Dar conta de si
São
muitos os que atravessamos a existência na Terra sem muitas preocupações com os
próprios atos.
Vivemos como
se o nosso agir, a nossa postura perante a vida não fosse nossa exclusiva
responsabilidade.
Por esse
motivo, despreocupados com qualquer tipo de consequência, vivemos com o único
propósito de amealhar, tirar vantagens pessoais.
Não falamos
dos que se entregam, de forma explícita, a questões ilegais como o roubo, o
furto ou tráfico.
Dizemos de
nós, os que na intimidade de grandes corporações, no luxo de escritórios bem
montados, atuamos no desvio de dinheiro público, na montagem de balanços
forjados, na estruturação de contratos fraudulentos.
Tudo porque
imaginamos a vida como um grande jogo onde aquele que consegue mais para si é o
grande vencedor.
Outros de nós
atuamos no mundo preocupados em agir de forma legal. Trata-se, no entanto, de
uma atuação no limite da legalidade, na preocupação de não sermos pegos pela
justiça, de não respondermos perante tribunais e juízes.
Não medimos
esforços na busca de brechas na legislação, para encontrar meios de conseguir
vantagens e o que haja de melhor para nós mesmos.
Temos ciência
de não estarmos contra a lei, entretanto, serão apenas códigos humanos a nos
ditar os limites de nossas ações.
Porém, não
podemos nos esquecer de que a vida aqui na Terra não é patrimônio que nos
pertença.
Renascemos nas
lides terrenas e retornamos à pátria espiritual sob o rigor da lei Divina.
Dessa forma,
todas as experiências terrenas estão sob a tutela dessa lei, cuja finalidade maior
é o aprendizado e o crescimento intelectual e moral de cada um de nós.
Ao concluirmos
a experiência física, seremos convidados a prestar contas de como agimos, de
todo o realizado ao longo dos anos que nos foram dados a viver.
Natural que assim
seja, considerando que tudo o que dispomos na Terra, incluindo nosso corpo
físico, é a título de empréstimo. Nada nos pertence. Somos apenas
arrendatários.
Portanto, se
andarmos no mundo burlando os limites da lei, haveremos de responder, perante
as leis humanas e no além túmulo.
Poderá ocorrer
que, mesmo extrapolando os limites da moralidade, do correto, do respeito ao
próximo, os tribunais da Terra não nos alcancem. E poderemos nos vangloriar de
haver enganado a lei dos homens.
Mas, inevitavelmente,
responderemos perante nossa consciência quando essa se defrontar com nossos
desacertos morais. Sempre haveremos de prestar conta de nossos atos.
Diz o bom
senso, então, que antes de agirmos, nos perguntemos se o que fazemos é legal,
moral.
Necessário
analisar se nossos atos não prejudicam o próximo, não atribulam a outrem, se
não causam dificuldades a alguém.
Tudo que
fizermos carrega o peso de nossa intencionalidade e haveremos de responder
pelas consequências.
Importante nos
questionarmos a respeito de nossas próprias ações, quais os valores que
escolhemos para nossas decisões.
Afinal, serão
eles que dirão da nossa felicidade ou desdita, no agora, logo mais ou em
momentos mais distantes.
Pensemos
nisso.
Redação
do Momento Espírita.
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