Amor,
alimento da alma
A energia do amor é a mais simples e natural das energias, mas guarda em si
mistérios ainda insondáveis.
Percebemos isso quando vemos aquela mãe abraçada à filha portadora de
limitações físicas, andando pela rua.
Ao cruzar com uma conhecida ouve: Como é difícil essa vida, não é amiga?
E serena ela responde: Nada é difícil quando existe amor!
E aquele pai que fez uma cinta especial, para que pudesse ficar lateralmente
ligado ao filho que, portador de descontroles mentais, se debatia e gritava
constantemente, perdendo o equilíbrio e caindo com frequência.
Quando o olhar do filho se cruzava com o olhar do pai, ele silenciava e
ensaiava um sorriso.
Nesses momentos, o pai, com os braços livres, o abraçava com carinho, enquanto
dizia: Eu te amo, filho!
Um hiato de silêncio e paz então se fazia naquela alma.
Percebemos isso, igualmente, ao assistirmos a tão repetida cena, na mídia, do
menino que fugia dos bombardeios no Vietnã, carregando um irmãozinho nas
costas.
Quando o repórter lhe perguntou se não era muito peso para ele carregar
fugindo, respondeu: Não é peso não, moço, é meu irmão!
Que sentimento, que energia, que força é essa que faz com que desgraças
maiores, se tornem verdadeiras bênçãos em determinados corações?
Compreendamos que o amor é realmente, a lei de equilíbrio do Universo. Sem ele
não há vida, não há harmonia.
Deus é a Inteligência suprema, é luz primorosa. É a causa primária de todas as
coisas e também é amor sem medidas.
Desde que a Humanidade se propôs a estudar esse sentimento e o seu poder
transformador, o homem aprendeu a ver nele a própria essência da vida.
Observamos que o amor é tema central nas principais religiões e filosofias.
A psicologia, recentemente, buscando o equilíbrio íntimo do ser, identificou a
necessidade das criaturas aprenderem a amar os semelhantes.
E a medicina já reconhece que a qualidade das emoções interfere na manifestação
de vários tipos de doença.
Da mesma forma, pesquisas científicas comprovam que o amor produz efeitos
terapêuticos perceptíveis.
No conceito popular o amor nos permite três elementos essenciais que são:
a coragem para enfrentar o perigo; o ânimo para vencer
dificuldades; a paciência para suportar os sofrimentos inevitáveis
que a vida nos oferece.
Percebemos assim, que o verdadeiro amor implica num processo espontâneo, no
qual priorizamos proporcionar felicidade aos nossos afetos.
Sublimado, esse sentimento pode ser canalizado a uma causa nobre, a um ideal
social, ao bem da Humanidade.
O amor resume por completo a Doutrina de Jesus, retratando o sentimento por
excelência.
Amor a Deus, ao próximo, a si mesmo.
É notório que a fome de alimento devasta regiões do mundo.
Mas a fome maior da Humanidade é a fome de amor, de fraternidade, de esperança,
de verdade!
Só o amor Divino pode alimentar o Universo, onde tudo se equilibra, pois é o
pão sagrado das almas.
Trabalhemos para que o amor se propague no mundo com mais força, para que a
violência ceda seu espaço para as construções no bem.
Aprendamos a amar e compartilhemos generosamente o amor, essa bendita essência
Divina.
Redação do Momento Espírita
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