quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Mural reflexivo: Relações banalizadas

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     No mundo moderno as comunicações operam-se com grande rapidez e eficiência.

     Internet, televisão e cinema constituem instrumentos de difusão de informações e modos de vida.

     Graças a eles se tem notícia do quão liberais estão os costumes.

     Valores tradicionais são colocados em xeque.

     A educação baseada na proibição dá mostras de periclitar.

     Os jovens exercitam a sexualidade cada vez mais cedo.

     Tabus caem e nada mais parece errado.

     Segundo uma concepção que se generaliza, o importante é ser feliz.

     Essa felicidade é identificada com a realização de sonhos e a obtenção de prazeres.

     Entretanto, a vivência dessa nova cultura não parece proporcionar paz e plenitude.

     Problemas psicológicos, como depressão e ansiedade, se alastram.

     A troca constante de parceiros traz vazio e insatisfação.

     Uma série de relações sem profundidade em nada contribui para o amadurecimento afetivo.

     A ausência de compromisso sério torna banais os relacionamentos.

     Em clima de banalidade, é impossível surgir uma afeição genuína e profunda.

     A qualquer sinal de dificuldade, o rompimento surge como uma opção simples e fácil.

     Pessoas tornam-se descartáveis nas vidas umas das outras.

     A procura da felicidade torna-se um processo de infantilização.

     Ao invés de serem identificados e resolvidos os problemas de uma relação, foge-se deles.

     É como se os seres humanos se assemelhassem a eletrodomésticos.

     Quando surgem problemas, um é facilmente substituído por outro.

     Trata-se de uma triste característica que se incorpora na personalidade.

     Gradualmente, optar pela solução mais fácil torna-se uma segunda natureza.

     Ocorre que a solução mais fácil nem sempre é a mais honrosa.

     Em questões morais, raramente agir com correção é fácil.

     Caso se opte sempre pela facilidade, corre-se o risco de perder completamente as referências éticas.

     De leviandade em leviandade, o homem se converte em um monstro egoísta e imoral.

     As dores e os problemas dos outros deixam de ter qualquer importância.

     O relevante é não se incomodar e seguir despreocupado.

     Entretanto, ação gera reação.

     Quem se permite desprezar, ferir e seguir adiante, gradualmente se vê isolado.

     Contudo, a dor destina-se a desenvolver a sensibilidade e não poupa ninguém.

     Todo mundo, mais cedo ou mais tarde, experimenta dificuldades e necessita de apoio.

     Em épocas difíceis, de dor e desolação, um ombro amigo é um tesouro de inestimável valor.

     Ciente disso, não se negue a apoiar quem precisa de você.

     Não banalize suas relações e nem imagine que as pessoas são descartáveis.

     Não tenha como meta de vida a despreocupação.

     Descubra a ventura de estabelecer vínculos afetivos sólidos e profundos.

     Permita-se partilhar os problemas dos outros.

     Converta-se em alguém solidário e disposto a colaborar.

     Quando surgirem problemas em uma relação, resolva-os, como adulto que é.

     Talvez sua vida se torne um pouco menos despreocupada.

     Mas ela ganhará em plenitude e maturidade.

     O exercício da solidariedade e da compaixão o fará um ser humano melhor.

     E, com certeza, ser digno e bom lhe proporcionará paz e alegria.

     Pense nisso.

(Redação do Momento Espírita. Disponível no CD Momento Espírita, v. 13, ed. Fep.)

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