Sinopse: Baseado no romance homônimo da escritora Isabel Allende, este drama
mistura romance, política e espiritualidade. Apesar de parecer estranho, o
roteiro é muito bem construído e resulta um filme inteligente que prende a
atenção do expectador. O filme mostra a saga da família Trueba desde a década de
20 até os anos 70 no Chile. O patriarca, Esteban Trueban (Irons) é um homem
determinado e rude, casado com a amorosa Clara (Streep), pai de Blanca (Ryder) e
irmão de Férula (Close). As relações familiares são, muitas vezes, conflituosas,
principalmente, entre pai e filha cujos pensamentos são diferentes. O grande
sustentáculo da família é Clara que, através do seu amor pela família, consegue
equilibrar a relação e unir todos. Possuidora de mediunidade e de uma visão
espiritualizada da vida, ela sempre tem uma palavra de conforto e esperança. O
filme mostra a mediunidade como uma coisa natural sem apelar para o
sensacionalismo, além de reforçar a ideia de que a morte física é apenas uma
passagem para algo maior e que o amor existe além da vida material. Outro
aspecto importante do filme é o seu caráter político, retratando o golpe no
Chile e a tomada de poder pelos militares e como isso repercutiu nessa família e
em toda a população do país. Saber viver com sabedoria e valorizar as coisas
realmente importantes como a família, o amor e a felicidade são reflexões para o
expectador. Contando com um elenco excelente, uma fotografia muito bonita e uma
direção sensível e segura, o filme é imperdível e merece ser visto. Algumas
cenas podem impressionar as crianças. Mas A Casa dos Espíritos é um programa
obrigatório para quem gosta de cinema e também aprecia filme de teor espiritual.
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