quarta-feira, 14 de março de 2018

Reflexão - O Anjo Bom


O ANJO BOM
Dois anos de surras incessantes. Dois anos vivera o Chico junto da madrinha. Numa tarde muito fria, quando entrou em colóquio com Dona Maria João de Deus, Chico implorou:
— Mamãe, se a senhora vem nos ver, porque não me retira daqui?
O Espírito carinhoso afagou-­o e perguntou:
— Por que está você tão aflito? Tudo, no mundo, obedece à vontade de Deus. 
— Mas a senhora sabe que nos faz muita falta... A Mãezinha consolou­-o e explicou: 
— Não perca a paciência. Pedi a Jesus para enviar um anjo bom que tome conta de vocês todos. 
E sempre que revia a progenitora, o menino indagava:
— Mamãe, quando é que o anjo chegará?
— Espere, meu filho! — era a resposta de sempre. Decorridos dois meses, o Sr. João Cândido Xavier resolveu casar-­se em segundas núpcias. E Dona Cidália Batista, a segunda esposa, reclamou os filhos de Dona Maria João de Deus, que se achavam espalhados em casas diversas. Foi assim que a nobre senhora mandou buscar também o Chico. Quando a criança voltou ao antigo lar contemplou a madrasta que lhe estendia as mãos. Dona Cidália abraçou-­o e beijou­-o com ternura e perguntou: 
— Meu Deus, onde estava este menino com a barriga deste jeito?
Chico, encorajado com o carinho dela, abraçou­-a também, como o pássaro que sentia saudades do ninho perdido. A madrasta bondosa fitou­o bem nos olhos e indagou: 
— Você sabe quem sou, meu filho? 
— Sei sim. A senhora é o anjo bom de que minha mãe já falou... 
E, desde então, entre os dois, brilhou o amor puro com que o Chico seguiu a segunda mãe, até à morte.

Lindos casos de Chico Xavier por Ramiro Gama. Edição LAKE
Cena do filme de Chico Xavier – enviado por Sylvinha ao grupo jovem do facebook

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