quarta-feira, 22 de julho de 2009

Segunda gravidez de adolescente cai 48% em 10 anos em SP

http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u570944.shtml
25/05/2009 - 07h47

CLÁUDIA COLLUCCI
da Folha de S.Paulo

Em um período de dez anos, o número de adolescentes paulistas que ficaram grávidas pela segunda vez teve uma queda de 48%, aponta levantamento da Secretaria de Estado da Saúde com base em dados da Fundação Seade. No mesmo período, as taxas de primeira gravidez na adolescência caíram 34%.

Não há dados nacionais sobre a incidência da segunda gravidez. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), as chances de uma garota voltar a engravidar após uma primeira gestação na adolescência são de 40% em até três anos.

Em 1998, 26.237 jovens paulistas com menos de 20 anos engravidaram pela segunda vez. Em 2007, o número caiu para 13.674. No mesmo período, o número de primeiras gravidezes na adolescência diminuiu de 148.018 para 96.556.

No Brasil, também houve queda. O número de partos realizados pelo SUS em adolescentes de dez a 19 anos caiu 26,7% entre 1997 e 2007. A região Sul apresentou a maior redução (35,6%), seguida pelas regiões Centro-Oeste (34,1%), Sudeste (32,4%) e Nordeste (22,6%). A região Norte foi a que apresentou a menor queda: 6,7%.

Para a ginecologista Albertina Duarte Takiuti, coordenadora do Programa Estadual de Saúde do Adolescente, a queda em São Paulo é resultado de diversas ações -de terapia em grupo e oficina de artesanato a distribuição de anticoncepcionais e preservativos.

"A família pensa que quando a menina engravida na adolescência, ela já aprendeu a lição e vai se cuidar. Mas não é o que acontece. Ela tende a ficar mais fragilizada e vulnerável a uma segunda gravidez", diz Takiuti.

Abandonar a escola, perder o contato com amigos da mesma idade, ver o corpo transformado após a gravidez e, muitas vezes, ter sido abandonada pelo pai da criança são alguns dos fatores que impactam na autoestima da garota e propiciam outra gestação, avalia a médica.

Além de informação e orientação, ela diz que o trabalho desenvolvido pelo programa do adolescente busca identificar as emoções, medos e dúvidas dos adolescentes sobre afetividade, relacionamentos e sexo seguro. "A menina tem medo de não agradar, e o menino, de falhar", conta a ginecologista.

Para a socióloga Mary Garcia Castro, pesquisadora da Universidade Federal da Bahia, abandonar a escola é um dos principais fatores de risco para a garota voltar a engravidar. "Já a melhoria da qualidade do grupo familiar e um maior grau de escolaridade funcionam como fatores de proteção", avalia.

Balada da saúde

Um dos projetos que visam reduzir a gravidez na adolescência e incentivar o sexo seguro é o Balada da Saúde, que acontece às segundas-feiras na Casa do Adolescente de Pinheiros, zona oeste de São Paulo.

No local, ginecologistas, psicólogos e nutricionistas tiram dúvidas sobre sexo, gravidez precoce, uso de preservativos e problemas de saúde. Há ainda distribuição de preservativos e de folhetos explicativos.

"Tinha vergonha de falar sobre sexo. Aqui perguntei tudo e até perdi o medo de fazer o papanicolaou", conta Andréia, 15.

Grávida aos 13 anos, a garota deixou a escola no oitavo mês de gestação. "Engordei 26 kg e tinha falta de ar. Não dava mais para assistir às aulas." Neste ano, ela retomou os estudos.

A colega Danili, 16, engravidou aos 14. "Já tinha recebido informação sobre camisinha e anticoncepcional, mas não usava nada. Agora, uso camisinha e tomo injeção [anticoncepcional]. Morro de medo de engravidar novamente", diz ela.

Danili ainda não voltou à escola. "Estou esperando uma vaga no supletivo", diz. Assim como ela, outras duas adolescentes que estavam na balada também abandonaram a escola quando engravidaram e ainda não retomaram os estudos.

Para Takiuti, a escola é um fator protetor. "Lá, ela continua a integrar um grupo e a ter outros interesses e atividades."

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Comentário:

As jovens engravidam muito cedo, principalmente pela falta de orientação e esclarecimento. A idade da infância é muito importante para a educação do espírito que está iniciando a nova encarnação como afirma Kardec, no O Livro dos Espíritos:

"A infância tem ainda outra utilidade: os Espíritos não ingressam na vida corpórea senão para se aperfeiçoarem, para se melhorarem; a debilidade dos primeiros anos os torna flexíveis, acessíveis aos conselhos da experiência e daqueles que devem fazê-los progredir. É então que se pode reformar o seu caráter e reprimir as suas más tendências. Esse é o dever que Deus confiou aos pais, missão sagrada pela qual terão de responder."

A doutrina não diz ser culpa dos pais, pois os jovens, assim como qualquer pessoa tem livre arbítrio e também responsabilidade por seus atos, porém o espírito já traria esta tendência de valorizar as paixões e sensações e é responsabilidade daqueles que os criaram tentar orientá-los e esclarecê-los.

Agora porque o número de jovens grávidas caiu? Porque elas aprenderam na prática, compreenderam a importância e consequência da prática sexual sem controle. Porque elas perceberam que foi através do seu livre arbítrio que chegaram lá.

Fazer sexo antes do casamento, com um namorado não tem nada de pecado, não é errado, nem vai contra as leis Divinas, porém, somos sempre responsáveis e devemos ponderar sempre aquilo que fazemos. Os Espíritos nos explicam mais na questão 908, do livro acima citado.

" Como definir o limite em que as paixões deixam de ser boas ou más?

- As paixões são como um cavalo que é útil quando governado e perigoso quando governa".

O desejo sexual é uma energia natural que não pode comandar o homem, quando isto acontece as consequências podem ser mais dolorosas.

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