sábado, 11 de janeiro de 2014

Estudo dirigido: O Evangelho segundo o Espiritismo

Sócrates e Platão, precursores da ideia cristã e do Espiritismo (Estudo 4 de 135)

 

 

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EESE004b - Introdução - Item IV

Tema: Sócrates e Platão, precursores da ideia crista

e do Espiritismo

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A - Questão para estudo e dialogo virtual:

 

1 - Sendo Jesus um espirito de tão grande envergadura, por que haveria de enviar Sócrates e Platão para serem seus precursores?

 

B - Texto de Apoio:

 

* Do fato de haver Jesus conhecido a seita dos essênios, fora errôneo concluir-se que a sua doutrina hauriu-a ele na dessa seita e que, se houvera vivido noutro meio, teria professado outros princípios. As grandes ideias jamais irrompem de súbito. As que assentam sobre a verdade sempre tem precursores que lhes preparam parcialmente os caminhos.

 

* Sócrates, como o Cristo, nada escreveu, ou, pelo menos, nenhum escrito deixou. Como o Cristo, teve a morte dos criminosos, vitima do fanatismo, por haver atacado as crenças que encontrara e colocado a virtude real acima da hipocrisia e do simulacro das formas; por haver, numa palavra, combatido os preconceitos religiosos.

 

* A doutrina de Sócrates só temos conhecimento pelos escritos de seu discípulo Platão.

 

* Resumo da doutrina de Sócrates e de Platão:

 

I. O homem e uma alma encarnada.

II.A alma se transvia e perturba, quando se serve do corpo para considerar qualquer objeto; tem vertigem, como se estivesse ébria, porque se prende a coisas que estão, por sua natureza, sujeitas a mudanças; ao passo que, quando contempla a sua própria essência, dirige-se para o que e puro, eterno, imortal, e, sendo ela desta natureza, permanece ai ligada, por tanto tempo quanto passa.

III. Enquanto tivermos o nosso corpo e a alma se achar mergulhado nessa corrupção, nunca possuiremos o objeto dos nossos desejos: a verdade.

IV. A alma impura, nesse estado, se encontra oprimida e se ve de novo arrastado para o mundo visível, pelo horror do que e invisível e imaterial.

V. Apos a nossa morte, o gênio (daimon, demônio), que nos fora designado durante a vida, leva-nos a um lugar onde se reúnem todos os que tem de ser conduzidas ao Hades, para serem julgados. As almas, depois de haverem estado no Hades o tempo necessário, são reconduzidas a esta vida em múltiplos e longos períodos.

VI. Os demônios ocupam o espaço que separa o céu da Terra; constituem o laço que une o Grande Todo a si mesmo. Não entrando nunca a divindade em comunicação direta com o homem, e por intermédio dos demônios que os deuses entram em comércio e se entretém com ele, quer durante a vigília, quer durante o sono.

Obs.: A palavra daimon designava tanto seres malfazejos quanto todos os Espíritos, em geral, dentre os quais se destacavam os Espíritos superiores, chamados deuses, e os menos elevados, ou demônios propriamente ditos, que comunicavam diretamente com os homens.

VII. A preocupação constante do filosofo (tal como o compreendiam Sócrates e Platão) e, a de tomar o maior cuidado com a alma, menos pelo que respeita a esta vida, que não dura mais que um instante, do que tendo em vista a eternidade.

VII. Se a alma e imaterial, tem de passar, apos essa vida, a um mundo igualmente invisível e imaterial, do mesmo modo que o corpo, decompondo-se, volta a matéria.

IX. Se a morte fosse a dissolução completa do homem, muito ganhariam com a morte os maus, pois se veriam livres, ao mesmo tempo, do corpo, da alma e dos vícios. Aquele que guarnecer a alma, não de ornatos estranhos, mas com os que lhe são próprios, só esse poderá aguardar tranquilamente a hora da sua partida para o outro mundo.

X. O corpo conserva bem impressos os vestígios dos cuidados de que foi objeto e dos acidentes que sofreu. Da-se o mesmo com a alma.

XI. De duas uma: ou a morte e uma destruição absoluta, ou e passagem da alma para outro lugar. Se tudo tem de extinguir-se, a morte será como uma dessas raras noites que passamos sem sonho e sem nenhuma consciência de nos mesmos. Todavia, se a morte e apenas uma mudança de morada, a passagem para o lugar onde os mortos se tem de reunir, que felicidade a de encontrarmos lá aqueles a quem conhecemos!

XII.Nunca se deve retribuir com outra uma injustiça, nem fazer mal a ninguém, seja qual for o dano que nos hajam causado.

XIII. E pelos frutos que se conhece a arvore. Toda ação deve ser qualificada pelo que produz: qualifica-lá de má, quando dela provenha mal; de boa, quando de origem ao bem.

XIV. A riqueza e um grande perigo. Todo homem que ama a riqueza não ama a si mesmo, nem ao que e seu; ama a uma coisa que lhe e ainda mais estranha do que o que lhe pertence.

XV. As mais belas preces e os mais belos sacrifícios prazem menos a Divindade do que uma alma virtuosa que faz esforços por se lhe assemelhar.

XVI. Chamo homem vicioso a esse amante vulgar, que mais ama o corpo do que a alma.

XVII. A virtude não pode ser ensinada; vem por dom de Deus aos que a possuem.

XVIII. E disposição natural em todos nos a de nos apercebermos muito menos dos nossos defeitos, do que dos de outrem.

XIX. Se os médicos são malsucedidos, tratando da maior parte das moléstias, e que tratam do corpo, sem tratarem da alma.

XX. Todos os homens, a partir da infância, muito mais fazem de mal, do que de bem.

XXI. Ajuizado serás, não supondo que sabes o que ignoras.

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