terça-feira, 24 de março de 2009

Pergunta Feita: Prestar Caridade.

Olá, gostaria muito de prestar a caridade no centro espirita, frequento o centro espirita do meu bairro,mais ainda não encontrei respostas para essa vontade imensa que tenho de ser medium. tenho tido sonhos com espiritos me chamando pra casa espirita,onde nos sonhos me vejo sentado na mesa fazendo o trabalho mediunico,não sei se tenho esses sonhos apenas por querer tanto isso que acabo sonhando,ou se isso é um aviso,de que preciso encontrar respostas!sei q mediunidade todos nois temos,mas gostaria de ativala pra poder exercer o trabalho espirita no centro,como eu posso me descobri mediunicamente??Costumo olhar muito pra lua e o céu..e as vezes me sinto como se eu soubesse de onde vem os chamados do céu,é como se eu olhasse pro céu e ja me visse ali,nas nuvens,isso me faz sentir estar com alguem,tambem me faz sentir qrer conversar com alguem imaginario,como se fosse o meu mentor..resumindo..sint uma necessidade imensa..de querer ajudar os irmãozinhos de luz,mas ainda n tive nenhum fenomeno mediunico,so uma vez q fui no centro e eu e minha prima nois dois vimos uma luz branca sair da sala do trabalho da consulta.e é isso se puderem me ajdar eu agradeço!!um grande abraço!!e fiquem com deus!!
(R - 19 anos)

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Resposta Dada:

Olá!

Muita paz e que Jesus esteja sempre com você!

Várias são suas dúvidas e é importante esclarecê-las uma a uma para que trace os caminhos que deseja para sua jornada evolutiva.

Inicialmente, a caridade pode ser exercida de incontáveis formas, seja moralmente, acolhendo corações aflitos com um diálogo fraterno, seja no trabalho ativo em tarefas assistenciais (campanhas, visitações e colaboração em instituições sociais), seja mediunicamente, intermediando o mundo físico e material, tarefa, aliás, que exige muito amor, estudo e responsabilidade. Assim, independente do trabalho ou do possível status que essa ou aquela atividade possa oferecer, o alvo de nossos esforços e do amor que trazemos em nossos corações deve ser sempre aquele que se encontra numa posição de maior necessidade que nós. O "Apostolo dos Gentios", como Paulo de Tarso era chamado, em I Coríntios, capítulo 13, versículos 1 a 13, nos instrui:

"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse Amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse Amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tivesse Amor, nada disso me aproveitaria. O Amor é paciente, é benigno; o Amor não é invejoso, não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O Amor nunca falha. Havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos; mas quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o Amor." Esse deve ser nosso maior ensinamento.

Os dons mediúnicos, todos os temos. Allan Kardec, o codificador da nossa Doutrina, nos orienta em “O Livro dos Médiuns” (Cap. XIV, Dos Médiuns): “Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns. Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva. E de notar-se, além disso, que essa faculdade não se revela, da mesma maneira, em todos. Geralmente, os médiuns têm uma aptidão especial para os fenômenos desta, ou daquela ordem, donde resulta que formam tantas variedades, quantas são as espécies de manifestações.”

Quando Kardec nos fala sobre essa qualificação, dizemos que médium é aquele que possui o que normalmente denominamos de mediunidade ostensiva. Suely Caldas Schubert, escritora, médium e palestrante espírita, escreveu um interessante livro, cuja leitura recomendamos, a respeito desse tema: “Mediunidade: Caminho para ser feliz” (Editora Didier). Veja trecho ao final.

O desejo de ser médium, R, é, de fato, um impulso íntimo que todos temos. Entretanto, não temos como evocá-la ou fazê-la nascer em nós pelo simples desejo, mas a trazemos como missão regenerativa. Carrega-se o peso da responsabilidade desse dom e a necessidade da vigilância permanente nos pensamentos e atitudes, pois, conforme o “O Livro dos Espíritos”: “Os Espíritos influem sobre nossos pensamentos e ações? – A esse respeito, sua influência é maior do que podeis imaginar. Muitas vezes são eles que vos dirigem.”

Pergunta-se: E quem não apresenta características que possam ser associadas à mediunidade, o que fazer para aflorar? Como desenvolvê-las? A resposta: a prática do bem faz com que percebamos melhor, pelos canais da intuição, o plano espiritual, mesmo para aquele que não tenha mediunidade ostensiva, pois como diz Kardec, isto porque todos podemos ser influenciados pelos espíritos pelo canal da intuição. A prática do bem nos tornará melhor e fará aquilo que Léon Denis chama de "expansão do perispírito", que nos fará entrar em contato com mais freqüência com aqueles que também agem no bem, os benfeitores espirituais.

Para conhecer a mediunidade – sua importância, sua aplicação e seu mecanismo – faz-se necessário um período específico de estudos antes do trabalho. Esses estudos devem ser direcionados ao conhecimento das Obras Básicas da Doutrina e o tempo que varia de acordo com o planejamento da casa espírita. Portanto, antes de se aventurar por atividades relacionadas a esse dom, dedique-se com afinco à sua formação doutrinária. Diz o ditado: “quando o discípulo está pronto, o trabalho aparece”. Então, prepare-se da melhor forma para servir na seara de Jesus antes de apresentar-se à tarefa.

Os sonhos, conforme você nos fala, são, sem dúvida, um veículo precioso para o intercâmbio entre os dois mundos, o espiritual e o material. Porém, da mesma forma, é nos sonhos que as impressões do nosso dia-a-dia ou desejos intensos se fazem presente na forma de sensações, imagens mentais, fantasias, enfim, projetamos neles as informações da nossa mente permitindo a ação do nosso subconsciente. A linha que diferencia a realidade de uma manifestação espiritual da ilusão durante o sono é bastante tênue. Dessa forma, o melhor conselho é não se prender aos sonhos, e, sim, manter seus pensamentos elevados direcionados ao plano espiritual pedindo o amparo e as orientações para que possa caminhar com retidão, aplicando os ensinamentos de nosso Mestre e Amigo Jesus em suas atividades cotidianas.

Para melhor conhecimento a respeito da mediunidade, sugerimos, além da leitura e estudos já recomendados, assistir aos vídeos abaixo (na ordem indicada), contidos no site www.meuwebsite.com.br/espiritismo - seção Estudos - Multimídia > Vídeos:

Revista Informação:
- Por que Espiritismo?
- A Filosofia Espírita
- A Moral Espírita
- A Prática Espírita
- O Fenômeno Mediúnico
- Sobre a Morte e o Morrer
- Reencarnação
- As Obras Básicas - O Princípio

Programas Espíritas:
- Terceira Revelação - 21
- Doutrina Espírita - Terceira Revelação - 06
- A mediunidade ao longo da história - Terceira Revelação - 08
- Mediunidade

Na mesma seção (Estudos - Multimídia), há diversos outros áudios e vídeos que facilitarão seus estudos. Na seção Biblioteca Virtual, os livros da Codificação estão disponíveis para download. Na programação deste site, salas de estudos virtuais se reúnem diariamente proporcionando troca de idéias e muito aprendizado. O programa Paltalk - áudio-conferência - é a ferramenta utilizada. Conheça o Paltalk: http://www.celd.org.br/celd_paltalk.php. Para download, www.paltalk.com.

Esperamos ter ajudado e estamos à disposição para auxiliar no que for necessário. Conte sempre conosco.

Um abraço,

André.
Equipe Net Jovem
Dúvidas e Sugestões: www.cvdee.org.br/netjovem.asp

Oferecemos o convite para participar dos nossos estudos na Internet. Conheça o Paltalk: http://www.celd.org.br/celd_paltalk.php. No Paltalk: categoria "Central & South America" - subcategoria "Brazil", sala Espiritismo Net Jovem - Todas às sextas-feiras, 21h.

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O QUE É SER MÉDIUM

Você se indaga, às vezes, se as sensações que tem sentido são realmente de caráter mediúnico ou apenas estados emocionais ou, ainda, se certos acontecimentos não seriam meras fantasias ou suposições erradas, por ficar impressionado em demasia com tudo o que lhe ocorre.
Porém como saber? Afinal, o que é ser médium?
Usualmente, denomina-se médium aquele em quem a faculdade mediúnica se mostra de forma ostensiva. Entretanto é bom saber que todos os seres humanos têm mediunidade em estado latente, como um princípio, uma semente, que poderá ou não desabrochar no curso da existência terrena.
Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo, explica que todos os indivíduos são mais ou menos médiuns, no sentido de que somos influenciáveis pelas sugestões alheias, podendo estas partir de espíritos desencarnados que nos desejam influenciar. Isto se dá através da sintonia mental, de forma espontânea e natural, surgindo na mente do indivíduo como uma idéia, um pressentimento, que são também chamados de “intuição”. Isto pode estar sendo lançado por um espírito desencarnado, e a pessoa aceitará a idéia ou não, dependendo do seu livre arbítrio.Voltemos ao termo “médium”. É importante saber que esta palavra significa “aquilo que está no meio”. Allan Kardec propôs esta terminologia, inclusive as palavras “Espiritismo”, “espírita”, etc. Para designar coisas novas trazidas pelos Espíritos Superiores à Humanidade.
Assim, médium é o intermediário, aquele que intermedia a comunicação de um espírito com as demais pessoas.
A eclosão da mediunidade não depende de religião, idade, raça ou sexo. Muitas criaturas, não conhecendo nada sobre o assunto, ficam amedrontadas, outras temem as responsabilidades que são inerentes ao exercício mediúnico e recusam-se a conscientizar-se acerca da sua faculdade. Evitam de todas as maneiras qualquer conversa ou situação relacionadas com o tema, mas, se os sinais de mediunidade forem muito evidentes, intensos e freqüentes, essas pessoas ficam sujeitas a alguns problemas mais graves decorrentes das presenças espirituais ao seu lado, as quais captam sem saber como se defender ou precaver-se contra assédios negativos.Mas, afinal, como saber se sou médium ostensivo? É a pergunta que lhe ocorre.
Existem indícios que caracterizam a presença da mediunidade de forma expressiva. O Espiritismo aclara e orienta todo esse processo, auxiliando o médium principiante e possibilitando o exercício da mediunidade de maneira equilibrada e serena, que lhe confere bem-estar e paz interior.
Alguns dos indícios do desabrochar da mediunidade podem ser relacionadas. São eles:alterações emocionais súbitas;acentuada sensibilidade emotiva;vidências;necessidade compulsiva e inoportuna de escrever idéias que não lhe são próprias;calafrios, sensação de formigamento nas mãos e na cabeça;mal-estar em determinados ambientes ou em presença de certas pessoas;sensações de enfermidades inexistentes.
Estes sintomas podem surgir de forma associada, com maior ou menor intensidade, prevalecendo um ou outro ou vários, conforme a condição espiritual do indivíduo.
Que fique bem claro que alguns desses sintomas citados podem ocorrer, sem que seja necessariamente um sinal de predisposição mediúnica. Outro ponto que merece ser ressaltado é que mediunidade não é doença. Também não deve ser encarada como um privilégio ou, sob outro aspecto, como uma sobrecarga de responsabilidade de tal teor, que somente uns poucos conseguirão levá-la adiante.
O desabrochar da mediunidade representa para o ser humano um horizonte novo que se abre para ele. É um chamamento, um convite a fim de que se volte para o bem, que desperte para as realidades maiores da vida. É uma responsabilidade sim, mas, sendo vivenciada com seriedade, com amor e disciplina, será sempre fonte de benefícios, em primeiro lugar para o próprio médium.
Às vezes as pessoas têm uma impressão distorcida acerca do Espiritismo pelo que a mídia apresenta, ou seja, pessoas que são médiuns, mas que, na verdade, não são espíritas, embora assim se apresentem, e que se utilizam da sua faculdade para aparecerem, para divulgarem suas produções mediúnicas, mas que não têm as características espíritas, cujas orientações são sempre voltadas para fins sérios, altruísticos e renovadores, sem qualquer conotação de rituais ou de lucros materiais.
Se você apresenta as características acima mencionadas, se o que lhe está acontecendo se encaixa nestes pontos relacionados, é provável que a mediunidade lhe esteja sinalizando a busca de uma nova vida, de um caminho novo, espiritualizado, para que você encontre, enfim, o sentido transcendente da vida terrena.

“A mediunidade não veio em minha vida por acaso. É um compromisso que assumi perante a Espiritualidade Maior. É como um convite para reavaliar tudo o que fiz até hoje e recomeçar em bases espiritualizadas e seguras, descobrindo através do intercâmbio com os seres invisíveis um novo caminho para ser feliz.”

Do Livro Mediunidade: Caminho para ser feliz - Suely Caldas Schubert - Editora Didier

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