sábado, 14 de maio de 2016
sexta-feira, 13 de maio de 2016
Livro em estudo: Nos Bastidores da Obsessão – Editora FEB - 1970 - A016 – Cap. 4 – Estudando o hipnotismo – Segunda parte
Livro em
estudo: Nos Bastidores da Obsessão – Editora FEB - 1970
Autor:
Espírito Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco
A016 – Cap. 4 – Estudando o hipnotismo – Segunda parte
«Em todo processo hipnológico, pois,
convém examinar a questão da sintonia e da sugestão, com razões poderosas,
senão imprescindíveis para a consecução dos objetivos: a fixação da ideia
invasora.
«O Professor José Grasset, por
exemplo, o excelente mestre de Montpeliier, inspirado nas observações realizadas
em torno do polígno cerebral que
também servira de base a Wundt e Charcot, afirmava ter descoberto ali o
centro da consciência, o núcleo da vontade, colocando, imediatamente abaixo, o
centro de Broca, responsável, pelos encargos da linguagem e os responsáveis
pela visão, audição, gustação, etc... Imaginava, então, um ponto de referência
que passava a ser o centro do psiquismo
superior, encarregado dos fenômenos conscientes e no polígono propriamente dito o campo do pensamento e da vontade,
encarregado de todas as tarefas do automatismo
psicológico. Elucidava, em consequência, que toda sugestibilidade que
dimana do operador se transmite inconscientemente
tomando posse do campo cerebral, no polígono
do hipnotizado. A vontade dominante se encarrega de conduzir a vontade
dominada, como se a alma de quem hipnotiza substituísse momentaneamente a alma
do que foi hipnotizado». Dessa forma, o hipnotismo pode ser denominado, como
querem alguns experimentadores, «O anestésico da razão».
“Já o psicólogo inglês Guilherme
Mac-Dougall, igualmente fascinado pelo assunto, asseverava, examinando o problema
da sugestão na hipnose, que esta é um meio de transmissão do pensamento, tendo
como resultado a convicta aceitação de qualquer mensagem proposta independendo
de análise pelo paciente com exame lógico para a sua aquiescência. Isto é: o
operador impõe-se ao sujeito, que o
recebe sem reação proveniente de exame prévio.
“Em bom vernáculo, sugestão é «o ato ou efeito de sugerir.
Inspiração, estímulo, instigação. Ideia provocada em uma pessoa em estado de
hipnose ou por simples telepatia”.
«A sugestão é, portanto, a
inspiração incidente, constante, que atua sobre a mente, provocando a aceitação
e a automática obediência.
«Por essa razão, Forel informa que
os cérebros sadios são mais fáceis de aceitar a sugestão, e Emilio Coué,
discípulo de Liébault, prefere considerar que os pacientes capazes de
autossugestionar-se são melhores para que com eles se lobriguem resultados mais
explícitos e imediatos.
«Outros autores, como é o caso do
insigne Pavlov, o «pai» dos reflexos nos animais e no homem, elucidam que o
sono natural hipnótico e a inibição constituem a mesma coisa, deixando
transparecer que, no momento em que essa inibição se generaliza, permanecendo a
causa preponderante, tende a espalhar-se, facultando ao hipnotizando aceitar a
sugestão que prepondera.
«Ocorre, entretanto, que todos os
seres têm uma tendência ancestral, natural, para a obediência, o que se
transforma num condicionamento inconsciente para aceitar toda ordem exterior,
quando não se tem uma lucidez equilibrada e firme capaz de neutralizar as
ideias externas que são sugeridas.
«No fenômeno hipnológico há outro
fator de grande valia que é a perseverança, a constância da ideia que se
sugere naquele que a recebe. Lentamente a princípio tem início a penetração da
vontade que, se continuada, termina por dominar a que se lhe submete.
«Os modernos psicanalistas e
reflexologistas situam as suas observações, os primeiros nos reflexos condicionados,
que pretendem ser um «estado de inibição difusa somática cortical» com a
presença de um ponto de vigília, enquanto os segundos se referem a um «processo
regressivo particular que pode ser iniciado por privação senso-motora ideativa
ou por estimulação de uma relação arcaica com o hipnotista».
Os conceitos emitidos com sabedoria
e em síntese prodigiosa, considerando-Se a imensa variedade de opiniões em
torno do Hipnotismo, nos deslumbravam. Que mundo estranho e imenso, o da mente!
Quantas paisagens desconhecidas para nós! Os próprios estudiosos dos fenômenos
psíquicos, na Terra e além da vida física, encontravam-Se empenhados
milenarmente na elucidação das questões palpitantes da vida mental, encontrando,
só agora, alguns pontos vígeis para elucidações dos processos de intercâmbio
entre homens e homens, espíritos desencarnados e encarnados. Deixava-me arrastar
em considerações, na pausa que se fizera espontanea, quando a Entidade Abnegada
prosseguiu:
— «Isto posto, meus irmãos, examinemos
o problema das obsessões entre os desencarnados e encarnados, na esfera
física.
«Em todo processo de imantação
mental, do qual decorrem os sucedâneos da obsessão simples, da fascinação e da
subjugação — conforme a classificação perfeita de Allan Kardec —, há sempre
fatores predisponentes e preponderantes que se perdem no intrincado das
reencarnações.
«Toda vítima de hoje é algoz de
ontem, tomando o lugar que lhe cabe no concerto cósmico.
«Assim considerando, em quase todos
os processos de loucura — exceção feita não somente aos casos orgânicos de
ataque microbiano à massa encefálica ou traumatismo por choques de objetos
contundentes — defrontamos com rigorosas obsessões em que o amor desequilibrado
e o ódio devastador são agentes de poderosa atuação.
«Quando há um processo de obsessão
desta ou daquela natureza, o paciente possui os condicionamentos psíquicos — lembranças inconscientes do débito
através das quais se vincula ao perseguidor —, que facultam a sintonia e a
aceitação das ideias sugeridas e constringentes que chegam do plano
espiritual.
Se o paciente é experimentado nas
disciplinas morais, embora os compromissos negativos de que padece, consegue,
pela conquista de outros méritos, senão contrabalançar as antigas dívidas pelo
menos granjear recursos para resgatá-las por outros processos que não os da
obsessão.
“As Leis Divinas são de justiça,
indubitavelmente; no entanto, são também de amor e de misericórdia. O Senhor
não deseja a punição do infrator, antes quer o seu reajuste à ordem, ao dever,
para a sua própria felicidade.
«Desse modo, quando a entidade
perseguidora, consciente ou não, se vincula ao ser perseguido, obedece a
impulso automático de sintonia espiritual por meio da qual estabelece os
primeiros contactos psíquicos, no centro da ideia, na região cortical
inicialmente e depois nos recônditos do polígono
cerebral, donde comanda as diretrizes da vida psíquica e orgânica,
produzindo ali lesões desta ou daquela natureza, cujos reflexos aparecem na
distrofia e desarticulação dos órgãos ligados à sede atacada pela
força-pensamento invasora.
«Desse centro de comando, em que o hóspede se sobrepõe ao hospedeiro, as alienações mentais e os
distúrbios orgânicos se generalizam em longo curso, que a morte do obsidiado nem sempre interrompe.
«A consciência culpada é sempre
porta aberta à invasão da penalidade justa ou arbitrária. E o remorso, que lhe
constitui dura clave, faculta o surgimento de ideias-fantasmas apavorantes que
ensejam os processos obsessivos de resgate das dívidas.
«Invariavelmente, na obsessão, há
sempre o aproveitamento da ideia traumatizante — a presença do crime praticado
—, que é utilizada pela mente que se faz perseguidora revel, apressando o
desdobramento das forças deprimentes em latência, no devedor, as quais,
desgovernadas, gravitam em torno de quem as elabora, sendo consumido por elas
mesmas, paulatinamente.
Nas atividades da obsessão de
espíritos a espíritos desencarnados, aqueles verdugos, conhecedores das
limitações e dos erros dos recém-chegados da jornada carnal, após os terem
acompanhado anos a fio, com sicários implacáveis, utilizam-se de ardis com que
apavoram os desassisados, e por processos de sugestão, aplicados com
veemência nos centros perispirituais, conseguem produzir lamentáveis
condicionamentos de alteração na forma das
vítimas que se lhes demoram nas garras, dominando-as, por fim, em demorado
curso de vingança ultriz e devastadora.
«As ideias plasmadas e aceitas pelo
cérebro, durante a jornada física, criam nos painéis delicados do perispírito
as imagens mais vitalizadas, de que se utilizam os hipinotizadores espirituais para recompor o quadro apavorante, em
cujas malhas o imprevidente se vê colhido, derrapando para o desequilíbrio
psíquico total e deixando-se revestir por formas animalescas grotescas — que
já se encontram no subconsciente da própria vítima — e que estrugem, infelizes,
como o látego da justiça no necessitado de corretivo.
«No sentido oposto, as ideias
superiores, alimentadas pelo espírito em excursão vitoriosa, condicionam-no à
libertação, concedendo «peso específico» ao
seu perispírito, que pode, então, librar além e acima das vicissitudes
grosseiras do liame carnal.
«Com muita sabedoria, Allan Kardec
enunciou que:
«Relativamente às sensações que vêm
do mundo exterior, pode-se dizer que o corpo recebe a impressão; o perispírito
a transmite e o Espírito, que é o ser sensível e inteligente, a recebe. Quando
o ato é de iniciativa do Espírito, pode dizer-se que o Espírito quer, o
perispírito transmite e o corpo executa — elucidando, em admirável síntese, o
poder do pensamento na vida orgânica e das sensações no Espírito (4).
Amplo silêncio se espraiou pela
sala. Todos mergulhamos em meditações, enquanto o angélico Instrutor propiciou
uma pausa para reflexão dos ouvintes. E como fazendo as elucubrações para
finalizar, arrematou:
— “Por essa razão, a vitalização de idéias
edificantes constrói o céu generoso
da felicidade, tanto quanto a mentalização deprimente gera o inferno da aflição que passa a governar
o comportamento do espírito.
«É nesse particular que se avultam
as lições soberanas do Mestre Galileu, conclamando o homem ao ajustamento à
vida, respeitando-lhe as diretrizes abençoadas, através das medidas da
mansuetude, da compaixão, da misericórdia, do amor indistinto e do perdão incessante.
«Reverenciamos hoje na Terra,
felizmente, o Espiritismo com Jesus, verdadeira fonte de idéias superiores e
enobrecidas que libertam õ espírito e o conduzem às verdadeiras causas em que
devem residir os seus legítimos interesses, fazendo que a dúvida seja banida,
no que diz respeito à vida verdadeira, e trabalhando contra o egoísmo, fator
infeliz de quase todos os males que afligem a Humanidade.
«Se alguém incide em erro, que se
levante do equívoco e recomece o trabalho da própria dignificação. O erro representa lição que não pode constituir látego, mas
ensejo de enobrecimento pela oportunidade que faculta para a reparação e o
refazimento.
«O intercâmbio permanente dos
Espíritos de uma com outra esfera da vida objetiva, seguramente, oferece ao
homem a visão porvindoura do que, desde já, lhe está reservado. No entanto, para
dizer-se alguém espírita não basta que se tenha adentrado nos conceitos
espiritistas ou participado de algumas experiências práticas da mediunidade...
É imprescindível incorporar ao modo de vida os ensinamentos dos Espíritos da
Luz, tomando parte ativa na jornada de redenção do homem, por todos os modos e
por todos os meios ao alcance, para que triunfem os postulados da paz, da
justiça e do amor entre todas as criaturas.
«Nesse particular, o amor, conforme
nos legou Jesus-Cristo, possui a força sublime capaz de nos preservar de nós
mesmos, ainda jornaleiros do instinto, ensinando-nos que a felicidade tem as
suas bases na renúncia e na abnegação, ensejando-nos mais ampla visão de
responsabilidade e dever na direção do futuro.
«Dia virá, não muito longe, em que a
dor baterá em retirada, definitivamente, e o intercâmbio do bem, pela força
criadora do amor que se origina nos Dínamos Mentais da Divina Providência,
envolverá vigorosamente todos os seres e os conduzirá à direção da tranquilidade
plena, em cujo caminho já nos encontramos desde agora...
«Confiemos, pois, na vitória final
do bem e desde logo nos entreguemos ao Sumo Bem que cuidará do nosso próprio
bem».
Calou-se o Amigo Espiritual.
Suaves vibrações como que carreadas
por mãos invisíveis invadiram a sala, e ondas de imensa tranquilidade nos
dominavam a todos.
Proferindo
expressões de despedida carinhosa e deixando-nos com lágrimas que fluíam
abundantes dos olhos, o Venerando Mentor desligou-se do médium e a sessão foi encerrada
Um
silêncio de emoções indescritíveis nos acompanhou a todos de retorno ao lar, para o
necessário repouso, enquanto a noite serena salmodiava canções em fios
estelares, estuando no Infinito.
(4)
“Obras Póstumas” — Allan Kardec — 11ª
edição —“Manifestações dos Espíritos” — Item 11 — FEB. — Nota do Autor
espiritual.
QUESTÕES PARA ESTUDO E
DIÁLOGO VIRTUAL
2) Por que o hipnotismo foi considerado o “anestésico da razão”?
3) Que tipo de predisposição uma pessoa pode ter para ser vítima da obsessão?
4) O que uma pessoa que já cometeu muitos males em existências anteriores pode fazer para prevenir-se do assédio de Espíritos obsessores?
5) Dúvidas sobre este capítulo?
Um abraço a todos!
quinta-feira, 12 de maio de 2016
Famílias iraquianas recorrem a venda de órgãos contra pobreza
Famílias iraquianas recorrem a venda de órgãos contra pobreza
Ahmed Maher
Da BBC News em Bagdá
O agravamento da pobreza no Iraque nos últimos anos está levando muitas famílias a apelar para a venda de órgãos.
É o caso da família de Om Hussein, uma mãe iraquiana que chegou ao limite de suas forças e, desesperada, não viu outra saída.
Assim como milhões de pessoas no país marcado por mais de uma década de guerras e violência, ela, o marido e quatro filhos enfrentam fome e miséria para sobreviver.
O marido, Ali Hussein, está desempregado. Ele é diabético e tem problemas cardíacos. Há nove anos que a família é sustentada por Om, que trabalha como empregada doméstica.
Mas ela diz estar ficando sem condições de trabalhar.
"Estou cansada e ficamos sem dinheiro para pagar aluguel, remédios, comida e as necessidades das crianças", conta ela, na casa de um quarto no leste de Bagdá, onde a família está morando temporariamente.
A casa onde a família morava estava tão deteriorada que desabou há alguns meses; eles têm sobrevivido graças à ajuda de amigos e parentes.
"Trabalhei em tudo o que você pode imaginar", conta o marido, Ali. "Açougueiro, diarista, catador de lixo. Eu não pediria dinheiro, mas eles deram", disse Ali.
"Eu diria para o meu filho pegar pão jogado fora na rua e nós comeríamos, mas nunca pedi comida ou dinheiro."
Sacrifício
Em meio a tanta pobreza, Om Hussein decidiu fazer um grande sacrifício.
"Decidi vender um dos meus rins. Eu não podia mais sustentar minha família. Seria melhor do que vender meu corpo ou viver de caridade", disse.
O casal encontrou um traficante de órgãos, mas exames iniciais mostraram que os rins de Om e de seu marido não eram saudáveis o bastante para aguentar um transplante.
Decepcionados, o casal pensou em uma solução desesperada.
"Por causa de nossa situação miserável até pensamos em vencer o rim de nosso filho", disse Ali apontando para o filho de nove anos, Hussein.
"Faríamos qualquer coisa menos pedir esmolas. Por que nós chegamos a isso?"
A família não foi tão longe, mas dizem que só de pensar na possibilidade todos já ficaram desolados.
O comércio
A crescente pobreza no país deu grande impulso ao tráfico de rins e outros órgãos em Bagdá.
Segundo estatísticas do Banco Mundial relativas a 2014, cerca de 22,5% da população do Iraque, de quase 30 milhões de pessoas, vivem na miséria.
Gangues oferecem até US$ 10 mil (quase R$ 36 mil) por um rim e têm se aproximado dos iraquianos mais pobres, transformando o país em um novo centro do comércio de órgãos no Oriente Médio.
"O fenômeno é tão espalhado que as autoridades não tem como combatê-lo", disse Firas al-Bayati, advogado ligado a defesa de direitos humanos.
"Nos últimos três meses lidei pessoalmente com 12 pessoas que foram presas por vender os próprios rins. E a pobreza era a razão por trás destes atos."
"Imagine este cenário: um pai desempregado que não tem nenhuma fonte de renda para sustentar os filhos. Ele se sacrifica e ainda é preso. Considero-o uma vítima; tenho que defendê-lo", diz ele.
Nova lei
Em 2012, o governo aprovou uma nova lei para combater o tráfico de pessoas e órgãos.
Apenas familiares podem doar os órgãos para outra pessoa e com consentimento mútuo.
Mas a partir daí, os traficantes passaram a usar documentos de identidade falsos, tanto do comprador como do vendedor, para provar que seriam da mesma família.
"É muito fácil falsificar documentos de identidade. Mas, em breve, o governo vai introduzir novas identidades biométricas, que são impossíveis de falsificar", disse al-Bayati.
As penas por quem comercializa órgãos varia de três anos de prisão à pena de morte e, segundo Firas al-Bayati, os juízes não costumam aceitar a pobreza como justificativa para o crime.
Na prisão
A reportagem da BBC teve acesso a uma prisão iraquiana para se encontrar com um homem que foi preso depois de oferecer rins para vender.
Mohammed, que preferiu não dar o nome completo, está em uma prisão de segurança máxima junto com outras dez pessoas condenadas por tráfico de órgãos.
"No começo eu não me sentia culpado", disse Mohammed, que tem dois filhos.
"Encarava como uma causa humanitária, mas depois de alguns meses neste negócio comecei a questionar a moralidade – principalmente por causa das condições miseráveis dos vendedores de órgãos. Partiu meu coração ver jovens fazendo isto por dinheiro."
Ele foi preso em frente a um hospital público de Bagdá em novembro de 2015 depois que um policial fingiu ser um possível comprador.
A maioria dos transplantes ilegais de órgãos ocorre em hospitais particulares, especialmente no Curdistão iraquiano, segundo Mohammed. Nesta região há menos restrições do que em Bagdá.
Mas retiradas de órgãos ou transplantes acabam sendo realizados também em hospitais públicos; os cirurgiões dizem que é muito difícil analisar os documentos de cada caso.
"Não há lei no mundo que responsabilize o cirurgião por isso", disse Rafe al-Akili, cirurgião no Centro de Doenças e Transplantes Renais de Bagdá.
"É verdade que, em alguns casos, temos dúvidas, mas não é o bastante para impedir a cirurgia pois, sem ela, as pessoas vão morrer."
Claudio Conti* comenta
Desde longa data a humanidade se digladia acerca do tipo de governo mais adequado. Grandes debates são mantidos chegando, muitas vezes, à agressão física e verbal.
Todos os lados apresentam as vantagens de suas convicções, enquanto que apontam as desvantagens dos outros modelos. Em geral, todos têm razão e, ao mesmo tempo, estão equivocados. Podemos dizer, sem medo de errar, que todos estão equivocados pelo simples motivo, que não tem nada de simples, de haver reportagens como esta em análise.
Independentemente de tudo e qualquer coisa, todo e qualquer sistema falirá no intuito principal de um governo, que é propiciar condições adequadas de vida para os governados, enquanto houver o orgulho e o egoísmo norteando ideias e ideais.
No livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, mais precisamente no capítulo VII, encontramos o seguinte: "Generaliza-se o mal-estar. A quem inculpar, senão a vós que incessantemente procurais esmagar-vos uns aos outros? Não podeis ser felizes, sem mútua benevolência; mas, como pode a benevolência coexistir com o orgulho? O orgulho, eis a fonte de todos os vossos males. Aplicai-vos, portanto, em destruí-lo, se não lhe quiserdes perpetuar as funestas consequências.” No capítulo XI, temos ainda: "Com o egoísmo e o orgulho, que andam de mãos dadas, a vida será sempre uma carreira em que vencerá o mais esperto, uma luta de interesses, em que se calcarão aos pés as mais santas afeições, em que nem sequer os sagrados laços da família merecerão respeito.”
O orgulho, no qual se busca uma luta incessante para a manutenção de poder ou posição, pode levar as pessoas às mais cruéis das torpezas contra, muitas vezes, os seus concidadãos, vizinhos e amigos. Em determinadas condições de insanidade, mental e moral, dependendo da posição que ocupar, o indivíduo poderá afetar aqueles que lhe estão ao redor, tais como os familiares, um grupo maior, tais como os funcionários de uma empresa, ou, no pior do extremo, um país inteiro, privando os cidadãos do mínimo necessário para a manutenção da vida pessoal e de seus dependentes.
Na condição de desespero a que pode chegar uma população sem esperanças de alcançar o sustento através do trabalho digno, qualquer opção passa a ser uma opção válida. O desespero turva a mente, obliterando o bom senso.
A memória é curta e o esquecimento cobra o seu preço. Em alguns casos, situações como esta se estabelece à força, noutras vezes é por "opção" da população diante do que lhes é apresentado. A educação da população é fundamental para que se desenvolva o discernimento e a capacidade de análise da informação divulgada.
* Claudio Conti é graduado em Química, mestre e doutor em Engenharia Nuclear e integra o quadro de profissionais do Instituto de Radioproteção e Dosimetria - CNEN. Na área espírita, participa como instrutor em cursos sobre as obras básicas, mediunidade e correlação entre ciência e Espiritismo, é conferencista em palestras e seminários, além de ser médium pscógrafo e psicifônico (principalmente). Detalhes no site www.ccconti.com.
quarta-feira, 11 de maio de 2016
E, aí! (2) - Já leu?!
Conviver para amar e servir
Os ensinamentos deixados por Mário da Costa Barbosa (1936–1990) aos que com ele conviveram estão presentes nesta obra e servem de inspiração e apoio aos trabalhadores que se dedicam, de forma abnegada, a levá-los ao povo deste país.
Mário da Costa Barbosa não pregava ou aconselhava, mas conduzia à profunda reflexão voltada para a construção de uma sociedade verdadeiramente caridosa, beneficiada pelo bem que pratica, na transformação do mundo em um lugar melhor.
Em Conviver para amar e servir pode-se conhecer ou reviver a história de Mário Barbosa, sendo beneficiado pelos frutos do seu trabalho doutrinário, que incentiva e convoca a semear a Boa‐Nova aos que nos cercam.
Edição da Federação Espírita Brasileira encontra-se em sua terceira impressão da primeira edição, contando com o trabalho dos organizadores Helder Boska de Morais Sarmento, Reinaldo Nobre Pontes e Sonia Regina Hierro Parolin.
E‐book: o livro eletrônico encontra‐se disponível nos sites Amazon, Barnes & Noble International, Buqui, Gato Sabido, iBooks, Kobo, Livraria Cultura, Livrarias Curitiba, Livraria da Travessa e Livraria da Folha. Fonte Mundo Espírita
E, aí! Já leu?!
Perturbações espirituais
Este livro é um breve relato em torno do intercâmbio entre as duas esferas da vida, especialmente cuidando das perturbações espirituais resultantes da suprema ignorância que se permitem os Espíritos infelizes, na sua luta inglória contra o Mestre Jesus e Sua Doutrina.
De alguma forma, faz parte da série que foi iniciada por Manoel Philomeno de Miranda, Espírito, pela psicografia de Divaldo Pereira Franco, com o livro Transição planetária e o Amanhecer de uma era nova, abordando os desafios modernos em forma de obsessões coletivas e individuais, especialmente nas Sociedades Espíritas sérias dedicadas à renovação da sociedade, bem como nos grupamentos humanos que se dedicam ao progresso e à felicidade das criaturas.
Jesus vela pela barca terrestre e condu-la com segurança ao porto de abrigo, sendo infrutuosas todas as tentativas de dificultar-Lhe o ministério de amor e de misericórdia.
É intuito do nobre benfeitor, com essa obra, alertar os companheiros inadvertidos ou descuidados dos deveres espirituais assumidos antes do renascimento carnal, quanto às suas responsabilidades morais na condição de trabalhadores da última hora, comprometidos com os benfeitores da Humanidade que neles confiam.
Em dezessete capítulos, desfilam situações inusitadas, chocantes algumas, propondo-nos a reflexionar se, eventualmente, em nossas Casas Espíritas um ou outro desses fatos não vem ocorrer, mercê da fofoca, da calúnia, do descomprometimento com a Causa Espírita.
A publicação é da Livraria Espírita Alvorada Editora. fonte Mundo Espírita
terça-feira, 10 de maio de 2016
Artigo - Para refletir : Lições para a vida - Um amor antes da vida terrena
Lições para a vida
Um amor antes da vida terrena
abril/2016
O casal americano Ian e Brittani McIntire soube que seria pai de dois herdeiros, um menino e uma menina.
Mason, o menino, apresenta uma deficiência cardíaca e uma deformação no cérebro. Ele pesa somente duzentos e cinquenta e cinco gramas, enquanto a irmã pesa um quilo.
Segundo as indicações médicas, a chance de sobrevivência de Mason seria uma cirurgia cardíaca, inviável pelos problemas do pequenino cérebro.
A apreensiva situação ganhou uma tonalidade mais alegre, quando o ultrassom mostrou o bebê segurando a mão de sua irmã, no útero materno.
A mãe, emocionada, declarou: Eu o carrego mas a única que pode estar ali, com ele, é ela. E o está segurando.
É reconfortante saber que, haja o que houver, ele não estará sozinho.
Vendo a imagem, que se tornou viral na internet, cogitamos do seu significado profundo.
A irmãzinha, que o segura pela mão, estará dizendo: Fique, lute, não tema?
Estará passando energias revitalizadoras ao irmãozinho? Desejará que ele nasça, e que possa estar ao seu lado?
De onde vêm essas almas, nos indagamos. Quantas vidas terão realizado juntas?
Se decidiram serem gestadas juntas, bons motivos existem, com certeza. Motivos que se perdem na curva do tempo e falam de uma afeição profunda.
Se Mason conseguirá vir à luz e sobreviver, somente Deus o sabe.
O que é certo é que o amor o sustenta, e lhe insufla ânimo.
O amor o fortifica e aguarda que a vida se concretize, no plano físico, para prosseguirem juntos.
Doces mistérios do amor que se perpetua no tempo…
Profunda lição de amor em tempos em que a vida intrauterina, para tantos, carece de importância. Para tantos que clamam pela interrupção da gestação quando o feto apresenta qualquer dificuldade.
(Fonte: Jornal Mundo Espírita)
segunda-feira, 9 de maio de 2016
domingo, 8 de maio de 2016
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