terça-feira, 8 de março de 2011

Notícia: " Ego nas alturas para os jovens americanos."

Universitários americanos colocam o aumento de sua autoestima acima de atividades agradáveis como fazer sexo, encontrar amigos e receber o salário. Isso pode ser preocupante... (...).

Comentário:

Todo o mal devira de um único mal: o egoísmo. Sem dúvida que todo o esforço para crescer, progredir e se desenvolver é essencial para o progresso do espírito, mais quando isto torna-se mais importante que o ser humano, mais importante que as relações sociais demonstra algo não está correto... (...).

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Notícia: " Ego nas alturas para os jovens americanos."




Os jovens podem estar aumentando sua autoestima demais, segundo estudo da Univiersidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos. Os pesquisadores descobriram que estudantes universitários valorizam mais sua autoestima mais do que qualquer outra atividade agradável, como sexo, comidas favoritas, álcool, encontrar amigos ou receber o salário.

"É surpreendente como esse desejo de se sentir valioso triunfa sobre qualquer outra atividade prazerosa", diz Brad Bushman, líder da pesquisa e professor de comunicação e psicologia da Universidade do Estado de Ohio. O estudo está na versão online do Journal of Personality e será publicado em uma futura versão impressa.

Em dois estudos, os pesquisadores perguntaram a universitários o quanto queriam e gostavam de várias atividades, como comer seu prato predileto ou ver um grande amigo. Eles deram notas em uma escala de 1 (nada) a 5 (extremamente). Um dos itens que foram questionados foi sobre a construção de sua autoestima, como receber uma boa nota ou um elogio.

"Descobrimos que a auto-estima superou todas as outras atividades para esses universitários", disse Bushman. E isso também foi comprovado em testes práticos. Os participantes passaram por uma avaliação que supostamente mede a capacidade intelectual. Depois, se os alunos esperassem mais dez minutos, poderiam ter seus testes repontuados com um novo algoritmo que produz resultados mais altos. E os estudantes que mais valorizaram sua auto-estima ficaram mais propensos a permanecer os 10 minutos para ganhar uma nova pontuação.

"Eles estavam dispostos a gastar seu tempo precioso apenas para aumentar um pouquinho sua autoestima (a sua nota)", disse Bushman. Ele afirma que não há nada de errado em uma autoestima saudável. Mas os resultados deste estudo sugerem que muitos jovens podem estar centrados demais em bombadear seu ego.

Para todas as atividades agradáveis examinadas neste estudo, os participantes precisavam classificar o quanto eles gostavam e o quanto a queriam. As duas perguntas foram feitas porque a pesquisa sugere que dependentes (ou viciados) tendem a relatar que "querem" o objeto de sua dependência química (drogas, álcool, jogo) mais do que eles realmente "gostam", disse Bushman.

"A distinção gostar-querer tem ocupado um lugar importante na pesquisa sobre vícios por quase duas décadas", disse Moeller. "E acreditamos que ela tem grande potencial para ajudar em outras áreas da psicologia".

Segundo o pesquisador, não seria correto dizer que os participantes do estudo eram viciados em autoestima. "Mas eles estavam mais perto deste exagero do que para qualquer outra atividade que estudamos". Os resultados mostraram que estudantes com um forte senso de merecimento foram os com maior probabilidade de "querer" as coisas – inclusive aumentar sua autoestima – do que "gostar" delas. "É claro que não há nenhum problema em apreciar as coisas boas, mas não é saudável desejá-las mais do que gostar delas", afirma Bushman.

Bushman vê perigo nessa obsessão. A pesquisa mostrou que os níveis de autoestima vêm aumentando entre os universitários americanos desde meados da década de 1960. "A sociedade americana parece acreditar que a autoestima é a cura para todos os males sociais, das notas ruins à gravidez na adolescência, até a violência", diz. "Mas não há nenhuma evidência que seu aumento realmente ajude esses problemas", afirma.

Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI200828-15257,00-EGO+NAS+ALTURAS+PARA+OS+JOVENS+AMERICANOS.html 

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Comentário

Todo o mal devira de um único mal: o egoísmo. Sem dúvida que todo o esforço para crescer, progredir e se desenvolver é essencial para o progresso do espírito, mais quando isto torna-se mais importante que o ser humano, mais importante que as relações sociais demonstra algo não está correto.

Acreditar que a autoestima superexcitada cura os males sociais é um perigo, porque como foi dito estes males tem origem no egoísmo e no orgulho, que não deixa de ser a própria autoestima supervalorizada.

Mas os jovens não podem levar a culpa sozinhos, nós muitas vezes os educamos para serem assim, na escola, no esporte, no lazer e nas relações. A nossa sociedade atual está muito competitiva e desde pequeno muitos pais incentivam o orgulho e o egoísmo, na tentativa que seu filho seja o melhor. O carnaval se aproxima e atualmente os jovens não se preocupam apenas em curtir o carnaval e encontrar alguém para uma relação amorosa ou mesmo só para ficar, eles se preocupam em competir, em beijar muito e em maior quantidade, transformando o beijo em uma ação quase automática.

Nós não podemos mudar a juventude, mas podemos mudar as nossas atitudes e os nossos pensamentos refletindo como nós criamos os nossos filhos, netos, sobrinhos, alunos etc? Quais os valores que estamos transmitimos? Estamos estimulando o orgulho ou a humildade? Como podemos encontrar o equilíbrio?

Comentário por: Claudia Cardamone. Formada em Psicologia, no ano de 1996, pelas FMU em São Paulo. Reside atualmente em Santa Catarina, onde trabalha como artesã. É espírita e trabalhadora da Associação Espírita Seareiros do Bem, em Palhoça/SC.

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