Qual o posicionamento do espiritismo sobre controle de natalidade diante da
atual realidade brasileira, onde existem famílias com 5 ou mais crianças sem
condições econômicas de criar com dignidade nenhuma?
Ao reencarnarmos, trazemos conosco os compromissos que assumimos no plano
espiritual, referentes às várias circunstâncias de nossas vidas. Um desses
compromissos, sem dúvida nenhuma, é o compromisso decorrente do planejamento
familiar que projetamos para a nossa nova experiência no corpo material. Não
temos como saber, com exatidão, quais seriam esses compromissos. Isso nos vem em
forma de intuição, como pressentimentos, que, segundo os Espíritos, são a voz do
instinto. A procriação, dando oportunidade reencarnatória a um espírito que
necessita voltar à vida física para continuar sua evolução, é uma das tarefas
que trazemos para a nova passagem pela carne. Porém, não a única. Não
reencarnamos unicamente com esse objetivo. Sendo assim, temos o direito de fazer
o nosso planejamento familiar, pois, do contrário, teríamos que procriar
indefinidamente, durante toda a existência física, o que não seria uma atitude
de bom senso. A questão do controle da natalidade deve ser examinada à luz da
intenção de quem o pratique. Se a intenção for de seguir um planejamento
familiar que atenda às realidades do casal, inclusive de ordem financeira, nada
há na doutrina espírita que o reprove. Se, porém, a intenção é meramente física,
de manter a sensualidade, de ter uma atividade sexual voltada unicamente para o
prazer, aí é diferente. Neste caso, estará sendo contrariada a lei natural e a
consequência será a necessidade de retificação numa existência física futura, de
forma geralmente dolorosa.
(fonte:CVDEE)
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