terça-feira, 31 de março de 2015

Mural reflexivo: Costumes atuais

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Costumes atuais

      No mundo atual, estamos nos acostumando a muitas coisas como se fossem normais.

      Estamos nos acostumando a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que as janelas ao redor. E, por não ter uma bela vista, logo nos acostumamos a não olhar para fora.

      Porque não olhamos para fora, logo nos acostumamos a não abrir de todo as cortinas, o que nos leva a acender mais cedo a luz. Com isso, vamos esquecendo o sol, o ar, a amplidão.

      Estamos acostumados a acordar pela manhã em sobressalto porque está na hora. Tomamos o café correndo porque estamos atrasados e lemos o jornal enquanto comemos para não perder tempo.

      Estamos acostumados a comer sanduíche porque não dá tempo de almoçar. A sair do trabalho porque já é noite e a cochilar no sofá porque estamos muito cansados.

      Deitamos cedo, dormimos pesado, sem ter vivido inteiramente o dia.

      Estamos nos acostumando a abrir o jornal e a ler sobre a guerra e os mortos que ela produz. Estamos nos acostumando com o grande número de mortos. E, por causa disso tudo, não acreditamos mais nas negociações de paz.

      Estamos nos acostumando a esperar o dia inteiro por uma ligação importante e quando o telefone toca, ouvimos: Hoje não posso ir.

      Estamos acostumados a sorrir sem receber um sorriso de volta. A sermos ignorados quando gostaríamos de ser notados.

      Estamos acostumados a pagar por tudo o que desejamos e necessitamos.

      Estamos acostumados com as salas fechadas, com o ar condicionado, com a luz artificial e até com a contaminação do mar e a lenta morte dos rios.

      Vivemos tão fechados que nos acostumamos a não ouvir passarinhos, a não ter galo cantando na madrugada, a não colher fruta no pé.

      Estamos nos acostumando a coisas demais e nos tornando indiferentes.

      Somos tantos no planeta que estamos nos acostumando a ouvir falar de desaparecimentos e mortes como simples números estatísticos. Estamos nos esquecendo de ser humanos, de sentir, viver e amar.

      Estamos nos esquecendo que somos filhos de Deus, Espíritos imortais, criados para o amor.

      Por isso, vamos recomeçar a reparar nas coisas pequenas e a dar importância a elas.

      *  *  *

      Cada flor é única. Cada rosto é especial. Cada manhã de sua vida é diferente.

      Preste atenção nas coisas que parecem insignificantes. Perceba as flores.

      Se não há jardim onde você mora, observe os canteiros floridos das ruas e praças por onde passa.

      Observe o pôr do sol. Nunca houve, nem haverá dois crepúsculos exatamente iguais, desde o começo dos tempos.

      Observe a dinâmica da vida que está em todo lugar e não se deixe levar pela acomodação perigosa. Cultive a alegria de viver. Comece hoje, comece agora.

(Redação do Momento Espírita com base no texto Eu sei que a gente se acostuma, mas não devia, de Marina Colassanti e no cap. Tornando-se você, do livro Vivendo, amando e aprendendo, de Leo Buscaglia, ed. Nova era)

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