terça-feira, 7 de outubro de 2014

AUTOAJUDA LEVA À ERRADICAÇÃO DO EGOÍSMO

AUTOAJUDA LEVA À ERRADICAÇÃO DO EGOÍSMO

Egoísta é aquele ser que tudo quer para si. Ao contrário do pensamento comum, o egoísta não é a pessoa que só gosta de si. Tanto não gosta de si, que não se acredita capaz de prover as próprias necessidades, que para obter coisas na vida precisa usar de artifícios.

Uma pessoa que se põe no centro do mundo, que vive esperando e cobrando dos outros coisas e comportamentos que a beneficiem, que não se abastece, que teme dispor do que tem a não ser em favor de si mesma, mas vive de chopinhar colegas ou familiares com ameaças ou truques no relacionamento, é uma pessoa egoísta.

Existe uma ideia correndo por aí, de que as pessoas egoístas deviam cuidar menos de si mesmas e aderir a grupos com objetivos sociais relevantes.

Contudo, o egoísta é alguém que precisa aprender a suprir-se, antes de aprender a fazer pelos outros.

Afinal, uma pessoa que não se abastece emocional e financeiramente é um peso para qualquer grupo. Um egoísta, como indivíduo que não se sustenta, é um indivíduo bastante prejudicial em qualquer coletividade, pois só quando cuido de minhas necessidades, tenho condições de contribuir com o coletivo. Ao contrário, quando alguém não se abastece emocional e financeiramente, o comum é se unir ao grupo para que o grupo para que o grupo o complete, e não para realmente se dar a um objetivo maior. O mais indicado, nestas situações, seria buscar grupos terapêuticos, onde o objetivo é sentir-se melhor consigo e descobrir os próprios recursos. Resolver-se, antes de querer resolver os problemas do mundo.

Um dado interessante sobre o egoísmo é que chamar alguém de egoísta é confessar-se egoísta. Às vezes, parece um pouco forçado dizer que se vejo egoísmo no outro, é porque ele está em mim. Mas um dia, pensando a respeito, eu percebi que em todas as situações em que estive diretamente envolvida e que eu considerei alguém egoísta, no fundo, eu estava brava porque era eu que queria estar sendo beneficiada, mas quem estava se beneficiando era o outro.

Todos nós temos germes de egoísmo, que encontram condições propícias para se desenvolver num meio educacional inadequado. Nós estamos criando condições para o crescimento do egoísmo quando, em crianças, impedimos que aprendam o prazer de ser responsáveis por si mesmas e de fazer as coisas por si mesmas. Nossas atitudes mais comuns:

— não permitir que a criança faça algo como arrumar sua cama ou amarrar seus sapatos (porque estamos com pressa, ou porque não vai ficar do jeito que o consideramos satisfatório);

— fazer por ela, “mimar”;

— criticar tudo o que ela faz.

Com adultos, funciona do mesmo jeito. É assim que estragamos maridos, esposas, amigos...

Eliminamos o egoísmo assumindo o comando de nossas vidas, encontrando forças dentro de nós para superar dificuldades, parando de aguardar que os outros façam por nós. E essa é a base da autoajuda.

(Foelker, Rita. Força interior)

(Texto enviado pelo Cristiano de Almeida)

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