quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Para Reflexão: Deixando Escapar uma Grande Garota

Você nunca perde amando.
Sempre perde deixando de amar.
Bárbara de Angelis
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Nunca vou me esquecer do dia em que vi pela primeira vez a garota dos meus sonhos. O nome dela era Susie Summers.

Seus olhos estavam sempre brilhando, cheios de entusiasmo, e seu lindo sorriso fazia as pessoas que o recebiam (especialmente os rapazes) se sentirem muito, muito especiais.

Apesar de sua beleza incrível, é do seu jeito carinhoso que eu sempre vou me lembrar. Ela realmente se importava com os outros e era uma ouvinte muito atenta. Seu senso de humor era capaz de tornar o dia mais bonito e suas palavras eram exatamente aquelas que você precisava ouvir.

Susie não era só admirada, mas genuinamente respeitada tanto pelos meninos como pelas meninas. Com tudo para ser metida, ela era extremamente modesta.

Nem é preciso dizer que Susie era o sonho de qualquer cara. Especialmente o meu. Eu a levava até a sala de aula todo dia e até almocei sozinho com ela uma vez. Nesse dia eu me senti no topo do mundo.

Eu pensava:"Ah, se eu pudesse ter uma namorada como a Susie Summers, nunca mais olharia para outra mulher."Mas eu disse a mim mesmo que uma menina assim tão maravilhosa provavelmente estava saindo com um cara muito melhor do que eu. Mesmo sendo o presidente da assoc iação dos alunos, eu simplesmente sabia que não tinha nenhuma chance.

Então, na formatura, eu disse adeus à minha primeira grande paixão.

Um ano depois, encontrei a melhor amiga dela em um shopping e almoçamos juntos. Engasgado, perguntei a ela como estava a Susie.

_ Bom, ela esqueceu você – foi a resposta.

_ Do que você está falando? – perguntei.

_ Você foi muito cruel, enrolando a Susie daquele jeito, sempre fazendo ela pensar que estava interessado. Lembra daquela vez em que você almoçou com ela? Susie ficou do lado do telefone o fim de semana inteiro. Tinha certeza de que você ia ligar convidando-a para sair.

Eu tinha tanto medo de ser rejeitado que nunca me arrisquei a dizer para ela o que sentia. E se eu tivesse convidado Susie para sair e ela tivesse dito não? Qual a pior coisa que poderia ter acontecido? Eu não teria saído com ela. Sabe de uma coisa? Eu não saí com ela de qualquer maneira. E o pior é que eu poderia ter saído.
(Schlatter, Jack. Deixando Escapar uma Grande Garota. In: Histórias para Aquecer o coração dos adolescentes. Tradução de Fernanda Rangel de Paiva Abreu. Rio de Janeiro: Sextante, 2002)
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Para refletirmos:
O texto se refere ao relacionamento afetivo. Em quantas vezes podemos estar interessados em alguém, mas o medo da rejeição acaba fazendo com que não busquemos a possibilidade de felicidade.

Mas... Também podemos olhar além do que está escrito no texto, e verificarmos nossa relação de medo diante de nossas várias relações, além da afetiva, tais como: as de amizade, as de trabalho, as de estudo...

E, ainda, também, podemos nos verificar perante nosso medo de agir para a concretização de nossos sonhos, objetivos, ideais, diversos.

E, diante de todas essas possibilidades, podemos nos perguntar: _ Qual a pior coisa que poderia (ou poderá) me acontecer?

Se formos bem sinceros conosco mesmo, veremos que o mínimo que poderá nos acontecer é não dar certo aquilo que tentamos. E se refletirmos mais um cadinho, verificaremos que, quando não tentamos, permanecemos na existência do 'não' (não recebi o sim dela/dele; não realizei meu sonho de...; não tive sucesso na realização desse ou daquele objetivo...).

Mas... Se tentarmos, se agirmos, verificaremos que temos a possibilidade de receber o 'sim', do dar certo, do realizar.

Assim, é importante sairmos em busca de nossos sonhos(seja de realização afetiva, seja estudantil, seja profissional, seja qual seja).
Mas, também é importante, termos conosco que eles, os sonhos, são apenas o primeiro passo e não são nada sem nossa pró-atividade em direção a realizá-lo. Temos que ter força de vontade e acreditar que somos capazes de realizá-los.

E, claro, antes de sairmos como uns loucos para realizá-los, é importante pensarmos bem se é um sonho que vale a pena investir.

Lembrando que nós temos todos um sonho em comum, que está no topo do topo dos sonhos: A felicidade. Aquela real, que virá com a evolução do Espírito.

3 comentários:

  1. Pois é... Quando lemos sobre isso, nos parece tão simples... No entanto, na hora de colocar em prática, eis que ficamos com receio de perdermos, por exemplo, uma amizade, se tentarmos nos colocar de outra forma(isso quanto aos relacionamentos afetivos); ou de perdemos um tempo de estudo ou de trabalho... e várias outra coisinhas...
    Mas... Devemos, pelo menos, tentar começar a tirar de nós esses medos e receios, não é? Tentar começar pelas coisas que consideramos mais fáceis, para ir ganhando confiança de que podemos agir!
    E, começar a colocar dentro de nós a questão, como disse o presidente dos EUA: SIM, NÓS PODEMOS! :)
    beijinhossss

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  2. Luzia, concordo com você.
    E tambem acho que sempre ficamos esperando que os outros tomem atitudes. Se ele fizer, se ela fizer, se a galera fizer, se o grupo fizer, etc etc etc
    acabamos ficando sempre esperando que os outros tomem atitudes, tenham acoes, para so ai sermos participativos e isso tambem e manter medo de nao ser aceito e de ganhar respostas negativas, voce nao acha?
    bju

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  3. Oi, Mariah! Bem lembrando. Quando vi o texto, só me veio a questão de manter a perseverança, de ter conosco o " sim, eu posso realizar"; "sim, eu posso tentar"; "sim, eu sou capaz".
    Não tinha me atentado para a questão que vc coloca, do sempre ficar aguardando que o outro ou os outros ajam, tomem posicionamentos, para que eu tenha algum tipo de ação.
    E isto tb é uma forma de expressão do medo, do medo de não ser aceito, do medo daquele lance de "o quê os outros vão pensar de mim". E quando é algo em prol do bem, em prol da felicidade, devemos agir por nós mesmos, tomar a iniciativa.
    Para isso, devemos buscar o conhecimento e o desenvolver em nós mesmos o raciociono e o espírito crítico(=espírito de observação e reflexão) e, com eles desenvolvidos em nós, podemos procurar deixar de ser "maria vai com as outras"(é o ditado popular, por isso usei o nome, tá? Nada a ver com o seu nome :)) ou deixar de esperar que o outro tome uma atitude.
    beijos

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