Livro em estudo: Nos Bastidores da Obsessão –
Editora FEB - 1970
Autor: Espírito Manoel Philomeno de Miranda,
psicografia de Divaldo Pereira Franco
A035
– Cap. 14 – O Cristo consolador – Primeira Parte
CONCLUSÃO
QUESTÕES PARA ESTUDO
QUESTÕES PARA ESTUDO
1
– A nota de rodapé aborda uma importante perspectiva da obsessão: o obsessor
não é tão somente o perseguidor, é vítima também. Diante disso, como deve ser o
tratamento dispensado às entidades obsessoras nos tratamentos de desobsessão?
Um frequente equívoco dos
trabalhadores de desobsessão é tratarem o encarnado como vítima e o
desencarnado, terrível algoz. Ora, tal perspectiva é divorciada da
reencarnação, princípio fundamental no Espiritismo, o qual ensina, dentre
outras coisas, que nossa história se entrelaça com outras...
O tratamento, portanto, dispensado ao
obsessor deve ser o mesmo dispensado ao encarnado: o esclarecimento à luz do
Evangelho, tornando claro as responsabilidades em que cada um incorrerá caso
não transforme a própria conduta. Nem tanta mansidão, tornando nossa palavra
desacreditada, porém, nem tanta rispidez, tornando-nos ásperos.
2
– Que fala o narrador espiritual acerca de alguns médiuns que, para “apressarem
o desenvolvimento de sua faculdade”, recorrem a doutrinas espiritualistas outras,
cujas práticas são esquisitas, isto é, se utilizam de rituais e elementos
supersticiosos?
Que tal atitude é um erro e demonstra
que o médium ainda não compreendeu a vida espiritual nem a proposta espírita.
O Espiritismo, sem nenhuma crítica a
outras doutrinas, não se utiliza da manifestação mediúnica pela manifestação,
transformando-a, assim, em espetáculo para impressionar as pessoas.
O fenômeno mediúnico atende a diversos
objetivos: aos espíritos, a oportunidade de receberem ajuda ou de ajudarem, aos
encarnados, a incrível oportunidade de se instruírem, aos médiuns,
particularmente, serem úteis... Na doutrina, portanto, muito mais importante
que ser médium rico ou pobre em variedade de fenômenos, é a capacidade de
compreendê-los, utilizá-los de forma útil e, sobretudo, trazer a mensagem de
que se faz transmissor para a própria vida. E para esse fim não será por
métodos apressados e irrefletidos que o trabalhador o alcançará! mas sim pelo
trabalho metódico e disciplinado.
3
– A filha Marta, ao chamado de Petitinga, deixava as antigas práticas
espirituais inferiores para se agarrar ao espiritismo, exemplo máximo da
mediunidade com Jesus. Porém, receava o revide dos espíritos infelizes com os
quais se consorciara... Por que o receio? Seria real tal dúvida?
Segundo ela intimamente pressentia, os
espíritos com os quais se ligaram não a abandonariam tão facilmente.
Acreditavam que Marta lhes devia, e para isso se empenhariam na cobrança. Esse
era o receio de Marta...
Porém, tal receio de revide, embora pudesse
acontecer, não deveria ser motivo para a atemorizar, desde que mantivesse firme
sua disposição em transformar-se intimamente.
A partir do momento em que modificamos
nossas faixas de pensamento e de irradiação, conquistamos a simpatia de amigos espirituais,
sempre prontos a nos sustentar nos momentos de dúvida, e nos tornamos
gradativamente surdos aos seus chamados inferiores.
Esta situação é comum a diversas
pessoas que irrefletidamente procuram lugares e doutrinas espirituais
estranhas, participam de "trabalhos" e "despachos",
falsamente encantadas com a destreza espiritual de médiuns e entidades. No
entanto, depois percebem o caminho que tomaram e as relações espirituais que
trouxeram para si e a família. Nestes momentos, é importante não desistir, nem
se desesperar, como Marta, mas sim buscar o caminho do reerguimento, através do
estudo, da prece e da atividade fraterna.
Equipe Manoel Philomeno
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