quarta-feira, 7 de março de 2012

Notícia: "Preconceito piora desempenho de alunos, diz pesquisa."

MARIANA BARROS da Folha de S.Paulo.


Alunos zombando de outros alunos, de professores ou de funcionários do local onde estudam é, mais do que brincadeira de mau gosto, sinal de pior rendimento escolar.


Uma pesquisa realizada pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) a pedido do MEC (Ministério da Educação) demonstrou que, quanto mais preconceito e práticas discriminatórias existem em uma escola pública, pior é o desempenho de seus estudantes.


Entre as experiências mais nocivas vividas por esses jovens está o bullying, que é a humilhação perante colegas por motivo de intolerância. (...)


Comentário:



A Follha.uol.com.br traz à tona uma matéria muito pertinente que trata do PRECONCEITO. Vejamos: no dicionário on-line Micheal, consta como uma das denominações do preconceito: atitudes discriminatórias incondicionadas contra pessoas de outra classe social. P. racial: manifestação hostil ou desprezo contra indivíduos ou povos de outras raças. P. religioso: intolerância manifestada contra indivíduos ou grupos que seguem outras religiões.

A denominação por si só, já é suficiente para que educadores e pesquisadores manifestem interesse sobre o tema. Neste caso, a pesquisa da FIPE a pedido do MEC, concluiu que o preconceito/bullying é mais evidente em escolas com notas mais baixas, embora, também a mídia tem noticiado que o bullying está presente em todos os segmentos da sociedade, que pobres e ricos, estudantes de escolas públicas ou particulares sofrem dessa violência. A organização humana é muito competitiva, e  considerando que sempre vence o melhor, o mais apto e preparado,  induz os jovens a terem um comportamento destrutivo da moral alheia, desencadeando o processo do dito bullying, em que as vítimas são forçadas a recuar de seu reduto, para dar lugar aos pseudos vencedores. (...)





Alunos zombando de outros alunos, de professores ou de funcionários do local onde estudam é, mais do que brincadeira de mau gosto, sinal de pior rendimento escolar.

Uma pesquisa realizada pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) a pedido do MEC (Ministério da Educação) demonstrou que, quanto mais preconceito e práticas discriminatórias existem em uma escola pública, pior é o desempenho de seus estudantes.

Entre as experiências mais nocivas vividas por esses jovens está o bullying, que é a humilhação perante colegas por motivo de intolerância.

As consequências na performance estudantil são mais graves quando as vítimas de zombaria são os professores. Entre os alunos, os principais alvos são, respectivamente, negros, pobres e homossexuais.

Para chegar a essa associação entre o grau de intolerância e o desempenho escolar, o estudo considerou os resultados da Prova Brasil de 2007, exame de habilidades de português e matemática realizado por quem cursa da 4ª à 8ª série do ensino fundamental da rede pública.

A conclusão foi que as escolas com notas mais baixas registraram maior aversão ao que é diferente. O MEC não informou que medidas pretende tomar a respeito dessa constatação.

"A conjectura que podemos fazer é que o bullying gera um ambiente que não é propício ao aprendizado", afirma o economista José Afonso Mazzon, coordenador da pesquisa.

"Não é uma questão de política educacional, mas de governo, de Estado. O indivíduo que nasce negro, pobre e homossexual está com um carimbo muito sério pela vida toda", diz Mazzon, para quem o preconceito vem normalmente da própria família. "Para alterar uma situação como essa acredito que levará gerações."

Foram entrevistadas 18.600 pessoas, entre alunos, pais, diretores, professores e funcionários de 501 escolas de todo o Brasil. Entre os estudantes, participaram da pesquisa os que cursam a 7ª ou a 8ª série do ensino fundamental, a 3ª ou a 4ª série do ensino médio e o antigo supletivo, o EJA (Educação para Jovens e Adultos). Do total estudantil, 70% têm menos de 20 anos.


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u582787.shtml


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Comentário:


A Follha.uol.com.br traz à tona uma matéria muito pertinente que trata do PRECONCEITO. Vejamos: no dicionário on-line Micheal, consta como uma das denominações do preconceito: atitudes discriminatórias incondicionadas contra pessoas de outra classe social. P. racial: manifestação hostil ou desprezo contra indivíduos ou povos de outras raças. P. religioso: intolerância manifestada contra indivíduos ou grupos que seguem outras religiões.

A denominação por si só, já é suficiente para que educadores e pesquisadores manifestem interesse sobre o tema. Neste caso, a pesquisa da FIPE a pedido do MEC, concluiu que o preconceito/bullying é mais evidente em escolas com notas mais baixas, embora, também a mídia tem noticiado que o bullying está presente em todos os segmentos da sociedade, que pobres e ricos, estudantes de escolas públicas ou particulares sofrem dessa violência. A organização humana é muito competitiva, e  considerando que sempre vence o melhor, o mais apto e preparado,  induz os jovens a terem um comportamento destrutivo da moral alheia, desencadeando o processo do dito bullying, em que as vítimas são forçadas a recuar de seu reduto, para dar lugar aos pseudos vencedores.

A notícia cita, segundo José Afonso Mazzo, que "Não é uma questão de política educacional, mas de governo, de Estado. O indivíduo que nasce negro, pobre e homossexual está com um carimbo muito sério pela vida toda", carimbo sério talvez, depende da educação vinda do berço e da bagagem que a criança carrega consigo de outras existências. No entanto, há de se refletir sobre a colocação  “resto da vida”, visto que julgar assim é dar uma sentença final e degradante para o ser humano, condenando-o a viver estagnado e sem o aperfeiçoamento espiritual, que pode levá-lo  a pensar que não há motivação para lutar, e reverter a situação  pois estria no grupo dos condenados.

Da porcentagem dos entrevistados, 70% (setenta por cento) tem menos de vinte anos, e parte dessa moçada são freqüentadores das Casas Espíritas. Então, ao lermos este texto, vamos fazer a nossa parte plantando a sementinha do bem nos corações da juventude espírita, se possível, incluindo os pequeninos nessa corrente.

Os ensinamentos de Kardec na obra o Livro dos Espíritos, Capítulo 9, diz: “a desigualdade social não é criação de Deus, é uma obra do Homem”.

Para mudar esse percentual é preciso que engajemos na singela e simples  parábola do semeador – a plantação é livre e a colheita obrigatória. Pensemos nisso para o desabrochamento das atitudes positivas em nossos corações, porque fazer o bem, é melhor que receber.

Vejamos a lição de Kardec:

O Livro dos Espíritos – CAP X

RESUMO TEÓRICO DA MOTIVAÇÃO DAS AÇÕES DO HOMEM.

872 – A questão do livre arbítrio pode ser resumida assim: o homem não é fatalmente conduzido ao mal; os atos que ele realiza não estão antecipadamente escritos; os crimes que ele comete não resultam de uma sentença do destino. Ele pode, como prova e como expiação, escolher uma existência em que terá os arrastamentos do crime, seja pelo meio em que está colocado, seja pelas circunstâncias que sobrevirão, mas está sempre livre para agir ou não agir. Assim, no estado de Espírito, o livre arbítrio existe na escolha da existência e das provas, e no estado corporal, na faculdade de ceder, ou de resistir, aos arrastamentos aos quais estamos voluntariamente submetidos. Cabe à educação combater essas más tendências e o fará utilmente quando estiver baseada no estudo profundo da natureza moral do homem. Pelo conhecimento das leis que regem essa natureza moral, chegar-se-á a modificá-la, como se modifica a inteligência pela instrução, e o temperamento pela higiene.

O Espírito liberto da matéria, e no estado errante, faz a escolha de suas existências corporais futuras, segundo o grau de perfeição que alcançou e é nisso, como dissemos, que consiste, sobretudo, seu livre arbítrio. Essa liberdade não é anulada pela encarnação; se cede à influência da matéria, é porque sucumbe sob as próprias provas que escolheu e é para ajudá-lo a superá-las que ele pode invocar a assistência de Deus e dos bons Espíritos (337).

Sem o livre arbítrio o homem  não  tem nem  demérito no mal,  nem  mérito  no bem, e isso é  igualmente  reconhecido no mundo, onde se proporciona sempre a censura ou o elogio à intenção, quer dizer à vontade. Ora, quem diz vontade, diz liberdade. O homem, portanto, não saberia procurar uma desculpa de suas faltas no seu organismo sem abdicar de sua razão e de sua condição de ser humano, para se assemelhar ao animal. Se assim o é para o mal, o será também para o bem. Mas quando o  homem  faz  o  bem,  tem grande cuidado em se fazer merecedor e  não  procura,  por isso, gratificar seus  órgãos,  o  que  prova  que, instintivamente, ele não renuncia, malgrado a opinião de alguns sistemáticos, ao melhor privilégio de sua espécie: a  liberdade de pensar.

(Bhethy Schier - membro efetivo da equipe do CVDEE)

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