segunda-feira, 18 de maio de 2015

Prostitutas na Austrália postam selfies para mostrar 'outra face' da profissão

Prostitutas na Austrália postam selfies para mostrar 'outra face' da profissão

Do BBC Trending

Jovens garotas de programa na Austrália estão perdendo a inibição e declarando abertamente sua profissão nas redes sociais, na tentativa de desmistificar noções preconcebidas sobre elas.
"Estudante universitária. Aspirante a advogada. Ativista. Filha, irmã, profissional do sexo. Não preciso ser resgatada."
Comentários assim estão sendo postados por centenas de prostitutas australianas a respeito de si mesmas, usando a hashtag #facesofprostitution (rostos da prostituição, em português).
A iniciativa começou no domingo, no Instagram, pela estudante de história e garota de programa Tilly Lawless, de 21 anos. Era uma resposta a um texto em um blog, republicado na semana passada pela popular revista feminina online Mamamia.
O blog foi escrito para marcar o 25º aniversário do filme Uma Linda Mulher (em que a prostituta interpretada por Julia Roberts e seu "príncipe encantado" se apaixonam) e argumentava que a realidade de profissionais do sexo é muito mais dura do que a apresentada no cinema.
Escolha
Tilly Lawless criticou a forma como o texto "generalizava os profissionais do sexo" e "retratava toda a prostituição como danosa". Ela trabalha como garota de programa há dois anos, mas apenas começou a se identificar publicamente como tal dois meses atrás em Sydney, onde a prostituição é legalizada.
Ela decidiu postar uma foto de si própria em sua conta no Instagram para mostrar uma outra face da prostituição - a de uma jovem que diz ter feito uma escolha informada para se tornar uma profissional do sexo - como um protesto contra o blog.
Pouco depois, Tilly foi contactada pela Associação Australiana de Profissionais do Sexo, que perguntou se ela poderia postar a hashtag também no Twitter. E daí o movimento começou: centenas de jovens (em sua maioria mulheres e australianas) prostitutas postaram imagens mostrando seus rostos ao mundo.
Para muitas delas, era a primeira vez que se assumiam publicamente, nas redes sociais, como prostitutas.
"Fiquei positivamente surpresa", disse Lawless à BBC, porque profissionais do sexo "raramente são humanizados como indivíduos; com frequência falam de nossos corpos, mas colocar nossos rostos nas redes sociais é algo tão poderoso".
Muitos dos que aderiram à iniciativa compartilharam as críticas ao blog australiano.
A prostituta Holly queixou-se que a foto usada no artigo - mostrando prostitutas vítimas de tráfico humano no Leste Europeu - não representa "a nossa experiência".
"O artigo era ofensivo", agrega a prostituta e atriz Madison Missina. "(O texto) usa o argumento do tráfico sexual para silenciar nossa voz e, ao mesmo tempo, silenciar a voz também das vítimas do tráfico."
O texto sobre Uma Linda Mulher foi publicado originalmente no site de um grupo cristão baseado no Missouri (EUA), Exodus Cry, que se diz comprometido com "a abolição da escravidão sexual". A autora do artigo, Laila Mickelwait, argumenta que o filme atraiu muitas jovens à prostituição, submetendo-as a uma vida de abusos e traumas.
Mickelwait disse à BBC que, apesar da campanha online das prostitutas, mantém o que escreveu. Ela argumenta que a legalização da prostituição cria um ambiente favorável ao tráfico sexual.
"Só porque há algumas mulheres e homens postando fotos no Twitter dizendo que este é um emprego fortalecedor não significa que isso seja verdade (em toda) a indústria", diz ela. "Eles têm uma voz, mas são a voz de uma pequena minoria que tem o privilégio de ter acesso ao Twitter e poder postar esse tipo de foto."
Tilly Lawless declarou que continua irritada com esses argumentos, que, na opinião dela, "permitem que sejamos oprimidas de formas semelhantes às de mulheres traficadas, suprimem nossa independência e autonomia e tira nossos direitos".

Notícia publicada na BBC Brasil, em 3 de abril de 2015.

Jorge Hessen* comenta
Objeto sexual dos homens, as mulheres sempre estiveram presentes na história, ora como heroínas, ora como prostitutas, quase sempre como prostitutas, mesmo sem sê-las, sempre que rompiam certos primados moralistas e colocavam em cheque o poder masculino. A partir do término da Segunda Guerra Mundial a sensualidade e o corpo da mulher foram cada vez mais expostos, até chegar à nudez completa em teatros, televisão, cinema e revistas, quando não em público comum.
Atualmente, tal como das drogas, o negócio da prostituição é um dos mais lucrativos mercados da história. Larry Flynt, empresário e dono do império Hustler, retratado por Milos Forman e Oliver Stone no filme "O povo contra Larry Flynt”, Bob Guccione, da revista Penthouse e Hugh Hefner, dono do Império Playboy, compõem alguns desses milionários da exploração da fantasia sexual. Obviamente, uma fatia gigantesca desse mercado é dominada pelo crime organizado.
Ultimamente algumas garotas de programa na Austrália, onde a prostituição é legalizada, estão perdendo a inibição e assumindo abertamente sua profissão nas redes sociais, na tentativa de desmistificar noções preconcebidas sobre elas. Muitas são estudantes universitárias que se assumiram publicamente como profissional do sexo, postando fotos para mostrar seus rostos ao mundo. Para algumas delas, era a primeira vez que se assumiam publicamente, nas redes sociais, como prostitutas.(1)
Não nos cabe julgar este ou aquele que comete qualquer inadvertência moral, mesmo porque, com certeza, já estivemos nos dois lados da moeda, contudo não é incabível assentarmos nossos precários conhecimentos doutrinários em exercício prático. Urge vivenciarmos o Evangelho fora dos arraiais espíritas. Instruir nossos filhos sobre a responsabilidade de uma comunhão afetiva. A respeitabilidade do ato sexual. A consideração pelo sentimento do próximo. Respeito por si próprio.
A disposição de tornar-se prostituta é de foro íntimo da mulher que assim deseja e não nos interessam seus pretextos, é responsabilidade dela, tanto quanto é responsabilidade dos fregueses que a sustentam e estimulam para o comércio sexual do próprio corpo. Sem esconder-nos por trás de uma falsa máscara de tolerância, lembramos que uma prostituta é alguém que passa por sérias amarguras e obviamente deve ser tratada sem preconceitos a fim de que seja auxiliada a reencontrar o caminho do equilíbrio.
Profere o Espírito Emmanuel o seguinte: “qual ocorre aos flagelos da guerra, da pirataria, da violência e da escravidão que acompanham a comunidade terrestre, há milênios, diluindo-se, muito pouco a pouco, a prostituição (...) ainda permanece, na Terra, por instrumento de prova e expiação, destinados naturalmente a desaparecer, na equação dos direitos do homem e da mulher, que se harmonizarão pelo mesmo peso, na balança do progresso e da vida”.(2)
Antes da vinda do Cristo já havia a prostituição no Planeta, porém não era admitida pela religião (que até mesmo condenava a lapidação da mulher), para refrear a sua ampliação.  O comércio constituído dos prazeres sexuais não surgiu originariamente das mulheres, mas, sim, dos homens. Sob o aspecto pernicioso à digna finalidade do sexo, na condição básica de formação familiar, a prostituição, como estigma social, só é consentida do ponto de vista do direito ao direcionamento às manifestações do livre-arbítrio feminino, atentatórias ao completo respeito à lei de procriação, a que tragicamente conservam-se desatentos o homem e a mulher.
Creio que o reconhecimento da prostituição como trabalho ainda não foi efetivado no Brasil. Salvo qualquer engano, parece que existe um projeto de lei sobre o assunto. Que, em síntese, permite que profissionais do sexo possam contribuir como autônomas(os) para fins de seguridade social: auxílio doença, aposentadoria. Não tenho dúvida que a vida destes “profissionais” não é nada atraente. Comumente tais pessoas são levadas à prostituição em idades que não lhes permitem discernimento; Em regra, provenientes de famílias desestruturadas, vítimas de violência, ou forçadas a isto.
As prostitutas padecem muito mais com agressão sexista e preconceito social, na maioria das vezes não têm habilitação para profissões menos degradantes, e ainda padecem com a opressão provinda de exploradores, sejam familiares, companheiros, gigolôs ou titulares de bordéis. E ainda há o tráfico humano, onde quase todas as vítimas são meninas ou mulheres. Estudos afirmam que, em sua maioria, mulheres prostitutas não o são por escolha, mas sim por desventura material.
No meretrício, ainda mais grave nos dias de hoje é a prostituição infantil. O incentivo à prostituição é absurdo. Homens ou mulheres vendendo-se nas avenidas de forma "alegre" e "divertida", choram o vazio que sentem por viverem à margem da sociedade. No Brasil há casos em que meninas de 10 a 12 anos, frequentadoras dos peculiares bailes funk (ambientes extremamente promíscuos), se prostituem. No nordeste há diversos casos de aliciamento de menores, muitas vezes abusadas pelos próprios pais. Obviamente, uma precoce atividade sexual induz a graves problemas: prostituição infantil e juvenil, aborto, lesão da autoestima, escravidão sexual, drogadição.
“Atire-lhe a primeira pedra aquele que estiver sem pecado”,(3) disse Jesus. “Esta sentença faz da indulgência um dever para nós outros, porque ninguém há que não necessite, para si próprio, de indulgência. Ela nos ensina que não devemos julgar com mais severidade os outros, do que nos julgamos a nós mesmos, nem condenar em outrem aquilo de que nos absolvemos. Antes de condenarmos a alguém uma “falta”, vejamos se a mesma censura não nos pode ser feita.”(4)
Não podemos nos acomodar, porém, nem sequer nos omitir ante a onda de promiscuidades e corrupção moral. “Pensamento é fermentação espiritual. Em primeiro lugar estabelece atitudes, em segundo gera hábitos e, depois, governa expressões e palavras, através das quais a individualidade influencia na vida e no mundo”.(5) Nada justifica ficarmos indiferentes e imóveis diante do acelerado aniquilamento dos valores cristãos. Se descuidarmos da vigília, é certo que resgataremos obrigatoriamente à indiferença e inércia diante desse cenário preocupante do envilecimento do sexo.
Referências bibliográficas:

(1) Disponível em <http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/04/150403_prostitutas_ selfie_australia_pai>, acessado em 07/05/2015;

(2) Xavier, Francisco Cândido. Vida e Sexo – Cap. “Adultério e prostituição”, ditado pelo espírito Emmanuel, RJ: Ed. FEB, 2001;
(3) Mt 7: 1-2;
(4) Kardec, Allan. Evangelho segundo o Espiritismo, Capitulo X, item 13, RJ: Ed. FEB, 2001;
(5) Xavier, Francisco Cândido. Fonte Viva, ditado pelo espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2001.

* Jorge Hessen é natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951. Servidor público federal aposentado do INMETRO. Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História. Escritor (dois livros publicados), Jornalista e Articulista com vários artigos publicados.

domingo, 17 de maio de 2015

Seminário Espírita na Bahia

Seminário Espírita na Bahia

Será realizado no dia 24 de maio de 2015, de 8h às 13h na sede da Federação Espírita do Estado da Bahia (FEEB), o Seminário “O Desenvolvimento Humano à Luz do Espiritismo”.
O evento celebra o centenário da parceria entre a Federação e o Grêmio Espírita Perseverança e Caridade (GEPEC). Flávio Santos e Pedro Camilo serão os facilitadores.
A sede da FEEB fica na Rua Jaime Rolemberg, 110 – Bela Vista de Brotas, Salvador/BA. Mais informações em
www.feeb.org.br ou pelo telefone (71) 3359-3323.

17ª Mini jornada da Família - Tema central: “Problemas Morais da Sociedade e os Seus Reflexos na Família".

17ª Mini jornada da Família

A equipe de trabalhadores do portal Espiritismo.Net convida a todos para a 17ª edição da Mini jornada da Família, que terá como tema central “Problemas Morais da Sociedade e os Seus Reflexos na Família".

O evento será realizado no Paltalk, na Sala Espiritismo Net Brasil - Categoria Central & South America / Sub-categoria Brazil -, no dia 24 de maio de 2015, domingo, das 14h40min às 18h.

A programação será a seguinte:

14h40min - Boas-vindas;

14h50min - Sensibilização inicial;

14h55min - Prece inicial;

15h00min - Tema de introdução: São os problemas morais da sociedade que refletem na família ou são os problemas morais (a falta de valores morais) da família que se refletem na (fazem a) sociedade? - Miriam Nascimento;

15h35min - Tema 1: O que é e como diferenciar...? Conceituação de moral e ética. Diferenciação de Valor Moral, Valor Ético, Valor Humano - Hermes Rocha;

16h10min - Tema 2: Quais as consequências práticas dos problemas morais em nosso dia a dia e na convivência familiar e social? - Janaina Bittencourt;

16h45min - Tema 3: A família: Construção e base estrutural da sociedade - Heloisa Bonsanto;

17h20min - Tema de conclusão: A importância da educação de valores para a formação moral do indivíduo - Miriam Nascimento;

17h55min - Prece de Encerramento.

Conheça mais sobre as atividades do Espiritismo.net no Paltalk, incluindo informações sobre download, instalação e configuração do programa, no endereço www.espiritismo.net/paltalk.

Conheça as demais Mini Jornadas da Família em http://www.espiritismo.net/familia/.

sábado, 16 de maio de 2015

Como reconhecer os sintomas do 'vírus' do amor em seu corpo

Como reconhecer os sintomas do 'vírus' do amor em seu corpo

Apaixonar-se é uma questão de química. Literalmente.

Engloba uma série de reações corporais que cientistas acreditam terem sido desenvolvidas para garantir a sobrevivência de nossa espécie.

De forma parecida com a de uma doença, os sintomas físicos são claramente identificáveis: mãos suadas, perda de apetite, face enrubescida e batimento cardíaco acelerado.

O amor também tem estágios diferenciados, cada um ditado por uma série de substâncias químicas que detonam diferentes reações físicas.

Há a fase da luxúria, um desejo sexual básico, que pode progredir e se transformar em um "apego" mais comum em longos relacionamentos.

Porém, um fato interessante é que, segundo cientistas, os estágios não precisam ocorrer necessariamente nessa ordem.

"Você pode sentir uma forte ligação com algum colega de escritório ou em seu círculo social e aí, meses ou mesmo anos depois, as coisas mudam. De repente, você se apaixona por ele ou ela", explicou à BBC a pesquisadora Helen Fisher, da Rutgers University, em Nova Jersey (Estados Unidos).

Em cada um desses estágios, cientistas identificaram grupos de substâncias químicas atuando. Eles são:

Estágio 1: Luxúria

A luxúria é "alimentada" por dois hormônios: a testosterona e o estrogênio.

A testosterona, ao contrário do que se pensa, não é restrita aos homens. Ela também tem um papel de destaque no desejo sexual feminino.

Estágio 2: Atração

É neste estágio que as pessoas apaixonadas não pensam em outra coisa. Elas podem até perder o apetite e dormir menos, preferindo passar horas sonhando acordadas com seu novo interesse amoroso.

Isso é "culpa" de um grupo de enzimas neuro-transmissoras chamadas monoaminas. Mais precisamente de três delas:

. Dopamina: Também ativada pela cocaína e pela nicotina, causa sensação de euforia.

. Norepinefrina: Conhecida também como adrenalina. Faz com que suemos e acelera os batimentos cardíacos.

. Serotonina: Uma das mais importantes substâncias da "química do amor", e que pode fazer com que fiquemos temporariamente insanos.

Estágio 3: 'Apego'

Este é o estágio que se instala após a atração, se um relacionamento durar. Se a atração durasse para sempre, nada mais que bebês seriam feitos num relacionamento.

O 'apego' é um compromisso mais longo e este laço é que mantém os casais juntos.

Neste estágio, cientistas acreditam que dois hormônios liberados pelo sistema nervoso têm papel na formação de laços.

Vasopressina: Outra importante substância química nos compromissos de longo termo. Pesquisas com ratos do deserto sugerem que a supressão de vasopressina em machos faz com que a ligação entre parceiros deteriore imediatamente, com a perda de devoção e a falha em proteger a parceira de novos pretendentes.

Oxitocina: Produzida pelo hipotálamo, uma glândula cerebral, e liberada tanto por homens e mulheres durante o orgasmo, a oxitocina ajuda a fortalecer ligações entre casais, segundo cientistas. A teoria é simples: quanto mais um casal fizer sexo, mais forte o elo entre eles fica.

Notícia publicada na BBC Brasil, em 14 de fevereiro de 2015.

Jorge Hessen* comenta

Diferentes pesquisadores creem que o “amor” procede das variações químicas do corpo. Será que o “sentimento por excelência” é uma patologia às vezes manifestada nas mãos suadas, perda de apetite, face enrubescida e batimento cardíaco acelerado? Ora, o amor vai muito além do cientificismo, do romantismo e do erotismo. A psicanálise, nos primórdios da teoria freudiana, colocou o problema do “amor” na dimensão do patológico. Em verdade, Freud teve de entrar no estudo e na pesquisa do “amor” pelos porões da psicopatologia. O aspecto patológico é o mais dramático do “amor” e o que mais toca o interesse humano.

Consistirá o amor em diferentes estágios identificados nos grupos de substâncias químicas atuando no corpo físico?(1) A testosterona e o estrogênio alimentam a luxúria? Será que a atração sexual provém apenas da produção de dopamina, norepinefrina e serotonina? Será que a oxitocina, produzida pelo hipotálamo, uma glândula cerebral, e liberada tanto por homens e mulheres durante o orgasmo, consegue manter por longos anos uma união afetiva entre casais?

Hellen Fischer, uma das estudiosas do assunto, afirma que o amor tende a desaparecer em pouco tempo. Para ela a oxitocina “sensibiliza os nervos nas contrações musculares, porém o efeito dessas substâncias é pouco duradouro, resultando no esfriamento do amor e nas separações entre os casais, razão do grande número de divórcios”.(2)

Nessa direção caminha Barbara Fredrickson, diretora do Laboratório de Emoções Positivas e Psicofisiologia da Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill [EUA], que sugere novo conceito sobre o amor, baseado no arranjo biológico. Para ela a ideia do amor eterno é um mito e uma impossibilidade fisiológica, pois o “amor” é fugaz. Trata-se tão-somente de “micromomentos de ressonância de positividade”. Barbara destaca três protagonistas-chave no microcenário do amor. O primeiro é o cérebro, ou, mais precisamente, os neurônios-espelhos. O segundo é a oxitocina, produzida no hipotálamo, para ela um hormônio vinculado ao “amor” e ao “afeto”. O terceiro é o nervo vago, que liga o cérebro ao resto do corpo, e em especial ao coração – isso torna a pessoa mais amorosa e aumenta suas conexões positivas.(3)

Não se pode definir amor como se fosse a abrasadora paixão que provoca os desejos carnais. Esta não passa de uma imagem de um grosseiro simulacro do amor. Nos dias de hoje, fala-se e escreve-se muito sobre sexo, sensualismo, erotismo; raramente sobre amor. Certamente, porque o “sentimento por excelência” não se deixa decifrar academicamente, repelindo toda tentativa de definição científica.

O Espiritismo demonstra que a natureza nos deu a necessidade de amarmos e de sermos amados. Um dos maiores encantos que nos são concedidos na Terra é o de encontrar corações que com o nosso simpatizem. “Dá-lhe ela [a natureza], assim, as primícias da felicidade que nos aguarda no mundo dos Espíritos perfeitos, onde tudo é amor e benignidade.”(4) Paulo de Tarso, escrevendo aos filipenses, informou que “o amor deve crescer, cada vez mais, no conhecimento e no discernimento, a fim de que o aprendiz possa aprovar as coisas que são excelentes”.(5) Se atendermos ao conselho do Apóstolo dos Gentios cresceremos em valores espirituais para a eternidade, mas se rumarmos por atalhos escorregadiços, “o nosso amor será simplesmente querer e tão-somente com o “querer” é possível desfigurar, impensadamente, os mais belos quadros da vida”.(6)

Léon Denis interpretou: “O amor, profundo como o mar, infinito como o céu, abraça todas as criaturas. Deus é o seu foco. Assim como o Sol se projeta, sem exclusões, sobre todas as coisas e reaquece a natureza inteira, assim também o Amor divino vivifica todas as almas; seus raios, penetrando através das trevas do nosso egoísmo, vão iluminar com trêmulos clarões os recônditos de cada coração humano.”(7)

O Amor “resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito. O ponto delicado do sentimento é o Amor, não o Amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas”.(8)

O amor, um sentimento por excelência, é a dinâmica da vida, e a harmonia da Natureza é o remédio para todos os males que atormentam o homem. Tudo o que possamos idealizar sobre o amor pode se consubstanciar como parcela deste sentimento, mas ele é muito maior e mais abrangente, até porque o bem-querer, toda a bondade, a tolerância, a alegria, a proximidade, só poderão ser um fragmento do amor quando não tiverem laços no apego, na imperiosa necessidade de permuta, no egoísmo que exige sempre condições e regras.

Referências bibliográficas:

(1) Disponível em <http://noticias.terra.com.br/ciencia/como-reconhecer-os-sintomas-do-virus-do-amor-em-seu-corpo%2cb7be999b9b88b410VgnCLD200000b1bf46d0RCRD.html>, acessado em 07/05/2015;

(2) Fischer, Helen. The Anatomy of Love, New York: Norton, 1992;

(3) Disponível em <http://revistaplaneta.terra.com.br/secao/comportamento/o-amor-nao-e-eterno>, acessado em 01/03/2014;

(4) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed. FEB; ed. 2002, questão 983-a;

(5) Filipenses, 1:9-11;

(6) Xavier, Francisco Cândido. Fonte Viva, Cap. 91, Problemas do amor, RJ: Ed. FEB, 1999;

(7) Denis, Léon. O Problema do Ser, do Destino e da Dor, RJ: Ed. FEB, 2000;

(8) Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Lázaro. [Paris, 1862.] 112a edição. Livro eletrônico gratuito em <http://www.febrasil.org.br>. Federação Espírita Brasileira, 1996.

* Jorge Hessen é natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951. Servidor público federal aposentado do INMETRO. Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História. Escritor (dois livros publicados), Jornalista e Articulista com vários artigos publicados

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Festival de Cinema Transcendental no Distrito Federal

Festival de Cinema Transcendental no Distrito Federal

De 20 a 23 de maio de 2015 acontecerá no Cine Brasília o 5º Festival de Cinema Transcendental.

Dentro do evento será realizada a Mostra Competitiva de Curta Metragem, com a temática espiritualidade e metafísica, cuja data limite para inscrição é 10 de maio.

Coordenado pelo produtor audiovisual Lucas de Pádua, o Festival tem como objetivo contrapor a temática muitas vezes negativa do cinema tradicional, com obras da sétima arte focadas em mensagens de paz e união, independentemente de religião. O ingresso custa dois quilos de alimento não perecível.

O Cine Brasília fica na Entre Quadra Sul, 106/107 – Asa Sul, Brasília/DF. Mais informações em www.cinematranscendental.com.br ou pelo telefone (61) 8288-2725.

Seminário Espírita na Paraíba

Seminário Espírita na Paraíba

Acontecerá nos dias 23 e 24 de maio de 2015 na sede da Federação Espírita Paraibana (FEPB) o Seminário do Núcleo de Estudo e Pesquisa do Evangelho (NEPE).

O tema central é "Evangelho: Conhecer para Viver". Na programação, palestras de Afonso Chagas, Saulo César, Ismael Maia e José Otávio. A entrada é franca, mas as vagas são limitadas.

A sede da FEPB fica na Avenida Bento da Gama, 555 - Torre, João Pessoa/PB.

Mais informações em www.fepb.org.br ou pelos telefone (83)3513-7550 e 3513-7548.

Encontro sobre Família em Minas Gerais

Encontro sobre Família em Minas Gerais

Acontecerá no dia 16 de maio de 2015, de 14h às 18h no Lar Espírita Esperança, o Encontro “Família e Seus Desafios”.

Na programação do evento, promovido pela Associação Espírita Célia Xavier, palestras de Fátima Delgado, Afonso Chagas, Ricardo Melo, Rosemeire Simões, Waldemar Duarte e Claudita Gallegos.

O Lar Espírita Esperança fica na Rua Dr. Samuel Hahnemann, 99 – Salgado Filho, Belo Horizonte/MG. Mais informações em www.aecx.org.br ou pelo telefone (31) 3334-5787.