sábado, 27 de maio de 2017

Desenvolva o tema à luz da Doutrina Espírita


Um casal de idosos que não tinha filhos morava em uma casa humilde, de madeira; tinha uma vida muito tranquila, alegre, e se amava muito. Eram felizes. Até que um dia sua casa começou a pegar fogo na cozinha e as chamas atingiram todo o rosto da esposa. O esposo acorda, assustado com os gritos, e vai à sua procura. 
Quando a vê coberta pelas chamas, imediatamente tenta ajudá-la. O fogo também atinge seus braços e, mesmo assim, ele consegue apagá-lo. Quando chegaram os bombeiros, a casa já estava toda destruída. Levaram o casal para o hospital, onde foi internado em estado grave.
O marido, menos atingido pelo fogo, saiu da UTI e foi ao encontro de sua amada. Ainda em seu leito, a senhora, toda queimada, pensava em não viver mais, pois estava deformada, inclusive seu rosto.
Quando viu o marido na porta do quarto, foi perguntando:
- Tudo bem com você, meu amor?
- Sim - respondeu ele. Pena que o fogo atingiu os meus olhos e não posso mais enxergar a sua beleza.
Então, triste pelo esposo, a senhora disse:
- Deus, vendo tudo o que aconteceu, tirou-lhe a visão para que não presencie esta deformação em mim. As chamas queimaram todo o meu rosto e estou parecendo um monstro.
Mas fique tranquila, amor, porque sua beleza está guardada em meu coração para sempre.
Passando algum tempo e recuperados, saíram do hospital e conseguiram reconstruir a casa, onde ela fazia tudo para seu querido esposo. Ele dizia todos os dias que a amava, pena que não podia mas vê-la como antes.
E assim viveram por mais vinte anos até que a senhora morreu. No dia do seu enterro, quando todos se despediam, o marido, sem óculos escuros e sem sua bengala nas mãos, chegou perto do caixão. Beijando o rosto e acariciando sua amada, disse em um tom apaixonante:
- Como você é linda meu amor! Eu te amo muito.
Vendo aquela cena, um amigo que estava ao lado perguntou se o que tinha acontecido era milagre, pois o idoso estava enxergando outra vez. Olhando nos olhos dele, o velhinho apenas falou:
- Nunca estive cego, apenas fingia. Quando a vi com o rosto todo deformado, sabia que seria duro para ela continuar vivendo daquela maneira, sabendo que eu estaria vendo toda aquela deformidade. Por isso fingi e ela pode viver bem todos esses anos e assim vivemos felizes e apaixonados durante esses últimos vinte anos. 
(autor desconhecido)

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