sábado, 7 de fevereiro de 2015

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Revista Espírita: O Exemplo é o mais poderoso agente de propagação


Revista Espírita, junho de 1869
(SOCIEDADE DE PARIS, SESSÃO DE 30 DE ABRIL DE 1869)

Venho esta noite, meus amigos, falar-vos por alguns instantes. Na ultima sessão não respondi; estava ocupado alhures. Nossos trabalhos como Espíritos são muito mais extensos do que podeis supor e os instrumentos de nossos pensamentos nem sempre estão disponíveis. Tenho ainda alguns conselhos a dar-vos sobre a marcha que deveis seguir perante o publico, com o fito de fazer progredir a obra a que devotei minha vida corporal, e cujo aperfeiçoamento acompanho na erraticidade.
O que vos aconselho antes de mais nada e sobretudo, e a tolerância, a afeição, a simpatia de uns para com os outros e também para com os incrédulos.
Quando vedes um cego na rua, vosso primeiro sentimento e a compaixão. Que assim seja também para os vossos irmãos cujos olhos estão fechados e velados pelas trevas da ignorância ou da incredulidade. Lamentai-os, em vez de os censurar. Por vossa doçura, mostrai vossa resignação para suportar os males desta vida, vossa humildade em meio as satisfações, vantagens e alegrias que Deus vos envia; mostrai que há em vos um principio superior, uma alma obediente a lei, a uma verdade também superior: o Espiritismo.
As brochuras, os jornais, os livros, as publicações de toda a espécie são meios poderosos de introduzir a luz por toda a parte, mas o mais seguro, o mais intimo e o mais accessível a todos e o exemplo da caridade, a doçura e o amor.
Agradeço a Sociedade por ajudar aos verdadeiros infortúnios que lhe são indicados. Eis o bom Espiritismo, eis a verdadeira fraternidade. Ser irmãos: e ter os mesmos interesses, os mesmos pensamentos, o mesmo coração!
Espíritas, sois todos irmãos na mais santa acepção do termo. Pedindo que vos ameis uns aos outros, limito-me a lembrar a divina palavra daquele que, há mil e oitocentos anos, pela primeira vez trouxe a Terra o germe da igualdade. Segui a sua lei: ela e a vossa. Nada mais fiz do que tornar mais palpáveis alguns de seus ensinamentos. Obscuro operário daquele mestre, daquele Espírito superior emanado da fonte de luz, refleti essa luz como o verme luzidio reflete a claridade de uma estrela. Mas a estrela brilha nos céus e o verme luzidio brilha na terra, nas trevas. Tal e a diferença.
Continuai as tradições que vos deixei ao partir.
Que o mais perfeito acordo, a maior simpatia, a mais sincera abnegação reinem no seio da Comissão. Espero que ela saiba cumprir com honra, fidelidade e consciência o mandato que lhe e confiado.
Ah ! quando todos os homens compreenderem tudo o que encerram as palavras amor e caridade, na Terra não haverá mais soldados nem inimigos; só haverá irmãos; não haverá mais olhares torvos e irritados; só haverá frontes inclinadas para Deus!
Ate logo, caros amigos, e ainda obrigado, em nome daquele que não esquece o copo d'água e o óbolo da viúva.

Allan Kardec 

(Transcrito da Revista Espirita de 1869, publicada pela EDICEL, traducao de Julio Abreu Filho)

Estudo dirigido: O Evangelho segundo o Espiritismo

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EESE – Cap. VIII – Itens 8 a 10
Tema:   Verdadeira pureza. - Mãos não lavadas
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A - Texto de Apoio:

Verdadeira pureza. - Mãos não lavadas

8. Então os escribas e os fariseus, que tinham vindo de Jerusalém, aproximaram-se de Jesus e lhe disseram: "Por que violam os teus discípulos a tradição dos antigos, uma vez que não lavam as mãos quando fazem suas refeições?"

Jesus lhes respondeu: "Por que violais vós outros o mandamento de Deus, para seguir a vossa tradição? Porque Deus pôs este mandamento: Honrai a vosso pai e a vossa mãe; e este outro: Seja punido de morte aquele que disser a seu pai ou a sua mãe palavras ultrajantes; e vós outros, no entanto, dizeis: Aquele que haja dito a seu pai ou a sua mãe: - Toda oferenda que faço a Deus vos é proveitosa, satisfaz à lei, - ainda que depois não honre, nem assista a seu pai ou à sua mãe. Tornam assim inútil o mandamento de Deus, pela vossa tradição.

Hipócritas, bem profetizou de vós Isaías, quando disse: Este povo me honra de lábios, mas conserva longe de mim o coração; é em vão que me honram ensinando máximas e ordenações humanas."

Depois, tendo chamado o povo, disse: "Escutai e compreendei bem isto: - Não é o que entra na boca que macula o homem; o que sai da boca do homem é que o macula. -O que sai da boca procede do coração e é o que torna impuro o homem; - porquanto do coração é que partem os maus pensamentos, os assassínios, os adultérios, as fornicações, os latrocínios, os falsos-testemunhos, as blasfêmias e as maledicências. - Essas são as coisas que tornam impuro o homem; o comer sem haver lavado as mãos não é o que o torna impuro."

Então, aproximando-se, disseram-lhe seus discípulos: "Sabeis que, ouvindo o que acabais de dizer, os fariseus se escandalizaram?" - Ele, porém, respondeu: "Arrancada será toda planta que meu Pai celestial não plantou. - Deixai-os, são cegos que conduzem cegos; se um cego conduz outro, caem ambos no fosso."( S. Mateus, cap. XV, vv. 1 a 20.)

9. Enquanto ele falava, um fariseu lhe pediu que fosse jantar em sua companhia. Jesus foi e sentou-se à mesa. - O fariseu entrou então a dizer consigo mesmo: "Por que não lavou ele as mãos antes de jantar?" Disse-lhe, porém, o Senhor: "Vós outros, fariseus, pondes grandes cuidado em limpar o exterior do copo e do prato; entretanto, o interior dos vossos corações está cheio de rapinas e de iniquidades. Insensatos que sois! aquele que fez o exterior não é o que faz também o interior?" (S. LUCAS, cap. XI. vv., 37 a 40.)

10. Os judeus haviam desprezado os verdadeiros mandamentos de Deus para se aferrarem à prática dos regulamentos que os homens tinham estatuído e da rígida observância desses regulamentos faziam casos de consciência. A substância, muito simples, acabara por desaparecer debaixo da complicação da forma. Como fosse muito mais fácil praticar atos exteriores, do que se reformar moralmente, lavar as mãos do que expurgar o coração, iludiram-se a si próprios os homens, tendo-se como quites para com Deus, por se conformarem com aquelas práticas, conservando-se tais quais eram, visto se lhes ter ensinado que Deus não exigia mais do que isso. Dai o haver dito o profeta: É em vão que este povo me honra de lábios, ensinando máximas e ordenações humanas.

Verificou-se o mesmo com a doutrina moral do Cristo, que acabou por ser atirada para segundo plano, donde resulta que muitos cristãos, a exemplo dos antigos judeus, consideram mais garantida a salvação por meio das práticas exteriores, do que pelas da moral. E a essas adições, feitas pelos homens à lei de Deus, que Jesus alude, quando diz: Arrancada será toda planta que meu Pai celestial não plantou.

O objetivo da religião é conduzir a Deus o homem. Ora, este não chega a Deus senão quando se torna perfeito. Logo, toda religião que não torna melhor o homem, não alcança o seu objetivo. Toda aquela em que o homem julgue poder apoiar-se para fazer o mal, ou é falsa, ou está falseada em seu principio. Tal o resultado que dão as em que a forma sobreleva ao fundo. Nula é a crença na eficácia dos sinais exteriores, se não obsta a que se cometam assassínios, adultérios, espoliações, que se levantem calúnias, que se causem danos ao próximo, seja no que for. Semelhantes religiões fazem supersticiosos, hipócritas, fanáticos; não, porém, homens de bem.

Não basta se tenham as aparências da pureza; acima de tudo, é preciso ter a do coração.

B - Questões para estudo e diálogo virtual:

1 – Onde está a verdadeira pureza? Explique.

2 – Como podemos conservar o nosso coração próximo do Cristo?

3 – Extraia do texto acima a frase ou parágrafo que mais gostou e justifique.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Espiritirinhas – Renovação

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Desenvolva o tema…

Oi!

Nesta vida, o que realmente possuímos de importante?

Quais coisas são pesadas de se levar e quais são leves?

Quando passarmos para o Outro Lado da vida, quais destas coisas ainda estará conosco? Nós as queremos ou não?

Beijos e abraços

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

As Janelas da Alma só Abrem pelo Lado de Dentro

As Janelas da Alma só Abrem pelo Lado de Dentro

Escrito por Rita Foelker

Como agimos perante a nós mesmos? .

Somos seres em transformação. A vida é uma descoberta de potencialidades e uma permanente construção de nós mesmos. Algumas vezes, partindo de decisões melhores, atingimos o bem-estar e uma condição satisfatória para nosso viver. Decisões menos felizes, em geral, acabam trazendo arrependimentos e dores. .

Mas isso não é necessariamente ruim. Olhar para nossos arrependimentos serve para perceber que nos transformamos. Olhar para nossas dores nos mostra que ainda somos frágeis. Aceitá-las, no entanto, ajuda-nos a nos sentirmos fortes e capazes de enfrentá-las. .

Uma das leis divinas que nos regem a existência é a Lei de Liberdade. A vida é uma professora que nos permite agir, usar nossa curiosidade e impulsos, experimentar para, e somente então, mostrar seu ensinamento. Não pratica a coação e as proibições, só conduz ao nosso encontro com as consequências naturais, para avaliarmos e calibrarmos nossas futuras ações conforme os ideais de justiça, amor e caridade, que pautam um viver mais elevado. .

A vida como professora, porém, não é passiva, pois tem mecanismos para nos despertar: a dor e o arrependimento. Ela nos sinaliza, nos aponta direções, pode inspirar pensamentos, palavras e atos. .

O que ela não pode fazer é agir por nós… Porque nossa alma é nosso domínio, é nossa morada, onde ninguém pode chegar sem pedir licença. Então a vida nos chama, bate à janela oferecendo luminosidade e entendimento. Às vezes, com insistência. Às vezes, com muita força. Fazendo “um barulhão”, até, se nosso sono consciencial estiver muito pesado, apontando uma necessidade, uma ideia equivocada, um reflexo indesejável do que pensamos, dissemos ou fizemos, necessitado de premente revisão…

Diante do chamado da vida à responsabilidade, podemos agir como nosso melhor amigo: ouvindo-nos com benevolência, compreendendo, perdoando a nós mesmos, incentivando aos passos necessários para a melhoria. Mas noutras vezes, sem a devida clareza, agimos como nossos próprios julgadores implacáveis, tentando nos eximir da responsabilidade, enquanto nos acusamos, criando batalhas mentais que drenam nossas energias e nos mantêm na escuridão. .

Sim, é isso o que acontece. E a frase de Jung nos indica a melhor escolha: “Não conseguimos mudar coisa alguma sem antes aceitá-la. A condenação não libera, oprime.” .

A janela da alma só se abre pelo lado de dentro. É preciso querer a luz do entendimento, para que ela venha nos ampliar as condições de lidar com o dia-a-dia, aceitando nosso passado para criar nosso porvir. .

Encaremos os fatos: temos uma faixa de atitudes possíveis, entre as que revelam nossa mais alta evolução presente e aquelas que desnudam nossa fragilidade. Quando um amigo em dificuldade nos procura, podemos ouvir com nosso melhor, com a compaixão. Ou com aquela tendência, ainda presente em nós, de julgar e condenar. A questão é: como agiremos perante a nós mesmos? .

Na caminhada, é preciso acreditar que somos seres com ilimitada potencialidade. Aprender a olhar para nós mesmos com humildade e compaixão, admitindo a vulnerabilidade e os passos equivocados, encontrando a coragem para criar dias melhores em nossas vidas.

(Rita Foelker – Site FEAL)

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Espiritirinhas – Fardo

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Fonte: http://espitirinhas.blogspot.com.br/

Revista Espírita: Poder do ridículo


Revista Espírita, fevereiro de 1869


Lendo um jornal, encontramos esta frase proverbial: Na Franca o ridículo sempre mata. Isto nos sugeriu as seguintes reflexões:
Porque na Franca, antes que alhures? É que aqui, mais que alhures, o espírito, ao mesmo tempo fino, caustico e jovial, apreende logo de saída o lado alegre ou ridículo das coisas; busca-o por instinto, sente-o, adivinha-o, por assim dizer fareja-o; descobre-o onde os outros não o percebiam e o põe em relevo com habilidade. Mas o espírito francês quer, antes de tudo, o bom gosto, a urbanidade ate na troça; ri de boa vontade de uma pilheria fina, delicada, sobretudo espirituosa, ao passo que as troças sem sal, a critica pesada, grosseira, causticante, semelhante à pata de urso ou ao soco do rústico, lhe repugnam, porque tem uma repulsa instintiva pela trivialidade.
Talvez digam que certos sucessos modernos parecem desmentir essas qualidades. Haveria muito a dizer sobre as causas desta desvio, que não deixa de ser muito real, mas que É apenas parcial, e não pode prevalecer sobre o fundo do caráter nacional, como demonstraremos qualquer dia. Apenas diremos, de passagem, que esses sucessos que admiram as pessoas de bom gosto, em grande parte são devidos à curiosidade muito vivaz, também, no caráter francês. Mas escutai a multidão à saída de certas exibições; o julgamento que domina, mesmo na boca do povo, resume-se nestas palavras: É desagradável! contudo a gente veio unicamente para poder dizer que viu uma excentricidade. Lá não voltam, mas, esperando que a multidão de curiosos tenha desfilado, o sucesso esta feito, e é tudo o que pedem. Dá-se o mesmo em certos sucessos supostamente literários.
A aptidão do espírito francês para captar o lado cômico das coisas faz do ridículo uma verdadeira potencia, maior na Franca do que em outros paises: mas É certo dizer que sempre mata?
Ha que distinguir o que se pode chamar o ridículo intrínseco, isto É, inerente à coisa mesma e o ridículo extrínseco, vindo de fora e derramado sobre uma coisa. Sem duvida, este ultimo pode ser lançado sobre tudo, mas só fere o que É vulnerável; quando ataca as coisas que não dão margem, desliza sem alcançá-las. A mais grotesca caricatura de uma estatua irrepreensível nada tira de seu mérito e não a faz decair na opinião, pois cada um pode apreciá-la.
O ridículo não tem forca senão quando fere com precisão, quando ressalta com espírito e finura os caprichos reais: É então que mata; mas quando cai no falso, absolutamente não mata, ou antes ele se mata. Para que o adágio acima seja completamente verdadeiro, seria preciso dizer: "Na Franca o ridículo sempre mata o que É ridículo". O que realmente É verdadeiro, bom e belo jamais É ridículo. Se se leva à troça uma personalidade notoriamente respeitável, como, por exemplo, o cura Viannet, inspira-se desgosto, mesmo aos incrédulos, tanto que É verdade que o que É respeitável em si É sempre respeitado pela opinião publica.
Como nem todos tem o mesmo gosto, nem a mesma maneira de ver, o que É verdadeiro, bom e belo para uns, pode não o ser para outros. Então quem será o juiz? O ser coletivo que se chama todo o mundo, e contra cujas decisões em vão protestam as opiniões isoladas. Algumas individualidades podem ser momentaneamente desviadas pela critica ignorante, malévola ou inconsciente, mas não as massas, cujas opiniões sempre acabam triunfando. Se a maioria dos convivas num banquete acha um prato a seu gosto, por mais que digais que É ruim, não impedireis que o comam, ou pelo menos que o provem.
Isto nos explica porque o ridículo, derramado em profusão sobre o Espiritismo, não o matou. Se ele não sucumbiu, não É por não ter sido revirado em todos os sentidos, transfigurado, desnaturado, grotescamente ridicularizado por seus antagonistas. E contudo, apos dez anos de encarnecida agressão, ele esta mais forte do que nunca. É porque ele É como a estatua de que falamos ha pouco.
Em definitivo, sobre o que se exerceu particularmente o sarcasmo, a propósito do Espiritismo? Em que realmente apresenta o flanco à critica: os abusos, as excentricidades, as exibições, as explorações, o charlatanismo sob todos os aspectos, as praticas absurdas que são apenas a sua parodia, de que o Espiritismo serio jamais tomou a defesa, mas que ao contrario, tem sempre desautorizado. Assim, o ridículo não feriu, e não pode morder senão o que era ridículo na maneira por que certas pessoas pouco esclarecidas concebem o Espiritismo. Se ainda não matou inteiramente esses abusos, deu-lhes um golpe mortal, e era de justiça.
Então o Espiritismo verdadeiro não pode senão ganhar em se desembaraçar da chaga de seus parasitas, e foram os seus inimigos que disso se encarregaram. Quanto à Doutrina propriamente dita, É de notar que quase sempre ela ficou fora de debate. E, contudo, É a parte principal, a alma da causa. Seus adversários bem compreenderam que o ridículo não poderia atingi-lo; sentiram que a fina lamina da troça,a espirituosa deslizava sobre a couraça, por isso a atacaram com o tacape da injuria grosseira e o soco rústico, mas com tão pouco sucesso.
Desde o principio, o Espiritismo pareceu a certas pessoas, à cata de expedientes, uma fecunda mina a explorar por sua novidade; alguns, menos tocados pela pureza de sua moral do que pelas chances que ai entreviam, meteram-se sob a égide de seu nome, com a esperança de fazer dele um meio. São os que podem ser chamados espíritas de circunstancia.
Que teria acontecido a esta doutrina se ela tivesse usado toda a sua influencia para frustrar e desacreditar as manobras da exploração? Ter-se-iam visto os charlatões pululando de todos os lados, fazendo uma aliança sacrílega daquilo que ha de mais sagrado: o respeito aos mortos com a suposta arte dos feiticeiros, adivinhos, tiradores de cartas, ledores da sorte, suprindo os Espíritos pela fraude, quando estes não vem. Logo ter-se-iam visto manifestações levadas para os palcos, truncadas pelos passes de escamoteação; gabinetes de consultas espíritas anunciados publicamente e revendidos, como agencias de emprego, conforme a importância da clientela, como se a faculdade mediúnica pudesse transmitir-se, à maneira de um fundo de comercio.
Por seu silencio, que teria sido uma aprovação tácita, a doutrina ter-se-ia tornado solidária com esses abusos, diremos mais: cúmplice deles. Então a critica teria feito um belo jogo, porque com todo o direito, poderia ter tomado o partido da doutrina, que por sua tolerância, teria assumido a responsabilidade do ridículo e, por conseguinte, da justa reprovação lançada sobre os abusos; talvez tivesse ela levado mais de um século para erguer-se desse choque. Seria preciso não compreender o caráter do Espiritismo e, ainda menos, seus verdadeiros interesses, para crer que tais auxiliares possam ser úteis à sua propagação e sejam próprios para o fazer considerar como uma coisa santa e respeitável
Estigmatizando a exploração, como temos feito, temos a certeza de haver preservado a doutrina de um verdadeiro perigo, perigo maior que a má vontade de seus antagonistas confessos, porque ela lhes teria apresentado um lado vulnerável, ao passo que eles se detiveram ante a pureza de seus princípios. Não ignoramos que contra nos suscitamos a animosidade dos exploradores e que nos afastamos de seus partidários. Mas que importa? Nosso dever É tomar em mãos a causa da doutrina e não os interesses deles; e esse dever nos cumpriremos com perseverança e firmeza, atÉ o fim.
Não era insignificante lutar contra a invasão do charlatanismo, num século como este, sobretudo um charlatanismo acompanhado, por vezes suscitado pelos mais implacáveis inimigos do Espiritismo. Porque, depois de haver fracassado pelos argumentos, bem compreendiam que o que lhes poderia ser mais fatal era o ridículo. Por isso o mais seguro meio seria fazê-lo explorar pelo charlatanismo, a fim de desacreditá-lo na opinião publica.
Todos os espíritas sinceros compreenderam o perigo assinalado e nos acompanharam em nossos esforços, reagindo por seu lado contra as tendências que ameaçavam desenvolver-se. Não são alguns casos de manifestações, supondo-os reais, dados como espetáculo, como aperitivo à minoria, que dão verdadeiros prosélitos ao Espiritismo porque, em tais condições, eles autorizam a suspeita. Os próprios incrédulos são os primeiros a dizer que, se os Espíritos realmente se comunicam, não será para servirem de comparsas ou parceiros a tanto por sessão; por isso riem deles; acham ridículo que nessas cenas se misturem nomes respeitáveis, e estão cem vezes com a razão. Para uma pessoa que seja levada ao Espiritismo por essa via, sempre supondo um fato real, haverá cem que serão desviadas, sem mais querer ouvir dele falar. A impressão será outra nos meios onde nada de equivoco pode fazer suspeitar da sinceridade, da boa-fé e de desinteresse, onde a notória honorabilidade das pessoas impõe respeito. Se dai não se sai convencido, pelo menos não se leva a idéia de uma charlatanice.
Assim, o Espiritismo nada tem a ganhar, e só poderia perder, apoiando- se na exploração, ao passo que os exploradores É que se beneficiariam de seu credito. Seu futuro não esta na crença de um individuo por tal ou qual caso de manifestação: esta inteirinho no ascendente que conquistar pela moralidade. Foi por ai que triunfou e triunfara ainda das manobras dos adversários. Sua forca esta no seu caráter moral, e é o que lhe não poderão tirar.
O Espiritismo entra numa fase solene, mas na qual ainda terá que sustentar grandes lutas. É necessário, pois, que seja forte por si mesmo e, para ser forte, É preciso que seja respeitável. Cabe aos seus adeptos dedicados fazê-lo respeitar, inicialmente. pregando pela palavra e pelo exemplo; depois, em nome da doutrina, desaprovando tudo quanto possa prejudicar a consideração de que deve ser rodeado. É assim que poderá desafiar as intrigas, a troça,a e o ridículo. 

Allan Kardec.

Passe adiante… compaixão

images3HZKKWXXCompaixão (do latim compassione) pode ser descrito como uma compreensão do estado emocional de outrem; não deve ser confundida com empatia. A compaixão frequentemente combina-se a um desejo de aliviar ou minorar o sofrimento de outro ser senciente, bem como demonstrar especial gentileza com aqueles que sofrem.

A compaixão pode levar alguém a sentir empatia pelo outro. A compaixão é frequentemente caracterizada através de ações, na qual uma pessoa agindo com espírito de compaixão busca ajudar aqueles pelos quais se compadece.

Ter compaixão é permanecer num estado emotivo positivo, enquanto tento compreender o outro, sem invadir o seu espaço .

A compaixão diferencia-se de outras formas de comportamento prestativo humano no sentido de que seu foco primário é o alívio da dor e sofrimento alheios. Atos de caridade que busquem principalmente conceder benefícios em vez de aliviar a dor e o sofrimento existentes, são mais corretamente classificados como atos de altruísmo, embora, neste sentido, a compaixão possa ser vista como um subconjunto do altruísmo, sendo definida como o tipo de comportamento que busca beneficiar os outros minorando o sofrimento deles.

(fonte: wikipédia)

VALORES – caráter

caratervaloresCaráter

É o termo que designa o aspecto da personalidade responsável pela forma habitual e constante de agir peculiar a cada indivíduo; esta qualidade é inerente somente a uma pessoa, pois é o conjunto dos traços particulares, o modo de ser desta; sua índole, sua natureza e temperamento. O conjunto das qualidades, boas ou más, de um indivíduo lhe determinam a conduta e a concepção moral; seu gênio, humor, temperamento; este sendo resultado de progressiva adaptação constitucional do sujeito às condições ambientais, familiares, pedagógicas e sociais.

Caráter é a soma de nossos hábitos, virtudes e vícios.

Caráter, em sua definição mais simples, resume-se em índole ou firmeza de vontade.

O caráter de uma pessoa pode ser dramático, religioso, especulativo, desafiador, covarde, inconstante. Tais variações podem ser inúmeras.

Mas não é o caráter que sofre as influências pelo meio em que é submetido, pois o ser humano demonstra sua pessoal característica desde os primeiros dias. O caráter é inerente do próprio espírito, e os moldes de educação, adaptação às diferentes condições e fases da vida humana apenas levam o ser às escolhas que deve fazer, obedecendo elas a esse princípio.

As culturas antigas costumavam declarar quando de uma pessoa de índole confiável: "Pessoa de caráter forte". Quando o caráter - presença inerente no ser - é forte, significa que por mais maravilhosos ou recompensadores os caminhos possam parecer, há sempre um sentimento de alerta dentro, que indica aquele como um caminho errado, mesmo que no momento possa parecer o correto.

O caráter faz ver além, nas consequências dos atos de hoje, e não pode ser adquirido ou estudado ou mesmo aprendido.

A educação e a cultura se diferem nesses valores, assim como o caráter se interfere a uma coisa e pessoa se difere das boas maneiras ou do estilo de vida que se leva. Ambos, a cultura e o estilo de vida, são transformados, adquiridos e estudados e podem ser esquecidos ou aprimorados. Mas o caráter faz desses todos seus caminhos. Escolher qual deles seguir e quais consequências irão advir só o caráter pode identificar, no momento que as decisões - de trabalho, amor, relações sociais, escolares, de amizade etc. - são tomadas.

(Fonte: Wikipédia)

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Você sabia?!

Você sabia...

 

 

O acaso não existe.

Todo o Universo é regido por Deus, mediante leis Justas e Imutáveis.

'Tinha medo do que iam pensar de mim', diz homem vítima de violência doméstica

'Tinha medo do que iam pensar de mim', diz homem vítima de violência doméstica

Nomia Iqbal
Repórter do Newsbeat

Um britânico cuja ex-namorada o deixou com ferimentos graves falou pela primeira vez sobre sua experiência como vítima de violência doméstica.
Mark Kirkpatrick, de 30 anos, foi encontrado em uma rua do condado de Lancashire, no noroeste da Inglaterra, sete meses atrás, depois que sua ex-namorada Gemma Hollings, de 37, o atacou usando uma estaca, um martelo e uma garrafa.
Ele ainda tem cicatrizes em seu corpo e em seu rosto. A polícia de Lancashire disse que o ataque foi um dos piores casos de violência doméstica já vistos na região.
Em outubro, Hollings foi condenada a oito anos de prisão.
Apesar de o número de mulheres vítimas de violência doméstica ser muito maior na Inglaterra e no País de Gales – 1,2 milhões em 2013, segundo a polícia - cerca de 700 mil vítimas são homens.
No Brasil, uma pesquisa do DataSenado em 2013 indica que mais de 13,5 milhões de mulheres já sofreram algum tipo de agressão e cerca de 700 mil ainda convivem com o agressor. Cerca de 65% das mulheres foram agredidas por maridos, companheiros ou namorados. Não há estatísticas sobre a violência doméstica contra homens no país.
"Os homens provavelmente sentem medo de denunciar porque têm receio do que as pessoas vão pensar. Não ouvimos isso frequentemente sobre os homens, mas eles também não merecem sofrer. Ninguém merece – nem homens, nem mulheres", disse Kirkpatrick à BBC.
Comportamento agressivo
O britânico conta que demorou para perceber o comportamente agressivo da namorada.
"Estava tudo bem no início. Quando ela começou a se tornar controladora, achei que era uma coisa passageira. Ela começou a me dizer para não usar shorts e não me deixava raspar a cabeça, mesmo que eu estivesse assim quando nos conhecemos."
"Três ou quatro semanas depois que começamos a morar juntos, ela ficou violenta. Discutimos, eu me levantei para sair de casa, ela me empurrou na escada e tentou me estrangular", relembra.
O comportamento agressivo continuou até o dia 2 de maio, uma sexta-feira, quando Hollings foi além.
"Ela queria dinheiro. Eu liguei para minha mãe e ela não quis me dar. Gemma ficou violenta, me empurrou na parede, apertou meus testículos, pegou uma estaca de metal e me bateu por todo o corpo."
"Depois ela pegou um martelo e bateu na minha cabeça. Também usou um canivete para me cortar."
Kirkpatrick diz, no entanto, que não reagiu nem quis chamar a polícia. Ele foi para a cama e tentou contornar a situação, mas Hollings voltou a ficar violenta no dia seguinte.
"Havia sangue por todo o lado e ela me pediu para limpar. Obviamente eu não conseguia, então não limpei. Ela pegou uma garrafa, quebrou-a e me apunhalou no pescoço."
Trauma
Ele correu para a rua, onde uma pessoa o encontrou e insistiu que ele fosse para o hospital.
A polícia diz que quando o encontrou, Kirkpatrick estava tão traumatizado que não percebia o quão sérios eram seus ferimentos. Segundo os policiais, ele poderia ter morrido.
"Eu estava com a órbita ocular (cavidade do crânio onde fica o olho) estilhaçada e precisei colocar uma placa de metal. Também tinha quatro ou cinco cortes profundos."
Ainda assim, ele mentiu para os policiais sobre o que havia acontecido e evitou falar sobre a violência que sofria.
"De certo modo, eu estava com receio de falar, de que as pessoas pensassem: 'ah, ele apanhou de uma mulher'", diz.
"De certo modo, eu a amava. Só queria resolver isso e seguir em frente."
Estatísticas do Levantamento de Crimes de 2013 na Inglaterra e País de Gales dizem que geralmente são necessários 30 incidentes antes que uma vítima de violência doméstica denuncie.
No fim, o britânico decidiu contar à polícia o que estava acontecendo.
"Se eles não tivessem se envolvido, ela poderia ter escapado. Poderia ter feito algo muito pior com outra pessoa, poderia ter feito algo muito pior comigo."
Gemma Hollings foi condenada por causar danos físicos graves e por agressão após um julgamento de cinco dias.
Seu ex-namorado, por sua vez, é perguntado frequentemente por que não se defendeu.
"As pessoas me perguntam muito: 'por que você não bateu de volta?'. Simplesmente não bati. Eu não bato em mulheres, não sou assim."
Mark Brooks, diretor da Mankind Iniciative, ONG britânica que dá apoio a homens vítimas de violência doméstica, diz que uma em cada cinco pessoas procurando a polícia agora são homens.
"Todas as campanhas sobre violência doméstica deveriam dar status igual para mulheres vítimas e homens vítimas. Tudo bem haver campanhas só para mulheres, mas é preciso ter campanhas para os homens, também", defende.

Notícia publicada na BBC Brasil, em 16 de dezembro de 2014.

Claudia Cardamone* comenta

Na obra de Allan Kardec, O Céu e o Inferno, no item 7, do Código Pena da Vida Futura, o autor escreveu: “O Espírito sofre segundo o que fez sofrer, de maneira que sua atenção estando incessantemente voltada para as consequências desse mal, ele compreende melhor os inconvenientes do seu procedimento e é levado a se corrigir”. Mais adiante, no item 10, ele diz: “O Espírito sofre de acordo com as suas imperfeições, seja no mundo espiritual, seja no corporal. Todas as misérias, todas as dificuldades que ele enfrenta na vida corpórea são as consequências de suas próprias imperfeições, as expiações de faltas cometidas nesta mesma existência ou nas existências anteriores. Pela natureza do sofrimento e das dificuldades que ele enfrenta na vida corpórea, podemos julgar a natureza das faltas cometidas numa existência anterior e quais as imperfeições que as causaram”.
Nesta notícia, um britânico é vítima de violência doméstica que apesar dos graves ferimentos afirmou que não reagiu porque ele não batia em mulheres.
Analisando o caso poderíamos perceber que ele foi provavelmente autor de violência doméstica. Ao desencarnar e refletir, compreendeu a falta que havia cometido. Arrependido, decidiu expiar a falta. Esta consciência é observada quando ele não bate em mulheres, mesmo que esteja apanhando violentamente. A compreensão do bem e do mal deste caso permite que ele possa exercer com determinação seu livre-arbítrio.
Segundo Kardec, o arrependimento é o primeiro passo para o nosso melhoramento moral, mas só ele não basta, é preciso expiar e reparar a falta cometida. Segundo ele, a expiação são os sofrimentos físicos e morais, que são consequências da falta cometida. Já a reparação é praticar o bem para quem se fez o mal. Para cada falta que fazemos devemos passar por estas três etapas: arrependimento, expiação e reparação.

* Claudia Cardamone nasceu em 31 de outubro de 1969, na cidade de São Paulo/SP. Formada em Psicologia, pelas FMU, e em Pedagogia, pela UNISUL. Reside atualmente em Santa Catarina, onde trabalha como professora. É espírita e trabalhadora do Grupo União e Amor de Formação Espiritual, em Paulo Lopes/SC.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Mural reflexivo: Juventude e liberdade

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Juventude e liberdade

      Cresce o número de adolescentes grávidas...

      Adolescentes são vítimas do alcoolismo.

      Cresce o número de crimes praticados por jovens...

      Aumenta o consumo de álcool e cigarro entre os adolescentes...

      Estas são algumas das notícias que estampam os jornais nos últimos tempos.

      Onde foi parar a liberdade?

      Juventude é sinônimo de liberdade. É o que cantam os jovens.

      Ser jovem é ser livre, dizem.

      Será que os nossos jovens sabem o que é ser livre?

      Ou será que estão buscando a liberdade entregando-se ao jugo das drogas e da libertinagem?

      Parece que há uma confusão muito grande na cabeça do jovem moderno, que luta tanto pela liberdade e se entrega sem reflexão à dependência química.

      Pois, em nome dessa pseudoliberdade apertam os grilhões que os manterão presos por muito tempo.

      Dos homens de Malboro que conhecemos outrora e cujos outdoors eram mostrados em nossas cidades, todos já se despediram da vida física, sendo que a maioria deles corroídos por cânceres variados.

      Será que a juventude não consegue distinguir o que seja a verdadeira liberdade?

      Tão logo o adolescente pode, corta o cordão umbilical que o une aos pais. Afinal, é careta ser chamado de filhinho da mamãe, por depender da sua amorosa proteção.

      Mas, será que careta não é ser dependente do cigarro, do álcool ou de outras drogas?

      Será que não é melhor seguir as orientações dos pais que verdadeiramente o amam, ao invés de se entregar aos interesses mundanos dos traficantes e dos comerciantes inescrupulosos?

      Em nome da liberdade, os jovens entregam-se aos desejos carnais, permitindo que a gravidez lhes traga responsabilidades precoces.

      Em nome da liberdade, deixam os filhos, gerados sem responsabilidade, entregues a si mesmos, quando não os matam ainda no ventre.

      Em nome da liberdade, buscam o cigarro, os alcoólicos, dos quais não conseguem libertar-se, tornando-se escravos desses venenos livres.

      Em nome da liberdade, deixam-se dominar pela fúria e caem nas malhas dos crimes.

      Nós perguntamos: isso tudo é liberdade ou é escravidão?

      Que futuro podemos esperar se os jovens, que são a concretização do futuro, se degradam dia a dia?

      Com que mãos firmes poderemos contar no amanhã, se as dos nossos jovens estão trêmulas pelos efeitos das drogas?

      Será que poderemos contar com cérebros brilhantes se os nossos jovens destroem seus neurônios sob a ação do álcool?

      Cabe aos pais e educadores a grande tarefa de orientar e mostrar novos rumos aos jovens de hoje, para que nossa sociedade não apodreça nas bases.

      Cabe aos jovens discernir o que é lícito e o que convém ao verdadeiro cristão.

      No dizer de Paulo, o Apóstolo, tudo me é permitido, mas nem tudo me convém. Aí está a chave para quem anseia por ser verdadeiramente livre.

      Busquemos a libertação física pela limitação dos apetites.

      A libertação intelectual pelo conhecimento da verdade, e, por fim, a liberdade moral pela conquista das virtudes. Só dessa forma seremos soberanamente livres.

     *   *   *

      Em grande parte dos acidentes de trânsito os motoristas estão embriagados.

      O grande incentivo ao uso do álcool surge no ambiente familiar.

      Por ser o álcool uma droga socialmente aceita, os pais não se dão conta de que estão permitindo que seus filhos adentrem por caminhos de difícil volta.

    (Redação do Momento Espírita, com base em dados extraídos de nota publicada no Jornal Gazeta do Povo, em 26/09/96)

São Paulo – Lançamento Nacional Livro: Divaldo Franco

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Programação completa 59 CONCAFRAS PSE –2015 – Patos de Minas

 

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