Bom dia
pessoal
Gostaria
de sugerir um novo tema para debate.
A fé
cega, e a fé racional, até que ponto nós que nos denominamos espíritas
estudiosos, estamos dispostos a abrir mão de crenças enraizadas, em nome das comprovações
da ciência ou da historia.
Isso vem
me chamando a atenção em nosso meio, porque não raro percebermos renitência a
fatos comprovados, mesmo com a celebre e humilde postura tomada por Kardec
quando diz que o espiritismo é uma doutrina aberta, e que pode ser corrigida
quando houver comprovação.
O que
vocês têm enfrentado nesse aspecto? O que acham? E como devemos nos colocar
diante de um espírita que não aceita questionamentos e que muitas vezes se
coloca em "posição" superior, sem dar a chance sequer para um debate?
Abraços
Paty
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Bom dia
todos,
Para
melhor compreensão da proposta da Paty, seria interessante e produtivo
relacionar os fatos comprovados aludidos e em desacordo com a visão ou
entendimento espírita.
Abraços,
Paulo
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Ola Paulo
Coloquei de uma forma geral, pois tenho me deparado
com muitos assuntos, e acho que todos são importantes o debate. Mas um, por
exemplo, com o qual me deparei esta semana, foi o Evangelho de Judas, pessoas
espíritas que conheço simplesmente abominavam até mesmo a ideia de ler a
respeito, colocando a alcunha de traidor e ponto. Isso me chamou a atenção pois
pensei o seguinte: e se de fato houver uma mudança na historia de Jesus que
mudasse as visões dos fatos, o que isso impactaria para nós, estamos realmente abertos
a novos pensamentos, livres de dogmas?
Entre outras várias situações que deparo com
posições orgulhosas extremamente renitentes a possíveis mudanças, exercendo
posições de lideranças em nosso meio. Que consequências teremos disso?
Então resolvi propô-los a uma conversa, para ouvir
demais opiniões que sempre me parecem muito lúcidas e eficazes, principalmente
quanto a como devemos nos comportar diante dessas vertentes.
Abraços
Paty
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Olá, Paty
Veja, eu entendi que o essencial de suas colocações
se refere muito mais a comportamentos e atitudes de algumas pessoas, uma
espécie de aversão ao simples exame de teses e novas possibilidades, do que a
fatos comprovados que pudessem se contrapor às nossas “verdades”.
Penso que isso é normal, próprio da natureza humana,
vamos encontra-los em qualquer ambiente que frequentemos, pois as religiões,
doutrinas, seitas também abrigam todo tipo de indivíduos, consciências abertas,
fechadas, humildes, arrogantes, boas e más, refletem em ponto pequeno a
diversidade do planeta e o Espiritismo não é uma exceção. Concordo que Kardec
alertou sobre isso, mas alguns seguem e outros não, nessa hora fala mais alto a
imperfeição do ser; se temos dificuldades em mudar a nós mesmos, que dirá mudar
o outro.
Particularmente adoro temas instigantes e me sinto
mais espírita do que nunca agindo assim, sendo confrontado naquilo que até
então entendia como pacificado, acima de qualquer dúvida. Mas se outras pessoas
pensam diferente, não vou bater de frente, não será um ponto de discórdia e vou
procurar aqueles dispostos a debater, estudar junto comigo essas questões. Você
sempre poderá propor a todo o grupo, mas não espere unanimidade, ela
dificilmente virá. A consequência disso é a manutenção do livre arbítrio, não
podemos esquecer que nosso aperfeiçoamento se dá no coletivo, mas é
individualmente que crescemos. Não sei se isso ajuda, mas é a minha
contribuição. :)
Abraço,
Paulo
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Gostei Paulo,
Também gosto dos temas instigantes, investigativos,
de muita pesquisa e observação, não gosto do prontinho, do resumido, e quanto
mais melhor. Isso é que nos faz evoluir, crescer, conhecer.
Infelizmente realmente temos que respeitar e considerar o nível de cada um, mas confesso que parece que sinto minhas asas amarradas quando me deparo com essas situações.
Infelizmente realmente temos que respeitar e considerar o nível de cada um, mas confesso que parece que sinto minhas asas amarradas quando me deparo com essas situações.
E confesso que acho extremamente prejudicial ao
movimento esse perfil radical adotado por dirigentes de estudo e muitas vezes
como filosofia geral de algumas casas, fazendo o tal igrejismo espirita.
Esquecendo totalmente dos demais aspectos
doutrinários da ciência e filosofia.
Outro assunto que escutei verdadeiras aversões e abominação
total do debate, foi Transcomunicação instrumental.
Abraços
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