segunda-feira, 10 de julho de 2017

Livro em estudo: Nos Bastidores da Obsessão - CONCLUSÃO - A035 – Cap. 14 – O Cristo consolador – Primeira Parte

Livro em estudo: Nos Bastidores da Obsessão – Editora FEB - 1970
Autor: Espírito Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco
A035 – Cap. 14 – O Cristo consolador – Primeira Parte

CONCLUSÃO
QUESTÕES PARA ESTUDO

1 – A nota de rodapé aborda uma importante perspectiva da obsessão: o obsessor não é tão somente o perseguidor, é vítima também. Diante disso, como deve ser o tratamento dispensado às entidades obsessoras nos tratamentos de desobsessão?
Um frequente equívoco dos trabalhadores de desobsessão é tratarem o encarnado como vítima e o desencarnado, terrível algoz. Ora, tal perspectiva é divorciada da reencarnação, princípio fundamental no Espiritismo, o qual ensina, dentre outras coisas, que nossa história se entrelaça com outras...
O tratamento, portanto, dispensado ao obsessor deve ser o mesmo dispensado ao encarnado: o esclarecimento à luz do Evangelho, tornando claro as responsabilidades em que cada um incorrerá caso não transforme a própria conduta. Nem tanta mansidão, tornando nossa palavra desacreditada, porém, nem tanta rispidez, tornando-nos ásperos.

2 – Que fala o narrador espiritual acerca de alguns médiuns que, para “apressarem o desenvolvimento de sua faculdade”, recorrem a doutrinas espiritualistas outras, cujas práticas são esquisitas, isto é, se utilizam de rituais e elementos supersticiosos?
Que tal atitude é um erro e demonstra que o médium ainda não compreendeu a vida espiritual nem a proposta espírita.
O Espiritismo, sem nenhuma crítica a outras doutrinas, não se utiliza da manifestação mediúnica pela manifestação, transformando-a, assim, em espetáculo para impressionar as pessoas.
O fenômeno mediúnico atende a diversos objetivos: aos espíritos, a oportunidade de receberem ajuda ou de ajudarem, aos encarnados, a incrível oportunidade de se instruírem, aos médiuns, particularmente, serem úteis... Na doutrina, portanto, muito mais importante que ser médium rico ou pobre em variedade de fenômenos, é a capacidade de compreendê-los, utilizá-los de forma útil e, sobretudo, trazer a mensagem de que se faz transmissor para a própria vida. E para esse fim não será por métodos apressados e irrefletidos que o trabalhador o alcançará! mas sim pelo trabalho metódico e disciplinado.

3 – A filha Marta, ao chamado de Petitinga, deixava as antigas práticas espirituais inferiores para se agarrar ao espiritismo, exemplo máximo da mediunidade com Jesus. Porém, receava o revide dos espíritos infelizes com os quais se consorciara... Por que o receio? Seria real tal dúvida?
Segundo ela intimamente pressentia, os espíritos com os quais se ligaram não a abandonariam tão facilmente. Acreditavam que Marta lhes devia, e para isso se empenhariam na cobrança. Esse era o receio de Marta...
Porém, tal receio de revide, embora pudesse acontecer, não deveria ser motivo para a atemorizar, desde que mantivesse firme sua disposição em transformar-se intimamente.
A partir do momento em que modificamos nossas faixas de pensamento e de irradiação, conquistamos a simpatia de amigos espirituais, sempre prontos a nos sustentar nos momentos de dúvida, e nos tornamos gradativamente surdos aos seus chamados inferiores.
Esta situação é comum a diversas pessoas que irrefletidamente procuram lugares e doutrinas espirituais estranhas, participam de "trabalhos" e "despachos", falsamente encantadas com a destreza espiritual de médiuns e entidades. No entanto, depois percebem o caminho que tomaram e as relações espirituais que trouxeram para si e a família. Nestes momentos, é importante não desistir, nem se desesperar, como Marta, mas sim buscar o caminho do reerguimento, através do estudo, da prece e da atividade fraterna.



Equipe Manoel Philomeno

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