segunda-feira, 15 de junho de 2015

Livro em estudo: Nos Bastidores da Obsessão – Editora FEB - 1970

Livro em estudo: Nos Bastidores da Obsessão – Editora FEB - 1970
Autor: Espírito Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco
A001 – Exórdio - 1ª parte
Exórdio
“Pululam em torno da Terra os maus Espíritos, em consequência da inferioridade moral de seus habitantes. A ação malfazeja desses Espíritos é parte integrante dos flagelos com que a Humanidade se vê a braços neste mundo. A obsessão, que é um dos eleitos de semelhante ação, como as enfermidades e todas as atribulações da vida, deve, pois, ser considerada como provação ou expiação e aceita com esse caráter.” “A Gênese”, de Allan Kardec, 14ª edição da FEB, capítulo 14. “Obsessões e Possessões”. — Nota do Autor espiritual.
A obsessão, mesmo nos dias de hoje, constitui tormentoso flagício social. Está presente em toda parte, convidando o homem a sérios estudos.
As grandes conquistas contemporâneas não conseguiram ainda erradicá-la. Ignorada propositadamente pela chamada Ciência Oficial, prossegue colhendo nas suas malhas, diariamente, verdadeiras legiões de incautos que se deixam arrastar a resvaladouros sombrios e truanescos, nos quais padecem irremissivelmente, até à desencarnação lamentável, continuando, não raro, mesmo após o traspasse... Isto, porque a morte continua triunfando, ignorada, qual ponto de interrogação cruel para muitas mentes e incontáveis corações.
As Disciplinas e Doutrinas decorrentes da Psicologia Experimental, nos seus diversos setores, preferem continuar teimosamente arregimentando teorias que não respondem aos resultados da observação demorada e das constatações de laboratório, como se a Imortalidade somente merecesse acirrado combate e não investigação imparcial, capaz de ensejar ao homem esperanças e consolações, quando tudo lhe parece conspirar contra a paz e a felicidade.
Desde as honestíssimas pesquisas do Barão von de Guldenstubbé, em 1855, e as do professor Roberto Hare, insuspeito lente de Química, na universidade de Pensilvânia, em 1856, que concluíram, pela realidade do espírito preexistente ao berço e sobrevivente após o túmulo, que os cientistas conscientes das suas responsabilidades se têm entregue ao afã da verificação da Imortalidade. E todos aqueles que se dedicaram à observação e ao estudo, à experimentação e ao fenômeno, são concordes na comprovação da continuidade da vida depois da morte...
Nos Estados Unidos, se tornaram famosas as experiências psiquiátricas realizadas pelo Dr. Carlos Wickland, que, utilizando-se da argumentação espírita, conseguiu desobsidiar inúmeros pacientes que lhe chegavam, atormentados, ao consultório. Simultaneamente, em seus trabalhos especializados, utilizava-se de uma médium clarividente, sua própria esposa, que o ajudava na técnica da desobsessão.
Diante de Alcina incorporada pelo espírito de Galeno, em plena sessão da Salpetriêre, respondeu Charcot, aos interessados no fenômeno e que o inquiriram, que lhes não convinha se adiantassem à própria época em que viviam... Sugeria que se não buscassem raciocínios que aclarassem os resultados das investigações, devendo contentar-se somente com aquela «observação experimental», a que todos haviam presenciado. Tal atitude anticientífica tem sido mantida por respeitáveis investigadores, por temerem a realidade da vida imperecível.
*
Com Allan Kardec, no entanto, tiveram início os eloquentes testemunhos da imortalidade, da comunicabilidade dos Espíritos, da reencarnação e das obsessões, cabendo ao insigne mestre lionês a honrosa tarefa de apresentar conveniente terapêutica para ser aplicada nos obsidiados como também nos obsessores. A partir da publicação de «O Livro dos Médiuns», em janeiro de 1861, em Paris, todo um conjunto de regras, com um notável esquema das faculdades mediúnicas, foi apresentado, a par de seguro estudo do Espírito, nas suas diversas facetas, culminando como exame das manifestações espiríticas, organização de Sociedades e palestras dos Espíritos Elevados, que traçaram rotas de segurança para os que ingressarem na investigação racional dos fenómenos medianímicos. A bússola para o sadio exercício da mediunidade foi apresentada com rigoroso equilíbrio, através da Obra magistral.
No entanto, diante dos lancinantes problemas da obsessão na atualidade, tem-se a impressão de que nada até o momento haja sido feito a fim de ser modificado esse estado de coisas.
De Kardec aos nossos dias, todavia, quantas edificantes realizações e preciosos estudos em torno dos médiuns, da mediunidade, das obsessões e das desobsessões têm sido apresentados! Este capítulo dos problemas psíquicos — «a obsessão» — tem merecido dos cristãos novos o mais acendrado interesse. Apesar disso, avassaladoramente vem-se mantendo em caráter epidêmico, qual morbo virulento que se alastra por toda a Terra, hoje mais do que em qualquer época...
«Sinal dos tempos», a que se relerem os Escritos Evangélicos, prenuncia essa dor generalizada, a Era do Espírito Imortal. Milhões de criaturas, no entanto, dormem o sono da indiferença, entregues aos anestésicos do prazer e ao ópio da ilusão.
Por todos os lugares se manifestam os Espíritos advertindo, esclarecendo, despertando...
No entanto, o carro desatrelado da juventude corre na direção de abismos insondáveis. Os homens alcançam a maturidade vencidos pelos desgastes da quadra juvenil, e a velhice em desassossego padece ao abandono. Os altos índices da criminalidade de todos os matizes e as calamidades sociais espalhadas na Terra são, todavia, alguns dos fatores predisponentes e preponderantes para as obsessões... Os crimes ocultos, os desastres da emoção, os abusos de toda ordem de uma vida ressurgem depois, noutra vida, em caráter coercitivo, obsessivo. É o que hoje ocorre como consequência do passado.
A Doutrina Espírita, porém, possui os antídotos, as terapias especiais para tão calamitoso mal. Repetindo Jesus, distende lições e roteiros para os que se abeberam das suas fontes vitais.
QUESTÕES PARA ESTUDO
01 – O texto afirma que a obsessão é um mal epidêmico. Defina obsessão, e por que vivemos esta epidemia?
02 - “As grandes conquistas contemporâneas não conseguiram ainda erradicá-la.” Por que, apesar dos notáveis avanços da Ciência Psíquica, com novas terapias e novos medicamentos, ainda não se conseguiu avanços no tratamento da obsessão?
03 – Diferentemente do que muitos pensam, a Imortalidade foi comprovado, dentre vários pesquisadores, por Barão von Guldenstubbé, Roberto Hare e Carlos Wickland. Escolha um destes três pesquisadores, e faça uma breve descrição dele.
04 – Com o que a Doutrina Espírita pode contribuir para o estudo e tratamento da obsessão?

Nenhum comentário:

Postar um comentário