O ponto de vista (Estudo 8 de 135)
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EESE008b - Cap. II - Itens 5 a 7
Tema: O ponto de vista
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A - Questão para estudo e dialogo virtual:
1 - À medida que a compreensão sobre a vida futura aumenta,
de que modo as
pessoas passam a encarar os bens terrenos?
B - Texto de Apoio:
* A ideia clara e precisa que se faca da vida futura
proporciona inabalável
fé' no porvir, fé' que acarreta enormes consequências sobre a
moralização
dos homens, porque muda completamente o ponto de vista sob o
qual encaram
eles a vida terrena. Para quem se coloca, pelo pensamento, na
vida
espiritual, que e' indefinida, a vida corpórea se torna
simples passagem,
breve estada num pai ingrato.
* Pelo simples fato de duvidar da vida futura, o homem dirige
todos os seus
pensamentos para a vida terrestre. Sem nenhuma certeza quanto
ao porvir, da'
tudo ao presente. (...) Colocando o ponto de vista, de onde
considera a vida
corpórea, no lugar mesmo em que ele ai´ se encontra, vastas
proporções
assume tudo o que o rodeia. O mal que o atinja, como o bem
que toque aos
outros, grande importância adquire aos seus
olhos.
* Aquele que se acha no interior de uma cidade, tudo lhe
parece grande:
assim os homens que ocupem as altas posições, como os
monumentos. Suba ele,
porem, a uma montanha, e logo bem pequenos lhe parecerão
homens e coisas.
* E' o que sucede ao que encara a vida terrestre do ponto de
vista da vida
futura; a Humanidade, tanto quanto as estrelas do firmamento,
perde-se na
imensidade. (...) Dai´ se segue que a importância dada aos
bens terrenos
esta' sempre em razão inversa da fé' na vida futura.
* (...) o desejo do bem-estar forca o homem a tudo melhorar,
impelido que e'
pelo instinto do progresso e da conservação, que esta' nas
leis da Natureza.
Ele, pois, trabalha por necessidade, por gosto e por dever,
obedecendo,
desse modo, aos desígnios da Providencia que, para tal fim, o
pos na Terra.
Simplesmente, aquele que se preocupa com o futuro não liga ao
presente mais
do que relativa importância e facilmente se consola dos seus
insucessos,
pensando no destino que o aguarda.
* Deus, conseguintemente, não condena os gozos terrenos;
condena, sim, o
abuso desses gozos em detrimento das coisas da alma. Contra
tais abusos e'
que se premunem os que a si próprios aplicam estas palavras
de Jesus: Meu
reino não e' deste mundo.
* O Espiritismo dilata o pensamento e lhe rasga horizontes
novos. Em vez
dessa visão, acanhada e mesquinha, que o concentra na vida
atual, que faz do
instante que vivemos na Terra único e frágil eixo do porvir
eterno, ele, o
Espiritismo, mostra que essa vida não passa de um elo no
harmonioso e
magnifico conjunto da obra do Criador.
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