sexta-feira, 21 de maio de 2010

Notícia: "Galera ilustrada"

por Alana Reis

Tatuagem!
A curiosa cultura virou mania e ganha cada vez mais adeptos. A POP3 conta quase tudo sobre o que permeia o fantástico mundo das tattoos, como escolher o melhor lugar, tatuador, valores, arrependimentos, idade, remoção, enfim, vamos desenrolar a história das tatuagens e saber como ela veio parar aqui e em nossos corpos. E de quebra a gente dá uma espiadinha na pele dos famosos que se deixaram desenhar!
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Comentário: 

“Não é o que entra pela boca o que faz imundo o homem, mas o que sai da boca. (…) As coisas que saem da boca vêm do coração, e estas são as que fazem o homem imundo.” - Jesus

Incapazes de compreenderem a essência das grandes verdades universais que a sabedoria de alguns Espíritos iluminados colocou à disposição da Humanidade, a grande maioria dos Homens ao longo da história foi-se acomodando à rigidez da forma. Nesta passagem evangélica de Mateus, alguns fariseus mostravam indignação porque os discípulos de Jesus não lavavam as mãos quando comiam, transgredindo tradições antigas. O Mestre evidenciou o equívoco de tal ideia em que se procurava iludir através de atos exteriores um coração carregado de fel. (...) 







Tatuagem!
A curiosa cultura virou mania e ganha cada vez mais adeptos. A POP3 conta quase tudo sobre o que permeia o fantástico mundo das tattoos, como escolher o melhor lugar, tatuador, valores, arrependimentos, idade, remoção, enfim, vamos desenrolar a história das tatuagens e saber como ela veio parar aqui e em nossos corpos. E de quebra a gente dá uma espiadinha na pele dos famosos que se deixaram desenhar!

Tatuagem também é história!
A palavra 'tatuagem' nasceu com James Cook, um capitão que escreveu pela primeira vez a palavra “tattow”, ou “tatau”, em seu diário, referindo-se ao som feito durante a execução de uma sessão de body art. Antes, bem antes, eram utilizados ossos finos como agulhas, e batiam com uma espécie de martelinho de madeira para introduzir a tinta na pele. Assim devia doer, hein? Mas foi dessa maneira que Angelina Jolie fez aquele tigre imenso em suas costas, ela quis exaltar a tradição de como faziam as tatuagens antes de toda a parafernália atual ser inventada. Corajosa a donzela, não é?

Identificadas as origens da palavra, vamos voltar um pouco mais no tempo e lembrar que a tatuagem já existia desde o antigo Egito como forma de separar classes sociais.

Não tem como negar que a tatuagem tem história pra contar: passou por 2000 A.C., por índios poloneses, marinheiros de todos os portos, prisioneiros, cristãos – que tinham suas cruzes tatuadas para identificá-los perante os não cristãos da época - e muito mais até chegar aos dias modernos, onde tudo se confundiu bastante e o que era arte e tradição virou marginalização. E é partindo deste tópico que vamos começar nossa discussão sobre os valores da tatuagem.

Quem transformou a chapeuzinho em lobo mau?!

Tatuagem é coisa de marginal”. Quem é que já não ouviu coisa parecida? Sim, muita gente, desde que a arte se incorporou na vida urbana e cotidiana, criou esse (pré)conceito. Mas o aumento de tatuados entre bem sucedidos, bem nascidos, celebridades e personalidades fez com que essa visão se modificasse. Se antes era sinal de rebeldia, hoje pode ser vista como um simples adorno ao corpo. Um enfeite definitivo.

Uma forma de somar ao corpo uma atitude muito pessoal que pode encantar, chocar, divertir, declarar amor, paz e outros sentimentos que não se explicam, mas se expressam.

Discretas, as tatuagens conquistaram a pele das patricinhas, das modelos e dos adolescentes em geral. Claro que o preconceito ainda existe e que o exagero talvez se torne uma dor de cabeça daqui a alguns anos, por isso é bom pensar duas e até três vezes antes de fazê-la. Em carreiras conservadoras, como no Direito e na Medicina, a tatuagem pode ser encarada como sinal de falta de “comprometimento com a profissão”, o que não quer dizer que médicos e advogados não possam ter uma.

Tatuagem tem que ser um desejo pessoal e não uma forma de contrariedade, aliás, tudo que se escolhe assim, só para contrariar ou chocar, nunca termina bem. Agora, se o estilo de vida permite uma “tatoo”, não há porque ter preconceito.

É preciso entender que a abundância de melanina não faz um negro desonesto, que a homossexualidade não torna ninguém menos digno, que uma marca no corpo não denota incompetência e que todo preconceito é infundado, como já diz a própria palavra, é um pré conceito, algo que se tem antes mesmo de conhecermos, esse é o problema, valoriza-se demais a imagem e se esquece de olhar o conteúdo. Velha história: “Bela viola por fora, pão bolorento por dentro!” Enfim, é melhor conhecer para depois opinar. Tatuagem não muda caráter.

Se arrependimento matasse...
Para os arrependidos, a Medicina sempre guarda uma carta na manga. Ou quase isso!

Tirar a tatuagem dói, dá trabalho e custa caro. E o resultado nem sempre é perfeito. O método mais eficaz ainda é o laser. Só que os feixes agem melhor em cores escuras. A cor mais fácil de retirar é o preto, e as mais complicadas são as mais claras e parecidas com o tom da pele, como amarelo, laranja e vermelho. Nesses casos, ainda vale a sentença de que, uma vez feita a tatuagem, é para sempre.

Como se faz...
Bom, todo mundo já está careca de saber que o estúdio escolhido para fazer a tattoo deve ser muito bem limpinho, higienizado e, de preferência, associado ao Sindicato dos Tatuadores de São Paulo, além de receber a visita da Vigilância Sanitária local. O desenho deve ser escolhido com cautela, avalie a importância da tatuagem para você.

Não faça por 'embalo'. “Hoje em dia é difícil encontrar quem se preocupe em fazer trabalhos únicos, as pessoas buscam tatuagem e não bons tatuadores”, afirma Chacal, que oferece o diferencial da personalização em seu estúdio.

Escolha seu estilo
Tradicional: São aquelas conhecidas tatuagens de marinheiro, como uma âncora ou uma gaivota. Os marinheiros foram os grandes divulgadores da tatoo pelo mundo.

Realista: São aqueles rostos de pessoas, animais e objetos queridos, normalmente é uma cópia de fotografia.

Estilizada: Feitas sob medida para cada pessoa.

Celta: São desenhos de origem celta com figuras entrelaçadas. Podem ser pretas ou coloridas.

Tribal: Essa foi uma grande moda na década de 90. Podem ser desenhos de tribos norteamericanas, maias, incas, astecas, geométricas ou abstratas.

Oriental: Normalmente são trabalhos grandes, de corpo inteiro, como um painel. E o legal é que cada desenho quer dizer alguma coisa, proteção, força, liberdade, etc.

Psicodélicas: Trabalhos super-coloridos com desenhos totalmente malucos!

Religiosas: Trabalhos com personagens bíblicos, como um santo ou uma cruz.

Bold line: Desenhos de Comics e HQs com traços bem largos e cores berrantes.

Branding: Já viu aquelas tatuagem marcada a ferro e fogo, igual se faz pra marcar gado? É assim!

New School: Desenho de formas contemporâneas, com grande influência no grafite.

Old School: Este estilo confunde-se um pouco com o estilo tradicional, mas o que o diferencia são os traços grossos, em média feitos com 7 agulhas e cores sem muita fusão. A utilização das cores primárias fazem esse estilo ser único.

Famosos “estampados”
Uma coisa a gente não pode negar, os famosos tatuados ajudaram a fazer a sociedade receber melhor a arte da tatuagem. Aparecendo cada vez mais na mídia, as celebridades tatuadas tiraram um pouco daquele medo de “tatuado é marginal”, e a nova lei agora é “tatuagem não muda caráter”, certo?

Angelina Jolie é a primeira no ranking de tatoos mais copiadas. A belezoca tem 12 peças tatuadas em seu corpo, entre elas, a famosa frase copiada “O que não me mata, me fortalece”.

No Brasil, temos, uma das mais imitadas também, com aquela frase “Livrai-me de todo mal, amém”. Fora aquela que tinha pro ex, Falcão: “Falcão, amor verdadeiro, amor eterno”, que hoje já foi removida. Esse negócio de escrever nome dos outros não rola!

Luana Piovani foi uma das primeiras beldades a aparecer com tatuagem, aquela na parte debaixo do braço e as máscaras do teatro no outro.
Paulinho Vilhena tem várias também, de perder as contas!
Rodrigo Hilbert tem um realismo no braço, o rosto do rei do reggae, Bob Marley. Linda!
Rafinha Bastos do CQC tem um tribal imenso no antebraço.

Fonte: Revista POP3 - O papo é pop! http://www.revistapop3.com.br/noticias-galerailustrada.php 

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Comentário:

“Não é o que entra pela boca o que faz imundo o homem, mas o que sai da boca. (…) As coisas que saem da boca vêm do coração, e estas são as que fazem o homem imundo.” - Jesus

Incapazes de compreenderem a essência das grandes verdades universais que a sabedoria de alguns Espíritos iluminados colocou à disposição da Humanidade, a grande maioria dos Homens ao longo da história foi-se acomodando à rigidez da forma. Nesta passagem evangélica de Mateus, alguns fariseus mostravam indignação porque os discípulos de Jesus não lavavam as mãos quando comiam, transgredindo tradições antigas. O Mestre evidenciou o equívoco de tal ideia em que se procurava iludir através de atos exteriores um coração carregado de fel. 
O cumprimento escrupuloso da tradição de lavagem das mãos no tempo de Jesus pode ser comparado à preocupação que ainda existe em relação aos piercings e tatuagens. Porque existe preconceitos em relação às tatuagens e não existe em relação à maledicência? Porque existe preconceito em relação aos piercings e não existe em relação à indiferença? É para este género de contradições que Jesus nos alerta. 
A irreverência e o gosto pela diferença, imagem de marca dos jovens em todas as épocas da Humanidade, são ainda mal compreendidos em muitos setores da nossa sociedade. Colocar marcas e adereços no corpo físico é uma prática ancestral que ao longo da história foi tendo objetivos diversos: tradição, cultura, estética, expressão corporal, identificação e reconhecimento, são muitas as razões que levam algumas pessoas a escolhê-las. Numa época em que informação circula com uma velocidade alucinante, os fenómenos das modas têm um impacto global e os jovens são um dos grupos mais vulneráveis a elas. Neste clima em que as modas, as paixões e as opiniões exteriores têm grande preponderância, muitas vezes as tatuagens ou os piercings surgem sobretudo como uma resposta a um desejo de afirmação pessoal. Dessa forma, tal como muitos outros produtos, as tatuagens e os piercings se transformam numa máscara caiada que esconde a verdadeira essência de alguém, permitindo que a aparência triunfe sobre o árduo trabalho de renovação interior. 
Mas a Doutrina Espírita desaprova as tatuagens e os piercings? O objetivo fundamental da Doutrina Espírita é o esclarecimento sobre a realidade espiritual para que através desse esclarecimento possa haver uma renovação moral da Humanidade. Como tal, não lhe cabe impor normas de conduta numa matéria em que o gosto pessoal prevalece. O Espiritismo é defensor intransigente da liberdade que cada um possui para escolher aquilo que melhor serve as suas necessidades de crescimento. Ao conquistarmos a liberdade, ganhamos também a responsabilidade, e como tal ficamos reféns dos nossos atos e das consequências que eles possam originar.
As tatuagens e os piercings são nocivos ao corpo físico? São práticas que não são isentas de riscos e como tal exigem que se tomem algumas precauções para que não causem danos ao organismo. Algumas regras básicas é que sejam realizadas por profissionais experimentados, em locais com boas condições de higiene e através de procedimentos irrepreensíveis de esterilização. Devido à natureza definitiva de algumas destas técnicas, é aconselhável que antes de tomar uma decisão haja uma reflexão cuidada e uma troca saudável de ideias com pessoas de confiança.
As tatuagens e os piercings deformam o perispírito? O perispírito é modelado pelo nosso pensamento e pela conduta moral do indivíduo. Ideias elevadas e comportamentos saudáveis trazem harmonia ao corpo espiritual enquanto pensamentos negativos e atitudes perturbadoras ou maldosas provocam desequilíbrios que se refletem no perispírito. Por isso, as tatuagens e os piercings, se forem acessórios apartados de qualquer atitude perturbadora, não deformam o perispírito. Sabemos por outro lado que esse corpo é plástico e que se molda de acordo com a vontade do Espírito, como é referido no livro “A Génese” de Allan Kardec: “Basta que o Espírito pense numa coisa para que esta se produza, como basta que modele uma ária, para que esta repercuta na atmosfera. É assim, por exemplo, que um Espírito se faz visível a um encarnado que possua a vista psíquica, sob as aparências que tinha quando vivo na época em que o segundo o conheceu, embora haja ele tido, depois dessa época muitas encarnações. Apresentam-se com o vestuário, os sinais exteriores – enfermidades, cicatrizes, membros amputados.” Ou seja, se o Espírito mantiver no seu psiquismo a forma do seu corpo físico com as tatuagens e piercings existentes na vida anterior, esses acessórios surgirão naturalmente na sua aparência espiritual, mas isso não significa que o perispírito tenha sido deformado.

Por: Carlos Miguel Pereira. Trabalha na área de informática e é morador da cidade do Porto, em Portugal. Na área espírita, é trabalhador do Centro Espírita Caridade por Amor (CECA), na cidade do Porto, e colaborador regular do Espiritismo.net.

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