quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Papo informal: a fé cega e a fé racional

Bom dia pessoal
Gostaria de sugerir um novo tema para debate.
A fé cega, e a fé racional, até que ponto nós que nos denominamos espíritas estudiosos, estamos dispostos a abrir mão de crenças enraizadas, em nome das comprovações da ciência ou da historia.
Isso vem me chamando a atenção em nosso meio, porque não raro percebermos renitência a fatos comprovados, mesmo com a celebre e humilde postura tomada por Kardec quando diz que o espiritismo é uma doutrina aberta, e que pode ser corrigida quando houver comprovação.
O que vocês têm enfrentado nesse aspecto? O que acham? E como devemos nos colocar diante de um espírita que não aceita questionamentos e que muitas vezes se coloca em "posição" superior, sem dar a chance sequer para um debate?
Abraços
Paty
--
Bom dia todos,

Para melhor compreensão da proposta da Paty, seria interessante e produtivo relacionar os fatos comprovados aludidos e em desacordo com a visão ou entendimento espírita. 

Abraços,

Paulo
--
Ola Paulo
Coloquei de uma forma geral, pois tenho me deparado com muitos assuntos, e acho que todos são importantes o debate. Mas um, por exemplo, com o qual me deparei esta semana, foi o Evangelho de Judas, pessoas espíritas que conheço simplesmente abominavam até mesmo a ideia de ler a respeito, colocando a alcunha de traidor e ponto. Isso me chamou a atenção pois pensei o seguinte: e se de fato houver uma mudança na historia de Jesus que mudasse as visões dos fatos, o que isso impactaria para nós, estamos realmente abertos a novos pensamentos, livres de dogmas?
Entre outras várias situações que deparo com posições orgulhosas extremamente renitentes a possíveis mudanças, exercendo posições de lideranças em nosso meio. Que consequências teremos disso?
Então resolvi propô-los a uma conversa, para ouvir demais opiniões que sempre me parecem muito lúcidas e eficazes, principalmente quanto a como devemos nos comportar diante dessas vertentes.
Abraços
Paty
--
Olá, Paty

Veja, eu entendi que o essencial de suas colocações se refere muito mais a comportamentos e atitudes de algumas pessoas, uma espécie de aversão ao simples exame de teses e novas possibilidades, do que a fatos comprovados que pudessem se contrapor às nossas “verdades”.

Penso que isso é normal, próprio da natureza humana, vamos encontra-los em qualquer ambiente que frequentemos, pois as religiões, doutrinas, seitas também abrigam todo tipo de indivíduos, consciências abertas, fechadas, humildes, arrogantes, boas e más, refletem em ponto pequeno a diversidade do planeta e o Espiritismo não é uma exceção. Concordo que Kardec alertou sobre isso, mas alguns seguem e outros não, nessa hora fala mais alto a imperfeição do ser; se temos dificuldades em mudar a nós mesmos, que dirá mudar o outro.

Particularmente adoro temas instigantes e me sinto mais espírita do que nunca agindo assim, sendo confrontado naquilo que até então entendia como pacificado, acima de qualquer dúvida. Mas se outras pessoas pensam diferente, não vou bater de frente, não será um ponto de discórdia e vou procurar aqueles dispostos a debater, estudar junto comigo essas questões. Você sempre poderá propor a todo o grupo, mas não espere unanimidade, ela dificilmente virá. A consequência disso é a manutenção do livre arbítrio, não podemos esquecer que nosso aperfeiçoamento se dá no coletivo, mas é individualmente que crescemos. Não sei se isso ajuda, mas é a minha contribuição. :)

Abraço,

Paulo
--
Gostei Paulo,
Também gosto dos temas instigantes, investigativos, de muita pesquisa e observação, não gosto do prontinho, do resumido, e quanto mais melhor. Isso é que nos faz evoluir, crescer, conhecer.
Infelizmente realmente temos que respeitar e considerar o nível de cada um, mas confesso que parece que sinto minhas asas amarradas quando me deparo com essas situações.
E confesso que acho extremamente prejudicial ao movimento esse perfil radical adotado por dirigentes de estudo e muitas vezes como filosofia geral de algumas casas,  fazendo o tal igrejismo espirita.
Esquecendo totalmente dos demais aspectos doutrinários da ciência e filosofia.
Outro assunto que escutei verdadeiras aversões e abominação total do debate, foi Transcomunicação instrumental.
Abraços




Nenhum comentário:

Postar um comentário