sexta-feira, 18 de setembro de 2015

E, aí! Já viu?!

Irmão Sol, Irmã Lua

Título Original: Brother Sun, Sister Moon / Fratello Sole, Sorella Luna

Gênero: Drama

Origem/Ano: ITA/1972

Duração: 115 min

Direção: Franco Zeffirelli

Prêmios: Recebeu uma indicação ao Oscar, na categoria de Melhor Direção de Arte - Recebeu uma indicação ao BAFTA, na categoria de Melhor Figurino.

Francisco nasceu por volta de 1182, na cidadela italiana de Assis. Filho de comerciantes de tecidos, ele poderia ter sido um próspero burguês. Mas não. Em certo momento da vida, aos 26 ou 27 anos de idade, o jovem optou pela pobreza, pelo pacifismo e pela caridade.

Conforme a Revista das Religiões de outubro de 2004, “ao contrário de seus contemporâneos, [Francisco] não desvinculou a fé da realidade cotidiana. Pelo contrário. Em cada rosto, encontrava o próprio Cristo. Em qualquer manifestação da natureza – dos astros aos animais e às plantas – enxergava o carinho de Deus. Foi um homem de seu tempo, mas não se prendeu a ele. E, por isso, foi considerado santo: São Francisco de Assis”.

Conta-se que Francisco teria percorrido o mundo para pregar o amor ao próximo. Em 1219, teria ido ao Egito para conversar com o sultão Melekel Kamel e lhe propor a paz, numa época em que cristãos e muçulmanos guerreavam por Jerusalém.

Sobre sua conversão, Francisco escreveu em Testamento, um dos poucos escritos que deixou: “Quando ainda estava em pecado, parecia muito amargo ver os leprosos, mas o próprio Senhor me levou a estar com eles e eu usei de misericórdia: quando me afastei dali, aquilo que me parecia amargo rapidamente transformou-se em doçura de alma e de corpo. Em seguida, esperei um pouco e saí do mundo.”

Era realmente um homem especial. Segundo vários livros, Francisco andava com cuidado para não pisar em nenhum inseto ou planta. Passava sobre as pedras com reverência e afastava, carinhosamente, lesmas e formigas do caminho – para que ninguém, sem querer, as machucasse.

Segundo o teólogo Inácio Strieder, da Universidade Federal de Pernambuco, o franciscanismo (que depois viria a se tornar ordem religiosa) “foi um movimento pelo amor e pela paz, que colocava em prática o evangelho como jamais a Igreja o fizera após Jesus Cristo”. De fato, a vida e as atitudes simples de Francisco contrastavam com a opulência de Roma e eram-lhe uma viva reprovação.

No filme “Irmão Sol, Irmã Lua” (Itália, 1972), a história de São Francisco de Assis é contada com o lirismo de Zeffirelli (Romeu e Julieta).

O filme focaliza os primeiros anos da vida do jovem, um mimado filho de aristocratas que parte para guerra animado e volta completamente transtornado - numa época de obscurantismo e falta de genuíno amor - e mostra a surpreendente experiência que transformou Francisco num exemplo de cristão para o mundo.

Ele então renuncia às riquezas da família e procura na comunhão com a natureza, traçar seu próprio destino, livre do apego às propriedades materiais.

Irmão Sol, Irmã Lua mostra essa surpreendente, gratificante e significativa experiência, que transformou Francisco em santo e fundou uma doutrina, para conquistar a união espiritual com o mundo.

Um mundo que hoje, mais do que nunca, carece de Franciscos e Franciscas.

Fonte: Rede Amigo Espírita

(O filme é antigo, mas a mensagem bem atual, e aí! Qual sua opinião?)

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