sábado, 19 de julho de 2014

E, aí! Já leu?!

LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER

LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER

Ramiro Gama

Uma figura carismática, alegre, companheira e muito, muito feliz mesmo, apesar do peso de uma grande missão. Assim, Ramiro Gama apresenta facetas de um Francisco Cândido Xavier que são estranhas para muita gente.
Este livro conta, através de pequenos textos, histórias e "causos" envolvendo o médium, anedotas que ele gostava de narrar para divertir os amigos e pitadas da intimidade de Chico que só fazem com que tenhamos mais carinho e respeito com aquele missionário.

1o. Fórum Espírita Léon Denis – Jacob Melo e Armando Falconi – CELD – RJ/RJ

 

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E, aí! Já viu?!

Chico Xavier - o Filme, o Exemplo, a Missão


José Antonio M. Pereira

Quatro anos depois, o filme sobre a vida de Chico Xavier é reapresentado na televisão. Então lembrei daquele dia em que fui ver a tão esperada produção no cinema.

Na época meus filhos já tinham visto, a maior parte dos amigos também. Eu havia combinado com um amigo de vermos o filme juntos, mas não conseguimos um horário comum. Terminei indo ver sozinho. Foi a melhor coisa que podia ter acontecido naquele dia. Não que não desejasse companhia para ir ao cinema, mas as vezes precisamos de um pouco de solidão pra nos encontrar com o que temos de mais profundo em nós mesmos.
É raro eu me emocionar daquele jeito, mas chorei quase o filme todo. Não era pra menos. Há mais de trinta anos, aquele homem fazia parte da minha vida.
Nunca o vira pessoalmente, nunca fui a Uberaba numa dessas caravanas de visita ou para buscar notícias do meu pai desencarnado. É que pra mim, pra todos os espíritas brasileiros – e muitos não espíritas também – o Chico é alguém da família. Afinal, nada mais comum pra nós do que ler esta ou aquela obra psicografada por ele, ouvir citações e histórias, acompanhar seu estado de saúde quando estava entre nós, e agora, procurar saber se ele já se comunicou... Ver sua vida, sua bondade, sua simplicidade, seu amor à tarefa, tão bem contadas e interpretadas de forma imparcial e com tanto respeito, foi emocionante.
Mais que alguém da família. O Chico teve uma enorme importância para a expansão do Movimento Espírita no Brasil. Apesar do Espiritismo assentar suas bases sólidas na obra de Allan Kardec, foram os mais de 400 livros psicografados por Francisco Cândido Xavier, que imprimiram uma força espetacular à divulgação da Doutrina Espírita nas terras tupiniquins. E o que o filme mostra, para quem meditar um pouco sobre sua vida, é que tantos livros publicados não teriam tanta força e credibilidade, se não fosse sua humildade, seu exemplo de vida, sua alegria de viver, seu trabalho incansável.
O filme, que bateu todos os recordes de bilheteria, também tem um grande mérito além de ter sido feito a partir de um livro escrito por um jornalista não espírita; mérito aliás do livro. Ele mostra o famoso médium com suas humanidades, suas fraquezas. Por exemplo, no momento em que opta pela vaidade pessoal ao rejeitar a opinião de seu mentor tão querido, quando este faz comentários sobre sua aparência... Ou quando demonstra medo da morte.
Fundamental isto, porque temos o vício de idolatrar as personalidades. É uma maneira de colocá-las distantes, inatingíveis. Assim nos eximimos da obrigação criada pela própria consciência – exigente demais talvez – de agirmos ou sermos como aquela pessoa. É o que acontece já ha muito tempo em relação à figura do Chico, como vemos atualmente nas mensagens que circulam na Internet. Tentam santificar o médium, como se fosse um mito. E é isso que os santos são, mitos recriados fora da mitologia grega ou romana ressuscitada. É vício do comodismo.
E talvez esta tenha sido uma das maiores lições do seu legado: mesmo humano como todos nós, Chico Xavier pôs em prática a Doutrina Espírita em sua maior pureza. Era fiel ao Espiritismo não como movimento sectarista, mas como um conjunto de princípios destinados à iluminação do ser, independente de raça, cor, sexo, opinião política ou religiosa, tal qual idealizou Kardec. Sem abrir mão de sua fé, e sem nunca ter feito o menor esforço para impor esta fé a quem quer que seja, conquistou uma legião de admiradores de todos os credos e até dos céticos, com sua bondade e paciência. Ou melhor, amigos. Melhor ainda, conquistou uma família em toda sociedade brasileira.

9 de junho de 2014

José Antonio M. Pereira

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Linguagens de computador são o idioma do futuro

Linguagens de computador são o idioma do futuro

Saber a linguagem de códigos de computador é para muitos jovens igual ao inglês: o segundo idioma que faz a diferença na vida

Helena Borges

Sem que mesmo os pais mais atentos percebam, os jovens estão usando um novo idioma para se comunicar intensamente — com os computadores. Teclar, dar um clique no mouse, mover o cursor na tela sensível ao toque são maneiras de interagir com os computadores. Comunicar-se com eles é outra coisa. Isso exige o domínio de linguagens de programação. Para o resto de nós as frases nesses idiomas são apenas impenetráveis conjuntos de sinais matemáticos e de palavras em inglês. Combinando habilmente essas letras, números e símbolos, o programador dita passo a passo ordens complexas às camadas profundas das unidades de processamento dos computadores. Não confundir com os comandos de abrir ou fechar programas, copiar ou apagar textos, clarear fotos, receber ou enviar mensagens. Essas interações, que de tão simples parecem indistintas da mágica, só são possíveis porque, antes, os programadores ensinaram ao computador a “receita” que ele deve executar quando recebe um determinado comando.

RUMO AO MUNDIAL - O paulistano Mateus Bezrutchka, 17 anos, vive a expectativa de fazer sua primeira viagem ao exterior — e justo para o outro lado do mundo. Em julho, vai representar o Brasil na Olimpíada Internacional de Informática, em Taiwan, onde medirá forças com prodígios da programação de outros noventa países. Para estar em plena forma, fez um curso intensivo na Unicamp e passa pelo menos duas horas por dia se exercitando em casa. “Achava as aulas de matemática fáceis demais, por isso fui buscar desafios maiores fora da escola. Aí encontrei a minha turma”, diz.

Matéria publicada na Revista Veja, em 19 de abril de 2014.

Breno Henrique de Sousa* comenta

Os tempos são chegados

Há não muito tempo, no espaço de menos de uma geração, era indispensável um curso de datilografia para garantir sua vaga no mercado de trabalho. Hoje me encontro com 37 anos, e quando me lembro da minha infância e comparo a vida daquela época com o presente, me parece um futuro muito distante, isso devido ao vertiginoso avanço tecnológico. Quando lembro que vi nascer o vídeo game, os telefones celulares, os CDs substituindo os discos de Vinil, os microcomputadores, a Internet, isso faz parecer que já estou muito velho, mas na verdade é que esses avanços tecnológicos vieram em um curto período de tempo.

O conhecimento humano se acumula exponencialmente, e a cada dia as descobertas chegam mais rapidamente e em maior quantidade. Além disso, essas descobertas tornam-se produtos acessíveis aos consumidores em um período não menos curto de tempo pela existência de uma portentosa indústria tecnológica. Um exemplo disso é como os aparelhos celulares se tornaram mais modernos e baratos. Antigamente, uma descoberta tecnológica levava muito tempo para se tornar um produto acessível ao consumidor comum. Essas mudanças têm provocado um extraordinário impacto cultural que ainda estamos tentando entender a profundidade de suas consequências. E agora garotos tornam-se verdadeiros gênios da programação realizando façanhas inimagináveis.

Acredito que em nenhum outro período da humanidade aconteceram mudanças tão rápidas e impactantes. O fenômeno da globalização e da Internet veio de maneira mais agressiva do que a popularização do livro com a invenção da prensa de tipos móveis de Gutenberg. A Internet uniu-se à prensa, à pólvora e à bússola como um dos maiores inventos da humanidade.

Todas essas mudanças fazem parte de um plano da divindade. O progresso material e do conhecimento humano abre caminho para o progresso moral. A humanidade que desenvolve as suas capacidades intelectuais, mais tarde poderá compreender as coisas morais. Este momento de intensas transformações é uma das evidências de que estamos no limiar de uma nova era que o Espiritismo enxerga com otimismo. Saímos de um mundo de provas e expiações para um mundo de regeneração, e ainda que essa transição não seja instantânea, ela se intensificará até que seja consolidada.

Já estão reencarnando no planeta os artífices dessa nova era. Muitos desses garotos que precocemente dominam as novas tecnologias vieram munidos dos recursos intelectuais necessários, ainda que moralmente estejam dentro da média evolutiva do planeta. Em breve também veremos o surgimento de espíritos intelectual e moralmente mais adiantados, que firmarão os pilares de uma nova sociedade alicerçada nos ideais do amor, justiça e igualdade.

* Breno Henrique de Sousa é paraibano de João Pessoa, graduado em Ciências Agrárias e mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal da Paraíba. Ambientalista e militante do movimento espírita paraibano há mais de 10 anos, sendo articulista e expositor.