terça-feira, 19 de junho de 2012

Escala espírita - Segunda ordem: Bons Espíritos

Caracteres gerais. - Predominância do Espírito sobre a matéria; desejo do bem. Suas qualidades e o seu poder para fazerem o bem estão em razão do grau que alcançaram: uns têm a ciência, os outros a sabedoria e a bondade; os mais avançados unem o saber às qualidades morais. Não estando, ainda, completamente desmaterializados, conservam, mais ou menos, segundo sua classe, os traços da existência corporal, seja na forma da linguagem, seja em seus hábitos, onde se encontram mesmo algumas das sua manias; de outro modo, seriam Espíritos perfeitos.

Compreendem Deus e o Infinito, e já gozam da felicidade dos bons. São felizes pelo bem que fazem e pelo mal que impedem. O amor que os une é, para eles, a fonte de uma felicidade inefável que não é alterada nem pela inveja, nem pelos desgostos, nem pelos remorsos, nem por nenhuma das más paixões que fazem o tormento dos Espíritos imperfeitos; mas todos têm, ainda, provas a suportar até que tenham atingido a perfeição absoluta.

Como Espíritos, suscitam bons pensamentos, desviam os homens do caminho do mal, protegem, na vida, aqueles que disso se tornam dignos, e neutralizam a influência dos Espíritos imperfeitos naqueles que não se comprazem em suportá-la.

Aqueles em quem estão encarnados, são bons e benevolentes para com os seus semelhantes; não são movidos nem pelo orgulho, nem pelo egoísmo, nem pela ambição; não sentem nem ódio, nem rancor, nem inveja, nem ciúme, e fazem o bem pelo bem.

A essa ordem pertencem os Espíritos designados, nas crenças vulgares, sob os nomes de bons gênios, gênios protetores, Espíritos do bem. Nos tempos de superstição e de ignorância, deles fizeram divindades benfazejas.

Podem, igualmente, ser divididos em quatro grupos principais.

Quinta classe. ESPÍRITOS BENEVOLENTES. - Sua .qualidade dominante é a bondade; comprazem-se em servir aos homens e protegê-los, mas seu saber é limitado: seu progresso se cumpriu mais no sentido moral do que no sentido intelectual.

Quarta classe. ESPÍRITOS SÁBIOS.- O que os distingue, especialmente, é a extensão dos seus conhecimentos. Preocupam-se menos com questões morais do que com questões científicas, para as quais têm mais aptidão; mas, não encaram a ciência senão sob o ponto de vista da utilidade, e nisso não misturam nenhuma das paixões que são próprias dos Espíritos imperfeitos.

Terceira classe. ESPÍRITOS SENSATOS. - Suas qualidades morais, da mais elevada ordem, formam seu caráter distintivo. Sem terem os conhecimentos ilimitados, são dotados de uma capacidade intelectual que lhes proporciona um julgamento sadio sobre os homens e sobre as coisas.

Segunda classe. ESPÍRITOS superiores.- Reúnem a ciência, a sabedoria e a bondade. Sua linguagem não respira senão a benevolência; é constantemente digna, elevada, freqüentemente sublime. Sua superioridade torna-os, mais do que aos outros, aptos a nos darem as mais justas noções sobre as coisas do mundo in-corpóreo, nos limites do que é permitido ao homem conhecer. Comunicam-se, voluntariamente, com aqueles que procuram a verdade de boa-fé, e cuja alma esteja bastante liberta dos laços terrestres para compreendê-la, mas se afastam daqueles que se animam unicamente pela curiosidade, ou que a influência da matéria afasta da prática do bem.

Quando, por exceção, se encarnam na Terra, é para nela cumprirem uma missão de progresso, e nos oferecem, então, o modelo da perfeição, à qual a Humanidade pode aspirar neste mundo.

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