"Cada
dia é o dia do julgamento, e nós, com nossos atos e nossas palavras, com nosso
silêncio e nossa voz, vamos escrevendo continuamente o livro da vida. A luz
veio ao mundo e cada um de nós deve decidir se quer caminhar na luz do
altruísmo construtivo ou nas trevas do egoísmo. Portanto, a mais urgente
pergunta a ser feita nesta vida é: 'O que fiz hoje pelos outros?'" -
Martin Luther King
Autonomia
Nas Ações
Conta
um escritor que certo dia acompanhou um amigo até à banca de jornais onde este
costumava comprar o seu exemplar diariamente.
Ao se
aproximarem do balcão, seu amigo cumprimentou amavelmente o jornaleiro e como
retorno recebeu um tratamento rude e grosseiro.
O
amigo pegou o jornal, que foi jogado em sua direção, sorriu, agradeceu e
desejou um bom final de semana ao jornaleiro.
Quando
ambos caminhavam pela rua, o escritor perguntou ao seu amigo:
- Ele
sempre o trata assim, com tanta grosseria?
- Sim,
respondeu o rapaz. Infelizmente é sempre assim.
- E
você é sempre tão polido e amigável com ele? Perguntou novamente o escritor.
- Sim,
eu sou, respondeu prontamente seu amigo.
- E
por que você é educado, se ele é tão grosseiro e inamistoso com você?
- Ora,
respondeu o jovem, por que não quero que ele decida como eu devo ser.
...
E
você, como costuma se comportar diante de pessoas rudes e deseducadas?
Importante
questão esta, que nos oferece oportunidade de refletir sobre a nossa maneira de
ser, nas mais variadas situações do dia-a-dia.
É
comum as pessoas justificarem suas ações grosseiras com o comportamento dos
outros, mas essa é uma atitude bastante imatura e incoerente.
Primeiro, porque, se reprovamos nos outros a falta de educação, temos a
obrigação de agir de forma diferente, ou então somos iguais e de nada temos que
reclamar.
E se
já temos a autonomia para nos comportar educadamente, sem nos fazer espelho de
pessoas mal-humoradas deveremos ter, igualmente, a grandeza de alma para
desculpar e exemplificar a forma correta de tratar os outros.
Se o
nosso comportamento, a nossa educação, depende da forma com que somos tratados,
então não temos autonomia, independência, liberdade intelectual nem moral para
nos conduzir por nós mesmos.
Quando
agimos com cortesia e amabilidade diante de pessoas agressivas ou deseducadas,
como fez o rapaz com o jornaleiro, estaremos fazendo a nossa parte para a
construção de uma sociedade mais harmoniosa e mais feliz.
O que
geralmente acontece, é que costumamos refletir os atos das pessoas com as quais
vivemos, sem nos dar conta de que acabamos fazendo exatamente o que tanto
criticamos nos outros.
Se as
pessoas nos tratam com aspereza, com grosseria ou falta de educação, estão nos
mostrando o que têm para oferecer. Mas nós não precisamos agir da mesma forma,
se temos uma outra face da realidade para mostrar.
Assim,
lembremos sempre que, quando uma pessoa nos ofende ou maltrata, o problema é
dela, mas quando nós é que ofendemos ou maltratamos, o problema é nosso.
Por
isso, é sempre recomendável uma ação coerente avalizada pelo bom senso, ao
invés de uma reação impensada que poderá trazer consigo grande soma de
dissabores.
Pense
nisso!
Se lhe
oferecem grosseria, faça diferente: seja cortês.
Se lhe
tratam com aspereza, responda com amabilidade.
Se lhe
dão indiferença, doe atenção.
Se lhe
ofertam mau humor, retribua com gentileza.
Se lhe
tratam com rancor, responda com ternura.
Se lhe
presenteiam com o ódio, anule-o com o amor.
Agindo
assim você será realmente grande, pois quanto mais alguém se aproxima da perfeição,
menos a exige dos outros.
(Equipe
do site www.momento.com.br, com base em
história de John Powell)
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