Livro em estudo: Nos Bastidores da Obsessão –
Editora FEB - 1970
Autor: Espírito Manoel Philomeno de Miranda,
psicografia de Divaldo Pereira Franco
A023
– Cap. 9 – Reencontro com o passado – Primeira Parte
CONCLUSÃO
QUESTÕES PARA
ESTUDO
1 – O benfeitor Glaucus ao conversar do
Dr. Teofrastus identifica-se a trabalho de Jesus-Cristo, provocando a ira do
mago... Por que o mago não conseguiu se impor ao benfeitor?
A Doutrina Espírita nos ensina que,
embora o mal possa se mostrar forte e invencível, sempre será limitado frente
ao bem, porque somente o bem provém de Deus. O restante é produção da
ignorância humana, e como tal, transitório e frágil. Deste modo, mesmo que Dr.
Teofrastus fosse iniciado nas ciências psíquicas, mesmo que demonstrasse seu
magnetismo sobre diversos espíritos, ainda assim não era capaz de acessar as
vibrações superiores e influenciar campos mais elevados. Assim, o benfeitor
Glaucus permanecia inacessível à influência perniciosa de Dr. Teofratus; era
como o irmão mais velho que se dispunha a conversar e instruir aquele mais ignorante.
2 – Por que Dr. Teofratus se interessou
pelo pedido do benfeitor?
Dr. Teofratus interessou-se sobre o
pedido do benfeitor pois este pedia em nome de Henriette Marie, antigo afeto do
mago; espírito pelo qual ele inspirava sentimentos...
Observando a narração e com base na
literatura espírita, certamente, a assistência do Dr. Teofratus poderia ser
dispensada, pois os benfeitores dispõem de liberdade suficiente para auxiliar o
próximo. No entanto, como também sabemos, Deus derrama seus olhos sobre todos,
e não quer a morte de nenhum pecador; o Espiritismo ensina que o mal jamais
será eterno, e cedo ou tarde o espírito deve retornar ao caminho do
progresso... Logo, é provável que esta aproximação de Glaucus com o Dr.
Teofratus atenderia a um chamado superior deste último ao caminho do bem...
3 – O mago acreditava que aplicava a
Justiça em seu anfiteatro e o benfeitor Glaucus discordava de tal afirmação...
Em que se diferenciava o conceito de Justiça para o Glaucus e Dr. Teofrastus?
O conceito de justiça do Dr. Teofratus é
semelhante ao de milhares de pessoas e, infelizmente, de alguns espíritas: a
prioridade não é a reeducação do infrator, mas a punição. Faz-se, nessa lógica,
mais justiça quanto maior é a extensão e a dor da punição... Deste modo, o mago
acreditava realmente que em sua tenda a justiça se materializava ao contrário
da "passividade" da Justiça Divina...
Para o benfeitor Glaucus, porém, a
realidade era diferente... Visualizando o ser humano em sua integralidade, ele
já se conscientizara que a Justiça é mecanismo automático na criação divina. O
infrator, no instante do crime, já está incurso no processo de resgate que,
cedo ou tarde, pelo automatismo divino, o alcança. Cabe ao próximo não lançar a
primeira pedra, mas colaborar na reedução do sujeito.
Equipe Manoel
Philomeno
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