domingo, 8 de dezembro de 2013

valores: Viver a vida -- Passe adiante...

Viver A Vida 
 
a capacidade de viver a vida a todo vapor

Quando meu marido e eu ficamos noivos, ele me informou, com um brilho no olhar, que queria me apresentar à sua "namorada". Surpresa, eu sabia que ele estava aprontando alguma. Fomos à casa ao lado e fomos recebidos por uma velhinha muito agradável chamada Alta. Imediatamente, entendi tudo.
Alta já tinha mais de 90 anos, mas a mente era ativa e o senso de humor também. Apaixonei-me por ela naquele instante e pude entender por que ela era a outra garota "preferida" do meu marido. Um dia, há 10 anos atrás, ele a viu plantando tulipas na chuva e resolveu oferecer ajuda. Aquele foi o início dos seus encontros semanais aos domingos; ele cantava e tocava melodias no violão e ela preparava pudim de arroz para ele. Conversavam sobre os acontecimentos da semana e desfrutavam o tempo que passavam juntos.
Sem nenhuma pitada de ciúme, Alta abriu seu coração para mim. Ela nos fez dar boas risadas enquanto falava sobre os dias em que tocava piano para os "velhos" no asilo toda semana, mesmo sendo mais velha que todos eles. Alta nunca dava a impressão de estar triste. Embora o marido tivesse morrido quando ela tinha 34 anos, deixando-a com 3 filhos pequenos e um a caminho, ela nunca perdeu a esperança. Voltou a estudar para ser professora e sustentar a pequena família até que seus filhos tivessem sua própria família.
No decorrer dos anos, sempre que me sentia estressada com um bebê que não dormia ou quando a vida parecia dura demais para suportar, tudo que eu precisava fazer era visitar Alta. Com um sorriso no rosto marcado pelo tempo, ela simplesmente me lembrava de "seguir adiante". Seu conselho e firmeza de caráter, apesar das dificuldades, ajudaram-me a entender o que significa realmente viver a vida. Por isso, sempre serei grata a Alta, a "namorada" do meu marido.


Tenha um horário definido para trabalhar e divertir-se; faça com que cada dia seja útil e agradável e prove que compreende o valor do tempo ao empregá-lo bem. Assim, a juventude será agradável, a velhice trará pouquíssimos arrependimentos e a vida tornar-se-á um belo sucesso.

Louisa May Alcott - 1832-1888 romancista

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