domingo, 1 de dezembro de 2013

Filme comentado: “Evocando os Espíritos”

Filme:  “Evocando os Espíritos”
 
O filme Evocando os Espíritos baseia-se numa história real e coloca em pauta a questão da mediunidade, muitas vezes, exercida de maneira leviana e até perigosa.
A historia gira em torno de pesquisadores do passado que, utilizando meios egoístas e escusos, “aprisionam” espíritos e estes passam a viver em revolta buscando, a qualquer preço, sua libertação. Sentem muita raiva de quem os colocou nesta situação e por isso, transtornam todos aqueles que por eles passam, assombrando a casa por muitos anos.
Em um tempo atrás um jovem médium, ainda sem formação moral, é utilizado por pesquisadores sem escrúpulos e, no presente, um outro jovem, doente, serve de instrumento involuntário para espíritos revoltados, os mesmos usados na experiência, agora, porém, em busca de descanso.
Os fenômenos começam logo que a família chega à casa quando o jovem, acompanhando as atividades de limpeza que sua mãe fazia ao passar o pano no chão, vê sangue no lugar de água.
Algumas observações podem ser feitas nos vários episódios do filme.
Em um primeiro momento observamos que algumas capacidades podem surgir antes de outras tais como a vidência, a audiência e os efeitos físicos. Podendo, posteriormente, em havendo o equilíbrio do médium, desaparecer.
Observamos também que a fragilidade orgânica, acionando o sentido espiritual, facilita o fenômeno mediúnico. É o caso do jovem que sofre de câncer e se encontra fraco e sem defesas. Não sabemos se ele era médium mesmo ou se só naquela circunstância, pois que há médiuns que o são só de seus obsessores.
Há um fato bem curioso no filme, quando o jovem tentando abrir uma porta, leva um forte choque na maçaneta.
Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns, esclarece que existem pessoas dotadas de certa dose de eletricidade natural, verdadeiros torpedos humanos, a produzirem, por simples contacto, todos os efeitos de atração e repulsão. Ora, no caso de que falamos, concludentes experiências hão provado que a eletricidade é o agente único desses fenômenos. Esta estranha faculdade, que quase se poderia considerar uma enfermidade, pode às vezes estar aliada à mediunidade.
Um questionamento feito foi o do aprisionamento dos espíritos. O corpo deles era guardado na casa, uns amontoados sobre os outros. Todos traziam escritos cabalísticos por toda a superfície do corpo e tinham também suas pálpebras cortadas e guardadas. A pergunta é se esses ritos tinham a capacidade de aprisioná-los.
Em verdade não, mas sabemos que espíritos, encarnados ou não, que permanecem num mesmo estágio evolutivo costumam ser sugestionáveis e acreditam mais ou menos nas mesmas coisas. Sabemos também que quando um grupo trabalha num só sentido, suas forças aumentam e seu poder magnético também. Da mesma forma, a corrente de mãos dadas ser uma necessidade de contato físico meramente humana, haja vista ser o pensamento o agente das produções espirituais.
Allan Kardec esclarece que quando se evoca um espírito, é um grupo todo que o faz e desta forma, esse grupo como um ser coletivo cujas qualidades e propriedades são a resultante das de seus membros e formam como que um feixe. Segundo Kardec este feixe tanto mais força terá, quanto mais homogêneo for e que desde que o Espírito é atingido pelo pensamento, vinte pessoas, unindo-se com a mesma intenção, terão necessariamente mais força do que uma só.
No caso do filme há dois pontos a serem considerados, primeiro a evocação para pesquisa do grupo de encarnados e segundo, os espíritos envolvidos se sentiram ultrajados pelo desrespeito aos seus corpos. Estava assim, estabelecido o elo entre eles.
Muitos pontos ainda poderiam ser discutidos. A quem interesse estamos disponíveis para possíveis esclarecimentos: http://ide-jf.org.br/fale-conosco/
(fonte: IDE Jovem – Mocidade Espírita Nelson Lougon Borges de Mattos - http://ide-jf.org.br/)
 

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