC, em entrevista à Folha Espírita neste mês de agosto ressaltou uma fase  psicológica característica dos jovens, a de uma certa onipotência. Eles acham que podem tudo e nada de mau lhes acontece.
Convenhamos, sem condução, sem educação, fica difícil. É preciso que os jovens aprendam a questionar o que é vida, o que estamos fazendo aqui. Tudo fica no imediatismo e a consequência é a inconsequência.
Dra Luciana considera também outra grande falha a mídia não informar corretamente o que está acontecendo na pesquisa da Aids. Em curso recente de atualização de sua especialidade constatou que nos maiores centros de investigação dos EUA “os últimos 25 anos de pesquisa na área de vacina para o HIV, foram todos desconsiderados”,  totalmente infrutíferos.
Segundo Dra Luciana na prática os pacientes nada conhecem sobre o HIV. Acham que a cura está próxima, muito próxima, e isso não é verdade. Conversando com  jovens, já portadores, eles dizem que “a moçada não tá nem aí”.  
Dra Luciana diz que, há, sim, um arsenal terapêutico efetivo, que controla, sim, a infecção, mas temos todos os efeitos adversos das medicações, todas as complicações crônicas relacionadas à inflamação crônica pela presença do vírus HIV (doenças ateroscleróticas – AVC, infarto/angina – doenças cardiovasculares, osteoporose, envelhecimento precoce, maior incidência de câncer e síndrome plurimetabólica), mesmo estando o paciente controlado do ponto de vista virológico.
É preciso que a população seja informada de que a medicação e a própria doença trazem consequências e muitas vezes danosas.

Onde estão as falhas? 

Não temos dúvidas de que o que colhemos hoje é o resultado de uma situação de completa miopia do ponto de vista de campanhas de prevenção. Percebemos que enquanto no mundo as campanhas de prevenção tem visado à educação sexual e em alguns casos até mesmo a abstinência sexual, em nosso país o foco inadequado estimulou um comportamento desregrado sobre a sexualidade para a juventude que não teme nada e não enxerga a Aids como uma ameaça para sua existência.
São muitos os equívocos das campanhas oficiais. Elas sempre focam os abusos e comportamentos promíscuos, com isso dão o aval à liberdade sexual, sem destacar a maturidade moral. Recentemente, a bola fora foi uma campanha que fazia apologia aos profissionais do sexo como forma de combater a Aids e as DSTs. 
A médica infectologista e pesquisadora do Laboratório de Pesquisas Clínicas DST/AIDS da Fiocruz, Brenda Hoagland afirmou com razão que “A gente tem de mudar a maneira de fazer campanha. Primeiro, porque ela só acontece no carnaval. Depois porque é preciso ter campanhas educativas e mais elucidativas sobre onde o risco é maior.” 
Segundo Dra Luciana – A grande falha está na educação. É preciso que pais, mães, tios, avós, familiares levem a sério essa campanha de conscientização. Temos, como diz Emmanuel (livro Vida e Sexo), em matéria de sexo, não proibição, mas educação, não indisciplina, mas controle, não impulso livre, mas responsabilidade.
Fora disso é teorizar simplesmente, para depois aprender e reaprender com a experiência. Temos a mídia atrelada ao consumo (seja lá do que for), a mesma mídia a difundir a erotização e a indução de padrões de comportamento como se tudo fosse normal. A banalização não significa que seja normal. 
Esperamos que os indicadores desse relatório global possam nos fazer acordar para a realidade quanto às medidas mais eficazes que devemos adotar com relação à Aids em nossa sociedade.
No livro Lições de Sabedoria, Chico Xavier já nos alertava: “Acredito que a aids, a nova moléstia, não é um castigo de Deus, mas uma questão criada por nós mesmos, as criaturas da Terra, e que alcançará, por misericórdia de Deus, a vacina necessária para que nos desvencilhemos de semelhante flagelo. Deveremos compreendê-la como uma sugestão para melhorar os nossos costumes. Não podemos dizer que é um castigo de Deus uma doença que tem aparecido nos próprios recém-nascidos. Os cuidados, a higiene e a possível abstenção sexual e o respeito de uns frente aos outros são os remédios de que dispomos à espera de um antídoto, uma vacina que está sendo elaborada pelos nossos cientistas.”
Para concluir, passados 26 anos da afirmação de Chico, podemos dizer que a Misericórdia Divina nos proporcionou avanços incríveis na ciência, inclusive nosso país é vanguardista na distribuição de todo o arsenal de remédios de combate ao vírus, porém estamos falhando quanto ao nosso desenvolvimento moral, conforme Chico nos alertou.

Diálogos Médicos - Colônias Espirituais

OUÇA AQUI:

Diálogos Médicos (áudio) - Suicídio

OUÇA AQUI:

Desenvolva o tema sob a luz do Espiritismo


“A vida não é definida pelos erros que se comete, mas por como se lida com eles e pela coragem de enfrenta-los”.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Epilepsia e experiências espirituais: qual a relação?




Leonardo Ferreira Caixeta é psiquiatra, Professor Associado de Neurologia da Universidade Federal de Goiás (UFG). Autor de mais de 70 artigos científicos e 18 livros acadêmcios na área de Neurociências, com ênfase em Neuropsiquiatria, Neuropsicologia, Epidemiologia Psiquiátrica, Medicina Antropológica e Transcultural. Vencedor do PRÊMIO JABUTI de 2015.

IV Jornada Médico Espírita em Goiânia - Mediunidade ou epilepsia - Dr. Alexandre Serafim


O Espírito Não Regride (Grupo Toque na Alma)


Aprendizagem é algo tão incrível
É assim irreversível
Repare para ver:
Andar de bicicleta
É uma coisa interessante
Quando se aprende
Já não se pode esquecer.

Evoluir não é inacessível
Sei que parece impossível pois já não tem mais fim
Quanto mais aprendemos mais saber queremos
E é por isso que nós estamos aqui.

Depois de tantos tombos tantos “ais”
Aprender queremos mais
Para não sofrer assim
É como andar de bicicleta
Tantos tombos, tantos “ais”
Deixam a alma mais esperta.

(Composição: Denise Gonçalves de Oliveira  –  CD: Toque na Alma)

Arquiteto de Mim (GAN – Grupo Arte Nascente)


Aparar as arestas
Trabalhando
Soltar as amarras
Libertando
Dinamitar o lixo
Renovando
Tudo em mim que se possa pensar
Mesmo que algo me impeça de andar

Edificou-se um homem para brilhar
E a luz se fez em mim irradiar
Quero aprender outra forma de viver
Arquitetando tranquilo um novo ser

Minha alma canta, delira
Brinca, vive e faz obras primas
E a força do querer se amplia…


(Composição: Marcelo Albuquerque / Mauricio Keller / Merissa Sampaio  –  CD: GAN Vida)


Grupo Vocal União e Harmonia e Écio Buck - Pensamento Positivo


Pense sempre em vencer
Procure se ajudar
Levante-se desta cadeira
Com a fé verdadeira
E diga: “eu vou melhorar”

Tente pensar só no bem
Ligando-se com o alto astral
Pensamento positivo
Traz o curativo
Para qualquer mal

Esqueça qualquer tristeza
E diga: “eu hei de vencer!!”
E para sua própria surpresa
Em breve irá se refazer

Faça uma prece sentida
Do fundo do seu coração
Ao Pai que nos deu a vida
E ao Cristo que é nosso irmão

E uma imensa torcida
Sublime e feliz como quê
Lhe trará alegria incontida
Pois todo o Universo
Se unirá a você.

(Composição: Roberto Ferreira  –  CD: Parafuso)


Se liga... Presenteie quem precisa...


Reflexão - "Além do Grande Cão, da Ursa...


terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Espiritirinha - Para o ano novo


Reflexão - "Identifiquemos no lar a...


Reflexão - Capítulo 2 - item 20 - A Gênese


Espiritirinha - O Evangelho no lar


Reflexão - Capítulo 2 - item 27 - A Gênese


Desenvolva o tema à luz do Espiritismo


Reflexão - " Surpreendendo a discórdia...








segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Arara da felicidade - Viver em paz é...


Vozes Interiores reflexões - Pedir desculpas, quando erramos, é...


Pergunta feita - Atendimento fraterno

Pergunta:
Assunto: Atendimento Fraterno
Mensagem: Boa tarde!
Desculpe incomoda-los, mas preciso muito da ajuda de vocês. Estou fazendo parte de um departamento criado recentemente no centro onde eu frequento para cuidar especificamente do atendimento fraterno, e tivemos uma reunião ontem  onde foi levantada a questão de não ser aconselhado que o médium que participa das atividades mediúnicas da casa também realize as entrevistas, todos as pessoas presentes na reunião sabiam dessa recomendação no entanto ninguém soube dar referências da onde poderíamos encontrar uma orientação dos espíritos em relação a esse tema, desde que cheguei em casa estou procurando alguma referência ao assunto no livro dos espíritos e dos médiuns mas não encontro, vocês poderiam me ajudar nessa questão? Vocês sabem onde posso encontrar essa referência?

Resposta 1: Olá A!! Que Deus te abençoe!!

O atendimento fraterno é uma conversa com pessoas que chegam a casa espírita ou mesmo trabalhadores que estão passando por algum sofrimento e buscam orientação e consolo que deve ser dado a luz da Doutrina Espírita.
É uma tarefa muito importante em que ajuda também a pessoa a ser encaminhada aos tratamentos ou atividades de uma casa espírita.

Não vejo problemas em o trabalhador do atendimento fraterno também trabalhar em uma desobsessão.

O cuidado que se deve ter em qualquer atividade é para que o trabalhador não trabalhe de forma excessiva, acumulando muitas tarefas, para não se sobrecarregar físico ou mentalmente.
Então, é preciso avaliar a realidade da casa espírita e o trabalho desenvolvido no atendimento fraterno para entender o porquê desta recomendação...
Não encontrei também referências bibliográficas sobre isso.

Fique com Deus!!

Um grande abraço, Karina.

Equipe LM

Resposta complemento: A equipe do Espiritismo.Net tem como uma de suas atividades o atendimento fraterno, em sua página de internet https://www.espiritismo.net/nossas_atividades/atendimento_fraterno  você encontrará matérias, mensagens e treinamento para atuar nessa área. 

Equipe Blog Jovem 

Estudo dirigido: O Evangelho segundo o Espiritismo

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EESE – Cap. XXIV – Itens 8 a 10
Tema: Não vades ter com os gentios
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A - Texto de Apoio:
Não vades ter com os gentios

8. Jesus enviou seus doze apóstolos, depois de lhes haver dado as instruções seguintes: Não procureis os gentios e não entreis nas cidades dos samaritanos. - Ide, antes, em busca das ovelhas perdidas da casa de Israel; - e, nos lugares onde fordes, pregai, dizendo que o reino dos céus está próximo. (S. MATEUS, cap. X, vv. 5 a 7.)
9. Em muitas circunstâncias, prova Jesus que suas vistas não se circunscrevem ao povo judeu, mas que abrangem a Humanidade toda. Se, portanto, diz a seus apóstolos que não vão ter com os pagãos, não é que desdenhe da conversão deles, o que nada teria de caridoso; é que os judeus, que já acreditavam no Deus uno e esperavam o Messias, estavam preparados, pela lei de Moisés e pelos profetas, a lhes acolherem a palavra. Com os pagãos, onde até mesmo a base faltava, estava tudo por fazer e os apóstolos não se achavam ainda bastante esclarecidos para tão pesada tarefa. Foi por isso que lhes disse: "Ide em busca das ovelhas transviadas de Israel", isto é, ide semear em terreno já arroteado. Sabia que a conversão dos gentios se daria a seu tempo. Mais tarde, com efeito, os apóstolos foram plantar a cruz no centro mesmo do Paganismo.
10. Essas palavras podem também aplicar-se aos adeptos e aos disseminados do Espiritismo. Os incrédulos sistemáticos, os zombadores obstinados, os adversários interessados são para eles o que eram os gentios para os apóstolos. Que, pois, a exemplo destes, procurem, primeiramente, fazer prosélitos entre os de boa vontade, entre os que desejam luz, nos quais um gérmen fecundo se encontra e cujo número é grande, sem perderem tempo com os que não querem ver, nem ouvir e tanto mais resistem, por orgulho, quanto maior for a importância que se pareça ligar à sua conversão. Mais vale abrir os olhos a cem cegos que desejam ver claro, do que a um só que se compraza na treva, porque, assim procedendo, em maior proporção se aumentará o número dos sustentadores da causa. Deixar tranquilos os outros não é dar mostra de indiferença, mas de boa política. Chegar-lhes-á a vez, quando estiverem dominados pela opinião geral e ouvirem a mesma coisa incessantemente repetida ao seu derredor. Aí, julgarão que aceitam voluntariamente, por impulso próprio, a ideia, e não por pressão de outrem. Depois, há ideias que são como as sementes: não podem germinar fora da estação apropriada, nem em terreno que não tenha sido de antemão preparado, pelo que melhor é se espere o tempo propício e se cultivem primeiro as que germinem, para não acontecer que abortem as outras, em virtude de um cultivo demasiado intenso.
Na época de Jesus e em consequência das ideias acanhadas e materiais então em curso, tudo se circunscrevia e localizava. A casa de Israel era um pequeno povo; os gentios eram outros pequenos povos circunvizinhos. Hoje, as ideias se universalizam e espiritualizam. A luz nova não constitui privilégio de nenhuma nação; para ela não existem barreiras, tem o seu foco em toda a parte e todos os homens são irmãos. Mas, também, os gentios já não são um povo, são apenas uma opinião com que se topa em toda parte e da qual a verdade triunfa pouco a pouco, como do Paganismo triunfou o Cristianismo. Já não são combatidos com armas de guerra, mas com a força da ideia
.
B - Questões para estudo e diálogo virtual:

1 - Por que Jesus pede aos seus apóstolos que não procurem os gentios e não entrem nas cidades dos samaritanos?

2 - Extraia do texto acima a frase ou parágrafo que mais gostou e justifique.

domingo, 7 de janeiro de 2018

Livro em estudo: Grilhões Partidos - B009 – Capítulo 6 – Forças em litígio

Livro em estudo: Grilhões Partidos – Editora LEAL - 1974
Autor: Espírito Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco

B009 – Capítulo 6 – Forças em litígio

Capítulo 6
Forças em litígio

Ide e pregai. Convosco estão os Espíritos elevados. Certamente falareis a criaturas que não quererão escutar a voz de Deus, porque essa voz as exorta incessantemente à abnegação. Pregareis o desinteresse aos avaros, a abstinência aos dissolutos, a mansidão aos tiranos domésticos, como aos déspotas! Palavras perdidas, eu o sei, mas não importa. Faz-se mister regueis com os vossos suores o terreno onde tendes que semear, porqüanto ele não frutificará e não produzirá senão sob os reiterados golpes da enxada e da charrua evangélicas. Ide e pregai!” “O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO” — Capítulo 20º — Item 4.
Embora as qualidades morais que exornavam o caráter do Coronel Santamaria, era ele um homem temperamental. Forjado na escola do dever, desenvolvera-se-lhe, simultaneamente, o orgulho em que apoiava decisões e atitudes, sem embargo, probo e justo quanto possível sê-lo.
Com a enfermidade que dominava Ester, fazendo perecer os entusiasmos e aspirações de pai, a amargura solapou-lhe as alegrias, e o azedume contumaz transviou-o para as rotas de surda revolta contra todos, contra tudo, reagindo, em volta, por ignorar os móveis legítimos da aflição e poder removêlos, adquirindo, assim, a necessária serenidade para suportar as vicissitudes habituais na existência humana.
Tornou-se arredio, fechando ainda mais o círculo de amizades, somente saindo de raro em raro, razão por que mais aflitiva se lhe tornava a conjuntura.
Freqüentador de uma igreja religiosa, não possuía fé verdadeira.
Habituara-se ao mecanismo da ritualística e, como antes não houvera experimentado o travo das lágrimas, não se exercitara na comunhão com Deus nem chegara a cultivar colóquios com o Mundo Espiritual. Nos primeiros dias da aziaga desesperação recorrera à Divindade, guindado à falsa posição de impositor, sem os lauréis do humilde requerente que confia. Ë natural que se deixasse desesperar. A oração vazia de expressão espiritual não conseguira leni-lo: eram palavras sem tônica de amor nem fé.
Guardava, no entanto, insculpido na vaidade social, o rótulo de uma crença em que não participava de forma alguma. Acreditando-se merecedor da subserviência divina, por acomodação e ignorância, subvertera a ordem das posições entre ele e Deus, graças a cumplicidade clerical, sempre disposta à distorção dos lídimos ensinos do Cristo, a fim de agradar os conspícuos transitórios vencedores no mundo, a que se submete por desmedida ganância de destaque terreno.
Por isso, atribuiu à coragem de Rosângela os laivos da petulância e do atrevimento, por incomodá-lo com as arremetidas do socorro que se via impossibilitado de receber. O orgulho é cruel inimigo do homem, porquanto, envenenando-o, cega-o, totalmente. Simultaneamente, graças à psicosfera da felonia que cultivava, passou a sintonizar com outras mentes amotinadas que lhe cercavam o lar, em plano concorde com o perseguidor de Ester, planeando alcançá-lo mais duramente... Rosângela, representando o auxílio divino indireto, fora expulsa pelos vingadores desencarnados, que lhe sabiam dos propósitos elevados.
Ferido na insensatez do orgulho desmedido, aguardou que passasse o domingo dourado e, no dia imediato, fortemente conduzido pelos adversários desencarnados com quem sintonizava, nos últimos tempos, foi queixar-se à direção do Hospital, com as tintas carregadas da irritação, sobre o procedimento da moça. Exigia que ela não voltasse a qualquer contato com a filha. Certamente não lhe impunha a demissão, todavia, propunha severa admoestação, de que redundasse, na próxima vez, expulsão dos serviços pelo perigo que representava sua convivência junto aos pacientes. Vã cegueira da Humanidade! Luta inglória contra o aguilhão!
Saindo aturdida do apartamento palaciano e trazida à realidade objetiva pelo afago da natureza festiva, Rosângela não dominou as lágrimas. Receio injustificável assaltou-a, e a antevisão da perda do trabalho afigurou-se-lhe como odiento fantasma de rude fracasso.
Caminhou um pouco, algo desarvorada, sentou-se próxima ao mar, deu vasão aos sentimentos desconexos, depois recordou-se da prece, deixando-se arrastar pelas lucilações e consolos da oração. Mesmo no regorgitar da praia imensa, vestida pela multidão quase despida, sentia-se a sós em intercâmbio com os seus Protetores, do que lhe resultou renovação íntima, paz reconfortante.
Logo refez-se, volveu ao lar, adiando a exposição dos resultados da entrevista.
Os domingos, na residência do dr. Gilvan de Albuquerque, eram o dia dedicado aos estudos do Evangelho, em estreito círculo de amigos e familiares.
O dr. Gilvan era pediatra próspero, que residia na praia de Botafogo.
Ultrapassara os 50 anos, havendo constituído uma família ditosa. D. Matilde, sua esposa, era o exemplo da abnegação cristã, e o seu domicílio tornou-se núcleo de recolhimento espiritual, no qual Mensageiros da Luz encontravam vibrações superiores para o ministério a que se afervoravam, no socorro aos padecentes de ambos os planos da vida. Genitores de uma filha única, Márcia, esta, ao consorciar-se, enriqueceu-os com a bênção de linda menina: Carmen Sílvia. Residiam todos juntos, por insistência do dr. Gilvan, que, devotado, conseguira a aquiescência do genro, tido como filho do coração. Rosângela viera para pajear a criança.
Trasladando-se, porém, há menos de dois meses para um curso de especialização nos Estados Unidos, os jovens nubentes seguiram com a filha, deixando a servidora ao lado dos pais, na condição de familiar, conforme lograra pela abnegação e demais dotes de espírito de que a moçoila se revestia. Nesse ínterim, o benfeitor localizara-a para trabalhar na Casa de Saúde.
Estudando e praticando metodicamente o Espiritismo, a família apurara a sensibilidade moral e psíquica, entesourando valores inapreciáveis com que se dispunham ao nobre labor do bem. Os deveres espirituais, livremente abraçados, eram desenvolvidos em clima de severidade e otimismo, gozando de primazia em qualquer circunstância. Os “vícios sociais”, inocentes na aparência quão perniciosos na realidade, foram dali expulsos, e as conversações edificantes, leituras seletas, entremeadas de opiniões e humor agradável, constituíam serões que restauravam as forças, revigorando o espírito após os quefazeres do cotidiano.
O Espiritismo naquele domicílio tornado santuário constituía lídima ventura, caracterizando uma típica família cristã.
O “culto evangélico do lar”, como natural conseqüência, se fazia realizar entre gáudios e esperanças. Música suave do clássico universal predispunha os assistentes, antes da reunião ao recolhimento, à õração, em cujos momentos acalmavam-se-lhes as atribulações, desligavam-se dos atros problemas e desembaraçavam-se dos fluídos perniciosos. O grupo reduzido constituía-se de doze a quinze pessoas, em freqüência habitual, interessadas na reforma íntima, empenhadas na auto-iluminação.
Às 20:00, pré-estabelecidas para o início da reunião, acercavam-se da mesa sob a direção do dr. Albuquerque, encarregado de conduzir os estudos.
Naquela noite, sob as fortes impressões do acontecimento da manhã, Rosângela sentia-se confrangida. Ninguém a constrangera a explicações. Ali a liberdade e a confiança se afagavam, facultando perfeita compreensão dos deveres e dos direitos. Não havia imposições.
Ato contínuo à prece de abertura, procedida com discreta emotividade pelo orientador da tarefa, dona Matilde tomou de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, confiante, e, impulsionada pelos Mentores Espirituais presentes, abriu-o no Capítulo número XX: “Os trabalhadores da última hora” e leu o subtítulo: “Os obreiros do Senhor”. Um leve sorriso de júbilos delineou todos os lábios, por saberem que aquela era a instrução vertida do Alto para conduzi-los e sustentá-los nas lutas porvindouras. Com voz pausada e boa dicção a nobre senhora começou a ler:
5. “Aproxima-se o tempo em que se cumprirão as coisas anunciadas para a transformação da Humanidade. Ditosos serão os que houverem trabalhado no campo do Senhor, com desinteresse e sem outro móvel, senão a caridade! Seus dias de trabalho serão pagos pelo cêntuplo do que tiverem esperado. Ditosos os que hajam dito a seus irmãos: Trabalhemos juntos e unamos os nossos esforços, a fim de que o Senhor, ao chegar, encontre acabada a obra, porqüanto o Senhor lhes dirá: Vinde a mim, vós que sois bons servidores, vós que soubestes impor silêncio às vossas rivalidades e às vossas discórdias, a fim de que daí não viesse dano para a obra!”
A palavra bem articulada com inflexão de sadia emotividade contagiante prosseguiu até o fim da eloqüente mensagem ditada pelo Espírito de Verdade, em Paris, em 1862, que seria o tema central dos comentários e estudos da noite. Com ordem, os componentes do grupo respigaram opiniões, entretecendo conceitos e comparações àqueles dias, com que se ensejavam a levantamento de ânimo e predisposição para os ardorosos trabalhos, em considerando a “última hora”, em rápida andadura. Inspirados, adaptavam-na às próprias necessidades, formulando conotações valiosas em relação a outras lições das demais Obras da Codificação, especialmente “O Livro dos Espíritos”, que, passo seguinte, foi lucidamente examinado.
O ambiente respirava o ar festivo da Natureza que se adentrava, misturando-se às saturações balsâmicas da sala onde Espíritos Felizes confraternizavam com os obreiros terrenos, em preparação das tarefas futuras.
Transcorridos alguns minutos reservados à oração intercessória e às vibrações pelos enfermos, presidiários, sofredores de vária classificação, fez-se espontânea pausa, como se, fortemente magnetizados pelas Presenças, sentissem que amado Benfeitor, em ação especial, viesse instruí-los, orientá los. Fluídos anestesiantes penetravam-nos, e suave melodia tangida por mãos seráficas, alcançava-lhes a alma, sem rociar-lhes sequer os ouvidos.
Adolfo Bezerra de Menezes, o amorável Instrutor, tomando os centros da mente e o comando da voz de Rosângela, apresentou-se em suave manifestação psicofônica de relevante significação:
— “Meus irmãos: — enunciou com entonação inesquecível. —Jesus nos favoreça com a Sua paz e nos abençoe!”
Todos eram ouvidos, em uníssono, mentes e sentimentos estreitados em dúlcida emotividade.
Após a saudação repassada de ternura, prosseguiu:
Trabalhadores imperfeitos que reconhecemos ser, encontramo-nos no campo que a própria insensatez deixou ao cuidado das pragas e do abandono. Em todo lugar, desolação e ruína: jardins vencidos pelo matagal, pomares destruídos pelas tormentas, solo crestado, sebes arrebentadas, fontes vencidas por miasmas, habitadas por animais venenosos... Todavia, é a nossa área de labor e redenção, onde devemos recomeçar e agir. Dispomos do trato da terra que a nossa incúria desrespeitou, cabendo-nos, agora, recuperar pela carinhosa assistência o prejuízo, aplicando todos os recursos ao nosso alcance, enquanto urge a oportunidade.
Em razão disso, mister considerarmos em profundidade o ensino evangélico do “Ide e pregai”, ensinando com o exemplo que edifica e avançando com as mãos enriquecidas pelas obras, através de cujo resultado atestaremos a excelência dos nossos propósitos.
Não há tempo, nem seria justo malbaratá-lo nas discussões infrutíferas das vaidades intelectuais, exaltando a fatuidade e a arrogância, enquanto as epidemias morais e sociais assolam terríveis, arrebanhando e destruindo multidões de incautos e incontáveis criaturas que lhes experimentam a coercitiva escravidão.
O Evangelho é o nosso zênite de amor e o nosso nadir de mensuramentos. Quem se exalta, inicia a trajetória para baixo; aquele que se glorifica, entorpece-se na ilusão... Todavia, o que avança infatigável, ignorado, mas servindo, humilhado, no entanto valoroso, perseguido, porém, imperturbável, transformando os sentimentos numa concha afortunada de amor, logrará o elevado cometimento do êxito real.
Nenhuma queixa, portanto, nenhum rol de mágoas.
Nosso tempo mental deve ser dedicado à elaboração dos planos de serviços relevantes e contínuos. Jesus é o exemplo ideal do trabalhador modelo. Não foi poupado nem compreendido. Entretanto, elaborou e viveu o código de felicidade com que nos acena e de que dispomos para o desiderato regenerativo.
Advir-nos-ão muitas dores e provações, por serem o que merecemos.
Provaremos amargos testemunhos. Estes nos serão os preços àhonra e à glória de servir.
Ninguém alcança as cumeadas da paz sem os estertores no vale das lutas. Indispensável perseverar e insistir.”
Intervalo natural ajudava a reflexão dos conceitos e fixação deles nos recessos da alma, enquanto diminutas gotas fluídicas pairavam no ar qual orvalho divino, penetrante.
De imediato, prosseguiu:
Comprometemo-nos restaurar a primitiva pureza cristã entre os homens, vivendo de maneira condicente com os ensinos evangélicos; responsabilizamo nos ante os Instrutores Elevados em não menosprezar a atual concessão celeste, tornando-nos maleáveis à inspiração superior, de modo a realizarmos a tarefa, mais de uma vez interrompida; concordamos em dar a vida, se necessário, pela implantação do Consolador no mundo, nestes dias tumultuosos. Recebemos auxílios de toda sorte. Não nos têm sido regateados socorros. Conhecemos de perto a agonia e a miséria, também sabemos o paladar da esperança e o aroma dos júbilos. Que mais aguardamos? Avisados de que nossa luta seria entre as forças em litígio: o bem e o mal — eis-nos na liça. A refrega é nosso leito de repouso, a dificuldade, o desafio que nos chega e a dor nossa condecoração.
Ainda por demorado período se fará cruenta a luta dos cristãos novos, decididos. Ontem, a arena requisitava o estoicismo do momento. Hoje as balizas do circo se situam em perímetro colossal, que abrange intérmina área de ação e as feras — as paixões! — tentarão o nefando morticínio ferindo de dentro para fora.
Não há porque recear.
Muitas vezes o pretérito de delitos assomará à frente como ultriz necessidade, ou ferida exposta, ou desequilíbrio tormentoso, ou açoite inexorável, ou inquietação afugente... Mergulhando-se a mente e as preocupações nas águas lustrais da Boa Nova e as mãos no trabalho, não haverá ensejo para o desânimo nem para a acomodação no lamento ou a tentação da fuga.
Vive-se morrendo e morrendo, está-se vivendo. Cada realização enobrecida constitui título de ventura e todo receio mais sombra na treva dos problemas. As alternativas são servir sem desfalecimento e confiar sem tergiversação. Jesus fará o que nos não seja possível realizar.
Confiados em que a vitória final a Ele pertence, exultemos e prossigamos.
Suplicando que o Seu amor nos permeie e a Sua misericórdia nos alcance, sou o servidor humílimo de sempre, Bezerra.”
Respirava-se o ambiente das primitivas células do Caminho. A atmosfera suave expressava o significado do momento. Lágrimas aljofravam os olhos de todos, nascidas nos peitos túmidos de emoção.
Proferida a prece final, o dr. Albuquerque considerou encerrado o culto da noite entre gratidões a Deus e esperanças no futuro promissor.

QUESTÕES PARA ESTUDO

1 – Quais foram as providências adotadas pelo Coronel Santamaria? Por que ele as tomou?

2 – Quem era o casal Dr. Gilvan e D. Matilde? E como Rosângela se relacionava com a história deste casal?

2 – Bezerra de Menezes faz excelentes comentários sobre o texto “Obreiros da última hora”, do Evangelho segundo o Espiritismo. De que modo o espírita pode colaborar na divulgação da doutrina espírita, que pretende resgatar os valores do cristianismo primitivo? Quais são os novos desafios?

Bom estudo a todos!

Equipe Manoel Philomeno