From:
Erasto
Sent: Tuesday, March 11,
2014
Olá a todos,
O amigo Ricardo Baesso (de Juiz de Fora, e que já foi entrevistado pelo CVDEE) está lançando um livro, juntamente com outros companheiros, sobre o processo de evolução do princípio inteligente.
O amigo Ricardo Baesso (de Juiz de Fora, e que já foi entrevistado pelo CVDEE) está lançando um livro, juntamente com outros companheiros, sobre o processo de evolução do princípio inteligente.
Acredito que é uma
contribuição importante para nossas discussões no Movimento Espírita.
Abaixo, uma entrevista de
divulgação.
Abraços,
Ely
Ely

ENTREVISTA COM RICARDO BAESSO DE OLIVEIRA SOBRE O LIVRO BREVE HISTÓRIA DE TODOS NÓS: UMA SÍNTESE DO TEMA ESPIRITISMO E EVOLUÇÃO
De que trata o livro
BREVE HISTÓRIA DE TODOS NÓS?
Trata-se de uma síntese do tema
Espiritismo e Evolução. Fomos buscar os mais recentes estudos sobre o
Evolucionismo científico e fizemos uma ponte com o pensamento espírita, focando
particularmente em Kardec e na literatura mediúnica via Chico Xavier. Estudamos
também alguns clássicos, como Bozzano, Gabriel Delanne e Léon Denis, valendo-nos
também da contribuição de Jorge Andréa e Hernani Guimarães
Andrade.
O que você pode dizer a
respeito dos autores.
O livro foi editado pelo
Instituto de difusão espirita de Juiz de Fora, e os autores são estudiosos da
Doutrina Espírita, vinculados ao movimento espírita da cidade de Juiz de Fora,
Minas Gerais. Profissionalmente Carlos Eduardo Nogueres é
professor de Química, David Sérgio A. de Gouvêa e Geraldo
Marques são professores da Faculdade de Engenharia da Universidade
Federal de Juiz de Fora (UFJF), Lyderson F. Viccini é professor
de Genética da mesma Universidade e Ricardo Baesso de
Oliveira é médico.
Como surgiu o
livro?
Tudo começou a partir da crença
de muitos de nós de que autores encarnados sempre tiveram um papel preeminente
na formulação da Doutrina Espírita, desde os primórdios do movimento espírita.
Kardec codificou a doutrina a partir de informações obtidas de contatos com as
entidades desencarnadas, mas foi ele a grande figura na organização da obra e
definição de seus pontos fundamentais. Kardec enfatizava isso. No primeiro
capítulo de A Gênese ele coloca que o que caracteriza a revelação
espírita é o ser divina a sua origem, a iniciativa dos Espíritos, mas a sua
elaboração fruto do trabalho dos homens. Quase simultaneamente com Kardec, Léon
Denis, Camille Flammarion e Gabriel Delanne, autores espíritas encarnados,
desenvolveram as ideias do mestre, participando de igual maneira nos
desdobramentos do conhecimento espírita. Posteriormente, Bozzano, Carlos
Imbassahy, Herculano Pires, Eliseu Rigonati, Hernani G. Andrade, Jorge Andréa,
Hermínio Miranda e Suely Caldas (esta em plena atividade) deram extraordinárias
contribuições, ao lado da obra mediúnica de Chico Xavier, Yvonne Pereira,
Divaldo e outros. No entanto nas últimas décadas notamos um esvaziamento no
papel dos autores encarnados. Por motivos que, em minha opinião, ainda não foram
devidamente examinados, as obras mediúnicas romanceadas ganharam um
impressionante espaço no movimento espírita e os livros doutrinários, que
deveriam representar os esforços, as pesquisas e reflexões dos nossos estudiosos
praticamente desapareceram. Com a finalidade de darmos nossa contribuição no
desenvolvimento de tema complexo como esse, formamos um grupo de espíritas que
se interessam pelo aspecto científico e decidimos estudar seriamente a questão.
Durante 18 meses nos reunimos, mensalmente, nas tardes de sábados, debatendo o
assunto e redigindo nossas conclusões. O presente livro é o resultado desses
encontros.
Kardec viveu em uma
época em que prevaleciam as ideias criacionistas. Como ele se posicionava
perante o evolucionismo?
Kardec era evolucionista e os
Espíritos da Codificação igualmente defendiam as ideias evolucionistas.
Afirmaram no item 607-a de O Livro dos Espíritos que o princípio inteligente se
elabora nas experiências sofridas nos seres inferiores da natureza. Os problemas
que observamos em torno do tema em alguns itens de O Livro dos Espíritos e nas
considerações sobre e Geração Espontânea, no livro a Gênese e na Revista
Espírita não invalidam a posição central defendida por Kardec. O Espiritismo é
essencialmente evolucionista. A elaboração do Espírito através das vivências nos
diferentes reinos da natureza é postulado fundamental da Doutrina
Espírita
Como conciliar a posição
materialista da ciência com a evolução espiritual?
São materialistas alguns
cientistas. Muitos não são. Recentemente foi publicado um livro - O Teste da Fé
– em que grandes nomes da ciência contemporânea assumem publicamente seus
princípios religiosos. Acho melhor dizermos que a ciência é neutra no que se
refere às questões do Espírito. Nós não conseguimos provar que os Espíritos
existem, mas os materialistas igualmente não conseguiram provar que eles não
existem. Mas a posição que a ciência referenda a respeito do tema Evolução pode
ser sintetizada no Neodarwinismo, embora alguns pontos tenham sido acrescidos
recentemente à ideia central. Segundo o Neodarwinismo, as mutações aleatórias
foram responsáveis pelas modificações dos seres vivos e o surgimento das
espécies novas e a seleção natural justifica o desaparecimento das espécies
extintas.
O que os autores
espíritas dizem sobre isso?
André Luiz e Emmanuel tiveram a
oportunidade de se manifestar favoravelmente à tese neodarwiniana. A diferença
entre o Espiritismo e a ciência oficial se encontra na consideração de que o
processo evolutivo foi coadjuvado pelo psiquismo do princípio inteligente em
elaboração progressiva e na atuação dos Espíritos Construtores, que intervieram
em períodos cruciais da história da Terra, direcionando as mutações necessárias
às modificações que se tornaram precisas nos momentos justos. A ideia central do
nosso trabalho é que a evolução é essencialmente do princípio
inteligente. Tudo o que se verificou no planeta objetivava o
desenvolvimento do Espírito, segundo as belas palavras de Alfred Russel
Wallace: A razão de ser do Universo é o desenvolvimento do Espírito
humano.
Existem muitas dúvidas
sobre os fatores que levaram ao surgimento da autoconsciência, ou seja, o que é
próprio do Homo
sapiens. Nessa passagem do macaco ao
homem, fatores espirituais foram importantes?
A autoconsciência foi resultado
de um longo processo de expansão das possibilidades do princípio espiritual, que
foi criado simples e ignorante, mas dotado da perfectibilidade, ou seja, de um
propósito inato de desenvolvimento. Importante considerar também, a migração
para a Terra de uma falange de Espíritos intelectualmente desenvolvidos,
oriundos da constelação de Cocheiros, que Kardec denominou de raça adâmica.
Acreditamos que chegaram aqui há cerca de 50 mil anos e foram responsáveis pelo
grande salto cultural que se verificou nessa época de nossa história. Estamos
convencidos de que estaríamos na Idade da Pedra, se os Capelinos não tivessem
sido deportados pra Terra.
Como o livro pode ser
adquirido?
Solicitando ao nosso Instituto,
em Juiz de Fora, através do e-mail: divulgacao.idejf@gmail.com
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