Como o espiritismo encara o divórcio?
Reportemo-nos ao O Livro dos Espíritos.
questão 695 - O casamento , ou a união permanente de dois
seres, é contrária à lei natural?
- É um progresso na lei natural
questão 697 - a ideia de que o casamento não pode ser
absolutamente dissolvido está na lei natural ou apenas na lei humana?
- é uma lei humana muito contraria à lei natural. Mas os
homens podem mudar suas leis; as da natureza são as únicas imutáveis.
questão 940 - a falta de simpatia entre os seres que tem de
viver juntos não é igualmente uma fonte de desgostos amarga e que envenena toda
a existência?
- muito amarga, de fato; mas é uma dessas infelicidades de
que frequentemente, sois os principais responsáveis. Primeiro, são vossas leis
que estão erradas. Porque acreditais que Deus obriga a ficar com aqueles que vos
desagradam? e depois, nessas uniões, procurais muitas vezes mais a satisfação do
orgulho e da ambição do que a felicidade de uma afeição mutua. Então suportais
as consequencias de vossos preconceitos.
questão 940-a - mas nesse caso não existe quase sempre uma
vitima inocente?
- sim, e é para ela uma dura expiação. Mas a responsabilidade
de sua infelicidade recairá sobre quem a causou. Se a luz da verdade já penetrou
sua alma, terá consolação em sua fé no futuro; além disso, à medida que os
preconceitos forem enfraquecendo, as causas dessas infelicidades intimas também
desaparecerão.
Fazendo uma análise embora superficial do exposto acima
podemos dizer que o espiritismo coloca a união de duas pessoas como um ato de
responsabilidade mútua que deverá ser cumprido dentro do possível. O espiritismo
não faz a apologia do divórcio, mas também não obriga que duas pessoas que
infelizmente não têm mais como continuar juntas em um mesmo caminhar se sintam
obrigados a continuar. É claro que cada um responderá por seus atos, perante sua
própria consciência e perante os fatos de que participou e foi causador.
Ficam acima as considerações de O Livro dos Espíritos para
que você possa refletir mais sobre elas e chegar a sua própria conclusão.
(fonte: CVDEE)