domingo, 28 de dezembro de 2014

Qual sua opinião?

Cremação X Células tronco

A Karina nos enviou a seguinte indagação:

“Oi pessoal!!

Estava assistindo uma palestra da AME (Associação de Médicos Espíritas) em que a médica era contra usar as células troncos de embriões congelados pela questão de poder haver um espírito ainda vinculado ao feto.

São permitidas apenas o uso de células troncos dos cordões umbilicais...

Fiquei então pensando. A cremação é possível, porque se considera que após 48 horas o espírito já se desvinculou do corpo. Alguns espíritas esperam até uma semana, tempo em que é possível deixar o cadáver no forno.

O raciocínio do embrião, não seria o mesmo?

Após um período de tempo com um feto congelado, sem vinculo materno, o Espírito não se retiraria?

O que vocês pensam?

beijos, Karina.”

Aguardamos sua participação!

Beijos e abraços,

4 comentários:

  1. Eu acredito, Karina, que os Espíritos que coordenam uma encarnação, já sabem (pois são eles mesmos que “escolhem”) quais os embriões, no caso da fertilização in vitro, serão disponibilizados para gestação, vinculando aí um espírito para reencarnar; no caso dos que não servirão, serão descartados ou congelados, não haverá utilização pela espiritualidade.
    Porém, penso também que se temos outras fontes de células tronco não há porque utilizar os embriões, a não ser que eles sejam criados para este fim, o que me parece antiético.
    Bjks da Elo

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  2. Pois é... algumas pessoas dizem que as células embrionárias tem uma vantagem em relação as células do cordão umbilical, elas podem se reproduzir para substituir qualquer tipo de célula, enquanto as do cordão são mais restritas...
    Não entendo bem o assunto.
    Mas, li essa reportagem no yahoo e fiquei me questionando se os estudos também não puderem salvar vidas, se não temos que reconsiderar essa questão de não poder usar, etc...
    Se o objetivo é útil, para salvar vidas, me parece justo.

    https://esportes.yahoo.com/noticias/lais-evolui-les%C3%A3o-incompleta-sonha-andar-2016-183500774--spt.html
    um abraço, Karina.

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  3. Então.
    Porque uma coisa leva a outra...
    É o mesmo caso, guardando-se as devidas proporções, de se utilizar animais para experiências.
    Imagine se esta prática fosse proibida desde sempre, onde andaria a ciência hoje.
    São estas “escolhas”, para as quais já somos aptos para decidir (já que Deus não nos colocaria numa roubada), que nos farão crescer moralmente.

    E assim caminha a humanidade...

    Bjks da Elo

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  4. Olha só: pesquisando no Livro dos Espíritos, temos:
    344. Em que momento a alma se une ao corpo?
    — A união começa na concepção, mas não se completa senão no momento do nascimento. Desde o momento da concepção, o Espírito designado para tomar determinado corpo a ele se liga por um laço fluídico, que se vai encurtando cada vez mais, até o instante em que a criança vem à luz; o grito que então se escapa de seus lábios anuncia que a criança entrou para o número dos vivos e dos servos de Deus.
    345. A união entre o Espírito e o corpo é definitiva desde o momento da concepção? Durante esse primeiro período o Espírito poderia renunciar a tomar o corpo que lhe foi designado?
    — A união é definitiva no sentido de que outro Espírito não poderia substituir o que foi designado para o corpo; mas, como os laços que o prendem são muitos frágeis, fáceis de romper, podem ser rompidos pela vontade do Espírito que recua ante a prova escolhida. Nesse caso, a criança não vinga.
    355. Há, como o indica a Ciência, crianças que desde o ventre da mãe não têm possibilidades de viver? E com que fim acontece isso?
    — Isso acontece freqüentemente, e Deus o permite como prova, seja para os pais, seja para o Espírito destinado a encarnar.
    356. Há crianças natimortas que não foram destinadas à encarnação de um Espírito?
    — Sim, há as que jamais tiveram um Espírito destinado aos seus corpos: nada devia cumprir-se nelas. É somente pelos pais que essa criança nasce.


    Assim, diante das questões acima citadas, penso que é sim viável a utilização de células tronco embrionárias.
    Primeiro porque, embora a união do espírito com o corpo se dê na concepção, ela só se completa no nascimento, a partir de um laço fluídico que vai se apertando gradativamente. Assim, o laço que prende o espírito nos primeiros estágios da concepção é bastante frágil e de fácil rompimento.
    Segundo porque, como afirma a questão 356, há corpos (embriões) que jamais foram destinados a um espírito. Logo, nestes embriões, seja destinados à reprodução assistida e que não serão utilizados (e podem estar congelados, como nas clínicas especializadas), seja à terapia de células troncos, não acredito que existam ali espíritos aguardando um futuro que nunca virá. Tal condição, como faz ressaltar das respostas dos espíritos, se deve a provações dos pais ou à pessoa que dependa da terapia.
    Atualmente, as células tronco embrionárias são mais eficazes que as do cordão umbilical devido a uma maior amplitude de diferenciação celular. Isto é, elas conseguem se diferenciar em células específicas (neurônios, músculos, epitélios, etc) com muito mais facilidade que as do cordão umbilical, mas sua utilização esbarra em questões éticas. Porque, realmente, fica difícil justificar eticamente a reprodução in vitro para fins somente terapêuticos.
    Até mais, Manuel

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