Filme: “Evocando os Espíritos”
O filme Evocando os Espíritos baseia-se numa história real e coloca em
pauta a questão da mediunidade, muitas vezes, exercida de maneira leviana e até
perigosa.
A historia gira em torno de pesquisadores do passado que, utilizando meios
egoístas e escusos, “aprisionam” espíritos e estes passam a viver em revolta
buscando, a qualquer preço, sua libertação. Sentem muita raiva de quem os
colocou nesta situação e por isso, transtornam todos aqueles que por eles
passam, assombrando a casa por muitos anos.
Em um tempo atrás um jovem médium, ainda sem formação moral, é utilizado
por pesquisadores sem escrúpulos e, no presente, um outro jovem, doente, serve
de instrumento involuntário para espíritos revoltados, os mesmos usados na
experiência, agora, porém, em busca de descanso.
Os fenômenos começam logo que a família chega à casa quando o jovem,
acompanhando as atividades de limpeza que sua mãe fazia ao passar o pano no
chão, vê sangue no lugar de água.
Algumas observações podem ser feitas nos vários episódios do filme.
Em um primeiro momento observamos que algumas capacidades podem surgir
antes de outras tais como a vidência, a audiência e os efeitos físicos. Podendo,
posteriormente, em havendo o equilíbrio do médium, desaparecer.
Observamos também que a fragilidade orgânica, acionando o sentido
espiritual, facilita o fenômeno mediúnico. É o caso do jovem que sofre de câncer
e se encontra fraco e sem defesas. Não sabemos se ele era médium mesmo ou se só
naquela circunstância, pois que há médiuns que o são só de seus
obsessores.
Há um fato bem curioso no filme, quando o jovem tentando abrir uma porta,
leva um forte choque na maçaneta.
Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns, esclarece que existem pessoas dotadas
de certa dose de eletricidade natural, verdadeiros torpedos humanos, a
produzirem, por simples contacto, todos os efeitos de atração e repulsão. Ora,
no caso de que falamos, concludentes experiências hão provado que a eletricidade
é o agente único desses fenômenos. Esta estranha faculdade, que quase se poderia
considerar uma enfermidade, pode às vezes estar aliada à mediunidade.
Um questionamento feito foi o do aprisionamento dos espíritos. O corpo
deles era guardado na casa, uns amontoados sobre os outros. Todos traziam
escritos cabalísticos por toda a superfície do corpo e tinham também suas
pálpebras cortadas e guardadas. A pergunta é se esses ritos tinham a capacidade
de aprisioná-los.
Em verdade não, mas sabemos que espíritos, encarnados ou não, que
permanecem num mesmo estágio evolutivo costumam ser sugestionáveis e acreditam
mais ou menos nas mesmas coisas. Sabemos também que quando um grupo trabalha num
só sentido, suas forças aumentam e seu poder magnético também. Da mesma forma, a
corrente de mãos dadas ser uma necessidade de contato físico meramente humana,
haja vista ser o pensamento o agente das produções espirituais.
Allan Kardec esclarece que quando se evoca um espírito, é um grupo todo que
o faz e desta forma, esse grupo como um ser coletivo cujas qualidades e
propriedades são a resultante das de seus membros e formam como que um feixe.
Segundo Kardec este feixe tanto mais força terá, quanto mais homogêneo for e que
desde que o Espírito é atingido pelo pensamento, vinte pessoas, unindo-se com a
mesma intenção, terão necessariamente mais força do que uma só.
No caso do filme há dois pontos a serem considerados, primeiro a evocação
para pesquisa do grupo de encarnados e segundo, os espíritos envolvidos se
sentiram ultrajados pelo desrespeito aos seus corpos. Estava assim, estabelecido
o elo entre eles.
Muitos pontos ainda poderiam ser discutidos. A quem interesse estamos
disponíveis para possíveis esclarecimentos: http://ide-jf.org.br/fale-conosco/
(fonte: IDE Jovem – Mocidade Espírita Nelson Lougon Borges de Mattos -
http://ide-jf.org.br/)
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