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EESE – Cap. III – Itens 16 a 19
Tema: Mundos regeneradores
Progressão dos mundos
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EESE – Cap. III – Itens 16 a 19
Tema: Mundos regeneradores
Progressão dos mundos
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Mundos
regeneradores
16. Entre as estrelas
que cintilam na abóbada azul do firmamento, quantos mundos não haverá como o
vosso, destinados pelo Senhor à expiação e à provação! Mas, também os há mais
miseráveis e melhores, como os há de transição, que se podem denominar de
regeneradores. Cada turbilhão planetário, a deslocar-se no espaço em torno de
um centro comum, arrasta consigo seus mundos primitivos, de exílio, de provas, de
regeneração e de felicidade. Já se vos há falado de mundos onde a alma
recém-nascida é colocada, quando ainda ignorante do bem e do mal, mas com a
possibilidade de caminhar para Deus, senhora de si mesma, na posse do
livre-arbítrio. Já também se vos revelou de que amplas faculdades é dotada a
alma para praticar o bem. Mas, ah! há as que sucumbem, e Deus, que não as quer
aniquiladas, lhes permite irem para esses mundos onde, de encarnação em
encarnação, elas se depuram, regeneram e voltam dignas da glória que lhes fora
destinada.
17. Os mundos
regeneradores servem de transição entre os mundos de expiação e os mundos
felizes. A alma penitente encontra neles a calma e o repouso e acaba por
depurar-se. Sem dúvida, em tais mundos o homem ainda se acha sujeito às leis
que regem a matéria; a Humanidade experimenta as vossas sensações e desejos,
mas liberta das paixões desordenadas de que sois escravos, isenta do orgulho
que impõe silêncio ao coração, da inveja que a tortura, do ódio que a sufoca.
Em todas as frontes, vê-se escrita a palavra amor; perfeita equidade preside às
relações sociais, todos reconhecem Deus e tentam caminhar para Ele,
cumprindo-lhe as leis.
Nesses mundos,
todavia, ainda não existe a felicidade perfeita, mas a aurora da felicidade. O
homem lá é ainda de carne e, por isso, sujeito às vicissitudes de que libertos
só se acham os seres completamente desmaterializados. Ainda tem de suportar
provas, porém, sem as pungentes angústias da expiação. Comparados à Terra,
esses mundos são bastante ditosos e muitos dentre vós se alegrariam de
habitá-los, pois que eles representam a calma após a tempestade, a
convalescença após a moléstia cruel. Contudo, menos absorvido pelas coisas
materiais, o homem divisa, melhor do que vós, o futuro; compreende a existência
de outros gozos prometidos pelo Senhor aos que deles se mostrem dignos, quando
a morte lhes houver de novo ceifado os corpos, a fim de lhes outorgar a
verdadeira vida. Então, liberta, a alma pairará acima de todos os horizontes.
Não mais sentidos materiais e grosseiros; somente os sentidos de um perispírito
puro e celeste, a aspirar as emanações do próprio Deus, nos aromas de amor e de
caridade que do seu seio emanam.
18. Mas, ah! nesses
mundos, ainda falível é o homem e o Espírito do mal não há perdido
completamente o seu império. Não avançar é recuar, e, se o homem não se houver
firmado bastante na senda do bem, pode recair nos mundos de expiação, onde,
então, novas e mais terríveis provas o aguardam.
Contemplai, pois, à
noite, à hora do repouso e da prece, a abóbada azulada e, das inúmeras esferas
que brilham sobre as vossas cabeças, indagai de vós mesmos quais as que
conduzem a Deus e pedi-lhe que uni mundo regenerador vos abra seu seio, após a
expiação na Terra. - Santo Agostinho. (Paris, 1862.)
Progressão dos mundos
19. O progresso é lei da Natureza. A essa lei todos os seres da Criação,
animados e inanimados, foram submetidos pela bondade de Deus, que quer que tudo
se engrandeça e prospere. A própria destruição, que aos homens parece o termo
final de todas as coisas, é apenas uni meio de se chegar, pela transformação, a
um estado mais perfeito, visto que tudo morre para renascer e nada sofre o
aniquilamento.
Ao mesmo tempo que todos os seres vivos progridem moralmente, progridem
materialmente os mundos em que eles habitam. Quem pudesse acompanhar um mundo
em suas diferentes fases, desde o instante em que se aglomeraram os primeiros
átomos destinados e constituí-lo, vê-lo-ia a percorrer uma escala
incessantemente progressiva, mas de degraus imperceptíveis para cada geração, e
a oferecer aos seus habitantes uma morada cada vez mais agradável, à medida que
eles próprios avançam na senda do progresso. Marcham assim, paralelamente, o
progresso do homem, o dos animais, seus auxiliares, o dos vegetais e o da
habitação, porquanto nada em a Natureza permanece estacionário. Quão grandiosa
é essa ideia e digna da majestade do Criador! Quanto, ao contrário, é mesquinha
e indigna do seu poder a que concentra a sua solicitude e a sua providência no
imperceptível grão de areia, que é a Terra, e restringe a Humanidade aos poucos
homens que a habitam!
Segundo aquela lei, este mundo esteve material e moralmente num estado
inferior ao em que hoje se acha e se alçará sob esse duplo aspecto a um grau
mais elevado. Ele há chegado a um dos seus períodos de transformação, em que,
de orbe expiatório, mudar-se-á em planeta de regeneração, onde os homens serão
ditosos, porque nele imperará a lei de Deus. - Santo Agostinho. (Paris, 1862.)
B - Questões para estudo e diálogo virtual:
1 – O que são mundos regeneradores?
2 – Como se dá a progressão dos mundos?
3 – Extraia do texto acima a frase ou parágrafo que mais gostou e
justifique.
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