domingo, 2 de outubro de 2016

Pergunta feita - atividade em centro espírita familiar

De: MR
Dúvida: Caros irmãos, que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos nós.
Eu e minha esposa participamos de um centro espírita onde estudamos a doutrina e somos um dos trabalhadores.
Passei a participar de uma reunião espírita, fora do centro, em um centro familiar em atividade há 40 anos, com a minha esposa. No início como acompanhante, já que ela é a doutrinadora destas reuniões (todas as segundas-feiras). Com o tempo passei a participar da mesa como apoio, a convite da médium. Em seguida, sugeri que os participantes das reuniões, integrantes e convidados, passassem a se harmonizar antes dos trabalhos, e introduzi a leitura do livro dos espíritos com o propósito de dar esclarecimentos a todos. Vale registrar que o evangelho, segundo o espiritismo, sempre foi lido nas reuniões, com o mesmo propósito da preparação antes dos trabalhos, passamos a  comentar sobre a mensagem do texto.
Esta iniciativa foi muito bem aceita a ponto das reuniões ficarem mais leves e com elogios dos mentores espirituais.
A médium, uma senhora de 80 anos, não possui mais a mesma energia. Por isso, as reuniões, apesar estarem mais leves, vem senso reduzidas na sua intensidade. Por sugestão dos mentores espirituais, as reuniões passaram a focar mais o estudo do evangelho do que os trabalhos de manifestações e de  doutrina.

Porém, há pouco tempo, um jovem passou a participar das reuniões com isso, as manifestações por seu intermédio, passaram a ser mais intensas e com espíritos muito endurecidos. Segundo informações da mãe deste jovem, ele não se cuida espiritualmente e não demonstra interesse em desenvolver-se através do estudo e de um melhor preparo. Ele se acha alto suficiente.
Eu e minha esposa, não sabemos como lidar com esta situação.
A médium, do centro,  foi alertada sobre o que está ocorrendo, como proceder:
a) afastar o jovem das reuniões recomendando o seu melhor preparo:

b) mantê-lo e procurar, através dos estudos prévio, despertar o interesse dele se aprofundar os seus conhecimentos;

c) há alguma forma de nos proteger;

d) ou afastar desta situação
Et. Ocorreram dois fatos que entendo ser relevantes: o primeiro foi a ocorrência de uma manifestação  física em minha esposa, como doutrinadora, após uma das reuniões, teve enjoo e diarreia;  em segundo, na  semana seguinte,  sentiu cheiro de lama a medida que o espírito manifestante descrevia a sua condição, permanecendo esta cheiro por dois dias.
Pelo exposto, solicito, se possível, um sugestão e/ou uma recomendação.
Muito obrigado,
MR
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Resposta dada:
 Paz, M,
Por questões como esta é que a orientação geral ao Movimento Espírita, através dos órgãos federativos, é que, cada vez mais sejam reduzidas e encerradas as reuniões ditas "familiares", transferindo-se a atividade para um Centro Espírita sério e bem orientado. Entendemos que tais reuniões foram muito importantes no passado, quando o número de centros espíritas era pequeno e o estudo da doutrina não era tão difundido. Para muitos médiuns, não havia outra forma de trabalhar, a não ser nestas reuniões familiares.
As reuniões mediúnicas, dentro de um centro, possuem diversas vantagens: o ambiente é permanentemente preparado (diferente da residência, que afinal é o lar de alguém), é possível manter as vibrações mais harmônicas, os espíritos em tratamento podem ser mantidos no ambiente (diferente do lar, onde provocariam perturbações), a reunião não fica concentrada em apenas um único médium, já que o trabalho é em equipe, o ambiente é usado também para estudo, o que ajuda a manter a psicosfera, etc.

Por outro lado, outra orientação geral é que ninguém deveria ser encaminhado para a atividade prática mediúnica sem um período anterior de estudos sobre a doutrina espírita. Por muito tempo se considerou que a mediunidade, quando se apresentava de forma espontânea e atormentada - geralmente ligada a processos obsessivos - deveria ser tratada na reunião mediúnica prática.

Isto é compreensível, quando não havia reuniões específicas de estudo. Hoje a situação é diferente. O caso deste jovem é típico: basta perguntar o que exatamente ele está fazendo na reunião mediúnica; qual a finalidade da participação dele; que benefícios isto está trazendo para ele e para o grupo; quem está aprendendo algo como isso? São perguntas que devem ser feitas, buscando respostas racionais. Muitos acham que a reunião mediúnica é reunião de "caridade para os desencarnados", quando na realidade elas são reuniões de aprendizado para nós, encarnados. Arriscar a estrutura da reunião - e o equilíbrio dos demais Participantes - em nome da "caridade', é mostrar que o conceito não foi bem compreendido.

Dito tudo isso, nossa opinião é que o jovem seja encaminhado para um grupo de estudos (de preferência, sobre a mediunidade). Se estiver sob influência obsessiva (ou com a "mediunidade aflorada", como alguns dizem) que seja feito o tratamento desobsessivo, através dos passes, da água fluidificada e da reunião mediúnica (sem a presença dele). Se ele não se dispuser ao estudo, é claro sinal de que não deve participar da mediúnica.

à disposição,
abraços,
Ely - Equipe do CVDEEE

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